Diario Oficial 1894-Dezembro
Sexta-feira, 7 --=- lliOllaQD <la d ata de 23 de Julho d'e te anno hum Prof – f e ·or para ensinar a focidad e de bum, e outro S exo a L er, E se,'Tever, Contar, e . Doutrina Christã. A · Liçoens se darão ou nas llfesmas Fre)?;uezias, ou nas Sacristias d'ellas, ou na a comoda ção que os Parrochos destinaren, que d everá ser sempre ']Ue for po sivel a mais prn– xima da I greja. 2.º Cada um d'estes Prof:fessores ven cerá an– nualmente, cento e .vinte ·mil réis. 3.º T odos· fi carão sujcitos {L Inspecção de Reus r espectivos Parrochos, e do~ Juize oudc o h ouver sejiio de Vara bran ca, on Ordinuios a bem de que Eu cometter extraordinariamente a outrn~ P essoas caracterizadas q uando constem d esman chos e irregularidadês que por- óra não . e f! perão. As Liçocns dos Proffes,:ores serão de tres horas demanhã, e outras tantas de tarde pello m enos. 1 ão ha verá Suéto em cada Semana senão na Quinta feira quando não houver Di: Santo porque havendo-o ou antes, ou d epois não será ferinrla a Quinta fei ra. Em cacfa atino ser:l.o feriad os oito di11s pelo Nattal ; toda a Senrn.na· Santa ; e· os trcz dias proximos a Quaresma em que concorre o J ubileo das Qua– renta horas, bem entt!ndido ::i lem dos D omingos, dos Dias Santos de Guarda de que já se foliou. 5º J: ing uem pod erá. ser provido em Proffessor d tl Primeiras L etras por este Governb sem ~er sido examioado perante o Ouvidor Geral ·e– irnndo a f-ormnli<l ade ei;tabelescida' pela extincta l.Vleza da Oommi.,São Geral sobre o Exame e censura dos Livros. 6• Os Prnffessores de Primei;·::i. L ett ras devem ter sempre prezente que por muito util e muito n eéessario que seja á qual'luer Tadividuo de 1mm, ou outro sexo saber ler, escr ever e contar _senào com perfeiçã? ao menos com exacçi\0,e r1ue portanto este ensino seja huma principal pHte d a suas obrigaÇócus, a ruais principal h é a de imprimir nos tenros cora çoens da i\loci<lade qu e se lhes confi a efoca r, os verdadeiros principicJs da nossa R eligin.o Santa cos da lialda de,.pbedi– encia, e amor para com o Soberano. 7º O compendio qu e está, a uthóriza do por sua l\1a~estade no Alvar,L de 30 rlc.Setc~1bro de 1770, e que se conhece pello titulo de Cathe– cismo de Mont pellier, h é o que devem o · Proffessores uzar_primeiramente por explic:a çi\o edepois por liçfio logo que os seus Disc-ipulos estej am nos termos de principiar a L er por im– presos, pa rá su ave, e como insencivelmentc se i{!st ruirem nos p riueipios de R elig ião €depois -que o tiverem compreh endido, eo conser varem d e memoria lhes fará, ler em prefferencia a uut ros L ivros pelos da H istoria l'ortug ueza, prin ci palmente na part,e em q ue se tra tar das Glorias, e memoraveis Epocas da F nnda9M de Portu~al, da defcza d 'elle no t,3mpo do Sr. Roy D. Jua.o 1º, da su a Rcsta uraçrw, e da do Brazil nodo Sr. Rey ·D. J ono 4° emque r.ilai11 notavel– .mente n ' uma parte n.pparece a Proteçno Om• nipotente para com a Na i;;no Portugueza, e por outra brilhAo em todo o seu explendor a lialda– -de, a obcdicncia, e os saorifi cios d 'ella para ~om os l'em; Soberanos, e II P at-ria . '.l.'ambom nà lamentavel crise prczcnte que DIARIO OFFICIAL t r.m drsolado a E~ropa h é crmvenientP que o Proffc · ores fa s~ão lér aos mais adian ' do dos seu Di cipulos o i\J ercurio Britanic9, por ser hum cat.h ecismo político e· da n 1,utrina a mai ura e amais propria para dl:'.struir pe llos •eo. ~:undamentos o tcrrivel systema <le libertinage rnculcada pelos Francezes para oppressão, e ruína inteira dos P ovos que os acreditarão, e quando tcnhão fa lta d'e:stes Livros procurarão outros que po.~~ão satisfazer ao mesmos fin s sem nunca fazerem lér Proce ~o · qn e a L ey prohiLe, ou outro IDanu cripto de que não pode rezultar bem alg um. 8º Deste. LiYros recommendado terão o~ P ro f– fessores o cuidado de ex trahir as reflexõen mais jurl iciozas pam as transcrever no · 'l'resla- 1 dos q11 e devem aos eus Di,:cipulos com o du ." 1 1 1 plicado fim de i11_1butir-lhes no espi rito·maxima saudaveis, e de os fazer escrever corrcctamente; o que- nãu s ncede pelo3 Treslad us qu.e faz em á, a rbitrio ondt s'observa alem de muitos impro• perios que os erro , e os enganos d o.s i\J estres se tran mit tcm, e se :mmentão no · Discípulo . 9º · 1'erão os Proffe · Ol'PS por obriga.ção entrar sempre na Ig reja a fazer uma bl"'~ e 01;açr10 a ntes de prin cipiar, e depois de n-ca bar a Lição. Durante o te mpo della,: farào ~uanlar o duvido r e. peito, e concorrendo differeutes Sexo corno se fa éili ta pcll o- meio de ert?m :is Aulas ou nas I g rej as, ou etn acomoda ~ão prox1ID a a ellas de . ti narão luga r r parado parn c,tda séxo para ·evitar todo ó motivo de distn.(ção. 10. F ica r á a a rbit r_io dos Proffessore.s o emprego das horas das Lições para que H 1 esmerem em estudar , e por emprati ca os mC'ios m nj s prriprios para o adiao ta nrnnto dos seos Discipu los, mas nunca. deix arão d 'a pro veitar toda a eccazillo d'im1pirar-lhes o cón hP.cimc_nto das su as ver rfo . .d eiras obri?:açõen para cumprirem com ellas na prezença de Dcu,i, e de seu l:ley, e embene– fi cio commu1u da , ua P atria . Tatu bem lh es de– verão_ ios p'irar hum grande r rspeito, e affccto aos lc~itimol'! ·nperiores tan to E clcziasticoá, como Seculares, fazendo lh es comprehendor o g ra nde pezo de ohrigaçõens, e d e res– po~sabilidade a qu e e tllo s ~geit.os , quan to mais elevada é a sua condição, e qnan to maior h é -0 app·m1to de gmndeza que ella exige, para que se alg uru dia El!'tiverem nos ter– mos de a solicita r , e co nse~uir , não e entreg-uem [i vaidade d'este a pparnto, e com· medo, despre– zando, e desco nh ece nd o a realidade uo verda– deiro inco IDodo. 11 T erão os Proffe or <-',q muito particular ::1 pplica– ção em desvnneccr todos os erros e p rcoccupa çoens f]Ue o,bser varern nos si:>us Disc\pulos por effeito de ma educa çllo, e da mesma forma todas a inclinaçoeus que observarem tendentet ao mal, muito particularmente a q u~ o clima inflne para {L ociozidn<le •fnzeud lh e~ ver q ue o homem ociozo e t[L j nstamt•nte na di8poziçao de comettcr todo o mal n q ue u u seja solli citado. ou a ne– cessidadu o leve, qu~ndo o homem · industriozo, e activo p<!IIO fnno da ua indust,ri11 e do -seo t rabalho sé procura o mais forte ; cudo para rcziRtir a ~emilhantes sollicita çoe 11 s. J~mfim _fa zer lh c~-hilo c01upreh cnder que o h omem ocrnzo se reduz quazi ácundiçllo d'irrn.– ciooal, bem como os 1 ue se entreg!\o íi, eb rie– dade, visto que de hum , e outro modo seprivllo 0 uzo dmi faculdades que lhes sttu (,'QDCCdi- Dezembro- r89-+, 43 ,", da · pello Creador qu 'l foru1idnde toda · a::,·fo.ltas e erros qn oh ·eF– varem nos os Di cipulos p rovcoieute de pre: g ui ça ca ti~rão cow , veri<l:id di ting uind ao me mo terup(? t.odo o que fo rem livre- de tão aborrecível defeito sem afwu\ar u este util syswwa ma a nt - presevernndo colll t,maci– dade. na certeza de q ue a vcrd;1dc. ruais pozitivs não foz impre ..-o q u dure ,enão h é .muitai; e muita vei es r petida . ... 12 ·Hé co nveniente 1ue o PrÔtf or i nfl uã no eo Di cipulos de continuar m ua -profi · soen de co Pa porque a. irn com -o· pro– prios P a apprendem e emcada F am ilia v,ii . ucccs. i varu entc a pnraado-, e, e aperfciçoanda– seo offici o, ou prnfi ssão herdada ueqoe rczulta. · bea d :icio .t ru ~ma .Fawilia, e muito mruor a9 E tado qn e recebe de todas a que Ee compoem. Esta Dispúzi ção q ue ém Pov - da antigui– dade foi oh er vnda por L ei, cutre DÓ-' ó d eve procurar 1-e por meio de per -n,H; üo, e aioua com .ex.cepçoens, porquanto tendo -ido ma:s:ima coa st,ante no n'> o .Augn t obt?ra no· empregar qualq uer P e~-soa conforwe o eo merccimeuto qualquer qoe fos e a . na extrn cção qualquer ,1 ue fo"se o clima em que nacessc, e a· da fa ci– litur meio. aos que po~ fa lta d'ell ticarião inu– tcis os talentos, esta maxima que rezulta da. R eligião da Humanidade e do Amor Pateru: dm: nos-os Sob ranos para os eo Va. alio que considerão como Fillio~, onde quer q ue e~tejão, nào· d eYe em duvi.oa padecer para aquella D i,– posi ção, mas antes e devem réciprócament.e combinar em modo ']Ue se colhão as va nta~~n de uma, e outro. Com este fim devem o' Prof– fessoTe espreitar de perto o talento onde quer q ue se most re, e q uando se certi fiqnew d'elle por prova não equivocas ministrar -lhe em lu– gar da displ1Sição acima . rccommendatla in ver sa rn ente aCl>n -elh a.rão ta nto >10 Discípula, como ao Pay qn f! o fa ça proseg uir n a c;i n eira dNI J~studos cm ri ue podri ,·ir a APr mais uti l ,í. sua Nação, e ií, su'a mesma F ami1ia do · q ue eri.a. seguindo offi cio de seos P ais. 13 P ara 'llle a sobredita dis pozição sej a segu id:i. com atisfação deveriJ o os Proífeé>sore. pr r- uadir ao, oos Dist ipulos q ue não há m~tado al~nm a riue estej a pri vativamente lignda av írtude e u S;in tid ade; que em torlu os Rstado . emprC!!OS e offi cios pode o Christão, e deve ser Sa nto g uarda ndo tfolmeute as L eys de Deus, e do So– bcra nó e ::i ti fa zendo cow exactirl ão os eos d\;– vt?res ta nto, a re peito de Deus, <: do Suberanu, com o a respeito de si mes1uo, e_ dos out ro ho– mens. 1-1 Da mesma formn tcrao os P roffes: orPs muit vi.,ilante cuida do em fazer cont rahir aos eoa DGcipulo. o h abito de foliar coa ta ntcmente verdade, e de aborrecer a montirã, aint ri 1a. a h ypocrizia, e o egoísmo fazendo-lhes conhec~r que de amarem e proffe.. arem a v erda de detes– tando a ruentim , e a intri~a lh us rezu ltnrá o !-O • cego d'espirito cru luga r dos 'in riuieta ço:'n _com que ali á os eslimulos ela propria 9«c:icnc~a <•8 hM de perseiruir : quo do scguir uru o cnwrnhu da vir tude em lu"'ar de 1l iMulcl\l·cm oomente por exterioridades Ih s rez11lt11rá senão o premio qu e deva.o espera~ ' :,te mun do, pello mcuos u. satisfa çllo •1 ue d e ft' ..:~n tul~O o qu e s_eottcl n S~ ti con. ciom:iu pura , 0 o rnfol h vel premio 11ue )l•~ll d e receber no out,ro, quando pdlà hypoorizrn. insultando n v·irtude vem á privar-se de toda e qualq uer esperau9a de prouúo fazendo so d es-
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