Diario Oficial 1894-Dezembro

i 1 1 Terça-feira, 18 Thezouro doEstado EXPEDIENTE DU DIA 15 PETIÇÕEl::l AdriM Diniz.- Remettam-se os presentes :autos ao sr. dezembargador Vice-Governador do E stado. · -Narcisa de Figueiredo Rocha.-Volte ao sr. Intendente de Obidolj, afim de que fa9a pre– ench er a formalidade a que se refere a secreta– taria desta R eparti ção. -Ma1·ia de Nazareth B erna! Nunes e outra. -A' Contadoria. -~I. J, R ebello Junior & C•.-Informe a 'Contadoria. -José Chaves da Co~ta.- Certifique-se. -Caetano Mon teiro da Silva.-.A.' Conta- doria. -João J osé do Nascimento.-.A' secretaria para os devidos fin ~. OBRASPUBLICAS, TERRASECOLOU!SMAO EXPEDIENTE DO DIA 17 Foram approvados os autos de demarcaç!lo das teraR do patrimonio da Intendencia munici– pal da cidade de Obidos. AUTOS DE REGISTROS DE POSSES D e J acintho P ereira dos Santos, distri cto do Mosqueiro. V istos estes autos etc., etc. Julgo a posse nas condições de legitimação n a forma do do artigo 5° § 6° da L ei n. 82 de 1_5 de Setembro de 1892, afim de ser expedido titulo de poêse devidamente registi·ado, pagos os emolvmentos. -pe J oanoa de Oliveira Teixeira, ~m B ar– careoa. Idem, de conformidade com o art. 6° § 4'? da mesma L ei. lt EQUERBIENTOS L oureoça Francisca G orn es do :Amaral Costa.-Como requer. -Luiz Alve~ da Silva.-Ao eocrenheiro Da- .li o masceno para ven car e in formar. O amanu ense, H ENHJ<JUES. NOTICIARIO ALFANDEGA DO PARA' RENUA AR RECADADA Até o dia 15 do corrente mez . llontem Total. ·-· 653:073$493 71:I08,S986 724: 182$479 MINAS DE CARV~\.O DE PEDRA A con trucção cta estrada de ferro transiberiana fez com que se de;cobrisscm novas minas de carvão de pedra na Si be1ia, demonstrando a:; ·ondagens realisa– das que o paiz a esse respeito é mais rico do que se imaginava. · E' assim que se encontraram importantes jazidas na bacia do rio lrtich, que j{1 n 70 metros de profundida– de dão um bom combustivcl. Jazida mais importante, porém, se desenvolve pelo \'enisei e pelo Tchulim, n'umn ext«-nst\o de algumas centenas de kilometros para o norte. E%n mina contém um cnrv:to pardacen– to de qualidade métlia , mns a exploraç!\o dos seu, grantles deposito, póde tornar- e pnra o pait uma fon te importante de ri p1cin, DIARIO OFFICIAL PI·IYSJCA lJO GLOBO N'um sitio da Columbia, em Cascatas, ha u:na montanha que se poz a viajar. Trata-se de uma cadeia de basalto escuro, com tres verti ces, tendo 10 a 12 kilometros <le extensão e a altura de 600 melros acima do nivel do rio que lhe fica ao pé. O penspmento de que essa massa est:í. em movi– n~e~to talvez seja o ultimo que occorra ao espírito dos v1apntes que passam por lá, e entretanto nada ha de mais certo; todo o massiço e desloca lentamente, mas sem parar, descendo em d irecção ao rio. Eviden– temente, em epocha não mui remota, o rio ficará de– tido em seu curso e formará assim um granrle lago, de Cascatas a Dalles. Nesse movimento de translação e descida, o ma i– ço já soterrou uma parte das florestas que ficani na sua ba~e; e os engen(1eiros da estrada de ferro que o mar– gem lambem verificaram que a linhrr é continuamente repell ida para os lados cio rio; j:í. se tendo deslocado uns p-es metros no decurso de alguns annos. Os geologos attribuem ~ phenomeno ao seguinte facto:- o basalto que const,tue o centro <lo massiço repo~1sa sobre terrenos ~10vediços que as aguas arras– tam mcessantemente mmanclo assim a montanha pela base. OBITU ARIO F alleceram hontem e foram sepultados : De febres:-José da R ocha Lima 45 :1000s cearense, branco_. filho de Francisc~ da R och~ Lima. -De tetano:-José dos R eis do Nascimsnto 25 a1mos, piauhyense, pardo, filho de Mari~ dos R eis do Nascimento. -De desinteri a:-Roberta l\iaria da Con– cciçno, 68 anoos, maranhcnse, parda, solteira , filha de J eronyma dos Reis. -De infl.amaçl!.o de fl gado:- F ra ncisco F er – reira Chaves, 70 annos, cearense pardo filia- . ' ' ç1l.o ignorada . -De t uberculose pulmonar: - Marcolino J osé da R ocha, 20 ann os maranhense branco filho de 'Clara i\IaC'hado. ' ' ' -;-Nascco morta uma creança do sexo mas– culino, par~a, filh a d e E ugrnio Ca, trc. --------- REVISTA DA Sociedade de Estudos Faraenses VIAGEM AO CU 1INÁ-GRANDE - Continna9ào- No dia seguinte, terça feita 19 do mcz se- . 1 . , l ' ' gu,mos pe o 1ga~·ape e e rngamos á, grande serra ás 10 horas do dia. Tem ella pouco mais ou menos ......c_ha1!3av:'l.o-~a os iodios Oaranirini (ser ra de CaraJeru). Subrnmol-a. Que magni fico horizonte e~tendeu-se aos nos~n.s olhos!Que bello panorama contemplamo~ do cimo da serra! Todavia. nada vimos do que bu cava1;00s; de cemos e co teamos a serra e forno, pcroo1tar, mortos de sélde e em acrua, em um ubirozal, já. alg um tanto.desviado <l; llerra. No dia 20. quarta fcirn_, de ej ando continuar a ~xplor~?ílo at6 ao meio dia , j(~ por falta de farmh:i, J:~ pon~u~ nem todos os companheiros . .. .......... . .. des1st1mos da no sa intcnçrto O {i 5 horas da tarde abra,;uva no U rucnri , OIU no a bRr~·aca , ao tenente L eon el, sempre jo,Tial e ohc10 de coragem e de e pcran ça no bom exito da emprczn. .(! dia seguinte, 21, quinta-feira, pasf!amos ah 1untos. No t.lia 2:!, sexta-foira , partimos parn conti– nuarmos a nos. a explorn ç,ll.o, por oa nôa; commi – p;o for~m o filho <lo tcnr ntc, de nome F mncisco Antomo J~aza~·o, L antcrio, Jo ó Pires, A nselm~ e a g•:utrn, rn-lo por tel'J'.1 mnis tres, Jo, ( de Dezembr -r891, 49 5 Souza, J o é L ea ndro e Agostin ho }Ioisinho. Tendo de emba rcado na terr:\ prcta-tapéra do preto Torú. pernoit:.ino~ :i ma rgem de um i~a– rapé, que nos disse a gentia chaurn r- e A. uré– mércpêrcpere ( ig:1rapé onde la vou-se um ca – chorrinh o). j'fo dia seguinte 23 sabbado. ,í. 6 hora d.1 manhà, proseguimos o no o e2mioho, ,ís 11 horas reuni mo-nos com o nos-o., 3 companh i– ros e ch egamos {i, ponta tia UJe.8rn1 ~errâ :11.;ima dita. E xploramos e ·a ponta. que , e acha :1 oeste e de nús ainda desconhecida. ubirn os de no, o e fomos aba rra1:ar-no junto , ma- do outro lado da serra. :No "dia 2-!, domingo. ali pa;;;:ou-se. No sesuinte dia 25, segunda-feira. não e tendo encontra do nem ao menos canocira. vol– tamos e ,,iemos pernoi tar junto de i"uu igarap~ dito <lo Bacabal. Dia 26, ter9a-feirn, ali pa~ amo-, percorrendo os companheiros os lugares visinhos das 11 horas em diante, quando pa ~arào a chu \'ai. Diii 27, quar t..-i-feira continuam() o nos••> regr~ o e pernoitamos á, ruargeru <lo igar,ipé dito da Oachoeirinha. Dia :3 , quinta-fci.ra percorremo. diverso;; ln~a res sem encontrar cousa alguma. No dia seguin te, 29, ext-a -foirn, vicrào p-.1r canôa os meus companheiros com a ciccep i;ão de J osé P ires, A ntonio Lazaro e J o ·é L eandro que commigo vieram por terra; ainda iove,ti – gamos o lugnres aioàa por nó oil.o , istos e ,ís -! lt2 horas ela tarde portamos no Ourucuri em ach armos malocas on ao menos a c:1poeira, que todos nos affirmaváo exi, tir por qualquer parte de ses lu~ares. Ach ei com sa i'1dc a tc,do os cJmpa nheiro~, especialmente o tenente e c:om isto consolei- me. D ia 30 sabbado, e 31 doruinp:o che~nu n, on– sicur J ul e, que aba rracou-se :1ei ma de nós, pouco abaixo do iga r,1pé denomi nado Rio frio ou Agua fria. Dia l '? de J anciro de 18i7, segunda-feira, ainda pa amos na nos~a barraca, occnp,t los em no prepara r a prosep: uir a ooasa cmprrza . Diu 2. terça-feirn, pelas 8 1/2 hom · da ma – nhã, partimos em duas caoôas, indo ua em <fUI) ia ett o T enente Leonel, mq uanto q ue os lll u::J companheiro de viagem fora lll o tilho do 'Te– nente, Frno r.i co, J osé P ires, Jo é Ago.' tinht> L eandro Ao·osti nho Moi ioho, Anselmo Fran- ' o 1· . '-' ' cisco dos Sa □ tos, o crcoulo .,aL1teno, oan t Aonã- e os rrcntios Anua e Porfiriu. F;mo pe ~noit.ar em umti ilh a cliamada p<)I O::J: mocambeiros «Ilha Grflnde", junto da cacho'"ir,~ do mél, tendo já, pa,·sado no dia antecedente uma bem forte corrente. D i,i 3, quartn-foira , pa amos a_ uu_chorira do mél, que e compõe de dous tcrriv_c1 bancos e de correutes violento,, ma. qnc obn gílo n varar caoõa; chegamo, ao varador ús 3 horn · mais_1,u menos; tendo vara lo u oo' ea c:rn6a, pcrnolta– UJOS da parte ul óm do me. u1O t nnitlor. ])io. -1, quinta-feira, pdn~10 horns da m11nh~, apartamo-no.~ do T enente (]til! volto_tl o HC~n irno~ o no · o de tino por um Pnnrn ú nm ; pa~"Ulll•l" tres violentas cachoeiras e eh cp,auius :'L p;raml • cnchceira do R etiru, defronte tlc nmtl tapém tlv mesmo nome e ali pcruoitiw10, sobre uu1u Jio nt:~ de fiun e nlvissima ,,reia.... Te, ta cochot•im c·h c;.:.1- mo (1s a 1/2 hom.~ lia tade. .'l.o \'l'I" e•,a Ím • mcnsa cs.teo:;iio tlc mu~~içus pcdrns e dt' el,•v·1 1 ~ altura e apen:u; •1Ut1bi p >lo meio OH :igu:i~, !'l'" <l · pitaudc1 ~ll c·~ll ,•iulC;t~tos, ~lllt'õo., p_or 011d' 1,a,-~., – sc 1 1er" unte1 ao ••tuas? P or ah1 llh'>1t00 pnr ' -, r 11 ' ent re ,~ e;; ~olfõcs . rc,,pomlPrnlll•ltltl (' •.➔• ( ,1- J •i ulC' con~ith rando 1111u cm preci~o \'t)ncer o • m• .bnho ª"r t to dos rochedo" 1 ª" rii;i<la. i r~:\s

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0