Homenagem a Graciliano Ramos

I hospital e da cadeia, alem- da indiferença dos burros e inveja dos sabidos . • , Da vila de Buique. Pernambuco, a famí– lia de Graciliano Ramos mudou-se para a cida– de de- Viçosa, na zona da mata, em Alagoas, n o ano de 99 . O menino andava lá pelos se te anos . Da fazen da do avô, em pleno sertão p er– n ambucano, ficaram-lhe na lembrança os "dois currais, o chiqueiro de cabras, m·eninos e ca – ch or r os numerosos soltos p elo pátio, cobras em quant idade " (V. entrevista com Joel Sil– veira ) . Brincava sozinho. E tal qual mais tar– de escreveu num dos seus romances: " agarra – va um cabo de vassoura, fazia dele um cavalo e saía p inoteando, pererê, pererê, pererê, at é o fim do pá tio onde havia três pés de joá. R e– p etia o exercício, cheio duma alegria doida, e g ritava para os animais do curral, que s e la– vavam como eu. Fati'gado saltava para o Iom- · bo do cavalo de fá brica, velho e lazarento, ga.- 1opa va .até o Ipanema e caía no poço de p edra . As cobras t omavam banho com a gente, mas dent r o d'água nã o m or diam. " (.V . Angústia). Foi rya vil a de Buique qu e o m enino a pren-

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