Diario Oficial 1894-Dezembro

IJ UC j:b se tinha despendido um milhão J e cru– ;.adus. A1- obras exteriores que frearam por concluir !'ão um antro revilim ao nort<', duas bateria;; baixas a leste e um reducto ao sul. O pessoal (ser vente&) que trabalhava nas ob1as era tudo de índios ( tapuyas) que vinham de .a rr.1 y11los, E~pozendc, Al wcirim, e das al– deia~ do :S:ingú, P acaj.í. e Anapú. Vinham fa . zer o detdhe pc,r dois mczes. Gran le parte dºellcs a hi morriam, uns desastradamente pela natureza do serviço, outros por molestias adq ui– ridas. Tr:ibalharnm din riameotc 100 e mais pe5soas que eram tra tadas com grande rigor, sendo raro o dia cm q ue um1 ou mais não fos em seviciadas. To dia l!) de }forço (dia de S. J osé, oraio da cidade e da pra ça) de 1782 ouvirnm-se os primcirus tir0s do baluarte po rue~mo nowe. )í'esrn armo ficaram montadas as peças dos quat ro baluartes em numero de 56. - .Nos dias de grande gala dava a fortaleza trcs :-ulrns de 21 tiros, o que chamavam-Salva real - , ~cudo a primeiro ás 5 l f:!, hor:is da ma– nhã, a S"~nn d·1 .í 1 hora da tarde e a ulti ma á: 6 horas, ~•an·iodo _todas as peças: Além da~ montadas nos baluartes em rrparos a Onofre, tuootar:1m mais 8 peças de bronze de calibro 6, eu1 repa ros rodantes, a que chamam pe~•as de campa nha. Ahi fun ccionava a P ro\·e– doria creada por carta regia de 6 de J ul ho de }771 e approvada pela provi ão do Erario de 9 de J ulho <le 1773. Constava de um Proved{)r commissa rio com 100 ~000 de ordenado aonual· de um Almoxarife, com 50$000; de um ~ sc1-i'. vãr> d<,s armaz..:n,; e do ponto dos operarias com IJSOOfl, e d' um Fiel dos armazeos com 60$000. 'Tioha a seu cargo a cobrança \da dccima. nrb:1na, ci-a e meia cisa, sello do papel, scllo do p~noo de algodão, do contrar;to de ag uardente de caona, da ma rchaotaria, o dizimo do o-ado -vaccum e ca vallar, subsidio litterario e o cu~ati– vo dos escravos no hospita l da praça. ( Baena -H,w1lo Cr1ro_9rapliico - l érú-Jf acapri – Pu_q.. no p .J.Jl ). K o dia 13 de Julho de 1785, quando O 6. Bi~po do P,1r,'.L, D. F rei Caetano Brandão e~ . ua visita pu~toral, baltou em l\Iacapá, a forta– leza ~:iudou o rom uma sa lva de 56 tiro", tantas <1nanta~ 1 ram as peças monLa das nos baluartes. Eto Junho cl e~l8 18, quando o capitão-neoe ral , Uovrru:idor do Paü, Conde de Villa-Flôr'. ·altc,u rui :.Ltcap(t, foi sa udado com in-ual nu- mero ,lc ti ro,. .., reboq ue do batel.ia , uma montaria presa por uma e.:;pia wuito comprida e tripolada por dois iodim,, com ordem de içar uma bandeira branca toàa. as vezes que uma bala attiogissc o alvo. l\1 uitas balas, antes de chegarem ao alvo, fazi am um e mais recochetes, outras afundavam– se e outras pa8Savam além do ponto em meio, não conseguin do acertar uma só vez, nem mesmo o padre Gregorio. l\Iandaram approximar o batelão e re6omeça– ra111 o exerc:icio, mas aind:t d'esta vez sem nenhum resultado satisfactorio. As peças que·mi ravam o sul, eram alvejadas em um grande sutnahurucira, n'uma ponta de terra chamada Mucaj azal, e onde foram errados co n,;ccutivos tiros, conseguindo apenas o alferes Caetano Alberto derru ba r um ga lho com o unico ti ro lJUe, cm touo o exercicio, foi acq– tado. As peças do lado do norte eram alvejadas sobre um morro de pedras, a que cham; vam Gui1u fo .5te, dista nte !}3 braças, e que i_ocia hoj e se vê ao entrar na cidade, bem em frente {t rua da l'raia, mas j á em grande parte derrubado pelo co nsta nte embate das ondas, N 'cstc al v0, por _ser o mais proximo, acertaram quasi todos os tuos. Querendo fa zer expl'rieocia em alvo mais distanciado, miraram um grande a~saeuzeiro que fi ca va _na beira da praia, Do ponto que fica aquem do 1garaµ é J aodiá., uo qual foram erra – dos todos os tiros com gra nde co ntrariedade para os artilh eiros que, por is:,o, o baptizaram por P aii f eiticr:fro. Ha mais de 70 aonos que essa arvore dem– bou por ter o mar comido a p{)ota de terra em que vcµ:e tava, conservando, por<'D>, o lol!ar o mesmo nome: que lhe foi dado pelos artilh eiros despeitados. Em 1860, sendo commaodan te da forta leza o ca pitão Oandido J osé da Costa, o presidente do Par:t, que era então o conselheiro Antonio Coelho de 8 á e Albuquerque, .ao desembarca– rem em Macapá, foi saudado por uma salva de 21 tiro que foram repetidos por occasiào de seu embarque. Eg uaes honras tiveram: em 1864 o presiden– te dr. J osé Vieira Couto de Ma<>alhü.c · em 18 dP .Novembro de 1865, o Bii,po" dioce~:rno, D. A otonio de 1\Iaccdo Col:lta em sua visita pasto– ral ; cm 18 de Dezembro do mesmo anuo o Bispo de Goynz, D. J oaquim Gonço lves de Azevedo, que para lú, fõro a convite de D. Ao– O sq; nn,lo comma ndante e governador da tonio, commaodn odo a, praça o coronel da JJTa<•a t' ,ilia , o Mronel Muooel U-on çalvcs Me- G~arda Nacional Procopio Antonio Rolla So– !linéa. m_,rn<lou fazer ~o ca~po que fica por brrnho; cm Abril de 1867, o presidente dr. traz Jn Jurtakza, na d1staoc1a de meia Jecrua P edro Leno Velloso, sendo commandante o co– u!lla _excara~fw e lcva_n t:n um alto parcdrw que: roncl, tambem d,, Guarda Nacional P edro da d1•po1 ~ ,fo cawlo, Sl'l'\110 ele ako [L pontaria das Silva <ln Cun ha de Loureiro. ' pei;u~ que dava11J JJara o occidcnte e ao qual N 'cs. e tempo a fortaleza de ::\1 aca pá, que iJ.,raui O ucime de Beirr,l, que oiod~ hoje con- i;empre foi a maior, mais solida e m~ is bcllu d-o ser va , hav~ndn apcn:ifi, como unica lembran ça Brazil, era cgu'.l lmente, se não mais, tilo bem 11111 rncJJJt,"ic! d" tcrrnHor,dc ainda ,:;e " ~ UH bura'. armada e conservada como as melhore~ praças co~ p1wl<luz1•~0~ pela;<; Lalucls 4uc uttin~-iam O alvo. d'armas. • 08 Ullllll).!;OS, ,L tar ~, O Governador e as TJ pl' · oas gr,11laR da trrru, iam a~,i~tir 08 tiros oje peoalisa visitar esse monumento de diii ;! i,lu,., no P 1. irul, t;enclo raro O que dava nrchi_tectura bellica, esquecido o'e:,;se canto do n~rtu do ai' o. Bruzil e, com certeza desconhecido drn,:cjlie, i::e o ~ • • ~PS fm1ueutes excrcicius de arte militar <:onhccc"sem <levidameote dar-lhe- iam o valor <li tiugui,1~e o padr0 Greµ:u rio AlvareA da Uosta quo realmente teru , n11.,, o ' <leixaodo abandona, 1. t d l · • ' do, seru repAt·os, SuJ·eito a crescentes deteriora- 1:nno coa, JU or a 1mroc na e r 1 uc foi conRidc. rado c•oruo o priw t:iru art ilheiro d'eHte tempo. ÇÕCR e final desmoronamento, completameute Vira 11 lv<•iarcm as ric<·us , 1 ue d:wutu p· . dc 8 .ª 1 :ma ,lo, transformado n' um presidio militar • J , , • ,tra O I' 1:IVIJ. 111.1 r mandou fund ea r 110 ru,·w <ln h:d1ia <iuc H • . . ahi fvr111a o A mazonai;, na d.i1-tancia de' nm· 1 d • o us poucas pcRso:tt, fj ue a passc10 ou HO ,, 1 li a ell<:lllpenho de nlcruma lllbsf10 tem ido ·i .l\Ia, J, •• U:J 11 111 oalf.' :1r, ve 10; (' pnr,1 sa hcrnn1 fj llllf'S 1•nr,: J f' .,. l' 11 · , . ' . r, J 1 - " e" ' • pOU<! lll ·1zcr ( C 'l lHU ]U'tO eCJ'l('(•Jto 1 tJdui; 1•rn a·.-.,m nu a.vo , m n,l,JU <.:0l' 1ear a 1,,.. 1 .. 1 7 · · J • ' · ·- 11 · ' • , ·, i •· < ' i-1 ·u a miraram c<,:t m~ran 10°n obra que nenh uma descripção ser{t capaz de retratar tão fi elmente como ella é. E o facto de ser desconh ecida por assim dizer de todo o Brazil, foi que deu Jogar ao abando– no e menosprezo em que a deixaram, chegando– se ao ponto de ma ndar vender por 30 r ei!.' o kilo os ca nhões de bron ze e ferro que a guar– neciam, dos q,rncs coo.ta existirem alguns no .Muzeu de Londres, presenteado pela Compa– nhia do Amazonas que os comprou. E' até onde pode chegar a fa lta de nmor ao que é nosso, ao que nos lembra um passado feliz, que attesta ao extrangeiro uma epoéha da nossa historia e que é, em summa, o resultado de um trabalho colo.:~al e de uma somma avul – tada, qu e foram gastas em benefi cio do pa iz e quE o Governo Geral, quasi sempre desconh e– cedor das condições dà nação, uão soube apro– veitar, pensando que nada se tinha a perder. Coronel PERNA:s>DO ALVALlES DA COSTA. NOT'ICIARIO CAIXA E CONOMIC.A. DIA 19 DE D};ZE)lBRO Entradas (19).... ... .... . .. .... . Retiradas ( 14) ..... . . .. . . .. . ... . Saldo.... ...... . . . ... ... . .. .. 8:243$000 6:638$"141 1:G0.J.$55ô --------------- PEQUE ~ O PAR AJ1/, 0 R eferem revistas scientificas qu e li a nos Es– tados- U oidos umn cidade que mer ece o titulo de- cidade hygienica. Tem essa cirlade uni perfeito systema de ex– gottos e fo ntes abundantes d~ excc:l~11 tc ag~a– L {b não se conhece a malana, a t1~1ca é ran s– sima e as doenças iof'eccio.~as são em geral de caracter mui brando. A molcEtia nrn is commum n'esse pequeno paraizo é o caucro, q ue c:l1ega mesmo a ser fr~– queote. J,{~, a mortali dade não chega a 1O ob1- tos (9.GO ) em cada 1.000 pessôa , ao p:isso f_l ue em todas as cidades varía e~s,t proporç:10 entre 17 e 26 por 1.000. . Ch;ima-sc l\1iocapolb esse pequeno para1zo_ e fi ca a noroéstc de Chicago, i"t margem de M1s– sissipe, no E stado de 1\1 ines,,tn. ----------------- ALFANDE(, A DO PA R ,\ ' RE:-:JJA AIU<1>:!" \l!ADA Até o dia 18 do conente mei . IIontem Total . ---------·------- Luz o l ectriGa Tratava-se o mez pas ado em Pariz de illuminar á luz electrica a Carnara dos Deputados, c~m _m~talla– ça.o propria. Fez-se o orçnruento dns _pnrne1ras des– pezns, que andou em 200 contos (cnmb10 ao par); de– pois o orçamento da d cspt:1.:i nnnual-2~:800$<?<JO, despeza que com os gasto, de oleo e gnz sobe hoJe a 48 contos. . De outru lado ficou dernon:;trada a economia <1ue a luz electricn produ zirin por nnno-19:200·000, :co· nomia que dá pnra amortizar em 10 r nno, e me10 o capital empregndo na iostallaçào. A commissilo da camara nomencla para taes estudos, apresentou relatorio fornraYd '' idén. . O re!atorio foi acceito e a ilhuuinnç.10 por ln cl.:c1nca vai ser uma realirl.1dc, ,,. t j

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