Homenagem a Graciliano Ramos
I aqui dentro e milhares e milhares d e oútras an- ' d a m por aí pelo Brasil a fora. Dev emos confes- sar que não é uma gente muito distinta n em b em -educada. E ' gente que v ive brigando e fa– zendo bobagem e à s v ezes a té vai p a r a r na ca– deia . Nã·o, Gra ciliano, você sabe que eu não vejo essa n ossa tu rma como um ba ndo d e anj os . Se fosse p oss ivel reunir e les t odos a í fo r a na praça do Lido para · cantar: em coro em seu louvor é m a is que provavel que a f esta acabas– se em di s cussão e panca d a ria. Nosso R eino não é o d o Cé u, e às v ezes s e parece um pouco de mais com o I nfer n o. Com seu pes s imismo des– graçado, p ess im ismo de v elhote ingênuo, você chega a dize r que essa nossa gente é a pior que h á . Não é verdade. N ã o somos piores que o s out r os. Se os nos sos .d ef eitos a p a r ecem mais é porque somos mais exigentes conosco mesmos e de vez em quando somos .submeti– d o s a provas que ós outros não conhecem. Eu por mim nunca me espantei dema siado com os espetáculos a que tenho a ksistido em nosso meio - com as transigências, as fraquezas, a in t oler ância , a confusã o, a safadeza, a presun– ção, a má fé, e tudo O ma1s. S omos homens, 122
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