Diário Official 1894 - Setembro
. ~ __E,~2;0[~, IT..:}-~. ~~~~~~~~~~º~IA~R~Iº~º~F~F'!!:I C~IA~L~~~ - ~~~~s~-e~t~en~\ ~br~o;;-~I~89~4~, ~5~9~5~ aos offic iaes qué fall ecerern na enfermari_a e-não tiverem fá- por um official-general on coron el do Efo-rc ilo, sen do tam– milia ti a capital. bem n'essa occas ião -ins-peccionada a escrip turaça.o a carO'o Art. 255. O es tatTo ma ior do r egimento funccionará no immediato do commandante do r egi111 cnlo. · 0 quartel ele um dos corpos, onde s~ es tabelecerão a S\'lC l'Ctaria Art. 258. Continua em vigor, :=tté ultfirioí• clel iheração do e sala das ord ens. Governo, o actual regulamento disciplina r. 'Art. 256. Nas terças e sextas -feiras de carla ·s9mana, ha- Art. 259. Para os conselhos ·a que fo rem s uj eitos os of- verá r evista de a rmamento e de roupa, nos corpos do regi- fi ciaes e praças de prcl do r egimento , serao açloptados ' os men to. , · em vigor no Exercito. Ad . 257. Nos fins elo mez de Dezembro, ou quando o 1 Govern ~ ?..'.!E..., .... ~~n te, serão os corpos insp~ccionados (Coili{i~~) . ... - .r --- - - - ----- - -- -- - - -- ----- - - - - --- --- ----- - -- --- -.--- -- - - .,.. ----- - - - - - - - ----- - ---- - - - -- - -- ----- ---- - ----------- -- -- - -- - - - - -- --- ----- ---- -- - -· - ·--- -- -- -- - - .• - - - OCCORREN.CL ~S DORIO-GRt rnE DO SUL O Dillrio 0.!J'i.ciàl da U(lif1n', em sua etlicção de '!.7 du passado, ·publico u a parte circumstan– ciada em que ·o comnia ndante do 1 º <listricto militar rcl.1ta o,; acon€ecime11-tÕs oecorridos na· cidade do llio Orande do Sul , por oecasião do as,alto que os revoltosos tentaram contra a mesma ciJatle. , J;Jis a int.egra da referida p:irte. Commando do· 6° Distri ctn l\Ji litar.-Quartel General na cidade tio füo Graude tio Sul, 26 de abril de 1894:. Ao_ill ustrc Genei•nl Miui~tro da Guerra. De pol'se de todos os dn,.m ur nto~ necessario , com excepção ela parte do di,tin <:to coronel Carlos Maria da Silla. Te!lcs, rela ti vamente ú. derrota que ioflip:iu í1s forçns rins i11imigoS, ao-' encontro que com P,llns teve 11a m·rnhrt de 10, na estação da Quü:ita, p:18so, no cumprimento de meus deveres, a com ph:tnr as n11t'icia~ que em 'tclegramu,as succei:~ÍVJS j á tirn a honra ·de tron~ruittir vos, acerca dos nco11 tccimontos que 1v1ui se desca,•olvc,ram, de 6 n 1 L -:lo corrente. Na manha. de 6 recebi wm tul ~;!Tamma d~ ill1;11:1tre _cidadão coronel V ~lladf\n, n<t <]U ai me llVl ava que. constava no·füo, q•ie o:- ini111i.,·o ela Republiea haviam aLa 11don:1d11 J>ar,1 n:~ e ~'5anta Cat barina , pa'rã virnm atilcw ,.e~tn Estado, <lesembarcan<lo, pro1•avcrlurnntc, no () huv.- . .Não. ó devido (L origem <le qnuc part"iu, como tambem por esta r clla. de pl eno uacordo com a. opinião •1 uc, mais de uma VC'~, m:lljifestei em docutne1J tos offi ciues, isto é.de que o· revoltosos não dei xarim1,1 de vir atacar esta ci,ladc, ponto de i.odiscot ivcl iui portancia, dei todo pesp {L informação do coronel Vàlln.dào. Os fa otos vi eram demoni:;trar qu~nta razão, me assí;;tia. Ju~tamcote quando eu vos commu– nicava e ás autoridad~s a quem mais de perto interess~va essn noticia, recebi do. c:ft:>itão de fra~ata -qorgcs _M ac . a<lo comru unica9ão <le que, a le,;ie, apparernam cinco vapores suspeitos, ar– mados em gerra. Pouco depois, o mesmo 'ollicinl ri1e participou que um dos vapores parecia o Acz1âd:.ban, que mai tarde reconheceu ser o Republica. Das 10 pnra 11 horas da maohã , cinco Dàvio4 pertencootcs á cs,1oadra pirata in vestiram os bancos e, dirigidos pelo ex-offleia! de marinha Costa Mendes, pratico da ba rra e commandant!l do corsario (f1'fm !ls, tran1,puzcram a barra. A horofoa, l>izarra e donodada ~uaroi ção de suas fort.ificaçõ es oppoz- Ihes a muis tenaz resis– toncia. Durante duiis horas e 40 min utos, cento e poucos dcf'onsores da Republica, dispondo aponas de qua tro. K rups 8 e dois canhões Wi– U1worth :32, luttarnw, com c:teepcional bravura, contra c:inco navios podorosament11 artilhados, tcnd'o conseguido fazer a bordo dclles, o prinoi– palmonte do Jletco1·0, estragos mate1; aes. Vencendo as baterias e a linha de torpedos, dos quaes nenhum detonou , em consequencia de se terem dcterjorado os fios con,luctores, devido ao muito tcwpo de sobmers.'\o, pretenderam os piratas desembarcar as forças numerosas ·que traziaru a bordo no trapiohe da companhia fran • ceza; disso os impedia a enexcedi-vel bravura, calma e tino do 2 1' sargento Avelino Alves Se– t ub: l, do 35° batalhão de infanteria, [~ frente de oito homens, p~rtencentes ão mesmo· batalh~o, cuj oii nomes não posso C? lar, e que são os se– guin tes: ca bos de esquadra Octavian·o Geminia– no dP. Bri tto, Marcelliuo · Pereirn, Aurd iunv J osé de Carvalho; soldados Izac AJ ves das .:3a~– tos, J oão F rancisco dus Prazeres, Amaro A u– tonio da Silva, Ant0 nio Scveriano e AhixanJre Barbosa Rego. Reconh ecendo o valoroso offi cial que com- 10;i ndava as for9as que defendi tm a barra, que urw 10,,is podia r,·si;;tir e que pod.:ria fi car coili a retir,1da cortada , vi.,to como os inimigos j i estava.tu Jesemburcando no t-ra piche da ,!• seoção, n·sol l' eu rct1t,11· toda a fo rça cum u maior ordem e critcrio. Poucos homenR_pnrdcmos 11a entradi dos pirataB {L ba-rra, e seus nomes co"n~ta10 das p:u'tos juat,1s. - · ]J:mqoanto .se passavam esses aconter;imcntos na bana, inexpern dns, porque nenhuma noticia eu havia r0eebido, a não ser o telegrammu, já. allu<liJo, do coronel Va lladão, ·recebido poucos mom<] 11 tos anees d,\ invasão, tra tei de to- 111.1r totlas HS med idas que a gravi dade da si- t ua~·fw exigia. , . . . f\. 0 :,Ím G que, reconhecendo a 10sufli c1cnc1a da O'Oarn ic;ilo d'esta ci<lade, naquelle dia de-fa l– cad; dt' 380 praças, que se achavamem serviço de "'U~rra, 100 em (Jamar1uam e 180 eru perse– guiç ão' do bnmlido Carlos Cha~a~, como sabeis, ordenei sem de0111ra aos commandautes do 3~ 0 e 3~• batalhões dll infantcria, que guarn eciam a estrada <le ferro, que immedií1tamente se re– colhecem a esta cidade, e para isso fiz as neces– sarias cnmbinaçõcs com a direcção da dita es– tr,i da , que ~om a maior solicitudctratou de pro • videnciar. Bem compenetrado da gravidade da situação, ordenei ao general Santiago qu.e me enviasse um reforço da Q;llarda nacional e ao coronel Carlos 1' clles, em Bagé, que ae~ ui.se ,nã.o olhan • do sacrificios, com toda a sua força.- para esta cid.1de. Folao em declarar que solícitamente fui at-. tendid~ em todas as minha reclama9ões sendo certo quP, do illu. tre Marechal Presidente da Republica, de vós e dl) abneglldo prMidcnte do. Estado recebi sempre provas cfe animação e conforto, quao t.o é certo, entretanto, que oito só eu como toda a valente guarniçllo estuvaruos firme no proposito de morrer a nos entregarmos, porque ~sso seri~ dar enorme ~ nho de _ca uSll, ao inimigo e q1119á conceder lhe opportumdado, de por muito tempo e mais vantagem, pr~j u– di~ r a consolidaçl!.o da Republica Brazileira. Como n:lo ignoraes, era bastante preca rio o estado da guarnição, que, aleru de resumid.'\, achava -semuito des fal cada,'dcvido a termos 1Ov homens em CamaquaUJ e 180 perseguindo gru– po;;i de bandidos que in vestavam Sánta Izabel, · 1 1'ahim, etc., etc. N'estas condições, comecei a toUJ ar as me– didas que as circum,. laucias ori ticas o urgente. do rnnmento me aco n-elhav:im. Al-~im é tpie nomeie para commanrfor as f11r– ças ~o littoral ao tenente-CÕi·onel Frailci~co Fc– lix de Araujo e as que deviam guarnecer M · trincheiras do parciue ao urnjor José Cario.~ Pinto Junior. Dàdas as nece: ·arias ordens, dentro cm pou co estava·restabelecida a defira <la citlaJ c, taotn quanto pcrmittia a iu uffi cíencia du força. Durante todo ó dia conser var,t m-se os navio junto ao trapiche da 4~ 1 secyão. J~mquantó isso,_iamos toru,rn do mài~, fone a defesa e tomando varias medidt1c a ellu noce"– sarias. Ao eRCurücer, cheµ:ou de Cçrro Chato o v.l– lente 32º batalhão de in fa nta ria, qtte, tomou posição nas trincheiras do parque. " A ' ooit.c obstruiu-se o canal da barra, mettcn– do-se a pique um pontão, trabalho de quê se encarregou o ilh1stre dr.· E rnesto Ot.t.ero, de accôrdn com o sr. capitão <lo porto, de combina– ção com este commando. . Ainda cedo, fi cou interrompida a linha tel!\– graphica para a estação da Quinta, o que logo no~ fez j ul~ar que a linha ferrça tambem o terin. si<lo para impedir a vinda do batalhão de enge– nheiros. que em esperado de Pelotas, e nm re– forco do 3. 0 bataihão da guarda. Mais ' tarde verificou-a'e a exaotidilo da pre– visão. Tenho enorme Slltisfac;ão em vo. declarar que durante tudo o dia e noute offi ciaes e praças, com a maior dedicação e cnthosiasmo, empo– nhararu todos os'esforços e trabalharam nbnega– dameote para que a defeza sê estabelecesse o melhor possivel. P or parte das antoridedes civis,. µ: uarda mu– nicipal e populares, encontrei o mais fraoco e decitlido apoio, já não faliaado- no. guarda n:\– cional. Todas as cou 38 dispostas, C!)m animo calmo, resolução firme e dispostos a luctar e resistir at6 ao extremo, aguardamos os suecessos. Emq.uanto em terra se trabalhava, no mar a.~ valentes canhoneiras ((Oananéa,, e c< Camocim», sob a direç9ão do invicto . cawtão-tenente Fiuz,\ Junior, commendante da fl otilha, cffi cnzmente auxiliado por seus dignos officiae , tudo fazi am para atacar e resist.ir aos naviós piratas. i\lais ou menos ás 7 horas da manh!i, o na– vios punham-se em marcha para n cidade, o~do P ouco depojg ehe"'aram· não podendo penetrnr • 1 "' ) na capita , devido á obstruoçno, tomaram :.1. dirccçilo de S. J osé do Norte. Neste momento .t mpeu o fogo, oµsndame~tl.! iniciado p!'.Ja O<tnMi.éa e bizarramente se~uulo pela Uanwci.ni e vruento e dçnodada boton a da macega. Reuhidjssimo tornou-se o combate, porém nOS.'laS forças nl!.ô cederam um iosh\nte. . 1 •
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