Diário Official 1894-Fevereiro

TI.I:L1TCllIO Recebemos e agradecemos o exemplar do re– Jatorfo apr~entado ao -iirrrt'lr ~era) dos Cor– reios da &puLlic:i, pelo digno sr. admioistra– àar dos ooncios d'este Estado, Gregorio Anto– nio dos Rei-3. O PE'fROLEO SOLIDIFICADO No mundo roaritimo agora~ se fala de wu novo oomLustivel <tue, ~ dizem, ha de fazer muito SUl'CCSSo-o petróleo solidificado. Trata-se de torm1r o petroleo mais ou menos &0lido, addicionando-lhe materias absorventes e ag~lutinantes, e molda~do-o em fürma de ti, jolos. Affirm.-i-se que os tijolos de petroleo produ– ~ tres vezes mafa calor do q11e o melhor carvão. Falou se largamente e com r-azão nas vaata– g~s quíl offrrcce o pctrolen lilJuido pam o con– sumo das cadeiras de bordo. Em muitas cir- . caosta.nciaR um combustível li,1nido se mostra e.~num1cnte supc,ior aos combustiveis soli– dos. tanw isto é verdade que já de ha muito se t:rnta de suh\!tituir nas fornalhas a hullin AO.· lida pela pulvnizada, d,1 empregar pó de ca rvão cm v~z de carvão bruto .lJeste modo a epmbus– t!o é complet.<1; · o ar -utravei; a e circula por totlru; as portes, sem que se formem depositos de r< •siduos.na !!rade da forn : ha. Ha já. vinte~annos, Crarupton aconsellm:va na foghtcrra que se moe.se o cnrviio, para pôl o sobre uma soleira de tijn!os ei;brazeada. Os norte-americanos V tlrley e E storer le– vaotor-.1ru no,.unente esse 1dkfo, e n!l Allema– nha o novo methodo t flm rido experimentado oom bastante exíto. Todo o C(1mbustivel é apm• veltado; a forna lh_a torna-~e fumivora, e o ma • chio~ ta pótlc regu lar á voomde a sua energia calorioo. O ioconv!lniente riue ainda na.o pôde ser in, tdl'arnente removido é a comr ,licaç.ão dos appa• rtlh de 111011:;,;cm .e de ín~uffiação, e a obs– trucçAo ucc·iclcntal dos tul.,oi; devida. ao accumu – Jo da poeira. O unico meio de res11lver o problema é su- 1:».tituir o pó comburtivci pelo lir1uido eom– Lu. ti~ cl. , O pctroleo finalmente pulverizado por um jacto (lP. vapor ou de ur compríwído ioflamma- · ae como um gaz e queirua regularmente. Não é mais preciso abrir a foruaUt11 , basta nlimentar 06 1."111u1Juetorell com o p<>trolco pron·11íente d.3 um rr."!f>fll'Yntorio de nivcl c,1111:1taute. Nc tas condições torna se focílírua a rey;ula– rizaçiio do fogo. Nao ha mau fornal ha que coéher nem cínzofl que tirar; toda a. opei:agão 1,c t'a:i: au.otu~t: carucaH-0, \AH r guista, cow a JUoi ri~orosa exactidão. Alóm diHto, para a m11rc1u\ forçadn , indispcn- 1111vol aor1 uulÍoi, <le 0 t...,t, ,, u 1:,1..t :o!eo füpádo fornece url}a soluçno poderos:l com a qual o.ão ptídc rivnliazr toda a en~rp;ia d 1 > 0111-viio de ~dm. , . . J~u1fün a in vcnção <J,, pctroico sohd1ficado nada vem' adcantar, porr1ufl o liquido"(i incon– ~tàveh11enLo 1,upori1,r a .:Úi.J cc,wo u qualquer <10.tro combuativel. e4&4:: b U 11.1 0a, pacéte rnedioo No dill cm yue se dAscuhriu que as vibrnçõe!! de um trem cl<~ ferro operavam na parnlyAia agi– taute ( doeo911 de P11rkinfl01l) (Jl)ffiO oxcc!rente retnedÍr> ( ó e/1.Sll. durn9n Af' car:1otcriiu por um trémor e;. peclal).-Ohure11t teva 11 feliz icléin de Jl)8udur Mll~tl'\lir ti. cadl'irr! vib-rctt(lt'Ítt . 11ue 1 DIARIO OFFICIAL dando a tacs paralytiuos a. illusão de um trem de ferro em movimento, lh es produz o mesmo resultado, sem.no entanto sahir uma. linha do lugnr. . A_vibrnção foi tambem aproveitada, por meio • de diapasões, para curar nervral•tl11s, dõres de cabeça, bysteria e insomnia. 0 Gilles de La Tourette, notavel discípulo de Charcot, imaginou ha pouco um ca,pacete medi– co, ten?o ~m cima um apparelhó electrico para produzir vibrações. Partem-lhe de cima, pór dentro, laminas fiexiveis que se prendem ao re– dor da cabeça, para mantel-o. Posto o capacete, dá.-se m,,virnento ao motor el;ctrico, e a. energia desce pelas laminas, em vibrações, e toda a cabeça recebe então esse cho– que. Dentro de poucos minutos, u cabeça pende cançada- e o doente dorme. O motor faz 600 voltas por minuto, e seus resultados parecem bons nos casos de neuras– thenia e enchaqueca. -------~-------..!!:.... ALFANDEGA DO PARA' Rendimento até o dia 26 de Fevereiro. e .448:831So8o u de hontem ·. 43:025J200 Total ..•. -· iW lSSÃO scrnNTIFIÇA Na' Belgica trata-se de organis.ar uma vasta missão sêientifica, cujo firu será reunir os ele– mentos de uma geographia e historia do Congo e acabar os trabalhos emprehendidos pelos offi– ciaes belgas Celporte e Gillis. A missão exploraria todo o Congo belga e estenderia. tambcm as suas explorações scienti– fi cas até S. Paulo J e Loanda. A missão e,Mt por emquanto em projecto; mas espera-se que venha a realizar-se. ARVORES OBESAS A obesidade não é, como pensa muita gente, apar.agío exclusivo dos gansos, dos porcos e dos homens. .A.e arvores tambem não deixam de s, r victíruas della: )ij diga.se de pa. sa~ern que iFto é mais uma prova da commuoidade de origem, de natureza e de processo vi tal entre os :rnimaes (sem fazer exccl)ção dos bipedes sem penoas) e as pl:wtas, Decididamente a.'! arvores engordam. E' isto o que re ulta dos curiosos estudos cmprchendidos por Lorauer :ícerca dos effeitos observados n.ts arvores depois de absorpção contínua em princípios nutritirns muito snbs– tanciaes e abundantes. Effectivamente. ua. arvo– t<!, do mesmo modo que no homem, ·uma ali– mentação exaggerada acaba por motivair, mais cedo ou mais ta1:de, manifc,,atavõei; fra ncamente pathologicas. . Assim é que se desenvolve uma tendencia incoercivel para. a proliferação doa tecidos Secretaria do Governo Satisfazendo o que solicita o sr. Ministro das Rela• ções Exteriore,, em Aviso de 3 do corrente, manda o sr. Governador recomendar a todas as autoridades e funecionnrios <lo Estado que reconheçam officialmen– te o sr. João de Oliveira. Gomes como encarregado da Agencia Consular de Portugal e1n Obidos, durante a ausencia dosr. .Francisco Augusto de Araujo VÍllnlla Secretaria do Governo do Pará, 27 de Fevereiro de 1894.-,Va,1íoel .8a..ua T F everei ro--1894 ---- #A 3ilL.ltL, , ... ,,"¾C.lrtrM~ - ., - --- -------- -,... Hygiene 1n1.®lica i:m Tirtude do que rlispôe o art. 42 do Reg. que– ltaixou com o decreto o. 39 1 de 1g rle A gosta de I891, a Inspectoria de Hygicue faz publico, µelo praro de oito dias, que o cidad:\o Jos.é de Souza Brito, lhe diri – gio a seguinte petiçilo com os docun,ent-0; que satis– fazem ns·exigcncias do :irt. .p do citado regulamef!tO. uSr. Dr. lnspector de IIygiene Publi ca do Estado • do Pará.-José ele Seuza Brilo, n:.tural do Piauhy, . filho de Benedicto de Souza Brito, julgando se habi– litado a dirigir uma pharmacia, como prova com os. documentos juntos, pede-vos digneis conceder-lhe, de accordo com o art. 41 do Regulamento intémo do SP.rviço sanitario terrestre, a competente licença para abrir um estabelecimento d'a1uella ordem na Povoa– ção do Mosqueiro d'este Estado.-P.•J.-Belem, IZ ele Janeiro de 1894.-(:issignado) José de Souza Bri– tou-Achava-se sellada com uma estampilhade du- zentos réis, d,:vi,l:un~nte inutilisada. . E declara qur•, •i 3'> dias depois do ultimo annuncio• nenhum pharmaceutico formado communicar a esta Iaspecroria. a resolução de estabelecer µharmacia na. referida povoação, concederá ao pratico a licença re – querid ~. Secretaria de Hygicne do Pará, 26 de Fevereiro de 1894.--Antonio Jau n F,rreira-. · 1-8, Tribunal Su1,e1.•ior de · .Tustiça ü 'Desembârgadur Ernesto A. rle Vasconcellos Cha– ves, Presidente Interino do Tribun ai Superior de– Justiça do Pará, etc. Faz snber, na fórma do art. 15 ~ 19 do Decreto n. 359 A de 19 de Junho de 1891, que por ter sido re– movido o' Juiz de Direito de Porto de Móz, bacharel Manoel Francisco Honorato Junior, para a comarca de Monte-Alegre, acha se aquella comarca vaga, de• vendo os Juizes de Direito que pretenderem remoção– para ella, requerel•a no prazo de trinta dias á contar d'esta data. Secrek~ria do T ribmrnl Superior de Justiça do Es– tado do Pará, 14 rle Fevereiro de 1894.-(assignado) Enusto A. de Vm,oncdlos Chaves. 4 · Lyceu Paraense. Faço constar para sciencia uos interessados que o– horario das aulas do corrente anno lectil•o é o mesmo– do anno passado, com a seguinte alteração : Historia-todos os dias, das 9 horus 10 m, ás lo h. 10 m. da manh,,; Inglet-3º nnno-das Io h. 20 m, ás ti h. 20 e Physica e Chimica-das 8 ás e, horu da. manhã, conforme resolveu a Congregação do srs. len• tes d'este lyceo, em sua reuni:\o de 29 do cadente– mez. Secretaria do Lyceo Paraense , em 31 de Janeiro de 1894.-O secretario,-Joáo Neves. 1 S e guràn~a Publica T~emlo "º cunhecimento d'esta Chefatura o sr. Intendente Municipal ele Helem, que não é abservadac a tabella abaixo transcripta cios pr ços de passagens cm carros da prnça, ' Sr. Dr. Ch Segurança faz~r µublico, que, · a-se em interlo vigor. e que os infractores incorrer'-o nas penas estabelecidas no Regl.\lamento de vc.hiculos. Carro tomado por hora quando a lotação esteja co plcla . . . . . . . . . . . . . Não e~landu completa. . . . . . . . . . Por hora qu, 1!xceder em ambos os casos . Uma corrida do lnrgo de Nazareth (a) ao Ar,~nul ue :.\l ,• i,,ba, pontos interrnediarios e vice-versa . . . . . . . . . . . . . . . . 3,000 Uma corridn do lnrgo de ti. Bra~ ao Arse- nal de Marinha e vice-versa. . . . . . . . 5,000 Ca, ros para nterro~ . . . . . . . . . . Iolooo Carros para b..1ptiroclos e casatUeotos, os preços serão com•éncionados entre os interes- sados, não prxlendo todavia exeeder de 25 loco (a) A linha que termina o raio da corrida do Arse– nal de M.arioha á Nn1.arcth, é a qu.e seguindo pela travessa 14 de .Março, Igarapé das almHS, termina no G~jiirá. Secretaria de Segurança Publica do Estado do Pari; , 1 de Fevcçe:i:ro de 1894--0 !:ie::retario, 1'l141Nist.ocks A. de Fig'1~ir1<ÍJ/. s,.

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