Diario Oficial 1894-Dezembro

Junho de 1790. R estabelecido de grave d_oença , d esceu pelo rio Cuyabá, ~º- d e S . L ore~zo e P aral!uny, visitou o P res1d10 de Nov~ Cu1mbra e 0~ lnd.iDs -Guaycurús e voltou, dep? 1~ de perto -d e um anno, para 1'I atto-Grosso e d ah ~ara ·O l'ará. E ~te. regresso deve ter Jóo l':11 p1:in cipio ae 1792. O pan6[-.ryri~ta nata aqw o ti? com . as seguintes palavras : «De -volta oo ~:n.b n!l.o .es– teve ocioso os nove mezes que ah1 .se demorou . F oi nomeado pelo Gnvernador para R~rvrr d~ V oo-al nas Juntas de F a-zenda e de Justi ça e foi n'e~te tempo que o dr. F crreir~ se li!?OU . por consorcio a d. Germana P eremi de Queiroz, fil ha do Capitào Luiz Pereira da C unh a, seu correspondente que fõr::i p::i ra a Temei,sa cios pi-o d uetos q ue mandara á côr~e (Li bóa~. ~ h isto– r ia d '.este casamento é ruurto cirt1-a rdrnarrn ·paTa que deixemos .de úravscrcvel-a n 'este lugaT. Ch e– !!ando o sr. dr. Alexa ndre ao Pa~á,, de vo: ta fª sua viagem, ponderou-lh e o Ua1)1tào Luiz l e– rei ra da Cunha, que -assim era que tinh a <rcm.et – tid o todos os productos, que . lhe en,.,iá ra para mn ~dar á, côrte; ruas que por i1;so se ach a;va no desembolço de tá.ô cooside ru'l'el <l~ peza (1), ~m a q ual poderia dotar urna filha ; ao que o n . ur. A lexandre · respondeu :- L o não ser-yirá d-e embar aço a Reu ca·amento; eu serei quem r ecebl\ ' ~F n bu a filh a por mulh er ; e a . im o fez _cele– bra nd o o eu matrimonio ao!, 36 de Setembro de 1, 92. D 'este co nsorcio nasceram duas filhas e um filh o d e nome G ermano A lexandre de QueiToz F erreira, offi cial supraoumera rio da mesma Se cretaria , e·m q ue sen·ira seu -paii>. :. P or circum ·tancias e razões q ue se fu rtam á, noFsa pesquiza, procurou o rir. :;f] exanfüe R. Fcneira mudar-se da A mazonia depois de p ou– co tempo. L embro-me ter lido uru requerimento cm qu e ell~ pede f.er nomeado para um l llf:.-ir na alfa odeoa d e Pernambuco declarando ter esrrotado or,pequeoo patriru onio e qu e os 6005 de"q ue se con~tit uia o seu vencime nto ( 400$000 aonuaes e l 200 dia ri os {1 titulo de co1.Dedorias) du rante os n<lvc an nos da "Expedi ção pn iloso– p lJica,, no Amazona~. D!l.o ti ohaw cnegaa o para r ealiJ ar qualquer economia. Aponta para o seu zelo 1odefeso e lemb ra a iooumeras füffi cul– d~des e peri~os, aos quaes el le se ti nna cx-po to ao s~n ·iço rio Governo. '.E' commovcote a ti a – p:uaf!eru n'este c·urir,so documento e não h a qu em o leia, sem sentir lo~o, quanto devia ser duro -para este cxemplaT ser vidor ao Estado de r ecorrer a scme1hante pa so. Parece qu e lá em _Lisbôa criou-se um tauto de vergcml1a, -pelo m e– D OR encontramos n'aqucll a cône o dr. A . R. F erreira. cru ,Taod ro a e 17D3, n omeaao offi cial da , ccretaria d' E stado dos negocios da M arí nha e dos Domioios P l tramarinos. E m ezcs depois a rainha d. Maria I d1gnou -Re ae "hom ar o ze– loso explorador com o seguin te documento : (2) «A Rainh;i No~sa Henhora , attendcndo aoFI ser viços do doutor A lexa ndre Rodri~es Fcr . Teira, officia1 da S ecretaria de E t:id o dos N ego– cios da Iarínha e Doll'Ji nios U ltramarin'ls, ol>r11dos nas cummit!Fões extniordinnriai, de ffUC fo i encarr.PJ?aao de ex aminar e descrever os productos natnraes do R eal i 1 uze\l cta AJuda, e DIARIQ_ OFFICIAL fazer as expcriencias chymicas (1 ) que lhe fo ram ordenadas, em que se_ occupo': po_r espa– ço de cinco anaos, sem perceber por 1ss0 orde– nado algum; e passando ao E stado _do P ar_á c~m a l aboriosa commissão a c ser alh o pnmell'o vas,:allo portuguez, q ue exercitasse a ernpreza de natur-qfüta se empregou por espaço de nov~ annos em co~ti oúas e perii;osas viagens pelas dilatadas capita nias do P ar:i, 1{,io N egro, l\fatto– Gr osso e Cuyn bá.; aonde, além de se r encarre– gado d e obser var> acondic:ion~Í' e rc~ c~ter os productos naturae;; dos tres remo_s, anu~al, ve– o-etal e mineral fui Í!!l.la1mente 10cumb1do de º ' º hºI 1 todo o cre oero de obser vações p . 1 usop 1icas e e- . d politicas sobre as ãifferentes Teparhções, e e- pen6encias dh população, a_grictrlt n~a e navega– ção, commercio , manu facturas de·q ue a eu .toda a satisfação, que devia esperar-s~ da sua boDTa , e applica ções, ha por _bem fa zer -lhe mercê em r ernun craç!l.o ao H abi to de 'Chr~to, com sessen– ta wil róis de tença~ de que se -Jhe passem os competentes ·P adrões, que se asse~ tarllo :nos a1 rnox arifa dos do rc·ino em q ue couberem, sem p rcj uizo de terceiro, e não hou ver prohibiçào com o venciment o, na fórma da_s reaes ordens. E loorar1't. doze mil r éis da referida tcnça a titu1~ do ha'bito da sobrefü_ta ordem qu e lh e tem man'dado la nçar . P ala.cio de Quelu z, el.D 8 , de Ju1ho de '179-1.- José de Seabra da S ,' .7.vu. » A iuaa mais. No mesmo anno, o novo dig ni- ' ta rio fo i âispensado do ern pr e~o de offi cia l da Secretaria e encarre~a do da admini, traç.1o iate : rin a do R eal Gabinete de H istoria. N atural, .'Tardim l3ota nico e se us annc.xos (2). E se us panegyr.istas patricíos_estão ·- achando, q.ue assim o ]lr. AJexa ndre R. F erreir.;i não podü. desej ar 1nai cousa a'l~uma, vi to qu e estava .coberto de graças pela gloriosa Rainh a! Oaçamos o que clles dizem e sabem -Robre o pcriodo pesterior ,~ mencionada nomeaçno: ,rO tempo que fh e <restava de suas oeeupações era empregado em aperfeirloar e _apu rar os pret:io– SO!l materiael'I, que havrn colludo; m as elles eram tautos, que a aua ·mnltiplieiilade comb"ioando-se com a precisno de_ pôr $e_ corre~t-e nos proirres– sos, que as scienm.as h:1 ,.,Jam Í E\lfu durante nove annos passados -n:1s -1,ohdões da A mar ica, e com a falt1t de meios para dará hn uma tal obra, fez com q.u:e antes, de concl uir .a o.r~anis&çno d~ seus trabalhos philo ophicoa fu._se o nr. Ferrei ra accomc>ttido de fa t{ll melancolia, yue o roubou á s.ua famil ia. ao E Rtado e ás S ctiP.ncias no ilia 23 de Abril de 18 15. ,, Quaes as causas d 'es,m rnft!rmühde . total– mente i ~nora mos, pois que o S r. .Costa e Sá ap.enas as indicou onvolvidas .no ma nto Ale gene– rnliclade<! relatando que consistiam elhl!3 cru desgosto; provenientes d e illu ões de v.a.necidas á.cerca das CO.ll63B e dos .homcru da .cfü:t~. .A.cre– ditamos que a p radencia .c.x.igia q~-e ni\o se d P.liSe á este UC'!:Wcio todo o d esenvolvJmento de q ue elle era suscepti~e.l; m a.& se os razões . que obrio-aram o p&neeyr1sta a s.er meaos explicite, não ~istem hoj e, nós tor:e.aria.ruos a ·liberdade de 1embrar.J be que a ·maiR pequena eirc111natan– cia da vida dv hemem, q ue se oow,ao-rou ,ao sen'içn .das S cie.ocios _e do Estado, é seuip.re de gra:Tidt> prceco par.a_ {fUe . JllíO seja r ooebida .com avidez pela po t.cri.d.i~- «,FosRCJD, ,porém, 9uaesgner q ue fes.<1em ·as (i) E' notorio, que o dito capitão nunca foi in- ( I) Sic !.-(Dr. E. A. G.) ilemnil;ado. ( 2 ) o admin istraclor anterior, Julio Ma.rtinzi, tinha (2-) Na <1l-1i6toria de 1'ortugnl11, publicada por urna fafleeido em Setembro de 1794. O s mencionados sociedade de hnmens de letlras ( vol. I, pag. 126) · nnnexos consistiam ern 11C;abinete d1l 'BibJiothec11, Ga– ncho a -segurute -01-rvrqo.o ti este Teb-pelto , Mostra bin<ite de l )~Ímho, Ca~n do Lnborntorío, A rmnzeos que a rainha aprecia~a o~ !ltlr<'iços scientificos, .,,, de R eservnn.1-'?'" decreto de 1 1 de ~etembro T79) 1,u,1óem ,qtee 0111p,vr:1avt1 ·111<,dtca,,.mte, ç-tm,o foi .rem- foi A. 'R. •Ferretra no1Deado 'Vice 1rec,or do 1 mo ,;. ~,-.: ttJt> em Po,-tugal. " stnbclechalento. .. Dezembro-r 894 causas d o inal, o c.erto ~ 4ue .elle r esistiu :i, tudo; e se provinha das ca usas rndícadas _pelo Sr. Co. ta e Si muito b em repara o D? S o 1llus – tre oonsocio em que n:l.o fosse d est rmda p_e1as– r epetidas g ra<;ia.s , q ue a Rainha D. M a n a I fizera ao Dr. Ferreira, j á con decoran do-o com o h abito da or dem . d e Christo 1 j á nom ea ndo -o ·A.dw" i trador d e suas R eaes Quin tas, d ao a o-fh e o lugar de D epu tado da J'!ll ta do (,ommer c10. ., . Se esta mysa othropia ( 1) o punha com o em dc11tcrro d o genero hµruan o, a in tegrida d e d o seu caracter trouxe-o consta ntemente , em quanto v·iv0 , ao desempenh o d e seu s d e veres, como h omem, e como empr egado pub lico; pois a1ada qua ndo o seu estado physico, acced e odo á. i.:n pr-es:.ào da welancolia que o devorava, Jh e– nào permittia mais sahir d e casa, en tão mesmo não deixou nun ca de dar ás suas obrigações o cum_prirn ento que este , estado lhe permittia : constantemente examinou e enviou as folh as p ertencentes á,s R ep arti ções, que dirig ia e go– v~rna va, e um momento an tes d.e fall eccr a~si g – nou a co nta do anno d e 18 14; acabando esta.. assig oatura., eíle j á. não existia, e· assim d eu ·ao serviço do E stado o ultimo instante em q ue a vida o animou .,, --.-- li ) Sic !~ (Dr. .E. A . G.) -~ -- NDTICIAR.IO ALFA DEGA DO PAR I\.; R ~: NOA KRRECADA DA Até o dia 4 do corrente mez . Hontem Total . « ,f6:987 892e 54:780$48_,: -- x9q68$37 7 --~--------------- Ventilador g i gant O Collie1·y Gua_1:cHa11 , ~e- L ou dres, diz q ue– um '!)Oduros? ;ventilador f01 mstal la<lo r ecen te– mente nas m1nas d e carvílo de ' 'ottth Moor Os L_,·abalhos . subterraneos abran" em um· su perfic1e de mu itas milhos q uadt·adus é ,\ to<lu u m.iua d · , como . e_%ma sur aTej ada por um. unico- vient.ila_c.Ior. fo1 nocPsaa1·io Jan e· ,• .L ".,..."' Ih · · , ar m ,10 = u m ....,..,O.arc o que tiv se uma força cx:cepeionaL que fo1montado é o vcnti] d . . de w· addle. T em 15 ' a or pnv1le~iado -· _rnct:ros de d1urn etro e ó rnov1do por uma ma chma horizontal de r " P!essno, com um c_yli ndro de 15 eentirnet.~ 0 ; 1 nie diam?Lro. O Vl\por de -agua, co1u a J· • e- 40 k.Ilos por ec?timetroe quadrado,/~ -~ por tres caldeiras L ancashi re 'L=]u . 1 oecicJG– tirn ~em 1'-orçada. ' ' · eci• 118 por · Ó po90 de ar que comma.n ica cou 1 0 ventil a I fi . . lr a or e ,pa.rn o qoa 01 eap ec1n DC'nte cavaclo tem l> metros de ~ iiu~etro "ícima dos tub~a. ~: • uina. peça magwfica, -cmporndad11 d e baix o -at é em crm11. O ventilador foi bn pou co tempo posto em, movimento, e, na primei.a pr6va, feit.a sob a direci;rliü ,d!! Jmi6'l Farley, !lireot;or da, mmas. prodn~o um ~ohrme,00 ar &"llpCTiOT a 500.()()G metros cu'bieos-por rui:m:itos, tendo-se empregado um ,pvueo mais da metade da velocidade. Quando os trabalhos estive11c?1 co~pJctamun– .1e oonoluidos e ,sc 1mder a-proveitar totla a força do. mucliit1a 1)1! Tas oJtoogs, ~ilo é àe prever, serão muito -superiores. - ~ J

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