Diario Oficial 1894-Dezembro
1 . Sexta-feira, 21 DIARIO OFFICIAL Dezembr - 1 ' 94. - 19 ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ acido carbonico, fixando o carbono e despendeu- tanto prova vcl que, oom os progres os da !lcien– do o oxygenio regenerado. · .:ia, a chimica demonstre que o protoplasma Parece que ha certos sêres vivos Pxceptuados de!les teu1 uma composiçào approximad,l da dos <l'essa classificação geral. Assim, ha animaes ammaes. . parasitas que só vivem por endosmose e que nlio Sob o ponto de vist.'1 do para ilismo, ha ainda Mw bocca para e1wulir os alimentos. 'f ambem outra cousa. Animaes e cogumelos s:lo parasitas ha um certo numero de vegctaes commuus que ,destruidores dos vcgetaes e de si proprios. As não ·ão coloridos de verde pela. cblorophylla. al1'!as parasiras representam pelo contrario um Não ha n'•iste mundo regra sem excer ção. E' pn pel de protecç:10, de symbiose, de commensa– prcciso que nos cont entaruos com o que pos- ]ismo, entr~ os sêre: que os abrigam. Com os suimos, sem pretender perfeição que est{L acima cogumelos formam ellas os lichens; com os do nosso alcance. O proprio sol tem manchas animacs que ellas coloram de verde, os ajudam que a cada pas~o se renovam e não deixa por na lucta pela existcncia, fo rn ecendo -lhes carbo– isso de ser entretanto um astro ful gurante. no e certa geléia nutritiva. .Accrescc que as exccpções que se referem {t Em resu~o, comparando-se na natureza os nossa classifica ção têm relativa mente pouca iro- cogumelos com os vegetaes, vê-se que os pri– porta ncia. Os para icas sem bocca derivam de meiros sompre se afastam dos segundos para se, sêres mais perfeitos, que tinh_am bocca antes de approximarem dos animaes so~ o ponto de vista se afundarem no meio em que seus descendentes I de suas fun cções. Si a sua parede ele cdlulo. e encoutram uma alimentaç:lo j .í. digerida pelo impede qu e os identifi quemos com os animaes hospede que os abri;ra. A. pelle desempenha (por ser clla de natureza \' cgctal), o conteúdo n'elles o papel de uma mucosa digestiva; têm de suas cellulas lhe:; faz com que represent<: m por bocca :t propria bocca do animal de qúe ellas papel de tal modo diverso do do vcgetaes vivem como parasitas. ve rdes, que a gente se vê obrigada a formar um E' tambem as~im que os vegetae desprovi- reino (t parte, imposto pelos limite. da j usti9a e dos de chlorophylla vi vem (como parasitas) de da verdade. outro:; vegetaes, que a p0$Suen;i para dous. , Vê- se o quanto estas c.xcepções sã.o mais npparente., do que reaes. V amos agora ver o motivo por que elevem congumelos constituir rP.ino i parte. Até aqui eram ellcs classificado no reino ve– getal entre as al~ns e os lichens, apczar de di ffe . rirem dos vegctaes por caracteres ph_vsiologicos mo import.'lntes que dão o direito de serem clas– sificados ent,re os animaes. Certamente que a parede de suas cell ulas e uma membrana de cell ulose, como a dos vcgetaes, mas o seu con– teúdo é mui to differente. P rirneiro, l:L só se cn, contra o amido por cxc ·pção, e, quanto á chlo– rophylla, é coma que lú nfto ex iste. De fórma qne r. tes sê-rcs pre"nchem fu ncções differentes da: fun cções elas plant.'15, e que se approximam singularmente das dos animaes. Os cogumelos crcdcem coroo parasit~1s de _sêrrs organizados, vivos ou mortos, cm líquidos orgaríicos ou em tecidos organizados que ~llo por clles progressi– Yamcnte reduzido. nos primitivos elementos inorganicoe. Os animac e alimentam de sêres organizados que são parcialmente decompostos e que nu nca silo reduzidos i,i tr;fllui a seus elemen– tos fu ndamcntaes. Ü8 cogumelos oporam in to. tum essa decomposiçãO :-transformam a aréia em carbonato de ammoninco. Fl' entfto que sur– ~cm os vegetae por uma vez, prod uzindo a materia oro-un izada com os proprios materia es tirados do ;mndo inorgaoico, 1m1 teriaes que lhe foram restituídos pela acção completamente dcsorganizatlurn dos cogumelos. NOTICIARIO CAIXA E0.ONO3IICA nI.A 29 DE DE;\ EMBRO Entradas (25)..... .. ....... .. .. . Retiradas ( 16) .... .. .. .. ....... . Saldo... ...... . .. ...... ... .. . 9:34:-sooo 6:3566302 2:988$698 O PETROLEO E ~I SU."II ATlh \. A exploraçlío das jazi:fos de petroleo desco– bertas ha. al/!uns :moos na ilha. de Sumatra tem tomado grande incremento neste8 ul timos tempos. Durante o anno de 1893, a producçiio foi ele quinze a vinte ru i! caixas por mez. Estas j azidas fi cam ua prov incia de Lanh kat, ao norte da ilha. O governo colonial hollandez fez ruui tas conce , ões a capitali tas hollandezes e inglczes, sendo aquclles o;; unico que até hoj e têm sabido explorar as minns. .A ex.tensão dos terrenos concecliclos é de cêrca t.le 828 kilometro quadrado , tendo os peri tos declarado que ha riqueza immensa de pctroleo em toda e5. a zona de Sumatra. Sào de um hygicnist.a de n lor, a linhas: se·•ui ntes -A carne do_ boi compõe se ~ uru:1 mistura de corpQ albunnoo os de gordura, e de sac:1 abundan temeote a:"ociados ú ap:ua; i~to é, encer– ra a mafor parte do elementrn do ~a np:u1; e p6de ba tar por i só, durante rn uito ~cmpo, para a reparação da. perda do t>r~:1unno e para a rn anuteução da \-ida. A materb nutri– ti rn da carne cst:Lprincipalmente na fi bm ver – melha, que é a parte de cowposição quasi ana • Ioga {L do !iangue. Os tendõ ~ . e n;; membran:is que in volvero as fibra.. con\·ertem se em gela– tina. Suppm,ha-sc erradamente, d'.n_ntes, que a mão de vacr,.'l era for tern eotP nutn t11·a <', corno tal se aconselhava aos ind i,iduo · debilítndos, convalescentes, etc. Hoj e s:.1bc-sP qu e 6 das parte menos nutritirn do corpo do animal, e que tem além d'isso o inco nveniente de se r de diffi cil digestão. A carne de vacca nao é esseR<;ial rue11te infe– rior :í. d0 boi· ma , quando o animal tem pa a– do grande te:iipo da sua vida a produzir leite, tem perdido em carne e _ew vor~u1:a o tluc n'aquellc liquido tem forn ecido; e d ah1 provl·m que a sua carne, não se tendo melhorado J,C'lo de-canço da vacca e pelo empreg~ .de e~ rtos cuidados é mais dura e menos nu trmrn do que a do boi.' Tambem menos rica é do que uma e outra a carne de vitelía, na qua l diminuo relati• vamente a quantidade de t:ibri ua e é em maior grau a uh tanaia gelatioo'a. A carne de carneiro 6 muito analoga, sob 1> ponto de vi -ta do principio nut riti,?s, :t ~o boi; mas é mai durn e sêcca, e contem mais gordura.. . . A carn e de p orco é mais abuad,'.n te ew go1 du ra qu e as antecedentes, wa 1:1a1_ pobre cr_u ~ubstanuias albumi nosas e de urna d1ge tflo ma1~ difficil. A carne de cavall.o novo é tão nutrit iva e ,fo tão facil digestão, como a Jo . gado va ceurn. D'ella se foz boj e um consumo 1wportante eru F ran ça. D'entre a s ru:c.•, usam• e prine:ipalmente nn.. alimenta çf10 a gallinha , o perú e o pato. A_ ca rn l} das aves 6 de sabor a~radr,vcl r. J e d1gest:lc,, fa cil-principolmeute a 'da g:1ll inha-:-; ó PJ E.no .;; nutritiva. r1uc as que cnume~·[rn.10s acima. . . A carne do p ci:ce' é muito na'no· nutr1 t1v,~ do que a cios anima es de 1,a11 ~ue . Y~rmclho. Quatro quintos cio ·e_u J'?ZO . 'íll 1 ·onsttt\11Jo; ~or agua. Esta carn'e, ordrnurnuorutc hrnnc,1: cout c• rn pouco auguo, poucu fib rioa, mu ito tC'wlo gPb– tinoso O principalmente uma gordurn phospho– racla muito abuotfou tc. -------·~•------- EXPERlE~CIA. SOBRrn O ~~x1m1 1 0 Üi< vegetaes compõem a materia or anízada, os animaes a dcc:ompõem parcialmente, e os e - gumelos concluem a decomposição qu e até en– tão ó era cm parte ( 1). Port.rn to dcirntc de sua funcções, Ol'I cogu– melos mui t~ se approxiroam do animaes, e, sob c, tc ponto de vi,ta, 1,e separam cru ab ·oluto dos n g •tnes. Como então se pôde cm rÍ/!Ol" oha– m; l.os animw's, é muito nt1tural que formem um reino á parte. Como os po90 ficam perto ela costa , o ga tos de tran. porte e ele embarqu e , ão ünplc mente insignifi ca ntes, e, como a ilha po-suc um porto profundo e muito bem abrigado, tod,Ls as cir– cumstuncias locaes fa vorccem cxtrnnrdinaria– mente es o ramo dit indu tria sumatrcn·c, po– dendo os hollanclezes fazer uma cone:orrcncia ltim11mc11tn o fmocC'z Daniel fez vnri,i~ ex– em regra no petroleo da Rus: ia e dos E ·tat.lo ·- porieocia obro o ~uxC'r tv, r~~istra ndn l101/ú~ Unidos. factos 1 1 ue co ntrad1·le111 m,111lle t:1111e11 te unu Nllo f! de hn muito eahiclo que a combustão e n pntrefacção do~ cogumelns redunda em pro– dutto1; que cheiram absolut;\meute a chifre,, pellos o carne,-quein.HHlus ou pGdrc '? E' por- ( l ) Em certos c,isos chegam os n11im,_1cs no eml:mto !l decvmpnr completamente n mntenn orgnn11.a~n, sem necssid:llle da inten·cnç;,o dos cogumelos.. \ ssm1, e\ht1lam clles nci,lu cnrbonico pela r<::,pir,\,;,,o, Isto, pJré1n, é -~.t:,O ~XC'. pliUll:tl. --~----•...-------- opiniilo nrnito otu voga e qm' ,i.'t teve u~ fóru!'.I CAüSA D S TERRE:.\IOTOS de um principio, a abtr,-qtw uw YC):;ctal cn- Aproveitnndo n opportunitlade de uma communi- xertado em outro qualquer ~ü tlc~en,ol \'C l'OlllO cação so~)re o~ te'.rem_otos de, Z:mte, feita por Jssel t\ se tivesse nascido ua propria ldl\l . Aratl,•1111as de Scun.-uzs de I an1., o geologo St:mislas Depois dC' ter vcrifü·ado qu i as plilU!,1' hcr– l\leunier mostrou que os pormenore fornecidos por bt1ccas aunuac.,; bo cn\'.ert·HU Llt~rn-· nus t1utrn,;, nquclle oh·ervntlor vem confirmar plenamente n sua D·•u·icl llU."el'\'OUque O cuxert,, le1tn nu.m JH' do thcorin sismica. Q ~ j Segunuo Stanislns t\leunier, t\ forc;n mechanic!l u• couve ,U urna l'l11 n.ta llltii~. folhu,l.i, 111 •1_ 1~ /''H,,, bitamente desenvolvicb, nas profundiclndes dn crosta COUl uru teeido mal~ ma 'IO l' \'011\ um dil-ll'ú do terrestr~, ~csulta dn evapomç,10_ i!lstantnnea ?u talvez cou,·e pouco pronunciaJo. . . . . cb p11her1saçn~ dn agua a prec_1p1tar--e Yert1calmentc Heforin<lo outras C'x.pen~ni:1,1•, Du h,11 tr& na~ reg1,1cs mnis quentes, deb.u,o d:i. fúrnrn dn hu111i- j J rt 1 - t' 1 ll~ o t'US.l'ltO d.1,k co11tidn nas rocha~ que rolem, pelas paredt•, <ln~ mu~tr:1 tam >CUl f[ ll<' t;tll ce, ~ . · · · · g:. ndc, [,\Ih.is ,mbterr:mc,l,, mo litica ·t pbut,\ em 11u t• 1 i:1t '· •
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