Homenagem a Graciliano Ramos

Discurso de um ausente 00 banquete de homenagem 'a Graciliano Ramos ( Meus senhores. Não se pode levar muito a sério ·esse velho Graciliano nem devemos lhe fazer muita fes- ' - tinha porque ele amanhã vai dizer que lhe de- mos uma comida "ruim como a peste" e lhe fizemos discursos "horríveis, não é, sem sinta– xe nenhuma". Tarnbem eu não s ei quem teve essa idéia de trazer para tun lugar decente, com discurso bonito de poeta transcendç!ntal, um cambembe tão desgraçado das Alagoas. Graciliano ! Eu gostaria de lhe oferecer hoje um almoço daqueles da pensão de Cor– reia Dutra, e era capaz de mandar buscar no botequim da esquina ~de Bento Lisboa duas cervejas hamburguesas. Você podia encher bem o prato fazendo um monte de arroz, fei– jã·o, farinha e carne. Alí nos sentaríamos com nossas famílias e mais a velha viuva que ia jo- 118

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