Diário Official 1894-Fevereiro
• 27 4 Quarta-fei ra. 14 DIARIO OFFICIAL ~ ~l~~ ... -... .:•-..---,_- _.. _. _- . • .•. -----•-► ,.. -T • ri-h1dc3 de Bt'/:!Ul', u;,a, G offici:ic3 e 2 inferiores ii 'PF.3-06 corpos. Ii',Jralll d'lticlo.; : A' ordem do l º Prr f,ito , ..:\ nl<;nio F rancisco de Oli rnira. por <l~"=Mr!,·nF.. A' <lo Subprefoito de S.rnt'Ano:i, J osé Ma– ri11 Sal,?.<;ào, r or <lcH,r<lcu~; ' Raphael Vida!, •C:nuilla ) laria dr :'.'laz.1rclh, por embriaguflz e de1,1orden~. ~\ ' do SuLpreft.ito da 'l'rinJade, Ricardo Kamisquer, por cn,briaguez e desordens. Por.iw pc~tos crn liberdade : l'or onl,~ru tlo 8ub1refi;i to da Trindade, Ma– ri:\ do Espirito-Sa11tn Pi! nlino da V era Cruz I>i :t.si . - Exi- t,·m t· 11, tr. ,t.mi ~ to na enfermaria da C:ideia de S. J uf1\ l l 111, J•te:<. -SLguio para a ·i '.. J.: ,ie Obido , onde vai tratar-se da mdcoti, d -JLl-l &e acha accommet– ti!fo, o prel'O d!:! ju:,ti,, ,:, ,J; ão Paulo Cavalcante. - For ac:har-se sofl'r_,11 Jo de (Jic11ação men– t11l, mandei recoihtr a , AByio de alienado o pre. o Adelam l>ezeIU~d... - Con, mun ic-1m o Subpref.!ito da Sé que }wntcm, úi: J J !~ bor,,s da tanle, manifestou-se inr~n<liJ cm um kin,, 111 . ituado ao lado occi• dental d:1 h , 1;,l,,·,ioria , onde pernoi tavam v~gahundus e l t.':0l'll ,in,i,, devid11 ao far to de ad1a r ~e:, lu mui to u,1., u, ab~odonado. .\. Comp;i uhi?. <le g ,1ubriro~ comparecendo uHi immeJiatalllLDi••, c-,tJ~c11-uio doruiaa r o fo.-,.n, b ·1du íjll<.. o <li to !,i,,,quc fic u (;()Wpletame~tc tle~truiJP. -O ... ubpre!'cit-0 de Nazaret h participou que h mtcrn á nuite, o indi\'iduo Fraoci:<co de tal b,p;incou a Caa<li<lo J m,é Ferreira. ,1 fcrimeutus que 0 1,a1:ient~ apm,cnta ,·a no w.,to. fororu con.-idernJo:.; k,ve~, r;i,los medico. ,,uc 1,cn·iràlll de perito~ no Gx::m'() e corpo de u··Ecto. rro.sc) !:uimlo a autoridade oat, dC'mais uili~co<:inti. :-,aüde e fmternidade- 0 Chefe de Segurança, h·ucuNo HE~HUQUES lIARD:lfAN. Illustre CidaLl.;.o Dr. Go~ erundcr do Esta– <lo.-Cal.Je-no. o houro,.r, (li:1·1•r do aC<:u!!ar o re(;(;bimento <los treA impurtuntf mappa:,; que, púr intermcdiQ do oosw illu~trado e particalar amil!'o Dr. J osl: Ilenrique Cor•lt'iru du Castro, vo!i di7ua~tcs otforcrel' a e!>t:Jla ;1gricolu da fa. zen:fa 11Cacoal-Grandcw, <J,, uu,,,a propriedade e ,,u\l tem por ilil·i~a «Traliallrnr cutu eiencia– l'mgl'cJir com )Jl'ndcncin ,.. Ji]1u u1,s~o nome e noa ,l•B (Jl'j,lifto:. <lc vali– <ln.4, alumon>< da e~chola •fU l! ariui mautemos, Y<•>< a~rndccomos, peuhorndi~ ituob, tfw Taliosa ,,fic·rt.1, muito principalnwn~<! por que clla ,eio Il!lli/; lllllll Vf'Z firm:ir o ju· t(l COIH.PÍlCJ 11uo fo ze– w,,., <ln \'O&O llC:l"Í c,lndo ra•rio1i~mo, pelo inte- 1'1'1>.-e rc>nl tfllC woi,trn~ em diJluwlir a instmc– <·:, n peJo p,1Yo, bi1s1i pri1ei1,a l du 1cn~raudeci- 1a1•nto elo oo;,so J~stado. J ,,rndccwntlo mai'I n1 ;,!z a !!•'ntiil'•n da \'o. ,,,1 off ata , pcclimo!l li,• 1:;,1 J•nra ' p(ir :1 vo~Ha di -11,0 i<;ào, 11a F,1w:mda u' 'f. .,.,d (; raudc 11 collo– ' 11 1 :·i•, é a~u,:ilho p11rn ,J.,z, ol'phii,, 1•,,r vós , ,., lliirlo'I, sem oou<i 11"111 o iuc:11,,r -.,crificio 11:11-:i o (~tado, promettc111 J·; "· , 1111 l'ntr1•ra uto J rop,,rcinoar (lm• referid, 1• 1. •11rm•.-, nrua educa– -,i,, 1111,;ttinte solida tum 1.,rnl C:14JUO iotel!e.ctu- al ,. pratic:i. hahilit:rn<lo• .,--illl a 1nr11aretil-);C rn:,iti lorde utt-iH ú. si, ó: l ·,;rin, ú hruilia e a ~olli,•d11uc. B' c.cta , pelo mcorR a 1>r1túl a 1iira(;'i1v <los fundadore; d,. c~e:iv>h :igricola e orph:rnalÕgica da Fazcn,,., , C'.ir'o.i. Grande,.. Saut!" e i'r,, ,-rnid.1t!c.-Cacoal Grande 3 de DezemlJro ele 189:,.- J',,iv,, &; F ilho. --- 1~hezouro do Estado EXrEDIJfüTE DO DIA 12 PETIQ@ES R osa de So,;z• Gonçalves e Silva.-Volte a intcndenciv de Soure p~ ra satisfazer as formali– dades exi~· chi~ pela contadoria. -Jo~.3 Antr-nio d,, Araujo.-Dio-a de novo o sr. dr. P:-,J•·ur.1 Jsr Fi ~c.·l. 0 - Vie:,. 1''l nt<',U,ú t ampos, J osé Vallinoto & C•, J,. •,. .:..ot0r1i0 C,nrí a e Antonio da Cruz V~eira_- . ' ~,c. c,.iri:1 p,,ra fazer as deviãas pu– bhca<;ob. . - ·Dornir:gu., 11r,d1'\~u,'s de Novaes(~) .- Cer– ttfi que-~e. - A,;tcnio J c,:, uim Rodrigues dos Santos.– Volte a Íll t.::'L \ .ad ,1 ..:.; 0autarem para Aatisfazer as formaliàaLlt'E' cxi,.;irh1~ pela cont:-Moria. ~ COLOmSMAO J.]Xl'KDIE. TE DO DIA 13 F 0i a.-si;rn:du pd Sr Governador do Esta– do e Dirudot dc!>t~, Eq,.,ttição o titu' o detim– tinJ do lote a~ricc,la n. 13, ca tre.a 6" e a 7n trauswr:;al ,h .;o'..,n', S.: nt.1 Iznbel de · Benevi – des, 1ia~:i<1Jo :, J o.-é Bcuto Alves da Silva. • -'.U'./'0S D E 1:EtHSTO D"E r osse: Regitt~ant•', Jorro F ,ir,·cira Lim!f; oppoen tc, d,. l\foi ia L1,1,.. t 1.h wuir I Cabral. ~\.' vi~ta <la 1\2()!:-.raç-,VJ do registrante cm sua petição precc,lrntc-, <J UP t·ntruva na po ·e dos terras como l< l'nt·1ric cll• d. Iaria Luiza .Ban– deira U<' l\1 cllo, p:i~:udo u al uguel mensal até a epocha em 11u_o procedC'u-sc a demarcação das terr.1s da Fahnca <l~ .Papel P aracose, o que deu se no anuo prox1mr, fi ado. <:onvenccndo-se d'ahi por diar.te de que era'iu do I~stado m; terra8 c,ue occup,n-a; prov,1do fi ca que o re"'i . trn ntc nào pode ser rou, iàerado posseiro por• q uanto fnlra-lLe, al.'.!111 ela boa fé, o animo de pOP8uir como e-ousa propri,\ a cousa possuída rer1ueõitc csse11cial da po~se. ' Pelo que, ,dPclaro S<'m effe~to o meu despa– cl.J o do fl l.~ e mando arcluvar os presentes auto~. Publiqne-se pela imµreusa para sciencia dos intercF.sadus. JtJ,;Qt.:Ellí:J ENTOS F crreira & Dia,.-1'uuliqnc-so por editacs. -'l'li eoduro f;:1n~i:w• 1 S:mt~ rolll P enall,er. -Ao chrfo rl<' º ttt'r;,io de terras e coloni ação p:11·a informar, (JUVindo o fisc:.l das terras. -i'Iignel da C'unlin 1,enall.Jcr.-Idcm, ideru . -Franr-i,co Fau~tillo da Costa.-0 lot e que requer :1cha FC ccwc-liJo ao co[Qno Manoel Cyrino, qn" Ll'(•Jlr f:C aeh·t de posse. - O mr. mo.-0 lot.o que requereu o suppli– caute niío foi o (k n. 14 e siu1o de n. 24 cuja pcti,;rvi fi cn <le.11.mchada n ta data. O am.iuuense, Ih:x1uQ ES. ~ - -- SCIENC.1.\S, LETRAS BARTES OOANHAMO O e:unhamo é umx phwtfl annual muito ole– iznnte, com lonr-;as foJh:-,,; pahnincrvadas, de um Fevereiro-189-4 v~rdc C'Smeraldino n~ -pnrte inferior, disposta!– n urna h<t~tc fina e d1re1ta, 9ue ás vezes chega á, altur~ de 2 ru etr_os, pruduzrn do o seu coujuncto o mais bello effe1to decorativo. Origina_rio da .Persia, ao qufl parece, o ca– nhamo ex1~te actualmcote cm toda a Europa,. onde é cult.ivado por causa da substa ncia téxtil qu e protluz. Na antiguidade, Heroduto fala dos– effeitos da furuigaçào com as sementr.s do ca– nharuo e do gosto dos Scythns pela embriao-uez. que _d'cll e re~u!t~. nlas foi só no tempo d; Ca– tharma deM ed1c1s que se conseguiram as primei– ras roupas com essa materia téxtil citando-se– até, como novidade, as <luas camisas' dl! canha– mo q1rn a rainha po~suia. Na indn-tria empr<';:ram-se ns fibras do libe1· da planta, Íbto é, 01> fcixrs que se :icham dispos– tos ew ci~culcs concentricos e anastomosados, e– qne constituem uma espccie de tecido mais ou, menus fro uxo. Esse oome,-lióer,-que :ili,ís é muito im– proprio. provém da vaga similhanca que tem o, conjund o d'essas fi bras com as folhas de um li vro. O canhamo (cannabis sativa), que se cultiva na França . dC1 admir,1vcl:nontc nos vallcs e bai– xadas por onde pn°~:uu cursos do ac,ua. A raiz vn i até. boa profun didade, perpon<licularmeote de ruodo que ó preciso q ue a terra seja muit~ lcv~. A epocha d~, sem~adura é em começo de Maio ou J 11 nh0 e Of' rcsduos que se tiram dos. char·;os, o limo, o lodo do~ rio1<, são o predilccto– esterco do canhawo. A semeilte .q,pro1·.;itavel é a da ultima co• lhcita, e deve ser pesada , lustrosa de urnn côr que õe appro imc <lo p:udo-escuro. A cultura do ca nh amo não clepcoclo de <>Tao– dcs cuidndos. A plan ta entretanto tem a~•ue . . . ' ' o 1n1m1,?oti :-a )arv:~ da uorl.,olcta conhecida pelo nome de caren·a ( l,oput m1,rlnm,1 , as oroban• choas e as cus<•utas, plantas quP. indicam o ex • goUuilJcnto da terra e, além d'i8so, os passari – nhos, que gostam mui to <las sementes madurns. Arranca-se uw eauhamo com a mão e fazem– 'Se feixes para o cortumc, que, pol' meio da fer – m1;:nta~ão, separa ás fibras da casca das outrá. partes da haste, dissolveu<lo tí matcria rc.•inosa que as liga. Faz se o cortume em pleno campo por C'xposiçll·• ao sol e orvalho, ou por immer– são prolongada na agua corrente. Depois 1le cortido, o canb:imo é posto ao sol ou n'um f'omo, o a,sim que fica sêcco é r,uarcla- do no cellciro. 0 A dcsfibra 9ão é feita por um instrumento de– ruadcira, qu tem duas especic8 de mnudi bula para tirar a casca. O cnn~ mo desfibrado , posto ao ar para sec– ca.r, só contém GO a G5 por cento do filamento · téxfo; o l'CRto é um composLo de materias ex– tranlrns, solu,._-eis nas b,rl'relas alcali nas, de sorte I qnc 100 partes de canhamo verde só contém 5 o 8 partes d_e filamentos téxtis, que são mais pesados, mat8 grossos e reHi tent<' ' do que o· do liuho e ~uc d'~tcs se di. t.in1;uem, quando 11f10 ão alvcp dos, por sua côr amarella. O fi o ci o caohamo é, deoois da seda a mn– teria téxtil mais rcsistentu: O barbante' as cor• das, os cabos e pannos de véla rp1c con; elle se– fa zem . ão mui fortes. Cow o panno de eaoL:11no, clcpoi. do ucndo, faz se bom papel. O for61lo que ~ ti ra da plan– ta fornece excellente alimcntaçM pura cngor dar o gado. -Silo curiosas as propriedades physiologicas ,do cnnhamo. As emanações dl! um campo de canhamo produzem uma erubria1,;u~ particular. As folhas do Ca,mabi.s .~ativas tem sobre a eco• nomia uma ac9no que parece produzidã por es•
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