Homenagem a Graciliano Ramos
'sociologia criminal. De uma feita, trouxe para Palmei'ra dos Índios quase todos os volumes ~a Biblioteca Nelson, que encontrara numa livraria do Recife, a mil réis cada um. Lia francês, ingl ês e italiano. Aprendeu italiano sozinho. Chegou a escrever sonetos em italia– no• Mas essa história dos sonetos é qualquer coi'sa. de insondavel na viela de Mestre Graci– liano. Não há meio dele contar nem como os assinava. Por essa época, 0 futuro romancista come– çou a redigir o semanário da cidade, O índio, a convite do padre, hoje monsenhor :rv.Iacedo, que fazia as vezes de diretor. Graciliano Rai– mos escondia-se sob O pseudônimo de J. Ca– lixto. Alem do artigo de fundo, desunhava a crôni'ca, que saía na segunda página, compos– ta num t ipo enorme e intitulada "Traços a esmo"·. Li duas dessas crônicas, ambas muito b9as. Uma delas é em forma de carta. Um jurado se oferece a votar a favor da absolvi– ção do autor de certo crime. que agitou o luga– rejo. O réu era protegido da política. A carta de J. Calixto, escrita com sarcasmo e em ex- 43
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