Diario Oficial 1894 - Abril

1 / ' Q ua rta-feira, I 8 DIARIO OFFICIAL Ab°ril- 1894. 12 7 RELATORIO DA Diréctoria Geral da Instrucção Fublic~ SR. G ovEfu.~ADOR. << Tous les ans, les empé reurs, les rois et les pré– •r< sidents de Republique rende nt compte à leurs conci– ·« toyens, ó u à leurs suj e ts, s' ils n'ont que des suj e ts, r< de la situation de leu rs É tats respectifs L e pays « est ca lme , les fi.nances sont en voie de prosperité, < les re lations a vec les puissances sont amica les. Voilà -{( ce qu:ils disent, en fai sant les variantes nécessaires, <e su!vant q ue l'année a é té bon:ie, exce ll ente ou mau– •« va1se. << Ils ne d~s ent pas : Nous avons encore 16 .944 ·« écoles empruntées ou louées, 5. 223 communes que ·« n'ont pas d'é~oles de fi lies e t 423 que n'ont ni écoles « d~ ?"ar;çons, ~1 école:> de fi lles, ni écoles publiq ues, ·<< n~. ecoles . pnvées; 423 communes « ou les moyens « d ms tructton font complé tement cléfaut. » · ... . . . . . . . . . . . . r< 11s ne disent pas : S t;r· e 0 nv.ir~ n ·s ;niÜion~ d'e·n~ « f~nts que d eu a ient fréquenter les écoles. 482 .039 « n Y sont pas même inscrits, e t ne font pas le s imu– « lac~~ _d'. un e ffo rt pour acqué rir de l'in!'truction. La « mo1t1e de ceux qui sont inscrits se fait inscrire pa r « ma nie re d'acquit, passe trois ou qua t re semaines sur e< les ba?cs de l'école, e t dis parait aux premi e rs jours << du pnntemps, pour revenir tout aussi io-nora nts, « l'a1~née c~'ap:es. L e g ra nel nombre, parmi le pl us « a~std_us, n a rnve q u'à une instruction clérisoire, lit trop « ~iffictlement pour lire avec pla isir, me touche plus un « livre ~pres ê t re sorti de l'école, et se trouve au bout < ?e tr?1s ans a usS"i éo,npl'étement ill etré que s'i l p'avait <<.Jamais tenu un a lphabe t entre ses ma ins. « Ils ne ~lise nt pas q ue les cabare ts s'emplissent « tous les soirs ~t tous les jours fe riés de gens qui, ne << sach~nt pas lire, ne peuvent clemander une dis– <c tr:i.ct1011 à l'é tude c u nn pla isir à l'imag ina tion. , « lls ne disent pas q ue, dans nos camp agnes, il < 11 Y a _pas un homme sur 1 o ou une femme sur 20, << _parnu les personnes ele 30 à 60 ans, qui ouvrc d e « temps en temps un li vre pour y app rendre quelq ue < chose ou p 1-enne volontie rs Ia plume pour écri re une << le ttre o u faire un calcul. ( 1 ) e<Ils n_e di sent pas q ue s ur , o :> ma riés il y en a « 33,4 2 q ui déclarent ne pas savoir sio-ner, (2) qu' un < g ranel nombre parmi ceux q ui sig nen~ ne savent que « trac~r leur nom; que d'autres, écri vent passablement, << ne lisent q ue la lett re moulée, la lisant e n l' épelent, <e sa.ns la cornpre ncl re ! » Quand? J ules Simon escrevia, ha dez annos atraz em seu lummoso relatorio sobre a instrucção publica c\a F rança, os _trechos SL_1pratranscri ptos, parecia que tmha abe rto d1~nte de s1 o g rande livro ela vida in tel– lectt!al do Braz1l. Eram precisamente assim as cele– be rr_imas e fas tiod issimasfiillas do tlwo1to, aonua lmente ( 1 ) Expression ele M. Michel Cheqlicr, Rn1>1 ort ~u,· \l.:xposition Uni• vcrsclle. (2) St:1tisti<tnc de 1866. -::=s bm profe rid as no tempo dos nossos Parlamentos : D e tudo tratavam ellas, ele t udo se occupavam ellas, enrlongas e suporificas tiradas, menos, porem, da ins trucçào prima ria cio Pa iz, menos do ensino e lementar ela nossa p·opulação nacional. . Eis-nos felizmente em éras novas ! Eis-nos em uri1 reg ímen politico em que a instru– cção do povo é uma necessidade e nor'n1 iss ima, c.omo fonte indisFensavel de p rog resso, como ' eleme nto imprescindível ele ordem. Parodiando a prop~sito ao sr. J ules Simon. po– demos dizer : que muito mais dos 415 da p ::>pulação·do Esta•:lo compõe-se ele a na lphabetos; que o nume ro das nôssas escolas ainda não é sufficiente para opera r n'este sent ido a rapida t rans– formação d esej ada; q ue pouqu issima são as escolas existentes que prodt.1zem dura nte o anno um resultado satisfactorio: que a morosidade progressiva da instrucção publica primaria provem de dois factores capitalissimos: a indifferença dos paes de familias, para a instrucção dos seus filhos ; e o máo prepa ro da grande maioria do nosso professorado elementa r ; que o motivo d e não se encontrar pessoas de competencia pedagog ica que q ue iram acceitar a ardua tarefa do magistrado publico é o modico orde nado fixado em nossas leis orçamentarias, insuffici ente para a manutenção de um só individuo, q ua nto ma is para a de uma famil ia. emb.ora pouco nume rosa; q ue 1m't ito ha ai nda a deseja r para se poder con– siden\r uma só de nossas escolas con venientemente mobiliada . com todos os accessorios act ualmente exi– g idos na pratica moderna do ensino p rimaria; que é de g ra nde e m-g ente necessidade a edifica– ção de pred ios apropriados ás escolas publicas. que funccionam geralme11te em casas pouco espai;-osas. pouco hygienicas e a lem de tudo caríssimas ; q ue a tiscalisação da Instrucção Publica é nulla no interior do E stado, devido ás condescendencias e aos oclios partidario's, q ue a inda não fo ram inteir~meote extinctos como é para d esejar; q ue é · uma lacuna perigosissima a a uzencia de le i que obrigue aos ,pais, tutores ou protectores, em t er– mos claros, precisos e energ icos, a dar instrucção ele– menta r a seus filhos, t ute lados ou protégidos; q ue é ao E stado q ue pe rte nce, sobretudo em um Paiz republicano, o imperioso deve r ele cu idar da ins– trucção do seu povo, sem regatear vergonhosamente o seu custo, a inda q ue pa ra isto seja constra ng ido a contrahir emprestjmos, ta nto mais quando não nos achamos felizmente n' este triste caso; que < é preciso dar á instrucção primaria como diz <e J ules Simon, (3) todos os milhões de que e ll-a p recisar cc e não lamental--os n unca »: q ue<< o povo que possuir as melhores escólas, diz em outro logar o mesmo escriptor, s erá o primeiro po~o do mundo; si o nã~ fõr hoj e , sel-o-á amanhã com certeza »: (4) U ) 11 fout donncr i1 l'instrnction pri1uairc lons lcs millions do nt cllc a hesoi11, et ne pns les regretter ( I.' E'colc). (4) Lc pe uple qui n les mcillc urc:; c\colcs cst le ptemicr pc11plc; s'il ne l'~•l pns aujourdºbui, iJ le ,c.-n den1:1i11. l l d.).

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0