Diario Oficial 1894-Dezembro

- 20 Sexta-fc:ira. 21 C.\SO DE HYPERTIH~R~lIA Charles Richet citou ulcim:iwente perante a ,':,'or:,,,1ade de úiologio ele Pariz o seguinte facto de h;pcrthermia, cli~no da r,tteução dos ruedicos; Cma mulher da Sicília. morando num meio altamente infestado de impaludiemo, foi ataca– da eh· febre intermitteote, aprc~entanào muitas nuite.', uma temperatura axillar de 45 graus, 9ue foi tomada e verifi cada com muitos ther– moruetro:-. Hou\'e uma vez em que a tempera– tura uLiu a -!G grau.::;. O wedico mandou -lh e a<lm inistrar sulfato de IJUiniua, baixando a febre a 37 grau . Tendo a doente recabido por falta de cuida– do,.. foi medicada novamente com quinino, e de te modo sarou em poucos dias. ~ 0 Estados-Unidos, j fi um medico obser vou, numa quadra de extremo calor, . outro caso pa– tbolozico com 46 µ:raus e 1 decimo de tempe– ratura. O doente foi tratado a banhos frios, e a,,i111 se curou rapidamente. ----------------- ('OXTFCTIBILIDADE DAS OHAJ'Ul\IAS r ma revista scient ifi ca publicou ha pouco tempo o rr ulta_d~ _dos E!Studo;; de Hemptiooe ~obre a cootuct1b1bdade d~s. cb ammas. _ () u pparclho de qu~ H_emptmne SP ~er vm para as u:,,-. pt~quizas prelunmares compoe-ce de dou.~ el~ctr(ldos de platina, um dos quaes é ligado a um elemento :voltaico e o outro a um : le~trome– tro c·apillar. O apparclho fica con.~t1trudo de rondo que quando se interpõe um me~o condu– <•tnr entre o~ donA electrodo~, o mercuno electro- 111,,trn ~6be uo tubo capillar em com,equeocia da diff'.•rPn<,•a de potencial. 1 _ Collocando os elcctrodo. ~ uma mistura de hinxydo <lc azoto e de ox;v;:remo_em combu~tão, nú(I · sP verifica n~uhum e:ffe1to percept1veJ., ru~wo com uma força electro-ruotor~ de 160 n,lt.,. O re. ultado é cgualmente negativo com hnlrogeueio o bromo e o c:hloro. 0 À::i cxperie;cia~ c"ohre a conductibilidade cle– ctric-a das misturas dt>t?nante8 demonstr_am, ao Jtl •a r1· n c1ue uai- lDl~turus de oxygemo e de ('OI " ••, J • . } · lr·r.,,·rnio e de chloro e de by rogeo10, ha l)l - ' . . . ] . d <'l•ll•ludibilírlnde muito mti, a, riue mn a_se cn - c·<,ntra. posto que em n,c,uor !!Tau, na~ rui turas d .,..,,,.,nio e do oxy<lo dP carbono. e º•'Jr~ ·-· Descoherbt interes.·unte JJ, nrí Bcx:qul'rel apresento11 ultimamente (i. , i 1·• 1 ele ]'ari~ cw " E:U nome e no de A (''l'1t'll ' • b ~ ( 1 1 I >ron11niart uma nota so re a cor ver- , •nr eH > ,.. ' , d ,. ·1· 1 l ,. 1106 inscctos orthopteros a 1am1 Hl dos d••' e n,.. l h 11· ili·í-mi<lafl, C!liTUO, por exemp o, .aA-p y 1a . 1 j:~tcf' insc•ct-Oll tem o c·orpo achatado e pare- ,. , xtriordinariamcotc <"OlD uma folha– ec·rn-.' e. 11 'r ~e Jh · dr·u o nome de phyllías, ·•1z'iu por•1 · · "lb O 1 ' ,n"'º phullon, que qun chzer 10 a. B ovos Jo f!. ,,.. o•t<ii< tl'lll II forma de granulas e um r el ''"' P · 1 ' d · Pº . 1 ,Je ,,<tructnrn nnu oga a. a cort1yu. "(l lll"TÜ • ,. eu~ , 1~0 longe o 111imt ti~mo, que chegam Í,P V,l!Jl a ~ !] d 1 tu amente por 10 iasi comen o-se 11 to11111r-w· m 1 n,,~ outro~. 1 · · uu- · . , orriuc a R11n:-tau<:1a que os trnJe 1\h<1 i.·-o ,, p 1 11 d • • 1 , ror,ri~ c-hlor_np 1y a; emonstrou l vc·r< e 1' ª P ' · B < <' ; f'lo e 8 tncltJ r•spe<;troscop1co e ron J{ 'f"((lll"T< 1 J) J • o . e , ,] cstnrlo hi -to oi:r1c·o. .WJ1:1rt,rc '!,, ~e tiuliti a <"hlorophylla na conta de J\t'.' h•il · , . •luRivn J 11,. vr~etacs. O val_or 1b 1 ,ropl'l 1 'd:1<i<' t . e ,-on~i~te poi , CDJ ter de1xn<lo 1 •('olicrta - • 11 , - t n ,'l'a ' l chlnrophy a tauwem. ex1~ e no P ii lt ut c ,,uc ª , 111 •• ,,~ 0 11Je c•rdinarrnrucutc liC · dos uni " ·· ' J • • 41 rµ n 181110 f. ' •rua de ,. ranu n\;1Jl'~- e1, _o ut ru ,;ub a ol "' DIARIO OFFICIAL · .,,.m ALFANDEGA DO PARA' RE:SDA ARRECADADA Até o dia 19 do corrente mez . Hontem Total. 82 I :762$072 74:624$55 I 896:386 623 N ovas maravilhas Os in~deze~ começaram h a pouco tempo a construir em Londres uma enorme roda -balanço, ainda maior do que a roda Ferris , que figuwu o anoo passado na gra nde Exposição de Chi– cago. A rnda lond rina deverá ter 100 metros de diametro, em vez de 80, como a de Ghicago, e cada um dos seus ·vagõcs su ·pensos terá uma lotação de 1. 600 pessoas. O eixo, que ecr :í, uaturalmeote ôco, ter á 2 metros de diametro, e os seus mancaes serllo estabelecidos em duas grandes torres, collocaaas uma de cada lado da roda. N 'essas torres h averá. varias platafórmas, a ffue se poderá. subir por escadas ou elevadores. A roda será movida por uma macbina dynamo de forçn de 50 cavallos. · Por outro lado, os trabalhos da tone vVatkio . ' que se est{L construindo no We-mbley Parh jú e acham muito adea ntados. ' .E sa torre, um tanto par ecida com a torre E 1ffel,,terá 350 metros de alt ura . A primeira plataforma, a 48'",75 de altura; ter fL uma sala de concertos e varios restauran tes assim como ? 0 d ·d ' o ~ T an ar, situa o a uma altura de 152 metros. ~o terceiro andar haverá uma estação pos– tal e uma estação teleph ooica. No cume da torre, finalmente, haverá um observatorio e um poderoso fóco electrico. Qa_~~o rlevadorcs verticaes fa rão o transporte dos v1s1tantes atravez de todó é se colosso. -------•-•►---------- YITALIDADE COi\1PARADA . Um medico de uma companhia nprte-ame– r~c~na de seguros publicou interessant,e est.a– t1st1ca sobre a loui;cvi<lade comp:irada do ho– mem e da mulher. ~ impressão geral de que a mulh er v.ive ruais te~po d~ que o b om m e que aliás re. ui– ta da ex1~~enc1a, já provada, de um maior nu– mero de viuva do que vi uvos, fi ca a. sim cou– fi:mada, ficando tambero estabelecido que a vida da mulher, a de peito da dclicadesa do scx_Cl fraco, é em sum u1a bem mais r esistente e mais longa que a do homem. Sc~nd? o dados fornecidos pela estatística, nos_ pr~me1ro ao_n~s da vida, de O a 5 annos, a moital~da<lo feunm na já ê um ta nto inferior á mortalidade m:1sculio3_ Depois, as differenç.as acceutu~~ -se de maneira notavel para attingir ~ um 7:11 1mmo n~ :dade de 12 annos, em que a or~'l!idacle fo!111n1oa ê de 8,56 e a morta lidade femmma é de d,5G o a mortalidade masculina de 4,28 por 1.000. . D~ 12 n l 6. n ?ººª ( epocha da puberdade) a vi~hdatle femimoa pas~a por uma crise passa– geirn, sen<lo de 1ifi8 a inortali<iade das mulhe– res, ª~ pas.Qo <Jue a do homem só 6 de 1 18· mas do H; p-ua · 1 11 ' ' . , ' ' - annos a mort1üiJade do homem J~~ augu.e_nta, na proporçãc de 3, 2 l , para 1,70. ,m F~mda ? mortalidade masculina desce len– tamente no nivcl da fomiuina até aos 40 annoa epocha em que nmbaR a,i mortalidade;i attingeu; a 1,1 l pnr 1000. E~-ta edade representa o fim elo periodo da conee,)r•ão e é "UI d • 1 . . . , " ~ uv11 a n rnfl11enc1a da pnr- turivno que nugmtnta a mui-talidade fümioina nos nnnus 1•1~ reilcntl'S, Dezembro-1894 rnz-se que o p criodo' decen.nal de 46 a 5õ annos é o p e1·iodo critico para a mulher, mas 0- auctor da cstati tieii contesta o facto, affirman– do que nesse tempo só a mortalidade do homem é que é excessiva. A proporção da mortalidad attin."e entilo a 6,32, ao passo que para a mu- lher é de 3,47 por 1 .09!'1. '- A partir desse ponto a. mortalidade da mu– lh er augmeota rapidamente sobre a do homem, no periodo de 56 a 60 aon os~ que é o que se p óde chamar o seu p e:riodo critico. D'ahi por diante as duas mortalidades são muito d1fferen • tes, fi cando sempre a da mulher inferior á do homem. ------------------- º pofroleo na Inglaterra Como todos sabem, a Inglaterra é o paiz mai · rico do mundo sob o ponto d e vista do numero. de minas em e.xplora.ç:\o. .A.ioda ha pouco tempo, abrindo-se um poço em Ashw:ick Oourt no coDdado de Somer.set, descobriram-se iofit'tra ções do oleo mineral. Não se trata do oleo de schii:itO que se encon– tra frequentemente nas min a.; J e carvão e d e schisto. \. descoberta que se fez é de pe~roleo, verdadeiro, de muito bom petrnleo, C[Ue t_o1 ana– lysado por um perito muito abali.sa.do , s1r r~~ · verton R edwood, e pelo illu~tre geologo VI Llh– am 'ropley. --------<•►a. _ _,,_ _____ NOVO EXPLOHIVO Analysando com bioxido de sodio os residuos resultan'tes do preparo ao phosphoro, o fran cez R os eld descobriu casualmente um novo cxplo– siv0, que por um triz o uão maoclou para o outro muDdo. Apeza r de ~e ter hvrado de voa r pelos .ares, comtudo o inventor nã o deixou de ser cast igado, ·pela . ua descoberta, fi ca ndo com o bra ç o es - querd o ba ta nte ferido. . __ _ O alumínio ern . i é perfeitamente rnofl'.cu 1' 0 , o me. mo e póde dizer do biox ido d_e sod10. M~s estes dois corpos reunidos que se;am, co nsti– tnem um treme~do ex plosivo, que defl agra ao simples contacto d e urna gotta de agua. Fenos ada.manta.dos Na fabricaçllo doR ferros ada manta.dos, Fel~x Frm.ohot substituiu o diamonte preto por, dia– man tes crystalisados que nào se prestam u. la– pida-ção, por causa da cstructura, da e r ou de aJ,,.um dcf<.ito. '"'..l!Jstes diamantes são conh ecidos n o comwcr- cio europeu com o nonrn de Bvott..,, . Os diamantes cmprep:adus po~ 1) romholt são todos origiuarios d 'a11ui do Braz1l. , Os fenos ponteados de diamante _rreto tem sido vendidos em lar <!'U escala ás url1nas de ex– p loradoros de pcdr ei~s, e todos recon hecem o seu valor in coote tavd. --------------- EXP . IÇÃO L'NIVERSAL DE IlüRDEAUX Abrir-se-á em Bordeaux ti 1.º de Maio de_ I8Q5 uma expo,iç:to univer.;al, com 1un~ ~cção _particular consagrada aos varios raruos da scuncza Soczal._ . A commissão quer <JUe li {ii:rurem., nesse ent,do, além das principaes obras relalJV1L~ 8.º m;Sumprn, pu– blicadas neste,; ultimos 15 nnnos,--dingrammns, n~ap pns, quadros gr1iphicos, documentos photograph1cos ou quaesquer outros que se preud.nm ao _e,tudu do· factos ecouomico~, <lt!J110l{rapl11cos 1 morae,, crimino– logic;o,;, systemas penitencinrios, ele. Todos os objcctos, livros, documc~t_o~, ele., <JUe ~e referirem rt e. e ponto, dt:,·em ser_ <lmgidos a JJ,,,·1.:– hâm, professor de sociologia da .Pa,·u/tfatle de /.dtra, de .ilonlcau.·.

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