Homenagem a Graciliano Ramos

um dos maiores da nossa língua - poucas ve– zes um homem com as suas responsabilidades, lutando com os obstáculos de uma vida hete– rogênea e incompreendida, desigual em si mes– ma e no jui_zo comum sobre ela, terá descido tão a prumo, e com tanta segurança e proprie– dade, em sentimentos tão antagônicos, que lhe cumpria representar e interpretar, mantendo– -se fiel a si mesmo, e não traindo a fidelidade que devia a todos os outros. O sr. Augusto Frederico Schmidt leu, então, um discurso da mais ardente oportunidade. Poeta profético, dramático no que exprime comq uma antevi– são, sério nas palavras espontaneamente em_– pregadas, o eco do seu discurso a Graciliano Ramos ficará certamente como uma voz dos seus altos poemas. Das influências assiduamente recusadas, das semelhanças negadas quase com raiva, en– fim, de todo o parentesco espiritual com Ma– chado de Assiz que não agrada ao sr. Gracilia– no Ran1os, este se arredou, aparentemente, nes– sa noite. Sobretudo no discurso com que agradeceu a homenagem. Um discurso que nada tem de formal, que nada concedeu à gra- . 101

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