Diário Official 1894-Fevereiro

Os snc1·am t>nt . as ci•rcmonias e ritos da igre– ja , ão ninda iuscit uir; ü, alheias ao principio fund amental d1i Yida, urnid u:.na ue~es -idude d:1 naturoza huwauu, ~cuJo certa a teuJ eu.:ia a traduzi r cm actos todo· r, · ~c1J ti1ucC>to.; e quan– do este · não cDcnnt r, w immcuiata:11ente cx– pre. ·ãu uos actu lllf,í.., orriiuarios da ,•id;i . é for– çoso que cric111os 1,or <:onvc11 yflú neto.. que lhes corrcspou<lam. . O bapu,1.10, a w 11f1:.são, a l.'C•mmuuhão, a extru1J ·1-u1J1•<;:io e 011 tr.1. ucreuH1niu~ e , acra– mentos, wnrcam de f'i.1:to mo11w11 to, importa n– tes na vid:1; conhcc;o poucas ccrcw1.11ia,: que tno intiornmcotc uu, i,rcnctrcm t·,11110 6 :1 da rolllmunh ão, .rccordantlu-n'o~ n humilde e o erro que s,í a vo1. de Deus p6dJ saa::r. O materiali,mo reinante riu se do todo ceri– monial da igreja e n brcvo trecho cahiu no mesmo viver , :; 1b ti luindo os santos pelas esta• tuas de Rabio ; as procibSõcs religiosas por cor– tejos ci 1•ioos e as festas a'.lnuacs pelo" ccntcoa– rios e commemurac;õcs de toda a especie. Diz-se que o ritual da igreja e os seus templos muito devem ao pagaui: mu; e não será. m~nor a divi– da do materialismo ÍL igrej a. Jf que ua verdade uão ha doutriuc1 i,hi lo-,uph ica e religiu.,a que possa alterar a n,1turcz;1 humana, e (lllC p 1,sa por cr,nti<)~ruíutc !.i'.1 nir 1t nt·c".•HÍ aJe d.: d,H fo r· ma cxtr ma a tod,1 ~cuti111c11to. Por i-~o ri igr~ja !iuli., i,,l_c com tutlus :is . uai:; coutrnJ1c<;ürr, f'undi nrlu m um m",;u•n <;<1rpü rnythn, da erca ,:to do uiuudo, chri~tian i•mo e tantas outr... s 1 ,.,c.s1,L1 ~,, I.m:..nu.1:; de J iffo. reute esptJcie. Subsibtc por ~u rn 1!01Uu que con– tém nfto 1i méd ia, 111M chimcutos div -r-os da riaturrza human:l. Não folia rei da sua evolução li istorica, não di.,,cutirci em que pont'l. o até onde a igreja devia tr,ms form:1 r-se para melhor se adaptar á diffcreutcs civili.-;;a ções, llisc:n, ~110 intcrmin,Lvel que care~cri11 de longo cstu<lo e cuja 1•oaclu8il.O fümrin s ·mprc dcpc11 J,,ntl' do valllr particular que ca,la uw <l é ·se ,i iclé.J. uJ conserv,u;:l n. Prc tcudo apcnJ qun, ab~trai:t.1mentc con8id L'nl da , n cxist(meia d,, igreja 6 de todo o ponto ju, tifi - eada e natural. , Vindo tinahucntc a tfücutil' os prnzori's de 'tue 0l1amaruos ci1•ilisaçllo, comparados com os que uus .,ff, rcce tll oa \'itfa scgnudo a duutriua de J ~su,, T<1lstoi apontu eom inLt.:irn. cl ,rm,a o erro t:.µi tal tio ,·i1·1r ,lv DIJ~So tcwpo, o <li l'(ll'· cio l' ll t,,• , o,1turcz« e o h oUlt!l!I, o rcpud i•i fa. tal <lo aiuor 11.l tur.1. Sno o.➔ dou~ ~r-inut•s m11- Jcq r1u · • n, i,·m J ·Ltt'S a 11 >.-,,,\ vi<ln •:onl•·m• poran,,a. mu d n 1tu t\!Ze1 monil , é o Jescunhc– cimcntu Jo quu r-1',j ;1 a vi<lu, a l t\'Va t\,1-io,;a , ._.uc d sprcnd..:- no de u111 apoio com qu pu ~.i– Ul OS c,1.kar lu,las ,L v,1iJ ,ulci;, nos deixl\ cous– butcmcotc :\ mcr(;c cb. tortur:t dos insucia 1".cis ambições de tolb a lliq)ecie; o outro do o:iture – za animal. é o rompimento dos la ços que pren– dem o homem :i terra , modos de viver ao abso– lutamente artifiuiae11, que breve conduzo • Q ds– Lilidadc e ao soffrimento phyaiéoM, á ci,terilida– de e á nwno ~rcn.iaturo . Com effcito, um rio!:! caracteres do nosso tem– JlO ó a diHtanria cuda vei wois longa interposta eut1·c o bowtim e u na tureaa; csaa vida primitivi cm que o homem tirava da t orra o ~o do eada ciia á. custa do proprio esforço, é ea.da vee me R08 fri;y utJ nte. Milhares e wilh1trcs do pesBO&B nunca pisam siolio G terra que 03 homens co– briram de pcdm ou de m11.J eirB, nunca semoa– nun um su grilo do trigo; a riquez-A aecnmulada, llJ! sobras dl.lll aera~Õ~t! quo UO!l preoederam,jnn– ta á economia do trab,1lho humano qae o nol!SO cagenho foi por ruC'io daK maehirms, e&.:I! e ou– tl';IB oanBas sccnndarins rermiui.r~m a 111~iW11 DIARIO OFFICIAL r1uc 110 nascimento á mC1rtc ex istam :<cm pro– priamente trabalharem, considerando como o tra balho por excellenci:i. a crcai;,to du p:io. De;;sa riquesa vew a dis,..ipa1;ão da nuti,iclade human a; diRsipa -sc o scotilllGinto oo amor rlc um gato, de um c f1u ou do um papa~aio, di,.i,ipa-be mesmo em um exaggl'rado culto dos mort os ou ()LU uma dedieaçào imbecil e eg11i!>ta aos virns, <li cpa-so a intell igl·U<:ia owpre,!!ando a nos mai 1'utei P:tn<'Ls, e di. :·ipa se a força physica em ina uditos Lsfor<;o. J c tod,1 u 1· pci;ie na de va ~idiio e cm pdot ic:i a qn c KQ chawa tu;portn, !. habitn ~üo moderna é 1lc um cxtP mo ao outro umi1 revcla<;ão do ociv, irlude na iuadaptaçrw dos movci3 a quah1ucr fim que oüo seja o prnzer ; os instrument os <lo trabalho clt1)!Cncrnm cm obj ecto de adorno, a idé:J. de trabalho substiluc– !ie pela id,ía de ~oso. Consomem-se exi. teneias inteiras a dC8cobrir combinn9ões do alimentos que n1io deixem cessar o uppetite; e este que de– veria vir da necessidade de répanir as perdas orgunicas produzidas pelo t.rabalho, que deveria ser um indicio uatural para a conservação da cxistencia, prfum reduzir-1,e a um instrumento de prazer. l\fa,, u naturrza não perdôa uma vida tãu io– teir::11n ente anormal e por i.- o com e~ta <lcpr.i va,:ào coucii ern a tnbcrculos,•, a t!ysp,·psi,1, a . yphilis e tJ tas out,ra1:1 molcstia.; que ~em ces- ur l:in çam a scptdtura a gente per1' crti1h , n:io ohstantc ,s esfon;o,i c.ster..,i~ e a cphcmcra ed• J.;er.mças dos qut> auceiaw por dar-lhe rcrncdio se111 alterar o vil·er presente. Si o mnudo pu– J ~s.so ser convertido cm cidaJ es, como ir· 'llle vemos presentemente,a humanidade correria :\ sua propria aniquilluçil.o; mas foi a ttrra quo nos crcou, somo:! seus filhos e uão perdôn aos que se apartaudode-cu seio e Vãú beber um outro leite envenenado e doce. Esses succumbcm vic timns dn seus crimes por isso a civihs'lção mo– derna tal qual esta enccrrn dentro de si a r ro– pria eondemn;1 ~ãu, a que . cí poderão fogir o que se m:1mi vcrcrn fi eis no amor <la terra: e e a lei da scleci;ilo natural que o homem de ~enio, que se chnruou. ('!1rlos Darwin, formulClu tilo claramcnt<', rnais urna V<'Z lia de re:tl isa r ~e para bem da humani<ladc, banindo da terra 1•:-i de– pravados e entregando -a aos que nunca a e:,quu– cer:im. l'cr~untam-mc talvez : que ser {\ ('ntiw <la c:i– vilisaçào e do~ thczouro ele tic1ber , 1 uc :\e ·umu– lou ? D~ certo uilo rn nrrcrilo e: tanJo t:i•) lal·ga– meulc di,,cmi113Jo:; mas do certo tambem a fürurn a<:tnal J a t-ivilisaçi!.o ó phy~ioln~Íl:,\lll ~llt" insustenta vél e uovns fünuas de:n•rfio :,;urgir. 1 Quaes ? Quem ,abc se estar mo rucHuo~ th•,. tiuadc,s a um r<'gresso a qualquer cotl"a de bar– baria '? 1 Seja porem qual tor c,:sc destino fut uro e ig– norado o-inda, bem bnjam os que como }lillct e Tolstoi, com toda a luz brilhante do seu ~euio, sentirnm u eterna cpopéa do trnhi1lho da t(;rnt e nos inspiraram uma vida isenta de nrubi çáo o de odio, repou,adu, trauquilla e s:mt!l. 1:i; 6 sC'm duvidll symptomu importante e grave que no fim d'este scculo, em mei'O de tamauho t'rcncsi e escuridn.o, essa !ui tenh11 podido brilhar. JAYME DE .M.\OALllÀE8 Lnu. NOTICIARIO LYCEO PARAENBE "&X.-\:\1E8 ll'lNABS O reso.lt ~,.hi l'IUS \'limes proodido..~ hOllt 111 no L ycéo Paraco .,', fo i o •~guintt', 11:1, m, t •rn~ abaixo <lcclara<la8 : Arithmeti •a- o r.. n,l:,Jato n. .1y1uun h Ji& Cruz ~loreim, foi r... p1v, .1,lo. Trigonouictri,\ - Tli.!utüil i Cl11,nnont t!o Britto, :ippruvado pi •naw, ntc e \' ict-·,rino . fon– teiro Chermont de 3fo.:nJ., ,tf, iJl'or..JJ ,;ill.J:1t~– mente. Gcograph ia.-0 riohri J, , Lin•. appr• , ·a,lo plenamente e Octavio Cor1l':1 fo C u;.wi .í, :ip– provado ~implt tneut ·. P ortu!!uez.- 0 c.-.,u,ld ,to Iz1i,1., Pinhcir., iL Rocha, Pói approv: do ~im ,ril-::.ui~n ,'. Historia Univer~al e 1':tlri:i.-0 c,mliJ.1to Antonio Emiliano do ouz, U, tro, foi appro• vado simplesm~nte. ·- CAIX.a E CO~O::\lICA DIA 5 DE FEVf:1um1.o Entradas (29).. .... ....... .... . .. , :8!J7S00O Retiradas (16)... ..... ............ 16:-lfü;, 19 Defi cit................ .... .... 7:366$ 1() ♦tlDIID--- 0 d.r. ~ocl- e a t-\_.,_ berculc:3~ Um jornal allew:i ) 1• n I m i-t q u • 0 dr. l" vek Yae publ icar uwa llll•u1 1ri,1, na qual LXp< r,í o-, apcrfoçoameotos qu,~ l rn <:110;:,,_"(:1ido .!"'"tl'S ul timos aunos no fa li ·i:u Ll J L'-J '~,·i 'i~u por ~.1:io do qual espera coui 1 l,•.t •r a tub rc:ulo,.:. I sto ruo~tra qul.! u i j.. ... 1u . i, 0 p r,c , r.i nos , <' llS estudos e u, " mcius Jc at::..il i;1r a ,·\ira. da ti ica. - - - ----Cll... l ~i,.,~:!m--- - - - REQEBEDüfüA DO H~'.J' ADO E8CALA DO Sl!RVIÇO 'A , !;;~!"\'IA DE 5 A 11 UJ; •i-:vERl:., RO m : 1S94, Paulos Reducto T. da Gerencia T. Red Cross T . Grnm-Pará T . Belém ,. .'vnjtrm!e, Vi;,ria.s .'\. Cunha João \\'allace M . P.u-., Botelho da Cunht1 Joaquim Cruz te (( u 1( T . do Conunercio D ia,, Gucm:iro Pinto elas , ·cl'CS F. Orc,lcs l.iJ10 da Cru.t T. Central ~ T . E. O. PuLlicas T. da Recebedoria \"er-o-pezo T. L. llrazileiro Porto do S:1I Repnrtiç., o Pauta Alvnrcuga.:; José S,u,tos , 1. Rayimwdo J 1. S.1mo., fn11ocer11·io R··:; s ti .\n' llin (" UJ. <. •~t: i,, ,:n1., Lv. ('~, , 1 lln l . l. ,Ir Rr~ ,, 1 L 1 ,lo l! :-.!unes Brnga \! ()rc-,tt.."S --------•&-- DOCU MB . TUlUPORT~~rE Conta nm jorn,11 :illemãn fJUe o ru~cunho Jt\ carta celebre dirigida em 1 1 ü, ao principo ftl· gen~e da Inglaterra pelo Jmperador _·apoiei.O, pcdmdo lhe aiylo noe lares britaunicoll, eat{\ hoje M .Al!acin. ERse Yalioso document o hiiitorico pertenl.ll )-a um bl\bitnnte das Mrcani·1a ,{o 'rra. bur11:o, 1:lffl– oendent.e de llm correi-1 Jo ~encr,11 Uow~aiil, qae paSl¼Ou " limpo nc10•'.I" Ot\rt:l . •r odo ris<l1tdo, emendido e ba9ado o r;\H<·t111ho é todo esori~ do punho llo lmpemdor apol n.o. PARA :P.ERCORR ~"JR lDU MILHA. E' cor iosa elita not:i dada por uw11 folht, all· ropea do t-0mpo médio ~ Ji-to 1~ percorrur l1l!la milh a; um kilometro 609 m tro!i o 31 i) ruilli metros. Um trem U:Jlfet!I!() ~trtlt -HI 4{5 tle Rel!Utlliu5, um MTio ne gtlo l minuto e üez ~l'g\1n io~ nm

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