Diário Official 1894-Março

À.pp, .7lnr.,i cs ct,·,.,·~.- ~fontc- Ale~re, appel- lante11, Sausa Filho & Moitta; appellado, Ma– noel do Nusciw,mto e Silva. O sr. dcsembarga– dOl' Gentil Bittenconrt, mandou dar vist::i, ás pert<>II. Capital, appellantc, o bacharel Heraclio V. F'i~k Romano ; appelladoe, os herdeiros de d. Caodida de Lara Teixeira. Do sr. desembarga– dor Coimbra ao i;r. dr. juiz dt> _direito da 3.& vara. J ULGAME~TOS .8:'EVl ÃO DA Al\.TIOUIDADE DOS i\IÁGlS· TRAOOS Continúa addiada a das reiipectiv:is litas por não ter comparecido um dos membros da- -res– pectiva commi5.!à0. CARTA TESTEJI USHAVtL Capital, aggra.vante, J oão d'.Aquino Fonseca; ag,rravados, J osé Alves de Freitas & rn . Rela• tor o sr. dest'mb~rgad0r Bezerro.. Deram provi– men~ para mandar subir o ª/?gravo depois de devidámente processado, un:mimemente. .Ap 1elfo.t;ões ,.,t'múwes.- .Muan:í., appellante, o pr r publico; app~llado, J oão Victorino de Sousa Barbosa. Ri !laf.or o sr,. deeembargador Gentil .Bittcncourt. Negaram pro,imento para eonfirmar a Rcotencp appdlada , contra o voto do sr. dcsewbar~ dor Bezc,rra. Capítaf, :ippellunte, J oâO Pereira da Fonseca Lages ; appellada, a J ub'tiça publica. R P-lator o er. deserubergador Bezerra, presente aEsim como na ao ecedente o sr. desembargador Pro: curador Geral. Deram em parte e em pa1t e ne• garnm pro~imcnto para con frrmar e al terar n aeetcnc;a condemnatoria no gráo da penalidade unanimemente. Ficou addiado o jul~ mento da appellaçã.o d'eflta capital , t"'olre partes, appellantes, Alberto Frcnd & e.~: appellado, Carlos In fante de Ca iro, por nâO ter comparecido o sr. desembar– gador Borborema, presidente acl-ltnclz. -· Transcripção () c lima do Brazil )l;m a nossa edi çilo de 5 de J aneiro ultimo, eonduimo& a tr:m crip úo de nm importante a Íf!'O, 1:1ob a epi ~aphe acirua, traduzido da «R"ruc Scieutifiq ue)> para o uDiario Officialn dn União. Hobrc l'-Ste lllQllllO a$8umpto traz o referido «Diorio» u.m outro artigo, (fUO, com a devida venia, em seguida tra nscrevemos : "º clím11 do Br'lzil é muito variade>, desde o norte, ru)cito aoH 1·nio· do sol equatorial, a.té a<s 3~º de lntitude llUL )ode reina um clima ana: logo ao dr: Port ugal. Em geral o nosso verão , o tempo una a~nn11, coincide com o inverno do b crt1i11phcrio boreal ; JllJJ'ém, no Brazil ta nto o prirwipio como a du r'fl~•lfo dali din\•as variam muito de um e tudo pa ra o outro. Os ventos etc. io~ ou ~flr JOI! (sudost-pussal), ntravessnndo o At lnnl iuo, imr,rc;znam-se de humidade, que, del'lp<>,indu sol,ri• o eoln do Brazi l, entretêm os grt111d • rio11 e o ci:pfondor da vegett1çllo. E ·ta fofltumoia não oura do mc.qmo modo em todos F,at.,dos e JXIOÍtna c1n1 ns locaes contribuem paru produzir umn grunrfe vnriedodc de pheno– lDOM B 111otcomlo,cicos aru toda 11 superfioie do p aiz ; portuuf o juli:,"Hmos conveniente füfor do clima, dítl' dHfbren?llll cofogicrn e dos prin(;t· p:tcl! producton n11tu d cada Eiitado em par– üculát. DIARIO, OFFICIAL E :ttr.do do Amazona.~..:-Clima '111ent.c e muito humido ; chuvas irregub rcs e abundan– tes, .principalmente ele Novembro aLé Julho. As chuvas diluviaes moderam um pouco o caJor do sol equatoria l. Este Estado, de 6.000 leguas quadradas, é em geral plano, com excepçno da serra Parima, na parte boreal ; é rico em rios e paotanos, co– berto·de mattas virgens, e com alguns campos. O terreno em geral é de alluvião e muito fertil. Os habitantes occupam-se mais c@m a creação de gado e pescaria do que com a agricultura ; a principal exportação consiste nos productos naturaes das florestas, por exemplo : a borra– cha, o urucú, sassafraz, pichury, fava cheirosa e guaraná. Muito importante é a pesca da tar– taruga, cuja ...:arne e oleo dos ovos. vulga rmente chamado manteiga de tartaruga, alimentam uma grande pllrtc da população. Estado do P ará, o paiz das esp eciarias.– Clima quente e humidc\, como em toda a vizi– nhan ça do Amazonas. Oi; rios est;1o cl111ios du-– rante seis mezes e transbordam frequentemente; .<l'ahi provém a insalubridade de :;u. margens. Muito comrn um é\ alli a terrível elephantiasis, attribuida pelos indígenas ao uso co~o alimento do peix e pirarucú. A dilferen.ça entre us esta– ções sêcca e humid:i é pouco notavel ; no VP.rão chove diariamente :í. tarde, no iowirno cbo-ve irregularmente a qualq uer hora do dia, mas as manhii.s e as tardes são sempre frescas e agra- daveis. ' .As 40.000 leguas quadradas d'este Estado são baixas e pl anas, e de terreno de aliu vião, de immen~a. fe1t ilid11de, porém, muito pouco povoadas. O milho é plantado em qualquer es– ta çlio e prod z duas ou tres colheitas por anno; a agricultura prin cipi:a apenas a desenvolver-se ; a sua principal riqueza é constituida pelos pro• duetos eapontnneos da natureza, taes s:10 borra– cha, salsaparril ha, urucú, oleo de copahyba,fava de teoca- e pichury, baunilha, cravo e as casta– nhas do Pará ; cultivam-se al~nm cacau, algo• dão, fumo, mandiocl\ e ca noa de assucar. Goyr,z, E stado lll(rifero.- Este Estado me– diterraneo gORa de um d iwa cm geral seceo. A. estaCl)o das ah uvas com fortes troYoadas no mez de Novembro dura até Abril, porém ae ch uvas concentram-se d.e prcfcrcncia nas partes monta– nhosas. De Maio até J u.lho a temperatura nas pai;tes wais elevadas di~ inue muitas vezes a pont o de prejudica r as ba naneiras e caooaviaes. O terreno, com 2~ 000 leguns quadradas, é pouco ruootaohoso, com excepçllo de seus limi– tes orientaC8 e boreaes, onde existem extensas chapad~s pouco habitadas e conhecidas pelo nome de /lcrtilo. A maior p:irtc do IJ;:-,tarlo cons– ta de cati ngas e poucos campos. Regiões ferteis Hão raras; entre cllas distinguem-se rui berras do rio Corumbú. O paiz é muito proJ•ri o para a crea çllo de gado, de que produz annualmeote umns 106.000 cabeças; cultivam-se alguma canna, forno e legnminos~s, p0rém nad<i se ex– porta , porq ue o transport e absol'vt:.ria o valor da mercadoria. Até ao fim do seçulo passado o E tudo tinha. exportado 310.781 lil:r.1~ dtl ouro, e ainda hoje fornece 5.000 oitavas annualmeote. E!!tado de J fcrtto- (J,,.os~o.- 0 clima , por causa • extensão do Estado, é _va~r~<.lo, mas geralmente sadio: As dhcrvae pnno1piam em Setembro, e augmentam grndualml)nte aM De– zembro e Fevereiro, ioterrom idnlj ordinaria• mente por algumas semaoa.s tllltlpo s~coo e sererrq, C911hccido pelo norofl t1e " crnn1co de J aneiro,,, E o Estado· ~meditcrrunco e tem de , superficie a enorme extous~o de 48.000 legua .•. quadradas; o terreno é ondulado e ruontMhoso, . mas possue extensas planicies cobertas de gra ; mine,'!3, m·bustos e iwmensas mattas virgens, como indica-seu nome. O paiz é pouco conheci- do e em grande parte inexplora.do . l\fatto-Grosso communica peloR rios com os dous pontos mais distantes entre si da costa brazileira; para o norte pelo Madeira e Amazo, nas cm urna extensão de 770 leguas geographi– cas, e para o sul pelo Paraguay e Prata a 650 leguns de distancia. O paiz é muito fertil, mas as difficnldades de communic:ição por estes espaços irnmensos im.' ped,~m a exporbaç!io ·de productos a~ colus. As principaes riquezas ·do Estado consistem na producçãa do ouro, crea ção de gado e commer– cio de ipecacuanha, que distribue ao mundo inteiro. E stado do P iauliy. -F) quente, huuúdo e insa.l11bre, principnlmente na visinhança dos rios, As chuvas são menos frequentes; apesar· de principiarem ás vezes em Outubro; mas o, verdadeiro ten\po ·r1as aguas,. que se dii,tingue por forte:; e cootinnas trovoadas, dum do Ja– neiro até Abril ou Maio. Os mezes de Maio,. Junho e Julho, refrec<l/ldos por um incessante– VP.nto de SE, reprer.;cntam uma primavera cou– tinua. Mais t.arde o augmeoto do calor e da secca priva as arvores e os arbustos da sua fo. Ihagem ; as plantas menores seccam o perecem. O Estado tem 105.000 legm1s r1uadradas de superficie. O terreno é desegnal , ondulado e composto de pequenos outeiros. !Ia plani~ies extensas, campos gr rnes, ornada eru parte por ma,.,l7Dific:i s mattas de pias-,.wa o de outras pai• meirlls; a parte oriental di~tingue-se por catin– ~as extensas. O terreno, a.pesar de muito fertil,. é pouco cultivado. O gado fórma a principal ri– quesa e o maior artigo de exportação do Es– tado. ( Cont-inúa) NOTICIARIO THESOURO DO ESTADO o~ pagamentos d'csta Repa.1tiçã0 no mez que– hoje começa, ser:\o feitos com um dia de ante– cedeneia aos que so acham marcados na res– pectiva tabclla. Assim serão pagos no· dia 3 os fu nccionarios qt~e o deviam ser rw di.l 3, S f p @r"BRd o, ,.. ---■ util do mez. ·-· A matação Está pubfü:mr!('I no M'11etr~nih Gentury um ar tigo de Robin..<;0n, em que este auctor e~plica - a razão porque é o homem o uni::<, do:; anu1:1aes que não póde nndar s~m pré\'i-1 :1preudizagéw. Pura questão de at.wi mo, diz cll.i. Admittl\-se, com effeito, que todos os ani~aei;,. em presen1;a de um plfii,n, r i , w os inov1men– tos · que lhes são mais familia.r1;8, wais instiocti-– voe, como ineio de defe~~- P ara quasi todos oRmamí feros, estes movi– mentos são os tla c11rreira , isto é, da fuga; ora, taca movimcnt~ silo mais r1ue sufficicntes pnra ma11tcel-os num meio liquido. Mas, para o homem, coosiderand () como ani– mal silvestre em sua 01·igem, o mofo de fugir ao perigo consiste ew ti epur. .A: ,iru, poi&, elo esses os movim•ntos qne dcvum re:ippaitecer ·

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