Diario Oficial 1894 - Abril

160 Ter ça-feira. 24 DIA.RIO OFFICIAL . Abríl-1894' --~ t:dt•:::::-r, TbT1l"'~:V fffiD..,..,.::rez '!': Y..&olCJ ~~•=!=: !Ili C' _ !w.111~-....- _!!"~ W - ;0 ~_!'_!•\« C-"1tl:~ algu;;; cjue não comparecesse com as obras por elles I Rara as suas lições, não julguei tão restricto, tão im– exigidas e seguidas. Foi a falta de cumprime nto cl'esta perioso, tão ímprescinclivel me.smo o d eve i· do Go– recommen<laçao que deu logar a uma verdadeira bal- ve1:no em auxiliar a pobreza n'este sentido; mesmC'l burdia em que cairam os me thodos do ensinamento porque não exíste realmente em todo o Estadq. uma em todas as nossas escolas. unica familia que se possa considerar verdadeiramente Para obviar este inconveniente, o Conse lhe> Su- n,ise ravel, para merece r esta esmola dos cofres pu– períor do ensino publico, por prop0sta de um d ~ seus blicos. Hoj e_e ntretanto. as cousas mucbram ele fe ição : mei11bros resolveu em sua sessão ele 7 de Dezembro não só os tempos an.omalos que atrave:;samos teem– de 1892. p ri\·ar o professorauo da faculdade que até nos trazido a carestia em todos os ramos de vida. ele · então gozava 'de e~colhe r os compenelios qor que de· modos qu e a manute nção ela pobreza se tem tornado sejasse explicar, e impo r-lhe a admissão exclusiva de, muito mais pezacla que outr'ora,- como o facto da uns certo~ e det erminados autores. Esta resolução• obrigação sillc guo ela compra ele uns c~rtos e de te r– mereceu a 1,;ossa sancção a 4 de Janeiro de r893. • minados compendies escolares póde trazer aos res- Foi e ntão escolhida urna commissão, t irad:i do pe ctivos autores ou editores a ide ia ele maiores pro– :wio elo proprío Conselho,' para organisar uma lista das ventos e l~val-os a augmentarem os p reços de suas obras ele instrncção primaria. que deve~sem ser as obras. difhcultando ass im a acquísição dos m.esmos unicas introduzidas cm todas as escolas do Estado. , por parte dos filhos do pobre. Attendendo, pois. a Este trabalho fo i apresentado e appro,·ado em sessão estas duas circumstancias capitalíssima,-, acreditei <l0 inesmo Conselho a 9 de Janeiro do a:nno proximo opportuna a intervenção cio Estado n'este sentido, e findo; f0i ímmediatamente impresso e distribuido por r esolvi pôr t~m acção o de ve r que tem elle de coadju– todas a:-; escolas publicas, para o conheci1uento pleno var na instrucção aos baldos · de recursos. Solicite i do professorado inteiro : e um exemplar cio r eferido então a vossa autorisaçào, que me concedestes em impresso ,·ae ap-penso no final cl'este. officio J.e 1 1 ele Tu lho do anno passado, p~ra a com- Si bem que uma semelhan te medida tivesse merc- pra em g rande escalados compendios p rimai:ios áppro– cido a miah:i opposiçào na supra-alluclida_ sessào, poi_s vados. que _p_u<l~ com g r~nde feli cidade hav~ por me parecia mais natural que se devia deixar ao cn- preço reduz1d1ss11nos, relativamente aos que ,:x1ge a t<-'.rÍo do mestre a liberda<le de escolhe r os compendias praça em suas vendas a rctaiho. cm cujos mcthodos depositasse mais confiança, tor- Para isto, informe i-me. antes de tudo com os edi– nando-o as..;1111 mais clírectamente respons.avel pelo to res das obras a aclque rir, do custo mínimo porciue a<liant:1mento e progresso <los respecti,·os d iscípu los, nos• podiam cede l-as : e . . . por grande tristeza é todaü:i. não deixo ele reconhecer que cl'ahi podem magua do nosso ~oração para<;nse, constrangidarnente proYir grandes ,·antagens. não só porque, g raças á notamos que os_ l1v_rqs_mais caros obtiJos. para serem nossa pro,-~rbial e por ,·ezes prejudicial condescen- gratu itamcn t~ c\1stnbu1dos pelos fill1-o.s dos nossos con– ch::ncia. já s e ha\'ia ;ntrodm:ido o abuso d'esta líbcr- terraneos pobres, foram jus tam!.!nte dois ele autos e!' rladc. <')lle tocára a ver<la<l.::ira licença, o que convinha paraenscs: a (;co.t;-raphia primaria do dr. C. ele I'\o– cortar quanto ant<::s. para bem do t-nsino g-,~ral das ,·aes, a qual sa}iio a 1 $350 rs., por cada exemplar e o prinit:iras · l,~ttras entre nós.- como pri ncipalmente íercàro b'ziro da látura do finado dr. Freitas. o qu::il porque :1 maioria do corpo docente primario. pela sua custou 1 ~\400 rs. por volume 1 . , . criminosa rwgii;<encia <.m alarg_ar, aprofo?dar e forta- Pelo quadro qu e ao final d'cste 1 unto. evidencia-se lc-ccr os ,ipocanhaclos ~ esterc1s conhecimentos que o pn::ço de cada exemplar em O 1 ,osso me rcado, e o uns l:ou\·cram_durante o seu tirocínio normal, e out~os, custo porque nos ftcon, comprant-Jo-os todos Fºr ata– em s1rnp]e:., le1tur:1sou mc:;mo estudos apenas oom sigo cado, verificando-se asc;im a enorme d iffcrença que· feitos. não póde ter o senso pec.lagogico necessario. alcançamos em cada obra. para estas seleccões, perigando _assim com uma Todos estes li,Tos já se achar" _distribuidos, e semelhante fact.ddac!e a prefcrenc1a do methtKlo na será esta p rime ira distribui ção a, que mais pezará nos c·sccilha du compt:nd10. cofres publicas, porquanto tendo .eu recommendac.lo a . ·1 < ndo com~ç<l:J? a pratic:t d'esta determi11~1ção do todos os professores a maxima ví~ilancia na conser\'a- Con~• lho_ un pn!1cq>1os apc;na5 cio annc~ prct<:nto, não çà.o dos ditos compenclios, nào c<msentindo que sejam ~,. 1,c,d~- ainda afhrm:ir bun qual o cffe1to que tenha levados da esco l~. não só porcjt1e a criança estraga prpd11z1do, porquanto os alumnos apre.;<'ntauos aos mais u.s seus linos em andar com elles de um para cxanw~ do tl'rt~/icrido pn'mario, que é.: o m~lho1· meio outro lado, do que em estudai-os como tamhem j)oi·– dv a Í•: rrr ~•.- <1 .gráo de aprovvita•nento das diffcrcntcs c1ue, entretidú o fi lho Jo podre cm ajudar, nos inter– <:scolas. fnram ainda cm muito JA.:quu10 nunwro. vallos das aulas, aos seus pacs no ·trabalho c.lia rio, como ,·t>-"-;ctln rpiadn.> rf~pP:ctívo, annexo ao final d'este. muito raramente se poderá entrco·ar a estndos. cm p:1ra a11torisar qualqut;r conclusão a n:spcito. Os annos sua casa-espero que por este mei~ chegarão mt1itos ,·1.1tn:tanto d"mo11s trarão a !-lia dfictcia. a St~1Tir a mais de um alurnno, ou durarãn 1wlo Uma <;(;gunda causa do t·s.torvo ao progredimento do 11oss 1 • cn~ino [>1:imarin <'- a acquisição rk livros pela dassc· d1JS pauvernmos. Enq11anto a criança era li,·rc: ein aprc~cntar ao m e•:tr • o C(ltnpendio qu<' mais barato lhC' custasse, l menos mais ele um anno. fau·ndo se portanto as fotn– ras acquisições na proporção da quantidade estrag-ada. e dos alumnos que entrar,!m, notandn-s<• que e:;tes ultimos. pertencendo em maic>ria ao 1'' anno do curso el(•mentar. nf"cessitarão das obras menos custosas. (Conlúuía)

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