Homenagem a Graciliano Ramos

capital e converteram-me em foca de revisão. Em fim de 1915 levaralm-me de regresso ao interior de Alagoas, meteram-me :no comér– cio. Deram-me alguma prosperi'dade, que lo– go se desfez, confiaram-me a administração do mtmicípio. Quando, no começo de 1930, Iaro-uei a prefeitura sem concluir o mandato, I::> arrojaram-'me ~ imprensa oficial, aos jornai s, ao hospital, à instrução pública. E aquí estou, depois de muitas quedas e de peq,ueninos sal– tos, olhando as paredes do cemitério bem pró– ximo. Nunca tentei elevar-me algumas pol e– gadas. E' certo que estraguei papel e tinta, I mas procedí assim por motivos de ordem par- ticular . Um vício 1 como outro qttalquer. E esforcei-me por escondê-lo . Não amolei os editores, não .solicitei um cantinho nas r evi s– tas e nos suplementos se.manais. Foi Schmidt quem teve a idéia estranha de pedir romance a um sertanejo ocupado em escrituração mer– cantil, orçamentos e relatórios. Foi José Olímpio quem me escreveü, em 1935, exig in– do os origi'nais de AngJÚstia. De sorte que, meus senhores e amigos, nao me responsabi- 25 ,,

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