Diario Oficial 1894 - Abril

I 78 Qu inta-fe ira. 26 DIARIO OFFICIAL Abril-1894 - ·ranzzxa - ::errr tiver para percorrPr uma zona relativame nte peque na e um numer o- de escolas limitado, porque e n tão, po, <lendo compare cer duas e mais vezes no mesmo esta– belecime nto, no con-er de llm a nno, obr igará o mes tre a estar sempre de sobreav izo, aguardando a todo o momento a sua chegada, ·e esforçando se por apresentar os seus a lumnos cada vez melho r preparado. E aquelle que a ssim não proceder dará provas de sua inepcia para o cargo, deque mais valerá ser d ispensado, po is com a sua ausencia, r estará ao menos · a esperança de encontrar-se um outro com mais de cid ida vocação é habilitação_ Pezae, S r_ Governador, es.tas considerações; pon– àera e-as ao Congresso Legislativo e pedí-lhe a verba para os v1zitadores escolares, porque só assim se poderá te r a cer teza de q ue não continuará a ser espercliçad': un~a g ra~de par te da somma empregada com o mag1s te no publico pr imario d'este Estado. ERCOLA N0IOI.\L Pelo _Relat? rio do Director d'este estabe leci– me nto ve_n ficare1s o rnovime nto havido no decurso cio anno leccivo proximo findo . Ha entretanto um ponto ~arad9 ue devo chamar a vossa atte nção, por se p ren~ e~- irect-:1-mer~te a urna das maiores necess idades do ensmo pnmano·- a ca,·e · . , . na e m cm integral, mas sóment<:: dos que perte ncem ao sexo mascul ino. T e nho notado, nas leituras que he i fe ito. do orçamento escola r de varios paizes, que ha s,empre uma d ifferença entre os vencimen tos do p rofessor e os da professora, mesmo nos cursos secunclarios, como acontece em F rança. E acho n 'is to a sua razão de ser, que desfaz toda e qualquer ide ia de injus tiça que se ve nl1a a ter a proposito. E' que a p ro fe;;sora sendo solteira não tem filhos a cr iar, qua1~do muito terá irmãs ou mesmo mãe, q ue a a uxiliem na susten– tação da familia; sendo cazada, possue o marido que deve zela r mais do que ella pe la manutenção domesti– ca: O utro tanto não acontece com o p rofessor que, solteiro o u cazado (e é sempre conveniente que se ja cazaclo) tem quasi sempre a seu cargo o provime nto elas nece ssidades de muitas pessoas. Ora, o Estado que desej a r possuir funccionarios zelosos no desempenho ele suas obrigações, e espe– cialmente no mag'ist erio p rimario , que é a baze da educação popular, não pode deixar de cogitar sobre as vicissitudt;:s em q ue haja probabi lidade de cair o mestre da infancia, afim de previn il -o com pa ternal sol icitude, para não .se r obr igado a remediai- as o que é sempre doloroso e q nasi sempre d ifficil. · _ ão se rá grande o aug1nento a orçar para este fim. E levando-se os vencime ntos cios professore s ele 3" ei1tra ncia para 300));000, os da 2~ para '2 50'/1,000 e os ela t~ para 200'//,ooo me nsaes, teremos: 1 _ t · . neta que Jª se vae sentindo e e P 1 ~. essores normalistas, para as escolas cio sexo I 5 Professores de 3~ e ntrancia mascu mo. · 23 « e< 2 a 3:600$ . 3:000$ 2:400$ 540:000$000 69:000$000 I 56:000$000 O re fe r ido Dir t . 6 facto 1 1 ec or tocou em seu Relatono no S 1 d 'c1ª e esproporção enorme entre os matr icu- a os o sexo forte ' 1 f . sem1J re . e os e o sexo rag1I. Estes são · . emE maior numero e o tem s ido creio desde a antiga •scol N 1 1 · , este o . . a_ orma, pelo simJ.>les facto de ser . curso ma is elevado q , d 14 aspira r co . fi. _ . ~e_ en tr e nos po em ellas • mo pro ssao femmma O . 1· · 2 3 buinclo-se µ e·I . : • s rapaze :;, e 1stn- 65 . - . os vanos ramos- dire ' to " h . med1c111a, marinha e , ª . · 1 , el)gen a n a, fA · • · xercito, e tc. , devem por for a a u11 tambem e rn lll(::no r e ·c1 l Ç normaes notand . . - 1na.nt1 , ac e para os estudos l . ' 0 se mais que so os procuram aquel- (( (( ra (( Somma_ O ra, o o rçame nto vigente concede : Professores de ·3<;L entra ncia a 3:000$ <C e< 2a « cc 2 :400$ « « I a « « I :800'1/, • Somma 4::? :000$000 55:200$000 1 17:000$000 J 1 4: 200'if.OOO es qt~e _nào podem absolutame nte segui1· um tirocínio , s upe noi, e aJncla e ntre e.s tes, somente •. ·c1 D iffere nça para L11ais que p ropomos 64:800$000. na Capita l. os que i est e m Vedes, assim, Sr. Governador, que, para o f1m a _ Co_ntudo, levando-se em conta todas estas concl i- que se desti na a importancia ex.cedida é uma vercla– çoes, am da acho que a desproporção de 10 ou 20 de ira bag atella, que não vale a pe na ser rega teada. alumnos para 1oo a lumnas é fortí ssima, porquan to O E cl'esta mane irá t e nho esperanças, ou antes quazi n~1me ro ele es tudante.e; pobi·es, a inda mesmo contando certe;:a d e que se consegu irá um maio r nume ro d e somente os que ex is tem ou podem exis tir na Ca1) ital, ~spirantes ao _tiroci~io norma l. Nem vejo, para e ste c1ue 1 ã fim, outro_ me io mais poderoso do , que o inte resse . o conseguem encetar os cursos superiores, não e I)e - remune rattvo e as garantias regulame ntares já exis- . tjue no: como se conJectu,-a talve;:. Ha, pois um te ntes . u~1t 1 _0 motivo que tambem assaz con tribue para esta r·. S . e- t d 1m111uta procura I· E. l N I d . . . ,is, · 1 · .)overnac or, o que vos t e nho a re latar e tão ·rreJ·uc1 ·1c1·a1 ac a -s~o ªc1 orfma, tão_dedsvantaJ ~sa j com refere ncia as necessidades mais palpitante s do o e nsmo os llturos c1 a àos· e a · - · d ~ re tribui ão · .· · .- ensmo pnmano O I-:.stado reserva ndo-me para se tornJdo pe_ct~~'~' ,a, que nos te1J1pos correntes t e~1~- a pontar-vos as de ordem secl11~daria depois do provi- . 111su ciente para quem possue uma famrl1a me nto cl'aqu ellas a ma,ntc r. Isto com certeza ha ele ter inAuido o-rande- s , L F. t. · l d · 1 - º . aucee ~ra e rntca e me nte no animo los moços reAectivos que souberem · olhar para o futuro. Julg-o, portanto, uma medida acertadissima o augmcnto do salariu não <lo professorado primaria O Director Geral, •

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