Diário Official 1894 - julho

cer .o gado furtado ·a sociçdade Bezerra & Irmão de que faz parte o dr. Demetrio Bezerra e á J oiio B'clix Gemaque Pereira de Mello. Feito-esse segundo exame o dr. Chefe de Srgill'anç:i remc'.teu ao Prefeito de Scgurnnca de Soure, para pro~eder na forma da lei, os in– í!Uf'ritos e os conros apprehcndidos recommen• d:mdo•lhe que se transportasse para o Oamar,~ afim.de proseguir nas diligencias alli. O Prefeito, Promot~·· Pablico _seu escrivão, tres IJU nuatro guard;is locaPS e o dr. Demetrio, como porte, eguiram para a povoação ~o Oa– m1irf , n1,1m alguns d·cpoimentos e deram · casa da pessoa indiciada com,i auctora d,.i crime; mas logo no dia seguin te, nchand1)-se na .r;ovoaço.o do O~arú, de volta d'aquella diii~cncia a casa do ~Í<:tor do facto, o Prefeito . ,l ;-<egllrança foi avisiLdo pelo maj or Manuel . f , Reda das Chaga~, cnuhado de Vietorio • tP.l'lo de Paula, de que corriam sério périgo se não se retjrasscm ·incontinente porque seu lito c'l.mlrndv Yictori1J, acompanhado de grande homens armados, viria na tarde d'esse u· w clle Prefeito e mais pessoas dii , 1lie:e11 Í:l a aucm do distri cto e tomar ving<1n- 1)a do dr. 'Demctrio que seria ass,1ssiuado se fo~so encontrado. Quc'l'endo evitar o anuunciado atlentado .o <· uc na.o poderiam oppor-se por acharem -se todos desarmados., excêpto os gu;1rdas quq ape- 1s tinham sabres, o Prefeito, o Promotor e o • ,]r. Demetrio, rt!solverarn regressàr para ::loure, mtcrrornpendo ª:\ diligencius. , toda a noite, descendo o- rio egando em l\fon,mrlÍ$ p.cla manhã., ·sidade de comp.rar ma'.lti~ncmtos, m u'essa villa e <lirigiram -Stl a casa to, onde ·se achavam pdas oito _, nhil. a tomar café, quando o~viram tiros e viram uma l1 orda de bandidos •ada pe o n • e Ouronél Victono Lcilo tod s armados de·rifle.... rum BRAGA :_;N,'lo- pode ser. V. ça·de um ::ipar tc ? JLETO BEi,;;ltHA :-rnu go.,to de 1rte , v. exc·. póde falar. R.\I ó BH.A.GA :-V. exo. 1:mbe que d,1Lle nfw pód;i capita nea r UD;Ja hoi·da , ma offensa que v. cxo. faz {L au_otoridade ililar. .\ 0 11~r1la. Nacional é uma c·la8se iJObrc e eu, 1m, deputado, não. con.into que se diga _que t nt•nte coronel da Guarda Nacional seja e um crime ou que se diga que capit.a- _ ma horda de bandidos. , . PUIL"ETO 'BEZ ERRA :-Nilo é por ser 1e coroool da Guarda Nacignal que est[~ ~~\'de eahir em erros e praticar ori!.lles. . k FrnAIO IlaAGA:--E' uma das melho– ·mlus; cu protesto. ALAZAI} : - Apoiado. Eu protesto , da Guarda Nacional. A malcriação , vir ilté aqui. PITILE'l'O BEZE !t.RA : -Qllcm será ~~lc~eado? V. v. e~cfl. acham _que eu a clnsso mil itar, -<lizcndo qu<1 V ictoria Pattla 6 ten cotc coronel ? Onde é .que ensa? entilo os tenuntes coroneis estilo ocnstlra e oooàemna<;ú 1 l pelos. attcnta– mticaro? ªIR)fO BnAGA :-Um tenente-coronel ser bandido; 6 homem de bom, é 11 .~trc; portiv1to, oabe-me-- o dever de nr,ETO B.EZ !<:ll.P.A :-Victorio Lci!.o 6 tcneote-corunol, _ aind11 m11is, sr. OFFICIAL Presic\entr., ' é o Chefe do Pflrtido R_epuli}jc:100 de l\'l 1Jnsarás I (i\Iuitos protestós e reclarnaçtl.>s; o sr. Pre– sidente, tocando o tympano, r2clama ordêm). .O ,sit. .B'nrno B::tAGA (Com vehcmcncia): -Eu tamôem .protesto, porque o Chefe do Partido Republicano nilo póde seguir uma horda de banrlidos. V. exc. com isto offende aos r •publicano~, e eLt nilo cqnsinto que se oh.une aos rüpublicanos bandidos O. SR. PII!LETO B'EZERr."A :-Eu tambJm sou_ republi~a no.e falo como tal. "\ . exc. nã.9 6 mats republtcano que eu, o que cu nilo adm1tto 0 é qud o pnrtidarismo cheguP ao extremo de en campm· os <:rimes dos correligiona.rio,i. . . Sr. Presideote. como ia dizendo, Victorio de PauÍ<i que com·mandava uma horda 'dP bandidcs queria a,sassiaar ·ao dr. Demetrio. V. v. excs. ainda protestam.per eu citar o nom~ de Victorio Lena· de Paula ? I · ~ . O &'tt. Filmo BB.Â.GA: '..-..E ' Ô me. mo hom/m. O sa. BAtt'fEIOLOMEIJ F1mttE!ltA :-:Dê-se o_ nome mênos o qualificativo.· O S\l.. PHTLETO REZELUt'A :-Sr. Pre:;idcntc, o hornum por mais alto que esL~jn .collocado na · sociedade, perde a dig_nidad~ desde que com– rn.ette um crime ( .\paiados. 4 -Iuito. bem !) perde os direito,; e distincções para se apresentar ao jul:-;arnento_ 8implesmeote éomo criruinoso. O SLt. li'uorn 811.AGA :-R.sta dizer-vos que v. exc. está. accusando a um hon:iem que c.-1.í~ auzente e não pódu pefeod .;r- sc. O SR. PHILETO B E7.F.ltll.A :-E trL v. exc.• presente, pódc responder. .,. ro ·utros apa rtes). . . . O s1:. PHILETO BEZEEtR.A :-E!;tou · narran– do um facto que se deu r. 'JllC todo o f<.:stàdo do Parl conhece. Sr. Presidente, ent rando o•n Monsar,is a horda de b:indidos armados de riilP.s procnrou o dr. Demetrio em casa de um ci<laclão, e, não sendo P.nc9ntrado ali, fo i ao quartd <los guardas locaes, que é no mesri10 predio em que funçcio– na a Intendencia Municipal, nílo encontrando ali o dr. Démetrio, rnas ·sedentos ·de s10guc, co– meçaram a atirar a torto e ri direito, feriado um dos guardas d.i policia ·lClcal <le Sou1:e. ' O Prefeito e o·d1•: Dumetrio sendo a visados, cerraram as ' portas da casa e ali e~perar~m vêr o que qu~ria aquclla gente. "Mais tarde chegaram ·os bandidos chamando pelo dr. Demetrio, . intim iLrllm o dono da casa r1ue o en~o~,1sse, porque queriam ter uma con– versa com ell e; e o Subprefeito ouvi ndo alµ;u em dizei~ cerque·m a oasa- 3con.,elhou ao dr. Deme– trio que fugisse, porque era tempo, e elle fngin- · do pelos fun dus da casa pude gauhar a matta e d'ahi seguio para Soure. . . Foi" averiguado que dos disparos que s~ de– ram ao quartel de policia t.i9lia havido um feri– mento; sabendo di,;to os chefes tratnram de se-. gurar a victima e oórigaram esse pobre homem n. dizer que t-ioha se ferido com um estrepe, na occasiã> qu~ fugia; porém, mais tarde ficou _pro• · vndo que o ferirqeoto ern de ba1a. Depoi,i do terceiro corpo de delicto, o homrm fo i para o .ho.3pital e a.li foi obrig,1clo a amputar a perna.. · Entre essa horda de bandidos eMava '.l'homaz ' p<-1]hêta, um dos inrlivifoos conhecitlo. corno mais turbulento d'aqnelle logar. Thomaz PalhJta, qne é o bnl1,;o direito do Grande Cht?-fe, foi incluído na denuncia dada pelo dr. Demetrio como um elos autores do atteotndo de crime de teutativa <I~ homici<lio, e hoj cl, Thomaz Pal11eta que e tít 1;ob u neção ria justiça respogJendo oo.Ao um criminoso, acobn. de ser escandalosamente nomeado Subprefeito do · Camar{L. I sto é u~ cumulo, é uma afronta (1 opinião publica e {L moral, se afta á. Lei.· . u~r ~lt. DEr r:rAD :--~ão foi nomeado. o ~ 8lt. PHIU~T0°BEZEB.1.tA :....:.os iornaes dc– rnm esta not.icia; port,anto., r. J>re:::irlont íl, :1pre– eeato este requerimento. (Lê :) HEQ lfüDIEN'fO • « H.eq ueiro que ,t 'Meza, · por intermedi o d -Govcrúador, requ isite do Juiz de Direito de Sourn io formaçi,cs s_ o indi vidno Thomaz l'n– lhêta, . nomeado ultimamente Subprefeito .de Mons,mí.s, se ach:1 compreheudido na fjueix,t - dad,í pelo dr. D2mctrio B_zcrra, co ntrn os •:1n– tore11 () Cltmplice.:, da. tentati va tl homi cídio pr:1- ticada em i\lonsarits, no di.t 1O . . de J,1 neiro do corrente anna 1 contra o mei rno dr. ]) emet1·io Bezerra. · 8 ,la das Sessões da Camam dos Deputnrlo. do .Par:L, 14 de Maio de. 1894. PIU:lelo Beze1·1·u." ( Dwante o cliscurso d'este. tlq_mttulo lu,uvt1 1·e;petidas /cclanirrçües e protc.~tos 7Ja1·ticlos ele mnúa.~ as 1 ,r.r.nc (l(l(.1,$) ; D.ido o req uerimento ,L di cwsão ú adiado p~r ter ped ido a p:1lavm o sr. Bart.holomeu Fer– reira . O ·sR. Fm.1-10 BRAGA requer urgencia p"arn . ser o requerimento discutido n'esta sessão. E' concedida a urgeneia. ( Contmúa ). NU'l'lC°lARl(f Edificiopara oInstituto· Parneu~c 'l\Jve loga r hontem, como esüva '.\llDllllCi:1do, a colloc..'H)áO da primeira pedra do edifi!}io dd ti– nado ao Instituto de Educandos Artifiocs Pa– rnense, no Marco da Legoa, cujo programma ·de ensino foi ultimamente reformado nos molíle.s; .mai modernos da sci_encin. A'd 9 horas rla m(lnhi.í partio da l<]staç!to Central da Etiti:aJa ele Ferro, de Bulem. o t.reu; especial que condu:úa ·o sr. dr. Lanrq Sorlré, Gover□ ador, e mais convidados. . A's dez horas, pouco mai ·ou m aos, leu Ee ,i act.a, f(He fui a.5 igaada cm primeiro lo_gar pelo Consul da ~ epublica •dos Estado, -1 ni-dos da America do Norte; pelo sr. Governador e pes– soas ptesentes, fiean lo ella encel'1·ada,-com us jornaes do dia, àlgu urns moedas braiileiras, e duas notas americanãs .offerecidas poi· subditoi'I d'n.r1uelln Naçiío,. no centm da pedra, que foi collocada no re pecti vo Jogar. • Depois d'esse acto foi servido p_rofuzo lunc/ 1, i,endu trO.;.'l.dos os segu in tes brindes: - Do Sr. Govern,tdor do E~tado, ú, memoria de Wanhington, o fundador da gcrande aacio– nalid,tde Americana, ao aotual Presidente, Óle. veland, e ú. grande Na 9ão, modelo de libtrdade e de civismo. · -Do sr. Cousul America no ao benomerito íllu ·trado Go1Ternador do ParíL. - -Do sr. dr. Il anriqll e Santa .Ro. :1, ao Barii.11 de i\f:1rajó, representante do P,u.'.L, em, Oh ica~o. -D" H. 8.u'il'l d:i M:>1r,1jó, ú. Republica dos li;stados U rntlos do .'.forte, onrlo onoontron fidal- ~-1 hospitaltdade. . . - 1'0 sr.dr. {gn:1cio M.oum,elD omue <los len– tas <lo In 'tituto 11 Beoiamin Const,:rnt», no d r. L·mni Sodr6, o propngnad, r intemorato-Ua in . trncção no l!io d,1 proletariado. -0,J RI'. clr. Firmo Brag,1,ao 11'. L'lul'o Sodré. -Do . r. rli-. Alvares da Oos.a, {L America. O , r. Governador leYa.ntou o brinde de honra ÍL memoria de ,i Beojnmin · Uousta.nt1,, o. fün rlirdor da R ,lpnblicn Brazill!Íl':1. ê no ' l\-!are– chal Floriano P eixoto, seu invicto J.ofenso1·.

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