Diario Oficial 1894 - Outubro

T erça-feira, 30 MSCZC C"'til::rW:C"!êC'PiVWb ~ Notas em substituição Até 31 de Dezembro deverão ser subs– titu ida s na Alfand ega as seguintes notas do Thezouro Jaóonal : 20$000 rla 7ª es tampa. 50$000 da 6'?- « 100$000 da 5': « 2-00~000 da 6~ « 500. 000 da 5'?- « "--'~:SS--&-&LIU,. ... , _ _ _ _ _ OS CALÇA IENTOS DE MADEIRA Estão publicado dous relatorios officiaes, um de ,vashiogton , nos E lados-Unidos, outro -da No,·a Galles do Sul , na Australia, sobre o calçamento de 1uaclcira. O conselho de' hygiéne da capital tlos E stados– Unidos declarou que as ruas da cidade, que têm esse calçamento, ficaram em máo estado de viabilidade no fim de tres annos e que quasi todas apresentam signaes ele decomposição rapida. O relatoric austra– liano é tão desanimador como o de \Vasb ington , es– pecialmente quanrlo se refere á absorpção das gord u– ras, ele que se conclue, que só por meio de frequ entes lavagens é que se podem manter em bom es:ta:lo os calçamentos de madeira. Entretanto, não ha muito tempo, nma turma de agentes da pol icia municipal de Londres foi encarre– gada d e observar o lrafeco geral de certas ruas da cidade, as mais frequentadas q ue ha lá. As observa– ções, que comprehenderam um periodo de mais de ci ncoenta d ias, á razão :le doze horas por dia (das 8 da manhao ás 8 da noite), tinham lambem em vista a qualidade do calçamento-de granito, a.,pbalto ou madei1.i. 'um d ia de doze horas, passam pelos me– nos :2.366 cavallos e carros em Cheapsirle e 5.350 em Crwnon Street. Durante cincoenta d ias~ verifica– ram-se 542 accideotes no calçamento de madeira, 7 1 9 no de granito e 1.066 no de asphalto. Tomando l!Stcs onmerns por base, calculou-se que um carn llo pcxlia percorre, uma distancia de 330 milhas rnbre o cet\çamento ,le marleira, durante os cincoeula dias, sem soffrer nenh um desastre, 1.91 sobre o calça111ento de granito e 132 sobre o do asphalto. A superioridade do calçamento de madeira sobre •JS outros calçamentos (pelos menos no q ue di z res– peito ao transito dos animae;) resalta claramente <leMas cifras. Verificou-se um total de 1.054 quédas t ª analy e desse numero não deixa de ser curiosa. ~·obre O aspbalto 247 quédas parciaes e 190 quédas ompleta , ao passo que sobre a madeira só houve 3 2 6 ao todo, das quaes só 39 completas. Em resumo, para 1 quéda sobre o calçamento de madeira, con– tom_-~e 4 sobre o granito e o aspha\to. Etnquanto a observação, oeste ponto de vista, é fa– vornvel a tal calçamento, mui clesfavoravel lhe é ob 0 ponto ele vista da hygiéne publica- porque a ma– rl~tra ret~m a bumida:le e póde ser o foco de allu– v,~es de microbio pathogenicos perqiciosissirnos fl :nude urbana. Sob e le ponto de Yi ta, que é o mai. importante, e ·L'io conclenmudos os calçamento, de madeira - -·-· . O CA...\fCRO A C<Pres e Meclicalc)I de França, ob~ervou <jll(' nll" · f ] : 1 o ~an •ro é mais requente em alcrum·\1-! oeahdd d " ' • ·< a e~ do que em outras a me ma ro- g10.o. ' T N ': ª orruan<lia, por exemplo, ha mui~o wmor nmucro de ,ictimas d'c a mole tia do iti e?1 tod,i a França tornada. cm cooj liUCto. ,. m di~et U3 localidades normundtrn, a freqnen– <fül vai,a entre 2. 5, 3 44 e 6 ºf•· ] 2 A, P:toporçno _média indicada por Broca é de ;./ d 1°· Pol' abi se vê claramente a dese"ual- " e que hu de um ponto para outro. e, ' DIARIO OFFJCIAL TRA.l\JWAYS A GAZ A lucta entre os varios JStemas de tracção de traruways parece resolver-se em favor da tracçüo a ga z, segundo as experieo cias que . e ctfectuaram em eucb ittel, na Suissa, e em Ore ·den, na Allemanha. Em N euchâtel a linha de tramways tem 5_ kilomctros e 333 met ros, e liga :t cidade á al– deia de Sai □ t-Blaise. Os carros ão de motores a gaz, ,motores alimentad os pelo proprio gaz destinado ít illuminação ela cidade. CaJa ca rro comporta 20 passageiros e pesa, com a lotação completa , cêrca da 6 tmrnladas. O se u custo é de 1--J..2 O francos (5: i 128, cam– bio ao par); passam em curvas de 35 metros de raio e andam tanto para dcante como para traz, como uma velocidade de 18 kilomctros por hor~. O gaz, ,umazenado sob pressão de 6 atmospherns, _é foroe<.;iúo pela companhia rle ga z da cidade, a 20 ce!Jtimo · o metro cubiêo, ou 80 réis da nossa moeda, e o cu~to -do gaz fJUe cada viaj ante gasta n' uma ,,iagem de ida e volta não excede de 5 ceotirnos,- ou 20 réis. E ' ver– dade que !) decimoa da linha ficam fó ra da ci– Elad e. Eru Dre.~clen, ao co ntrario, a liab a é exclu i – meute urbana e tem quasi 5 kilometro de ex – tensão. Os carros, systema Luhng, p6dem con– ter 16 pcss6as as ·cotadas e 9 em pé, além de 6 na platafórma de traz. Ha u'elles quatro reser– vatorios cyliudricos que fo rn ecem o ~az a dous motores de duplo cy liodro, de 7 cavallos vapor cada um , iustallacl o de cada lado do vchiculo. }j stcs reservatorios encerram uma provisão de gaz suffieiente pa·ra um percu rso ele l 8 kilome tros sobre uma linha cujas rarupas não excedem J c 1/20. Sem os passageí.ro , pesam os carros 7 toneladas e meia e custfnn de 15 a 300.000 fran cos (de 6 a 8:000_). Faz-se o _re f'riam ento d o. cylin J ros por mctO de u_ma c1rculacüo de ao-n a esta!,elccida d e tal maneira. que essa mesma a;ua ~crve para um p'ercurso de v~rios kilomc– tros. O gaz é fornecido pela rê_de de illuminação e armazenado nos reservaton os dos carrce, sob prcssO.n de atmo,:phcra, . Em Drcsc'!en, cu, ta 18 ccntimcs o metro cubico, ou-72 réis de noss,t moeda. .Além russo, o carro é clirigido só por um hotnem, fJUC fi ca na platafúrma da frente. Experi cucia. do me mo geoero ainda cstno se effcctua udo u11. Inglaterra, nas linhas da CroJJclo11 -aud Thornton H ea th_ Tr:"71_ncay Cunipnny. O gaz é ar0111zcuado em 3 rcm p1cute do carro, fJU e podem dar uma marc·h a de 10 a 15 kilometros. A prcs. ão do gaz é de 10 atmos– phc;as e o consumo de 450 litro~ por hora. Com os 1 a • ageiro , pesa o carro 5 tou claclas e meit1. O seu preço ó o ru mo de um tramway commum. P arece poiR, quo ob todos os pontn de v_ista os traruwavs a p.a7, dão excellentes resultndo. . Kcmpcr , .~li ent1t0do :1. v11nta)-!;cns do fIJ t~ma, cornparon o preço de construc_cão e erim~a– mento de um tramwuy urbano, linha de 8 k1lo– m etros <le cmprimento. com 20 carros p1m1 o fiervi ço ordinario e obteve as srrruiutes cifr9.s:– trmnu.:ay ele rico, 9lH.-l00 francos (:~G:176 , 01tmbio ao par);-tramu:ay a gaz, 714.000 franco, (28:560 000) -11:amwa:11 por tracçl'l animal, 6(i6.400 franco' (26:65li 000). . . No calculo dos tramways a gn.z ~tl!.o u~olu1- d11S 2 estações Pª:° a compr_ 'ão do ~z. _ A tracçao annnal é pois uru pouco ma1 barata, mR, perde es~a vantagem qun~do 1,e considern n de pesa de explomçào. Kcmper verificou com e1foito que a despesa brnta <la O utubro-1 89~, ~ 01 exploração e,_oo ca o de tracção a nimal de ~ã a 35 ceotimos (que vem a er 10 a 140 réis: por carro kilometro ao pa~"o que para o tram– way electrico á de 25 ceotimo (100 réis) e para o tramway a gaz 20 centimos. ou O réi~, E ste ultimo modo de tracção d.í. pois uma eco– nomia de 2õ º/ 0 obre a tra cçã.o electric:1 e d 60 a 75 °/. . ob-re a tracçã.o anima l. :::.s<e>cR-- CAIXA ECONU}llCA DI A :?9 DE OUTUBRO Eutradas (~ S) .... . ... ... . ..... ... . Retira(fü (9 1.•••••••• ••• •••• • • • • ••• Salc'.n.. ..'.......... . . .... . 6:05 l 0Q 4-::3, l:i,2 77 ~e-llZ<C!::!I,_.-_ _ ___ O telantogra.pho 'ão ha muilo tempo demos uma <lesc-ripç;.o do telalltographo, inveotadc, pelo professor Gr. y. A descoberta oorle-aruericana, qi:e cou,i te ll'um apparelbo de transmissão que reproduz n'uma extre– midade da linha a escrii,ta e os dezeaho ttaçados aa outra extremidade, acaba de obter um exilo b,ilhanle na Europa sobre uma li nha de 134 kilometros de ex – teosão. As expecienci!tS effectllilram-.;e na Inglaterra., n'um domingo, entre a administração central dos cor- reios de Londres e a bahia de anta :\largarida, _de onde parte o cabo-telepho13ico i.aternacioaal. Tinha escolhido o domingo, porque nesse clii, na Inglaterr2.~ os fios telegrapbicos têm mui pouco serviço. Diversos apparelhos foram di postos em cada uma das extremidades da linha e as mea agens escriptas foram expedidas nos dous sentidos com o mais com– pleto successo:-as mais variadas escriptas foram per– feitamente reproduzidas. A' vista de tal exilo, não é muito diffici\ que o telantographo se torne de uso cor-– reate na Europa. ---- ---s-.• ..-·-------- CHUVA DE P.hlDRAS Contam as revistas eu ropé ias que fui extra ordiaaria a ultima chuva de pedra ca hida ha. pouco tempo. cm Narrabri , ~ova Gall e do Sul, Australia: extraordio aria pela iotco idade e pelo tamanho ru édio das pedras, que foi ·de 5 l t~ ccu tim etros. Os prcj ni os foram enormes :-t 1Jo que foi a nimal pequeno morreu, aves, ratos, lebre, coelhos, etc. l\Ianacla. de karni;urú~, que sã:& animaes p;raodes, foram encontradas mortas em todos o· ·eotidos. P ed ras honve de tal tamanho ou tal força de quéda, que chegaram a furar tel hados de zinco. ToJas us vid ra~as expo tas á tcmpeslad fi caram em estillrnço , dnodo- e o mesmo com o. telhado de telha comwum de barro. .As poeira, tinhnru em g ml n fórma ele ur triangulo e, cm particular, eram uma como e . pccic de c oglomenido de gottas do agua gola– da io. tnmaneameotc urnns sobre as outra ___ _,, __ .. __________ BJ .. CTE'RIA OOPHO"PIIJJ,A B. Renault e C. E. Ilertrun<l dc,'creveraro uma bactériu encoot,mda ow cloi~ coprôlith u <lc vertebrados ichty(íplrngo. , um provcni uto Llo sc:hi to bituuüoo. os de Cordc e, outro dos scbistu, de Igoroay. R . toe chi.tos fili:etU pnrte do terreno permiano médio e inferior da hriciu de Autuo. E' o b,\ccillo permlensf's. 'l' tl.cs rspcoimentl baeillares rw rectilinco.s, isolados ou reunido– aos par,'s. Algumas vezes silo curvos, turuiJo– em e8pirnl ou em fúnna de oocloia. Para. que o leitor indouto bem compreheuda o valor d'eiita de L'Obcrta, lhe direm ' que co– pn.ílith.o vom do greio l.l'o pos ( cx(;l'emcnto)

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