Homenagem a Graciliano Ramos

liclan1os com homens, e jamai's ·devemos espe– r ar grande coisa. E' dificil, à primeira vista, distinguir D. Quixote de Gil Blas, e todos os dois são igualmente perigosos e uteis, e mar– cha111. no mes111.o trote pelas estradas poeiren– t as <le nossas aventuras. O que me espanta. Graciliano, nessas campanhas atrapalhadas, não é que tantos f raquejem, é que t antos aguen– t em a 1115.o e, entre esses , a lg uns aguen tem até ond e agu e n1.~r a m e estão sempre a g uentando . O que n1 e es panta não é a traição que dá na v is t a, n ã o é a tolice que brilha e1n público: é a d ecência que se 1nanten1 , é a dignida de que se prese rva, é a honradez que se resguarda, é o sacrifí cio obscuro e quotidi a no que se conti– nua. Eu lhe digo, porque tenho vivido · en1 mui tos cantos do Brasil e n1.exido co1n n1.Üit a gente - eu pos so lhe diz er que, en t re 111. ilha res de homens tão diferentes de carater e mesmo de idéias, sen1pre se tem conservado, através de todas as tribulações e contingências, um pa– trimônio con1um. E você, Graciliano Ramos , faz parte deste nosso patrimônio. O que sentí vonta d e de lhe di ze r hoj e, e fica dito agora, é o seg uinte: que, tanto q u anto 123

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