Diario Oficial 1894 - Novembro
,.. 240 Quarta-feira, 7 igual ·pedido sob a firma de-Cohen & Oliveira– Archive-se. ~ De Bezerra & Irmão; fazendo igual pedido. -Idem. · De José Antonio Fernandes dos Santos fa. zen do igu3} pedido sob a firma Fernandes Pio-'. to °" CA-Archive-se. De ~lonteiro & lrpÍ1fo, fazendo igual pedido p ara o seu contrac~ social com o capital de quatro_contos dP. réis-Archive--se, depois ·· de cumpnrem a disposição do art. •302, VI, 2~ parte ào Codigo commerciàl. D~ IJhermont, V asconcellos & Cl_l-, pedindo archivamento para -o seu contracto de dissolu– çao, em parte, pela retirada do socio Jaulino Lopes de Sou.za._:-'.-Ardhive -se. _De Olivéira & Co ta, pedindo · em' teplica ar– ch1vamento para o seu contracto· ·social-In– ..deferidQ, por estai- séllado irregulármente. De Thomaz Bàrcalla, fazeni:lo ·. igua pedido·· para o seu cbntracto'de dissoluçl!.d social sob a firma l\lanoel Barcalla & Cl!-......:.Indéferidd. . De Antonio P. H. de Menezes; pedihdo ré– gIStro de marca parà o seu preparado denomi. nado-Peitoral de Fedegoso •composto- De– clare o seu domicilio. ~ petição de J oaq uim Nogueira Travasso_s, p_edmdo permissão pa~a trar,isferir do livro Dia– no da firma commercial de Travassos •& Olivei– :ª ~ ':scripturaçll.o d'essa firma para _seu nome mdIV1dual-Fic;ou addiada por deliberação · da .Junta. --------------- Thezouro do E·stado EXPRD1EN1'E DU DIA 5 PETlÇÕEi:! Francillco Rodrigup,a Alfonso. .:_A' s ecretaria para publicar e•informar. . -Francisco Antonio de R i!sende:J.::..Junt'e-sé o processo e volte. -José Olynto Barroso Re~ello. '.,:_A' con– tadoria. -João Florencio da Silva Cravo 'e outros.– Como requerem. -Jo~quim 'faveira Lobato.-Em· juntá. .-:-Lmz Augusto ])tas Guerreiro e Agbstinho' Vieira da S ilva.- Certifique-se. -Lucinda Maria de Andrade Costa,.;:_fo_ forme a contadoria e diga -o dr. procurad'or fiscal. -_Manoel Baptista Junior, Luiz' Anto'nio P ereira_ e Joaqnim Borges da Fonseca.-A' _secretana para os devidos fins. ·· ·- Leituras uteis .A P E SCA E O COMMER CIO DO CORAL ( Diario Ojf1;eial de S. l'a ulo) -OONOLUSÃ0- 0 _coral é vendido em caixas que se chamam .bouh accrescenta ndo-se um kila á quantidade ~fU<' contem cada baule, comprehendida a bau'le. O pescador ou, melhor-o armador, quando .PXpêle o coral ú venda, colloca por baixo os pe– -dnçoR menoreR, e fogo por cima os maiores, ma is :grossof! e mais bonitoR. • DIARIO OFFICIAL de, varía J e 100 a 200 liras o kilo, ou 40 a 80$000 de nossa moeda cambio aq par;-eis·a razll.o por qúe é impossivel determinar o preço · do coral de qualquer procedencia, sendo neces- sario ser bom conhecedor para fazer d'esse pro– dueto uma· justa l\Valiaçll.o. Na Italia, comõ já ficou dito, é o coral pes– cado com um· apparelho especial, que tem uma armaçll.o de ferro em fórma de ·cruz, munida de rêde. Na· H espanha é a pesca 'feita por mergu– lhadores-11ystema que está quasi de todo aban-· dono, por causa de custar a vida a muitos delles. Entretànto, a pesca assim dá resultados m~ito melhores. Eis coma se ruanufactufa o coral :-0 coral bruto enviad0 ao átalier para ser manufacturado é em primeiro logar cuidadosamente escolhido, segundo a côr. Os galhos ama:ellos e pretos ~ue não pódem ser recoloridos ew um banho oxige– nado, sa.o tidos como escoria e só servem para a cimentaçllO e revestimento d~ _terra9os,_ etc., sendo então vend-idos de 5 a 10 hras o qmotal, 2 a 4$000 nOES0S. • Sepáram-se 1epois ·os melhores ·_galhos, pela : côr quer tenham elles de ser vendidos em for– mato de perolas quer tenham de ser poli3os mesmo em sua f6rma natura[ ·o mais usúal é diviilil o em f6rma · de ·perolus.- ·N'este ·casó'os galhos silo simplesmente polidos com uma_ gran– de lima e cortados com outra em partes 1guaes ao tamanho das -perolas. Assim d~vididor.~ o coral coado succeàsivamente ém varias pen~ir~s afim de que cada · tam·anho seja igual. DepoIB vil.o elles ser furados, o que é-:feito do segmbte modo :-com úm furador de cabo de p(~? e ponta chata, movido por µmi corda que lhe dá: volta ao càbo e está presa a·um árco que é to- . cado como serra , o operario- fura o coral entllo apertado entre dous sarrafos: Uma vez furadus, passa-se-lb(S um fio de. aço pelos furos, fio • cuj o comptimento é da largura de um rebôlo em~que vil.o logo ser desbasta~: ;untos, para ficarem do mesmo tamanho. feito os pedaços sa.o tirados do tal_fio e vão de novo' a desbastar em pedra finissima, que roda dentro d'agua. Porque sll.O mui pe~uenos, este polimento exige que cada pedaço s~ia preso ,P9r uma agulha; assim seguros, dá-lhes o op~ran? a fórrua que quer e que n!lo conseµ:uma . 81 0 fizesse com as i:não~. Entretanto, não ficam arnda polidos com e ta operaçâO, mas com_ uma ?utra, que se resume em pôl-o:i n'um barrilot~ d a15ua, todo fechado e com um furo ]aLeral no meio, a · agua misturada de pedras pom~ qu_c repr~~:j tem o dobro do coral· faz. se depois girar O b, · ' 0 Jt por minuto e na proporçlío de 30 a 6 vo as ' isto por 1O a 12 horas. 11 A pedra pulveriza-se com essa rotaç O e, h · VJ·raodo o con- find as as 10 ou 12 oras, vai se . . é a teúdo pelo buraco :-o que sá,e pnmciro pedra em pó que mais leve, sobrenada; fica ª agua, e, quando ' esta se torna c~~pletamente clara, mette-se no barril pó de ch1fro d~ veado e toca de novo rodar o ancorote por mais algu- mas horas. . Outra vez o processo das p_ene1ras, ~ara se- parar os varioa tamanhos; depois, a cl_assificaç~o pelas c6rcs, enfiada ca<la ~orte n'um fio : dep01s, a separação por loteR, e d1see. .,. A belleza res ultante da combinaçilo dos ta- ~an hos e côres represvnt; a porcentagem rela– tivamente aos pequenos pedaços e determina o _preço por que será. vendido o loto. A forma artüfoial do cora l e tambem, a sua qualidade variam confo_rme os paizes a que se destina. Na Europa occidental encontram-se os esbranquiçados e redondos, ao . passo qu e . os paizcs pouno civilisad?s da Indm e _da Afri ca preferem os maiR retmtos. A Ind1a os quer oblon~os, de bordos arredondados, e ama os re– botalhos ml_JÍ grandes e irregulares, tirados das ' raiz~. Prefere-os a Africa oblongo&, mas de O valor do cora'ilbruto, s~"1.lndo É>Ua 'lualida• N ovemhro-189_~ bordos ãchatados, enormes quadi sempre, e al– cançam grandes preços como enfeite para os. indígenas. A Russia prefere es~- fprma, com– tanto que ós pedaços sejam ma,is curtos, d,e: tamanho· especial; sendo assim, lá, se vendem por bom ·preço e entram n.a fabricaçiln de ·objec– tos de·phantasia. Exportam-os irregulares, com– pridos e furados de travez, todps os Estad~fl.. norte-africanos. A Bosnia os ama curtos e irre– gulares; a Hespanha, oblongos é de facetas. ()" Jap!lO é quem ruais compra o coral em fórmo. de grande~ perolas claras e, depois do Japll.o, vem a Chin·1 com o mesmo gosto :-n'estes. paize~ serve o coral , assim manufaoturado, de. ornamento ao basto e lindo cabello negro das- ~ _ulheres de J(,, , . ,, • , . Emfim, cada paiz tem a sua ex1gencrn _e ée preciso que o coral satisfaça a essas exigen_c1as_ Os ramusculos do coral sll.o tambem pohdos, taes quaes, em barril, de _ envolta •com o coral enformádb êm perol'áa. A' ultima ·aeulâo é dada. com uma escova e pó do chifre de veado. . Todos estes trabalhos-quasí que são exclua1-– vamente<feitos por mulheres .e raparigas q~e,. dentro de poucos dias, i_'i~am mestras do officio_ ORhomens consagram -se ao córte e d~sbasta;._ niento e em Genova ganh;i ca~a' operal'_lo do -. 3 ii;aB por dia, 1$ a 1$,200,_os ch~fes ~~ ope• ~rios 1 $600 e as mulhei:es e raparigas 400 ~ 600·r is. ' 1 · , Em. assumpto de II!anufactura de cora__ c1ta- 1 modelo a de Raffaele Çosta, em .Geno- se como • d ' 1 va . ue tem todas as c0tidições e mmta uz e • ' qd , onde urandes mesas se succedem rJ; araµ esa e t> • d ' t>d .d d · ari' !!'llB em constante e varia o tra– ea a e rap o balho · · H ' 11 . ma fiscal que, sentada e tambem, ª ª 1 u · · t b Ih d trabalhando, dirige e vigia_o _ra a o ~s ~u- . lheres· e, mais adiante, no ?1ª10 do grande sa- 1110 . sentada em uma cadeITa_alta, ~ma ouµ-a.. ~u•fh er 'lÍle n/10 deixa ninguem :vadrnr; é um~ especie de feitora. Succedem-se gra nd ell '.'.?~- . . de os homens co,..,.m part11pentOS cont1guos, ~n fó estão OS e desbastam o coral;_ ruadis para nfi:~eóto · dos. . destrna os ao e compartimentos . - b' ete do polimen- f . d depolB o ga 1D . coraes ura os, e · tocados por motor a b · 8 S!lO estes . to em ar~1 • ~i f. em que as ra- b m os rebo os mos, . gaz? em co 1 ºtam O desbastamento egualando- pan gas comp e d · d d "-'rma aos pe aços. o grau e an o 10 O , arios podem furai-os.., em casa, lhes é- s oper d d J.' • 1• isso consentido-receben o ca a 1a1m 1a . uma quantidade d'elles, de certo •P~º, quantidade– essa que entregam logo que esteJam furados to– dos os pedáços. A casa Raiaele Costa tem um . corpo de ope- rarios genovezes representando cerca de mil familias. · E eis ahi o que ha de mais interessante sobre– similhante industria. N0TICIARIO· . ' Notas em substituição Até 31 de Dezembro devera.o ser subs– tituídas na Alfandega as seguintes notas do Thezouro Nacional : 29 $000 da 7ª estampa. 50$000 da 6~ " 100$000 da 5~ " 200$000 da 6" ." 500$000 da 5~ (( ,f I ' (
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