Diario Oficial 1894 - Maio

', 1 •. l ' : i DrARJO OFFit.11AL 1a.io -r8.94 REL,ATORIO DA illrnfiade ~egurançaPublioado Estado doPará - Conclusão- Todas as Repartiçõe s publicas tem passado po r g-randes reformas, tornando-se assim dignas de serem frequentadas por qualquer pessoa. por mai s ex igente que seja, a exc 1 .:: pção d'es ta que. desde qu e fo_i fundada em I 842, conserva até hoje os mesmos moveis com_ ciue foi installada. 1 Exposta ass im as palp ita ntes necessidades d e reforma dos move is d 'esta R eparti ção, peço - vos que consigaes do Cong resso uma verba nunca infe rior a dez contos de ré is para compra de noyos, podendo ~er ve ndi dos em leilão, o · que sen ·em ac tualmente e recolhido o producto liquido ao Thezouro. Cada vez mais a ugme ntão os preços das me rca– dorias necessariás a nossa manute nção. o que é devido, sem du-vicla. a baixa do cambio, motivo es t e que me obriga a solicitar-vos pro,·ide ncias no sentido de serem augmentados os ven cime n to. dos empregados d'esta Reparti ção, ao menos durante o tempo em qu e o mesmo cambio se conservar abaixo de 18 dinhe iros, visto corno esses emp regados :-ão muito sobrecarre– gados de trabalho, como pode is ,·eri fica r do mappa annexo a es te Relatorio . Não posso de ixa r. ao te rminar es ta parte do meu R.datorio, de vos communicar qu e o offic ial exte rno d' ·sta S(.cretaria lu cta com seria~ diffi.cu ldades para proceder ás visi tas de entradas e sab idas dos navios , por não dispor de uma embarcação. , ·is to como o escaler que foi comprado em 1885 acha-se inse r vível. sendo as referi das Yisitas feitas na lancha d' A lfan dega ou em catraia cujo frete o d ito empregado paga. Parecendo me não se r conven ie nte qu e o serviço (·xlerno cl'esta Repartição continue pela forma porque t·stà s ·nclo fr: ito até hoje, peço-vos qu solici te is uma verba ao Congresso, µara compra de uma 1'.'1ncha de!--tinada ás visitas do- porto. afim ele se r reg-ularr sacl o. como conY(~m, o serviço <lo alludido fu nccionario. Cadea Publica de S. José A C:HIC·a de S. Jclsé acha-se sob a . \c.lmini s tra<;ão dn c.idaclio Jos(• Alves da Conceição ".\Tene7,es. desde 6 d<· Junho do anno passado . . O seu pessoal, que se compüe de _um aJuµante e tk 11m continuo, continua a merecer a minha confiança, visto com,, t sst·s funccionarios cumprem regularmcntc a~ suas ()brigações . Esse e~tabdecimcnto não pé,de, por muito tempo, permanecer no cdificio. onde se acha. por não ter as neo:ssarias condições hygi •nicas t.· s •rem os seus compartimentos tão pequenos, para a~ommod~r o 11t111H.ro de indivi<luos que s<· acham ali recolh1dos, n·sultando a <1gglomeração de presos em cada uma das cellulas, o qu e dâ lugar a serios confilrctos,. pro– vocados por p-resos de índole pen"e r a, que protnram qt1estões. com os seus cornpanbejros d e p'i-is ão, pai-a·· tirai· um derforço dos que oào lbes são affeiço~9.s'. ··. ,· . Por falta de commados foi removida a E nfertil/\~-, ria. que funccionava em uma das pri sões par~ ·· o 'com;. partime nto des tjnado antigam ote ~ offic111a~ Aos presos, pare11:e ndo-me de conveni e ncia declarar.~YRl'-i que. a lem d' esse compartimento não offe recer as ne, cessarias accommodações para a E nfe rmaria, acha- s0 no· segundo pateo da Cadêa, fo ra das v ista:" do Adm! – ni strador, ao, qual compe te zela r pelo asseu> e fi scah-. sar a distribu ição elas di etas medicame ntos ao~ presos do entes. Para vos provar qu e são ve rdade iras as minhas asse rções, bas ta communicar- vos que na Cacl êa não· ha uni compartime nto decente para fo nccio nar a secre taria , q ue acha-se em uma peque na sala., cujo es paço é occupado com a rn cza cio Admini s trador e a do seu Aj udante, não pode ndo qualqu e r pessoa mo\'e r-se, com faci lidade, de um para outn.1 lugar. , !em cl' isso o local em que se acha o dito ed ificio é cercado d e pantanos, occasionando aos presos gré.:– ves mol es t1as. e ntre as quaes, com inten sidade, o ben – be ri, obrigando a es ta chefa tura a removel-os par~ as Cadejas do inte ri o r do Es tado. succed endo muitas vezes fa ll ecer~m e m viaaem, ou no Jog a res para ond e são tran s fe ridos, em consequencia do es tado de an e– mi a em q u e se acham, ~ntes d e_ serem atacados da moles tia, d evido á pess ima habitação, c~nfonne _me t em communi caclo diversas \!ez es o r spc1to mechco. Para qu e poss·aes ajui zar cio verclaclei_ro es tado da Caclêa d e S. José, r,emetto - vos o Relatono do respcc ti vo A dmini s trador. N utro, pois. a espe ran ça el e qu e invi d-:1-re is todos os vossos es forços. no sentido ele ser concl rn da a nova penitencia ria, cujas obras j~ foram _começadas, afim c~e funccionar br vemen.te, un1ca medida de qu e pode-se b.n çar mão para faz e r cessar s melhan tc est~do de cousas, porg uanto nào são peque nas as quantias qu e se J es pe nde annualme nte, com os reparos__d_;:i, actua l Cact~a e apezar d'is so a~ontece q_u e o ed ih c10 pouco tempo de poi s de sel· caiado e prn tado, parece qu e nunca I asso~1 p r es ·a tran sformação. Em r " de Jan iro ultimo d sig nei o dr. Bruno el e :\loraes Bittencourt para subs tituir o medico da Cadêa, dr. P dro J uve nal Cordeiro, durante o tempo em qu e es ti ve r no goso da li cença qu e lh_e conced~s tes. . Espero, portanto, que tome is na devida co ns id - ração es ta parte elo meu R elatorio. Côncluindo a rap ita exposição. que. sobre o movi me nto cl' cs ta R e part ição, clurant o anno ~ndo, faz-sc-m el e impe rioso deve r aprese ntar-vos, . seJa-me pe rmittido insistir pela reali sação das med idas que vos solicito no presente relatorio, afim de melhorar os se rviços a cargo da Segurança Publica. Saúde e fratern idade. ·' · O Chefe d Segurança,

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