Diario Oficial 1894 - Abril

que a ricl.oria da indisciplina feita insurreiçtw politica, levan– tada contra a ordem e contra o principio da nucloridarle, eontra a Constituição e contra ~L Republica, era uma ameaça :i nossa vida como po.rn fine e á nossa integridade como Nação. Si ainda conlinuà lá pam as bandas çlo Sul conturbada a ordem publica, invadidos dois Estados por hordas.de gentes assalariadas pela moC'da dos plutocratas feitos e -refeitos pelos clesperdicios e malveTsaçõcs do imperio, e pelos - erro; fi nan– teiros da primeira hora da Republica, e dos aulicos impeni– tentes, que insensalamr.nle oslão pregando· a resurrc-ição mi– Jagrenla e absurda-do lhrono,que elles .estão impopularisando mesmo depois cfa n1orte, tornanclo-o culpado das desventuras da nossa·tcrra; si ainda uão foi dP vez esmagada essa- anar– cbia; que está conto um ab1Ilre insaciavel.co1Toé·ndo as entra– nhas rb :iaçfw, devemos todos confiar nas energias e no pa– triotismo do povo brasileiro, na sabedoria e no valor cívico é inililar do ~Iatechal Fl'oriano Peixoto, que saberá honrar o titulo que o povo Jwazileiro já der.relou-llw, aclamando-o sal– vador da Republica, e cu:ja funeção rislorica está marcada coroo consolidad'or da ohra q,ue fu ndou o immortal Benju– min Conslant. Pela minha parte desde o primeiro momento em q9e a no– ticia do grande attentn.rlo veiu encher de inclignaça.o todas as al– mas hôas e levantar emgrandes estos de brio todos os cora– ções bem fo1·mados,. cnmpri o meu dever, como g9verno conslilui<lo pelo povoparaeuse, e fiel ao meu passado de 1·e– )Jllhlic:1110, entendi que cabia-me para honrar o nome d'esta ierra gloriosa collocar-me ao lado da a11<:loridade suprema da Naçii.o. encarnaçfio viva ela lei, consubslanciacão da hc1nra 11acional. • Essa .tr? rna urdida nos conciliabu los excusos, rebentada á luz mer1rliana, soh a responsabilidade de um mar.iuheiro a~1.da.z, er~ uma gu~rra lllOl'ida contr-a a HcpnLlica pelos seus j ni io1gos 1mplaca\!e1s. Nos documenl.o.,; politicos.com cjuca ca111panha lsi!::le ten– tou em sua segunda pbasc justificm-se vinl1;1 revelado mn- 11ifcs lo r. clari,-simo o intuito reslaur;dor dos seus chefe,;, q ne nc~.ttn.m a legili midade do movimento 1·rvolaciona rio de J !5 de ;-,; o\'em.br.o, realisação e~ncta e precisa <las aspirações do povo bl'azile1ro, erupção n olcnla de brios mal contidos aonos e an.nos pela l'Calcza, co11rer;;ão em facló de um ideal, de qn€~ viveram ~mtas gcraçôes, e que custara O sarwue de w.11los. hel'Oes e a vida d~ ~ntos marlyres. 0 _Como lodos os parlld1~las da monm·<ihia morta em nossa J'aln.t nesse memora~el c~1~, morla expontaneamente \"icti– rnad,) pe los sN1s propnos Y1c1os de origem tHTuin·ad" ele'~ d 1 . l d I l L ' ...., ..,man- e-lia a, apo, rccH a e onga e a a, um dos oener·'es da "t"□l" , 1 ·11 . " , " · " u fla que.apparecuu acaHt 1 .rnnílo o ~•ov1111en~o sedicioso, quo ter~ fraz1do alar1naito o pai?-, rtppcl_li_dou de msllrreiçrw de caser– m1s essa 1'evol11çã0 nacwn11I lt•g1l1ma o estupenda, cuja missão foi ;111trs 01wrn1ca elo que destruidora, cujo papel foi mais crcadcr do que dc1nolict-or, porqL1,, estavam diluídos todos os )aços sociacs, porque a mtma rchia deixou-nos nn1h'gado lris– fo;siuw, por 1.oda a parle ruínas, avari,1das as finanças, dcs– org-anisado o ensiuo, nbalidas e sem alcnlu as iud nstriu.s, des– fallccicht a agricnlh1rn., eslragado o carncler 11acional, educado n \1111 regímen que vivin pela corrupção e da con npção. Tudo eslava pot· f'aier nesla lerra, OH<lt- p,11·0ce que n 1-fl'.llldcza das ohms nalw·aes, a e11ornüdadL' d,)S massas d t' agua rnladas Pm rios que parccern mar<.>s, a apparencia ,-0J0ssal elas florl'slas vit-g-ens contrasta eom a pcquenei du obra hurnana, acanhada e racbilica. A Hépublica lerá que Yencer as grandPs rPsisle1tcias do 111 eio social, a11lcs que seja atahada e prd'eilfl a sua obra, anl<.>s que, elo livn, e <lcscmbaraçado jogo do mechanismo po– füico que ella insLituio, snia111 l0dos O!' bc11eficios, que ha de ,·crlo produzir, c:01110 sóe succedcr em lodas as nações, que corno nós sí\.O regidas pela fórma ele govrrno, cm que o povo ;i si mesmo se govcma, livre da tutella de senhores. Muitos, por erro de ohservaçno alguns, por calculo inle– rc-Hsciro e de má fé, outros, por ignorancia dns licçõcs da histo- ria apaxorados pdo espectar.ulo do;preseu te,·agilado Pº" lanlns lutas, enlôam l1ymnos rle louvor nos lcmpos passac~os, ª?s quietos e remansados tempos elo imper io, como s'.' o 1mperm houvesse nos dado ao menos essa calma e e!-sa qmct.açào que desfructarnin sob o azon ageu e o tronco cio feitor· deshuniano os pobres escravos nas fazendas dos·grandes barões. Tanlas·e laes são as paginas de nossa historia manchadas, pelo sangue dos ·confessores da fé rlcmocratica, as·sassinados covardemente e friamente pelo imperio, tantas e tacs as con– ,vulsõcs que trouxeranr dur\mle longos annos sacuclidn e cou– r i.llsioriada a Nação hraiileira, vezes e veies ameaçaria de esphacelar-se, para fugir â tyrannia elos regulos e dos .es– birros, durante o i•eo-imcl'I monai·cl1ico que é uma heres1.r e uma blasphemia. se~ão requinte á e falsidade e ele; má f~, oppor á Republica, regimen pofitico incipiente, ·que est~ real1sn nrlo a · larnfa ele emendar os erros do passado. destrnmclo precon– cei~os, removendo resíduos, oppot· á Republica, que tem c.on – t.ra si os de~ conteoles de todas as cô1·es, os desherdados de lucros e proventos, que desappareceram com o imperialismo, oppor á essa Republica, que está fozenrl? obr:1fecunda mas , difficil de regeneração moral.e social,,um 1mpeno que nas<:_eu, medrou, viveu e sumiu-se no meio de lulas e de revol~1çoi>s, <le molins intestinos e de guen as extrangeiras, e qu~ s_o des– cansou de bat~1·-sc contra as energias elo povo hraz1le1rn ern 1848,· pal'a ai.irar a Nação a· es!:ia guena insensata e cruel contra o Par::\guay, cavando a nossa mina para asscgura.r a preponderancia do imperio. E mal íamos restaul'ando as for– çàs gastas nessa luta ele l.'mtos annos, foriu -se a ?amp~n ha abolicionista remai.ada o-Joriosamente pela aurea lei de 13 de Maio inwosta no impemdor pela força da opinião apoiada nas haycnelas do exercito, e abriu-se com o mnnifeslo de 1870 essa guerra de francos afüadores contra a re::i lesa, guerm que só fi ndou com a grande ,·ictoria brilhante de 1~ de novembro.. Aos que hoje desalentam assombrados d1anle das com– moções que tomam traballlada a vida da Republica vale le111- brm· estas palavras com que Diogo Antonio Feij ó cm J 83.6 pintava a situação do Imperío na fal ia elo t hrono dirigic~i.t. a~s representantes cla Naçrw : " A fa lta de respeito e obedwncia ás auctoridades, a impunidade excitam universal clamor cm todo o imperio. E' a grangren::i, que aclualmenle ataca o corp~ social. A nação de vós espera, qu1• diques se opponhan. 1 .1. tonente do mal. Nossas instituições vacillam, o cidadM vr:e VuS receioso, e ,a$suslndo; o governo consome o tempo cm . . 0 recornmendnções. O vulcão da anarchia ame:_içn clevoiat imperio; applicae a tempo o remed(o, " atriolisrno, Porgue havemos de descrer d essa obra_ de 1 P\. . 0 novo que é o aJlanacrioda nossnueração,áqual cabe 1111 P an ' 1 ~ , 1, ele . , 0 ., . • 0 urn l'C<'I IUC • reg1men, 1mpondo-o a todos os esp 1 n tos <:om O . ;s aclivi- jusliça, abel"lo a lodas as boas vont.acles e ª l Loa i:ej~m '0 bem darles, accessivel a lorlos os que sinceramen e · · < da l"ahia ~ a felir:~dade comrn_nm '? . ineluclaveis que Que 1mpot'h c1ue •lor 1orça elas leis I l ~ • < • 1 d . l •-nos o comp emen o regem os deslmos soc1acs tenha e cus ai ·~ h da obra rcvnlucional'ia apenas iniciüda aos 1 :J de. No~rem r.o o sacrificio ele vida!:i preciosas e çi consumo de 111esl11.nave 1s riquezas, que poderiam fecundar o nosso sólo, dar Y1da .ás nossas indusll'ias vacillanlcs, fomentar o nosso prog!'csso 1n– lelle<:l.ual, em vez ele eslarcmsendo gastas eslel'ilmenle n' uma lula fratricirln, dolorosa e ingrata? Resignemo-nos á fa l, \lida.de dos nossos de!-Linos como efüi esL'Í sendo feito pela nossa er rada educação polili~a, p~los nossos maus hahitos conlrahidos sob o influxo do reg1111en un– pcl'ial, que ia goranrlo o no;so ahaLiménto moral em grat~ tama nho, que i>slavamos lransformado-nos n'um povo quas 1 incapar, de gerir-se a si propl"io. . . Ha ele cusw.1·-nos talvez 11111ilos e longos dias de rncnr– niçadas lutas a nossa regeneraçi\.o moral sob um •:e 9 imen po– lítico para o qual ni:\o eslava111os _apparelhados. a JU1zo rle ra– ciocinadore!'i wnagos, que abraçan am a Republica na hora en1 que o imperador, por ado de ,-ua munificenr ia, outhorga~se– nos a nossa cal'la <lc a lforrin, lrocand.o pelo barrete ph1:yg10 a sua corôa.

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