Homenagem a Graciliano Ramos

\ deu a carta do ABC, "'aguentando pancada"~ A professor a chamava-se .D: Maricas. " O pri– meiro livro , na escola, foi hdo numa semana" - con t ou Graciliano a Joel Silveira _ " mas no segundo encrenqu ei ; di've'rsas viagens à fa– zenda do ·meu avô in ter romperam-me o traba– lho e no começo do volume ant ipát ico a histó– ri a besta dum JV[iguel~inho que r ecebia li ções dos passarinhos fe chou-me, por a lgum tempo ,, ~ o caminho das letr as • Ei;n Vi çosa, apanhando sempre, passou para o t erceiro livro de leitura· Pai e mãe ti– inham o filho como muito pouco inteligente . Seria mesmo üm tapado? A verdade é que o pequeno vivia pelos c:1ntos levando cascudos. E só se sentia contente quando fugia paTa o fundo do quintal e lá ficava a amassar barro com os pés dentro de uns enormes tamancos. Vem daí o desen t endimento que havia de existir entre mãe e filho, abismo cavado na iI?fância de Graciliano R:imos • D. Mariqui– nhas casou-se aos 13 anos• Graciliano seria o primogênit o d e uma prole de dezessete. Ma- · g-ro, fe io, doente, esquisito, o menino judiado enfiou-se dent ro d~ si mesmo como caramujo. 37

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