Diario Oficial 1894-Dezembro

ESTADQS ...UNIDOS DO BRAZIL • ar ANNO~IV-6.º da Republica-N. 1.024 Governo do Estado 'EXPEDIENTE DO DIA ·(3DE DEZEr-.,BRO DE 1894. Foi nomeado o Bacharel Antonio Caetano Rabello para o ca rgo de Juiz de Direito da co– ma.roa de Porto de 1'Ioz. -Foram concedidos 90 dias de licença, nos termos da lei, em proroga11ão da que se achava gosando para tratar de sua saúde, ao Ama– nuense do Instituto P araense de Educandos 1utificcs, Alfredo Ludgero dos Santos e Silva. -Ao lo pector do Thezouro : Autorisando ti mandar entregar ao porteiro da Secretaria do Estado, Raymundo Odorico Gomes d'Oliveira, a importancia de 3USOOO, por conta do credito da verba do art. 3° § 4° o orçamento em vigor, para occorrer ao paga• mcnto da la !1gem da mesma Secretaria. DESPACHOS Autos ele conce ão ele titulo de signal, marca e carimbo requerido por J oã'l José do Na.sci– mento.-Concedo· o titulo requerido, visto es– tarem preenchidas as formalidades legaes. -Compan hia Lloytl Brnzilciro, depois do informado polo F iscal das linh as subveuciona– clHs.- Como requer, em vis~ da informação do Fiscal das linhas subv encionadas. -Maria de r aza reth Berna! J unes e outra, idem , idem pelo Thezouro.- Como r equer e remetta - e ao Thezouro pura os devidos fins. -Luiz Monteiro de P ina, idem, idem.– Como rc<] uer, pago o sello respectivo. - Joa<]uim 'Bento de Souza Gillet, idem, idem.-Informe o er. Director Geral da Instruc– Çâo Publica. -Elpidio Pereira,.pedindo o salno nobre do 'l'heatro da Paz, (~ratuitameute) para um coo certo muzical.-Informo o SI'. Admini trador do 1heatro da P az. -Francisco Olympio de L yra, Bacharel, Promotor Publico removido da comarca de Ma– <:apCt püra a de Chaves em 13 de _Novembro ulti– mo, pedindo pagamento dos venc1mcntoe de 15 a 19 do referi<lo mcz, visto ter estado esse tempo em viarrem de uma para outra comarea.-Como requer~ Ao Thezouro do J~stado para os de– Yidos fios. POLICIA DO PARA' Secretaria de Segurança ]?ublica do E tado do Pará, 13 de Dezembro de 1894.-N 586. -Sr. dr. Vice-Governador. Communico-vns l'(Ue hontem . a cidacl~. foi policiada por 178 praças do Regimento 1'11litar do Estado, aemlo 11-! do Iofauteria e G-! de Cavnlhria. f<}R':'MI praras foram fisca~isada~ pelas autori. dades de segurança o 2 officrnes d esses Co_rpos. - Exi~teru 1' 1U tratumeuto na Enferm:ma da C,H.lêfrl de S. ,Tn- é, 5 doentes. DO ESTADO DO PARA' Ordem e P rogresso BELEM abhado, 15 de Dezembro de 19t - Communicou o Subprefeito da Sé que, rauno do delta do Oreooco não eriam ell • hontem, ás horas da noite, o individuo Ma- Guayano., o R oucouyaoo~ u[lQ el diziam ell~~ noel Gomes Teixeira fez um ferimento no braço Ooayoa, e esta denomi no ção; não é tambem a. esq uerdo de P edi-o José da Rocha, depois de de uma grande arvore prorectora mrsthic:1. terem altercado em uma taverna á estrada da da tribu ( 1) ·t Emfim , o alto rio Xep:ro, na Qurimada, canto da sua de Santo Amaro. par to uperior de seu curo. na des ida dos cou - Submettido a exame o paciente· foi o dito fc- trafort and inos, não é dle conhecido sob o rimentn considerado leve polos medicos desta nome de Guainia, vocni>ulo identico ao de R eparticão, proseguindo a autoridade nas demais Guyaoa '.:' Um do" e coadouro, do littoral. entre diligencias da lei. 1 o E sequibo e o delta do Orenoco. é tamberu ' Sande:frateraídade.-O chefe de Seguranc;ia, chamado "\"Vaio~ ot~Guainia. . NA.POLEAO SnrõEs DE OLIVEIRA. j Em . ua pnme1ra accepç,io. a denomrnaçãu Thezouro do Estado EXPEDIE TE ~V DIA 10 PETIÇÕES Francisco Corrêa P ereira. Em Dezembro de 1881, o impo. to de traosmisstlo de propriedade ainda não pertencia ao E stado, ao qual passou por decreto de 16 de Setembro de 1891 , sob n. 405.- Requeira, pois, o supplicante ,\. reparti– 'ção competente, ou a e te Thesouro em termos mais claros. DIA J3 Francisco de Paula Bolonha Lourciro.-Co· mo requer. - Felisbella Augusta Barros de Lemos.- Ao sr. contador para emittir seu parecer. - Nilo R odri"'ues da Rocha (2), Aug usto Thiago qe Souza e Antonio Juliano do Espírito Santo, (2)·-Oertifique-se. -Ohristovtlo ele Pina e l\fello, Augusto Theodorico N onc , Guilherme José Baptista, João Ig nacio l3aptista e Raymuo<lo Antonio da Co. ta.-A' secretaria para o devidos fin s. -Viciorino Pedro.-Como pede. ·-· REVISTA DA Sociedade de Estudos Paraenses A..S G UY.A.N A_S Traduzido directamente do fmncez de E. Reclús pelo socio effectivo Conego J. I. Muniz. VIS'l'..-! GERAL O_ sentido ge?!!rnphico da palavra Guyaoa modificou• e d1ve1 a.~ento no tres ultiruos seculo . Quando o primeiros viajantes, he pa– nho ' , rnglezes e hollaodezes visitaram as mar– gens do Orenoco, acharam-se em contacto com Indios Guayanos Guayanas ou Guaynoczcs cujo nol!Je foi empre"'ado de um ruoilo arro' para. todo o tcrritorio occupado ao sul do arand~ rio. Além di$to, ta palavra reproduz.;c sob difforenLes forma~. applicadu quer á, tribus imli!!'cnns quer ÍL curso~- d'agua, em muitas regiões do coutinento: os Ounrnoul'.IH ou O ua- de Guayana não, comprehendia a~ regiõe- do littoral atlaotico, ( q ua ·e dá hoje o nome de Guyana. Oorreçpoodente á rep:illo chamada hoje Guyana V enezuelano a G uyam não ,,e e tendia alem do vasto bemicydo formado pelo alto Orenoco; pouco a pouco poreru, na termi– naJogia geographica, o .ocabulo t:.omou maior xtensao, para eompreheoder 'primeiramente a:– tenas brazilcira que e prolongam ao sul dn rio Negril e <lo Amazona em ,-egundo lo~ar a– vertentes orientaes da monrnnhas conbec;ida:: outr'ora de um modo geral. como a Serra de Parima e de ignadas p~imitirnmente naR carta, sob o nome de Caribana, i to 6 «paiz Jo Carai– bru ,,. A sim compreh endida, a Guyan:1a cou, ti · tue uma parte bem dctermi uada da Ameri~-1 do ~ui: tl)do o e pa ço ova l <le urna ~nperlice de :3 milhõe:s de kilomctro ']Uadradl)s, que o cur o do Orenoco, os do Ca~.-,iquiare. do rio Negro e do baixo Amazona- ~eparam da ma~•a. continental. A esta grande pr,11·incia da Ame– rica meri<liona l der am o nome ele ilha; não ciue seja uma ilba vordaclcira, u,n-egada em ~eu con– torno, por navios. I to acontcccd, provalvemen– tc uw dia, e:raças tÍ cana.e;: artificiaes· actual– mcnte as ca~hoeirns fa rno. a · de Altura" e Jlai – puras obre o Orenoco, as <lo Cns,iqu iare e do al to rio Negro, obrigam o.. cannt'Írrn, a de•em– barcar o.. mercadorias e o in-ic;uificantc trnti ·o da região encaehoeirada faz.,e a pu)so e uo,; hombro . J~mpregan<lo o meios de communi– caçiío mais rapidos, o viajante favorecido pela circuwstnncias gastaria actualmcute trcs n. l'(Untro m ze · ~cio menos para foze r a circnll'.J– oavegação dn b-uya nn. o ponto de vi~ta. ,.·eo– log ico, e~tn Ctuyn n,~ é tambem umn ilha, u1u mas· iço cli tiacto do granito e de outras rocha~ eruptiva , ('mergido qesde a epnl:ha das trin . O oval inhulnr dividir-se ia unturn lmcut,• em <Jnatro parto qua i igune•. J'"'l' dun<i li11 hns cortando cm ao •ulo recto, o dn~ cri,ta,:; tlu mout.rnlrn · r1uasi porallela tlO e,, undor 'Jlll' i-e diri"' m uo ponto-de divi~ilo. perto tlo C11ssi,1uia– re, para a ponta cpLcntrio11al cio e: tuario a tua– znuico, e :i depre ·ão tmns\"l'l' :ti, oud ~01rcm de um lado o Esseqnibo e do outro o rio Bmnco. Mos ns potenciM ,·01111ui-t·11lor•1, l"' ,•out iucnt americano uiio podia1n ,f:' pr •, 't'up:1r coru eM se~uimentu natural do tC'niL ,ri,,,:, i,t,1 1~•UJ•> o~ colonos Purc1peuu uno tinhnm t 1 til ,icee.,so ~t•nG<> sobr,~ o littoral e as tuargons cl,i µ r;111d~., rio~ (1) I [enri ,\ Coudn.nu, 11'1t,1s m.11111,cript:1;.

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