Diario Oficial 1894 - Outubro
T erça-fe ir a , 23 ~ b'Afl oidas com o fim de proceder-se a estudos sérios obre 2ssumpto. E stou convencido que nâo foi perdido o n osso trabalho. · À capital do P ará, c0mquanto seja uma das nrnis salübres do Brazil, goza inju~tamente no estrangeiro de uma f-1ma desgraça da, quanto a saude publi ca ! Si compararmos as condições de sal úbri<lade d'esta cidade com as de ouLras do P aiz e mesmo com a maior parte d11s da propria Europa, encontraremos qu e ell a leva vantagem incontes– tavel, mas isto nao é razão para descumrmo:=; d o que diz respeito á hygiene. A hygiene é para os povos o alicerce do pro– gresso; sem a i;au de, sem a hygiene perfeita e b em fi scalisada na.o pode haver esperança de prosperidade. ( Apoiados. .Aluüo bcrn !) Acho, pois, que foi bastante patriotico, o proj ecto. Im míqração.-Sabem todos os srs, deputa– dos que os E stados do sul têm se desenvolvido e se ava ntajado enormemrnte, em relação aos do Norte, unicamente pelo privilegio que lhes d eu a defun ta monarchia, ch amando para elles braços e actividadc e, tmngeira . A que deve S. P aulo o seu progresso ? A' immigração. A que devem o 'Rio Grande elo Sul, .Minas Gera"s, Santa Catharin a o seu desenvolvimen– to ? E ' incontestavi:lni entc ao braço . estrangeiro que 08 tem vindo fecundar. Srs., eu sou basta-nte patriota; não admitto q ue os estrangci~os venh am nos dar leis, mas não adrnitto tambem que se repilla {Lquelles ,1ue nos vêm exponta neamente tra zer a sua actividadc e a sua intelligcscia, ou que são con– tractados para virem desbrava r o nosso fertilis- 1,imo solo. Como republicano, como homem, como cida– dão, hei de receber sempre com os braços aber– tos t.odos ac1uelles que procurarem os 'nassos port os e viercru com di posição pa ra traba!bar rm la voura 0u nas industrias nasceutcs desta riquíssima região, • E ntendo, pois, que o proj ecto de lei sobre immigraç!lo, aqui votado, honra o Congre~o P araense. Au_qmento de vencimenlus.-Entre as mui– tas questões que reclama ram a attenção dos podem publ icos existia uma ba taute dif:Iicil de resolver; era o estado precario dos fu ucciona– rios do .l<Jstado. Circumstancias alheias á vontade nacional e que ~ão conh ecidas dos meus .nobres collegns, alteraram por tal fórma o camb10 que a vida do fun ccionorio publico tornou-se em extremo dif– fi cil; as despezas eleva ram-se ao triplo e os ven– cimentos cunLinuaram os mesmos; o artista o commerc:iantc, o industrial, todos elevaram s~as diarias, seu, salarirw no CDtanto o empreaods publico \ 1 eucia aind a o me ru o que vencia ha qua– tro ann os atraz, quando as condições economicas do paiz eram mui to melhores. Hrn uma qu csUto difficil de resolYcr, disse-o eu; porem, foz: ndo ~as fraquezas fo rça , au– gmentamos ma1s de 01toccnto co ntos do róis na verba de tinad11, ao pag amento dos servidorc-, do E tnc.lo, E ' de e perar que o funccionalisrr,o publico convencido do nosso patriotismo e de q1ie hou'. ve a melhor intençllo de favorecol -o, acceitará es e aun-mcnto, não como favor mas como um acto do justic;a e de patriotismo. N!lo foi gran– de; em melhore circumstancias será maior . üom:lnindo, meus s1 ., a ligei ra synop e do no.: 'o t.rabnll1 0R, me é grato coufos8ar que levo DIARIO "OFF ICIA L gratns recordações de muito dos meus compa– nheiros de trabalho. Se questõe, de momento foram levantadas e portubnrnm incidentemente, por instantes, a harmonia entre collegas, estou certo que d'ellas . ningum guarda rescentimentos. No desempenh o d'este ca rgo, honroso sem duvida, temos muitas vezes de combater idéas alheias e, no calol' da discussil.o, nos desviamos sem querer, mesmo levados pela independencia de principio~, de uma cert..'l. solemnidade que deve sellar os n6ssos actos como representantes do povo; passada, porem, a febDe da lucta, a calma nos convence de que a serenidade do ani– mo e rigor dos princípios <Jevem ser os maio– res attributos do legislador ; taes !netas longe de serem prrjudiciaes, elevam o caracter e fortifi– cam os indivíduos na tenacidade de suas idéas: sil.o lutas revigoradoras, as luctas da i ntelligencia. Em nome, poi~, do CongrE.sso Paraense t enho satisfaç110 em dizer que aqui trabalhamo~, lu– ctamos muito, mas guardamos sempre o respei– to que deve guardar uma corporação d'esta or– dem. ( Mu ito bern,; . · Entre as commissões que fu nccionaram n'es ta Casa, me é grat,o citar a commissil.o de fazen– da, que muito trabalhou; as commissõcs de le– gislacão enegocios m~nicipaes, a de navegação e a de r edaoçã que todas se esforçaram por desempenhar conscienciosamemte os deveres a seu ca rgo e, pa ra fa lar com justij a, são torlas dignas da gratidão dos que lhes confiarnru o mandat,o que desempenharam com vantagem e merecedoras do elogio mais elevado que se póde fazer aos eleitos do povo: currprh·arn o seu dever. E stão encerrados os nossos traba lhos n'esta legislatura e convido os meus nobres coll cgas para a s ssão do encerramento elo Congresso, que deve ter Jogar, n'este paço, amanhft, ás 9 b uras da mahã. L evanta se a sesslío por um quarto de hora, par a ser lavrada a respectiva acta.' R eaberta a sei;s~o e lida a acta, é esta appro– vada sem red amaçúo. Enc rra-se a sessM ás 2 h oras da tarde. * /. * * SESf:10 SOLEi\l NE DE ENCE l>. R.Ai\IENTO DA 1 ~ E l:iSÃO ORDINAHIA Dl.. 2~ LEGISLATURA DO CONGRES O PAftAENSE, Ei\I 30 DE JUNHO DF. 1894 , P res1dencia do sr. Gentil B ittenco1.1,1•t A's 9 horas da manha, estando prn~entes no Paço ua Camara dos Deputados o r . V ice– Govern ador e pre, idcnte do Oongre o Gentil B ittencourt; deputado I-Ieraclito P inheirn, 1 ° secretario, senador Antonio Lemos, 2° dito, se– nadore : Caetano PinhC>iro. P adre Fm nco o Bnrf\o de Tapajó ; deputa<los:R. Martin ,R.. Men– des Ayres ·w 1trin,Phileto B czerra,Firmo Brao-a , . o ) Mendonça J umor , V en~ncio, Amado da Silva, Salazar, ! achado Moreu a, abre-se a se. s!lo. O Sll. P RESIDENTE diz 11ue tem por fim esta sessilo o encerramento dos trabalhos lcgi lntivos do Con!n'CSSO P araen e, n'e ta ses ão legislativa o disto manda lavrnr a respectiva acta. Lavrada e, ta, é lida e app rovnda sem recla maçM. O n. P1tEslDENTFJ declara encanado n. 1• ses.~tlo ordim1ria u,1 2• lcgi !atura do Con~re •o Legi ·lat,ivo do l~~tado do Par(i o levanta a ses– são as :) horas e 55 minutos da nrnnhã, ~ o:, 00 >--( <D '"O o e.. ..Q = -- ::s o <D -o N N ro ·- ,:::; o ""O o e.) ·- Ól) o - o e.. o <D -- <D s o ~ ô ti) ~ a= Outubr - 189 -4, I - r 2 +' (1) a o i:: ,rl +' o ~ í/1 Q) lO (.., ..... ro -p H Q) w. ,D o 2N3.iDN 11 sva oyóo:;nna l.,") .a r::tS o d o,, "' õ <11 A 1-' :ro :M : o : lQ C-.l M -j, C-.l 5 O) B e o I> o 'O : : : : : : : ui : __ : ___ : 3.: ".D : : • 1""'""i : : e;,– : ,-< -- O.LN3A 11 1'ii z z ! ~ oa oyóo,nna ======·=-·.e,·= &ava 11 10 oo oo : · lSO'I!lfüIJ\I Ó Ó Ó à o a H O) .Q 8 é "' 8 :::, '"O ii z e;, - 11 11 11 -:=, 00 ~ l l– cm 1...: ,.;, ,e:, lÔ 1- l- J.-- : 1.n lô ~ I : :-r:, ro "='1 : C-,.1 C-J ~ I ºº :~ ..... --t< : cci cô ·n • 10 l.l":' l.~ : J:- l- L- ~ = ~ ~ t:; ~ °' 1 Cl':l ,-; t- t">l ~") ,--. .....
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