Homenagem a Graciliano Ramos

I cedo dominou o espírito do romancista que ia se- revelar, mais tarde, com tanta força• - Eu compunha os meus sonetos para adquirir um bocado de ritmo - é como Gra– ciliano Ramos explica hoje em dia a sua mis– teriosa produção poética. - Jamais pretendí ser poeta - acrescenta. Em 1914 um aborrecimento de família le– vou o adolescente sertanejo a tentar a a ven tu– ra da metrópole, como tantos outros j oven s li– teratos do Norte. Andava enjoado da loja de fa zendas. Tinha ambições , queria outra ·dda. Arrumou a trouxa e veio para o R io. Hospe– dou-se numa pensão da rua da Lapa , a r ran jou um lug ar de revisor no ·Século. Mas o Rio foi – -lhe uma decepção, uma grande decepção. De– siludiu-se, em pouco t empo. N ão pôde supqr– tar os "grandes" do tempo. Felix Pach eco não passava de um medíocre enfatuad_o, Bilac entrava na decadência, o pessoal que frequen– tava a Garnier era infame. Rqndóu a lgumas · vezes a porta da livrari'a famosa e não se atre– veu a aproximar-se dos bambas da Aca demia que alí pontificavam. E Graciliano a emen– dar, todas as manhãs o artigo de Brício F i- 41

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