Homenagem a Graciliano Ramos

guem ousa disputar honrarias, viagens e proven– tos · não for em lembrados sequer, ainda se ouvi– rão na estrada os passos da família de Fabiano ta1tg ida pela seca, a Baleia continuará a morrer angus tiada por não estar cumprindo o seu de– ver de vig iar as cabras, naquela hora em que cheiros de suçuaran a deviam a nda r pelas riban– ceiras, a roncar as ;moitas a f a stadns . Qu~ndo o silêncio tiver sepultado toda uma litera tura cheia de brjlho e de enfeites, e ninguem se lem– brar dos que estiveram na moda, a tragédia do bru to de São Bernardo continuará, e os s ofri– men t os d os homens e das mulheres de Angús– tia1 n ão t er ã o passado. A sua glória é pois uma grande g lória, e você n ão a sabi a ver decerto, no fundo do seu desen tendimento com o mui1- do e com as coisas. Estamos aquí pa ra celebrar o seu triunfo, para r evelar que, na sua noite e no seu ermo, está presente uma g r and e es trel a, a estrel a dos que vencer am o efêm ero e fixa r am pa ra ~em– pre a experiência q11e lhes coube neste mundo de provações, em que somos degr edados . 1 Que você r econheça a sinceridade destas pa- lavras é o que lhe pede um outro homem, seu an- 17

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