Diario Oficial 1894 - Abril

54 Domingo, · 8 DIARIO OFFIC:IAL .Abril-1894 ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~-~~~~~~~~~~ diato, pei"a facilidade relativa do serviço, e pela esperança ele maio1·es proventos, dado o valor crescente desse genero de pr0ducçãÕ do Estado, para cuja exploraçí'í.O rendosa:voltaram– se todos os capilaes, entre nós de si minguados. Sabe todo mundo que esta é a terra opulenta de riqueza, fo ra,z o solo, deposito de preciosos t.hezomos o sub-solo, vir– gem de exploração até agora. Que valem porem tantas forças naturaes sem o trabalho intelligente, que venha fazel-as fe · cundas, centuplicado co.m os auxílios que só póde fornecer o capital ? Braços, só pode dar-nos uma corrente immigratoria in– tensa e abundante, selecta P. bem dirigida, que povôe as gran– des extensões de terras incultas, que constituem a quasi to– talidade da superficie do nosso Estado. Para que demandassem a nossa terra muitos dos uteis -obreiros que incessantemente sobre os paizes do novo conti– nente despejam as nações da velha Europa, atravancadas, consumidas pe1as crises ageicolas, sobrecarregadas por impos– tos de anno para anno crescentes, ruídas pela gangrena do militarismo, conturbadas por continuas gréves, para que viessem a nós os que procuram longe da Patria o trabalho e a riqueza, sei que bastaria a iniciativa individual. Ta l é porém a negação que entre nós existe para o prin– cipio associacionisf:a. tão fecundo, que não póde o Estado fur– tar-se á tarefa ele promover uma corrente de immigração.. A escassez da verba votada no exercício corrente para esse fim, e a natureia do assumpt~ milindroso e sério, para os que agem sempre zela ndo os · mteresses do Estado não permitfüam que começasse a funccionar entre nós' esse serviço. _ Na Repartiçuo de Obras Publicas, Terras e Colonisações estão ~Pndo formuladas as bases para um contracto que possa dar feltzes resultados. Podemos e devemos tomar a nós esse melhoramento que e~tou certo ha de concorrer poderosa– m en~e para d~1r_ a agr1cullnra o necessario alento. N'essa con– formidade so~1c1~0-v?s ~ª votação_d_o·. credito sufficicnte para que possa c;cr p10ve1to,,amente m1c1ado o serviço de povoa– m ento do nosso solo. Quanto ao capital, frncto do trabalho e da economia ~a de expont~neamente dese~volver-se entre nós, si co~~ tmuarmos a viver annos de paz e de soceO'o b . . J l · , t·d d . o , so o 1 eo-rmcn Ctas eis ~aran t ~ras a vida e da prnpTieclade ele todo~ D extra ngeiro afflu1rão iO'ualmente os cap·t e d · d 0 d l . o 1 a s es occupa os quan o o con 1ec1menlo exaclo das nossas rique . . t . do po1· um zas, minis- ia a propaganda effecliva e inlellicr •nt d · , t t . me e e1xar pa- en e_ que aqui cnconh-a1·ao os capitalis tas rem . , .• sobeJa. uneraça o . Tive 1á ensejo de saliento.1· as van tagens que eolheriamos s1. entre nos pouc~essem medra r os syndicatos ag1·icolas que nos Estados-Um~os, na Allema nha, na ltal ia e na Hungria tamanhos bencfic1os lronxeram para a agriculturn. No Estado do ~ar~, onde S!Lo La.o ra rns as forlnnas e ra risslmo os gra nrtes cnp1talislas, só uma sabia orga.nisaça.o do c1·e dito agrico1a , feita dc _acco1·do com o syslema da mulualitlacle solidaria, como ho.1~ o possue a Allemanl1a, g raças aos esforços de Schulze– Dehtzch , poderia r emedia i· em boa parte os males ele que padece a nossa pequena e empob recirla l avoma. Das uniões mu tuas de Schulze-Dclitzch r en-idas na Alle– n~anlia _pela lei de 1.º de_ Maio ele 1889 <tiss~ o sr. Leon d A~drnnont,. deputado a Camam dos representantes da Bc lg1ca e presi<len le da f~dcração elos Bancos popula res d 'esse paiz, que ellas tem exel'Cldo uma acção salular soJwc os cos– tumes,do P?VO, levando os modestos operat'ios ou agricu l– tores a p1:aticn da ord~n~ nos seus negocios, á exaclidü.o nos r,omp1•0011sso::;, ao _esp,r ito d_e prcvidencia ; despertando O scn– ti1J1ento de fratcrn1dadc soe1al, substituindo ao inclividua lismo cstel'il uma fecunda solídaticdacle. GJ'açus á gesta.o economica das l'endas p ublicas Lem nos sido p assivei accclcra1· enorrncmenle o resgate du d ivida pu- biica. Fieis ao programnia que nos traçamos podemos certa– mente esperar que, libertado de compromissos, o Estado, que no presente se esl:.'Í enriquecendo com o pagamento de suas d ividas, m::.is desassombradamente evolverá, utilisati do em uteis e fecundos melhoramentos toda a sua renda. Como sabeis tn.o a pertadas eram as condições financeiras do Estado nos ultimos tempos da'monarchia, que ma-1 podia o thezouro fazer face aos seus compTomissos de cada dia, vasios os cofres, quando exigiam os credores o pagamento de gran– c1es quantias, quando re<:lamaram os funccionarios _os seus honorarios. Tal era o descredito a que chegara a antiga pro– vincia que de balde tentou-se levantar um emprestimo co_m que fosse consolidada a enorme divida íluctuantc vex~tona, com que fossem remediadas muitas e urgentes neces,:;1dades como a reparação dos cdificios publicas, quasi todos . em ruina. De sorte qtie o primeiro éuidado do governo republica– no, quando ainda não viera a federação trazer-nos essa. abun– dancia em que estamos no presente vivendo, livres de tutela, emancipados rla sujeiçM ao cenlt·p, foi obter recursos mate– riaes para encetar a v ida nova, liquidando esses grand~s e1Ver-, gonhosos compromissos, que nos legara o passado rcg1men. Foi assim que contrahio o Estado corn o Banco d~ La– voura e do Commercio do Brazil aos 24 de Fevereiro de 1890, o emprestimo ele 6.500:000$000 ao jm·o cle-5 ºlo• Pois bem; esse emprestirn,o cuja amortisação foi ma rcada em quotas annuaes de duzentos e dczesete apoiices, de forma que todf a divida ficaria extinta no fim da 30 annos, ficará comple a– mente liquidado dentro em curto praso. . . 0 Por acto de 17 de Julho do anno passado auctonsei thezouro a applicar 500 con tos, por conta do saldo do exer cício cm liquidaç!lo, á amorlisaçao dessa divida; e a 1 7 . e Agosto determinei novo regate de apoiices na importancia tambem de 500 contos. De modo que hoje está esse cmpres– timo redusido a 2.432:000$000. A d ivida total elo Estado q~~ era no começo do exercicio de 1892 de 6.730:400$000 ~s ª hoje reduzida á .3 262:200$000, o que mostra urna diminuiçao de mais da metade em dois annos. E convirá I.embra~d qtá 1000 contos do valor total elo emprestimo fo1?m cedi ~ lia ·Intcndencia da Capital, o que reduzida na r ealidade aqu div ida a 2.262:200$000. oanle Util.isanclo os saldos do exercicio corrente, ~on~]timo . auclorisação cqntida em lei, por oficio de 9 de Ma 1 1 2,º fim de mandei que o thezouro providenciasse para que ª · ~lices da J:11~~ do anno corrente esteja~ ~·esgatad~. ª~ tJ é de ...... d1V1da do Estado ele 6 º[o, cuJa m~portan~-~a 0 0 eraçn.o, já 722:800$000. Pareceu mais vanta1osa es::.a. P., orque porque sno títulos que vencem juro superior'J~ f~zer-se o resgate da divida para com o Banco só po~en ã n a pri– ho_je por augmenlo da quola annual da amorltjaçc O 1 6 R do mcira quinze na de Novembro, mat:caclo _na _c ausu ~ r 1lo 05 respectivo contracto para o sortc10 ordinarto, lucia d cofres publicas a economia dos juros do 2º semestre as apoiices que vão s er rcs,,.atadas até 30 de Junho. ·t , º . 1 d ·m, an- Devemos persevernrn'essa politicadehonestiria e, 1 .N t do o bcllo exemplo dos Estados-Unidos da Americ~ ~o d~r 1 4 que em menos de 30 annos r eduziram a sua éhv1da billiões de dollars a cer ca de 7 billiões, ulilisand0 poficua- . a nínrruern inentc as suas fabulosas re ndas de cnlao, quan . o " cnirlava que no futnro se{,in licito falat· na penuria do t lV~~-uro de Washinglon, como nol- a pintaram, ha pouco, \ _il iam Wilson, represenlanle da Víl'ginia e Carlisle , secretano das finanças. * * * Desde os seus primeiros passos, ainda sob o regimen pro– visor io , o governo r epublicano e;ui.dou seriamente de, con– ver ter em r ealidtlcle pratic•n o clogma l'undarnental do p·êU pro– gramma-a instrueção popular. Os fa ctos depôe1;n eloquente– mente a nosso fo. ,,01·, e é pm·u honrar .nos o muito que t em sido feito no senl ido de <1ese1wolver o ensino publieo, alar– gai-o e d i.Jfündil-o . Sob o ponto de vis ta moral e material 0

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0