Diário Official 1894-Março

Terça-feira, 20 mandatarias os endossados Rocha, Cunha & ~ antecessores dos appellantes ; Considerando que esse endosso é o que os commercialisto.s fran ceses chamam com a clau• sul:i. sem _q,,rantia; e no qunl o Pndossante só se respõµsabilisa pela existencia do titulo; B ravard V cyrieres; Droit, Com. 3° vo!. pag. 168 not.1. 1, Brauer. Caruru.ao§ 14 da lei allcmã de 1848 pag. 51; . · Consiàcrando qne não foram ".iciadas as ci– tações dos appe!lados O. L eopoldina- Maria da Silva e Joaquim J osé P en •irn Soares, em terem sido requeridas cm uma qualidade, e feita e ac– cusada ou acusada somente, cm outra, pois elles foram citados com a petiçã0 inicial de fia. 2, e t iveram offerecimenlo da respectiva contra-fé, sabendo d'esde logo em que qualidade eram cha- -mados ajuizo; . . Considerando que "' prescripção de um titulo -de divida é interrompida pela citação do deve- -dor, ainda que feita um dia antes de extincto o praso em que ella se reputa perrcita, contanto que a mesma citação se corpplete pela accusa– ~-1.o em auJiencia, importando esse complemento no da interrupçlio; Considerando que pela juri5prudencia uni– forme dos T ribuuaes, a prescripção hão apro- ' veita na e pL·eie dus autos ( wet.wo quanto ao appellado J osé Maria · P inheiro, citado depois d'ella vencida) porque não foi allegada na con• testaçll.o <la allç1\o feita simplesmente por nega– ção; mas JJas razões finacs, o que vale~ para os a ppellantes uma surprt!s:.; Considerando, ponnn, que no caso de contu– macia. de ambas :is partes, a citação do réo é considerada circumducta ipso facto e sem que eUe requeira, Caudido J\IendcS, Ord. L. l º tit. 1• § 18 noc.i 2'!- P er. e Souza annot. por Teix. Freit. § 119, e n'cste caso está. a citação do ap• pellado Seba,stião do R ego Barros Cattete, feita ã 4 de J unho e accusada a 9 de Julho de 1891. P or todos estes motivo~e pelos mais dos autos: Accordàln eru Tribunal negar e dar em par• te proviwnnto a presente appella?ão, p~ra, con• firmando a sentença nppellada, JUlgr improce– dente a acçll.O quanto (~ Seb?stião do R ego Barros Cattote, e, reformando a mesma i:enten– ça . condttmnar as appt:llados e todos os_ r éos re– vcL ú pug-..ir;;lll aos appellantes n quantia cons– tante tlo titulo de fls. 5. Custas pro[>órciom1es pelos appcllantcs e ap- • J)Cllados: • Belom. 8 de l\fort:o de .1 89.J.. ' E. CnAvEs, P. I. CoDfBR.A, J 'elat.or . A . D.bl Ilo nn o1tl,MA. A. B EZElt(tA. G ENTIL BITTENCOUR'l', Fui presente-J : H ossANNATI. ·-· ·Thezouro doEstado E XPEDIENTE DO DIA 17 PETIÇÕES José i foria Alves ·Platilba, Antonio Juliano do · Espírito Santo (2), Alarico Augusto Pro– ença e l\Ianocl Maria Gomes (3) -Ccrtifique:so - Cypriano J osé dos Santos (dr.), Joaquim Porfirio de F urias, Moreira Mendes & Cª e F ernandes dos Santos & Irmll.m-A' Contado- ria::. . ..:......--=~llll!Í!!!il-4!''~~~!'"':-:=.~-- ' SCIENClAS, ifilliAS ll ARTES .:A soldagem e l ectrica -Conclusão do n. ! o6- Eotretanto, a appli<:119ão mais original e IJlBia é111'1Õlia do processo mventado p~lo prtfem.or DIARIO OFFICIAL Thonson consiste na soldagem eleclrica d~B trillio.~ de estradas de .ferro, no proprio lugm· onde os trillw11 estão assentadns. E!!t.Í. claro que cada trilho de estrada de fer– ro, em V'!Z de feito de pedaços, fica sendo intei- , riço, ~m e unico, sem a menor junta, grande conqu, ta 'l,ue, sob o ponto de· vista da estabili– dade da est rada , 6 o ideal da tracção, da rapidez e_~"- conforto dos viaj ,~ntes .M~s ha·duas impos– s1b1hdudes- uma relativa á fabricação e ao as-. Eentamento de similhante t1ilho e out~ relati va á. dilata~ão ,Em materia de tracção electrica o trilho continuo deve offerecer mais uma va n– tagem-a de formar um cxcellente conductor de ·volta, resultado que até a~ora só se tem obtido de modo imperfeito e á, cm;ta de disposições complicadas. ~ poderosa compan_hia J olmson, p.e Philadel– phia, ~ue tem por especialidade a construcção de mater1aes para estrada de ferro e linhas de tram– ways, ju~gava que, quanto ás . condições especi– aes das hnhas de tramway s, aeralwente enter– radas e presas solidamente no ~acadam, as va– riações de tei!peratura do trilho, nas estações eir:tremns, deviàm ser menores do qne para os trilhos de estradas de ferro, mais expostos, e que n'Cit.as condições os effeitos da dilatalillO deve, ria~ SC'l' nul!us ou praticamente insignificantes, mmto fracos, em •todo o caso, para permittir a unificação completa dos trilhos. Para esclarecer definitivamento a ques~o, a companhia mandou construir uma linha de 330 mel'ros p.e comprimento, constituída por trilhos solidamente ligados entre si, de maneira a reali– zar praticamente um ,trilho unico, tendo sido notadas cuidadosamente as variações de tempe– ratura, de Março a fim de Agosto, assim como os effeitos produzidos. Todos os detalhes da im– portante experiencia foram consignados om re– latorio escripto por J. A. M.oxha.m, presidente da companhia. A experiencia foi decisiva e aemonst1·ou que entre uma temperatura exterier de 10 graus F ahrenheit (-12.° C) e 121.° F . (49. 0 , 5 O) ncio se pmduzw nmilrnm movi.mvnto na linha. P ara M.oxham, os e/feitos da dilataçlio 'traduzi– i·a'U se simplesmente ·por uma oxt:ensào ou com– pressão ligeira, uma pequena diminuição ou um pequeno angmento na secçrw do trilho. Calcu– lando os esforços que a~ variações da tempera– tura exercem sobre o trilho, n'umn tcmpcrat,11ra · iuterw édi(L 1 acha-se que nào sómente e,; es eR· forças são muito inferiores ao limiLe da olastim– dade ela rnatcria , mas que são tambem inferio1·0.~ aos que se admittem, na pratica, para a cons– trucçào de pontes e travamentos. Posta de par– te a diffi cnldade de constracçno, pôde-se, pois, empregar um trilho continuo, sem junta, guar• dadas certas condiçêies relativas {~ construcço.o no ~saentamento e le,,antamento, e assim fazer uso de trilhos solidamente ligados entre si, e especi– almente de trilhos soldados por meio da electre– cidade, no proprio leito da linha. Depois das experienciaa concludentes que a alludida companhia efiectuou, applicou-se o pro– cesso a uma linha de tru.mways. que ha cêrca de doua annoe foi aseentada entre Boston e Oam– brigd. A companhia Ele.ctric Weldi'l!g aprom , ptou o material ncceesario ti opera911.o, e a pri– meira soldagem experimental reafü:ou se a 1 ° de Fevereiro de 1893, sobre um trilho de 23 cen– tímetros de altura, typo Johmrm. A sec91\o da junta era de 25 pollegadaa quadradas (160 centímetros quadrados) e a soldagem tinha uma força electrioa de 150 kilowatta, fornecida pela corrente 'continua qúe aooionava o trannoa9s de Lynn a · Boston. · O carro especial para a soldagem 1 tem; aa parte central, o material n~c~ario• para a pro– ducção da corren~e alt_ernat1va e sua regulamen– tação; na parte dianteira do carro fica o app-are- lho de soldagem. • , A corrente alternatirn é produ~da pela tmnsforma~ão da correntê conti nu·t de 500 volt/' que a usin:\ central transmi ttc pelo fio aereo por mei~ de· um trolley de soccorro, p•)sto em commumcação com o fio da li.ih ,1 Je volt-:i, afim de au~mcntar a secção do conJ uctor. A corr4 8 • te chega a um transformador rotativo, dynawo– motor de ffUatro polos, o qual recubenJo, pelas escovas .ª corrente continua, _fornece corrent,e alternati~a ús duas hastes colieotoras que ficam na outra extremidade da arvore. E é as.sim que se. obt.em directamente uma corrente alterna~iva de 300 vol~, que fornece no trlin~formador cêrc11 de 4 volts c 40.000 am– péres. A int,ensidade da corrente- primaria é re– ~ulada por mçio _de '!ma.bobina de self-inducção i~tercallada no circmto. P ata esse effeitQ a bo– brna tem um _nucleo de ferro, movei, que ie en– terra com maior ou menor profundidade no eo- lenoidc. · ' Além do mot-0r-dynamo e dos 6 ccessorios, o carro toi;n ut~ motor eleC'tril'o nnc ~ 'r ve para movei-o na linha, outro que ac-cíona o c,1bres – tante que leva o apparelho de ~oldagom por ci– ma da j unta a soldar, e outro pC<J,;eno motor inovei 1ue serve para accionar o rebolo de- esme– ril ou de carbmindon, r 1 ue Ji rn,..,'l p<>r fPitamente os trilhos a ntes da operação. ' . Para soldar as duas extremidades dos trilhos f~z-se uma cavid~do ao redor da junta . depois hram-se_ as cavilh as que formam a j un.cção mechamca, o ~om um rebolo de esmeril portatil, p~sto cm movimento por um pequeno moto elec– tru.:o que recebe a corrente da linha limpam -se e aplainam-se cuidadosamente as fac~s lateraes dos dous trilhos sobre que se deve fü i:er solda– gem das duas patas que oonstitu<!m a junta . Estas patas têm uma fórma espeoiíl 1: são do– bradas ~m fürrua de U, de pernas mnito curtas. ~ reumao ~e dous tribos por moio de dous. d estes U dispostos sobre as duas face;:; vertioaes, faz se em duas operações: a primeira oper:,çl\o solda as duas pata sobre. um dos trilhoR, a se– gunda soldª as duas pabts sobre o outro trilho. As la~ iua~ <lo cobre que formam o circuito– sccundal'lo do transformador tcrmia ,tUJ ,ur dous blocos ':!e cobre, Ôll0s e de fuces aclrntada . que se 11pphcam sobre ns du.1s patos <inc ~e <l0vem soldar, e fecham aS:lim o ·iruuito utravr.z da ma sa da extremidade do trilho. TJmn rapida.• corrente de ag ua circula uos blocos de cobre, afim de impedi~ o R']Ucoiment o. Q11ando passado ~ us ou tres m1~ut~s, a temperatura da par te rntercalada no mrcu\to do traus!"on uador ch ':So. aó ponto ~e solda, faz-se nma pressão eneretica sobre a junta por meio do vola_ntc de eix.o b~ri~ zQntal. Esse volant e, por meio de umt\ engre,;ia– gem, move um parnfuzo de eixo ertical que aproxima os dous vertices verticao'! · de um lo . sango articulado e afasta os dous verticcs bor.i- 11.:ontae.s presos (1, pin9a que servt, pnra npe:rtar. E sto oonjunoto de transmisaões faz com ~ um unico homem baste para exercer, sem atfi. euldade, uma for9a de 15 a. 20 toueladas ·eobM a j unta e obtenha aseim, pelo recalcamento do metal, uma soldagem perfeita. Quando termina a soldagem, tirai;n-ee as gar– ras do apparelbo por meio de volante, o o a.ppa• relho d.e soldagem por meio do e bresta11to, levando-se o carro para ou tr& j unta que tenha de pa~ar pela mesma operaçll.o. Quando a junta aoldada ainda. eet6. vermelha, é fácil endirQitar os trilhos, e acertar ,o alinha- •

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