Homenagem a Graciliano Ramos

I f lizo pelos efeitos contraditórios que as minhas narrativas produziram. Houve de fato julgé\mentos opostos, 0 que evidencia ser inutil afligir-se a gente por ob– t er isto ou aquilo. O que nos chega não de– p end e das n ossas a ções e dos nossos desejos . Esses li'vrinhos já fora)m considerados fatores de corrupção, matéria escandalosa. E' verda– de qu e não se f ez o ataque de modo preciso, em conformidade com a s reg ras; tendo:-me, por em, sucedido um des a rranjo ( com viagens gra tuit a s, porões, j ejum, insetos incômodos, r efe ridos), certo crítico nordestino, que pouco antes me surgira com ·11ma carta de recomen– dação, muitos sorrisos e um pedido, logo viu n os m eus escritos perversidades horri'veis e reclamou para mim os .,.mais severos castigos. Várias pessoas discordaram, mas não es tavam em condição de revelar-se. E o juízo do rigo– r oso censor prevaleceu durante um ano. A essa dureza contrapõe-se a generosida– de que os senhores manifestam. Pergunto a causa dela, como perguntei a mim mesmo por– qúe me trataram de modo completamente di– ver sQ. 26 •

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