Diário Official 1894-Fevereiro
~ .... ---------------------------------....---------------- ..... - ---- -.:- • 308 Domingo, IS e com tanto !lrarer MTTI" " rã.e? ilc oaça quando :peraegt.:em a prez3, e a na veloci<lade é tal que nrnita.q vezes correndo ju_ntos ·com um carro puxado por bom Ct'.Vallo i: Yiotoria lhes per– tence. A Belgica, ao que parece, é o unice paiz ci– viliza lo em que se empre~m os cães de tiro. E ' verdade que nesse paiz ninguem acha extra– wdinario, nem mesmo 2.s sociedades protecto– ras de auimaes, que se atréle um cão forte e vigoroso, bem nutrido e bem tratado, a um pe– <1ueno vchiculo e se lhe imponha um e forço de tr::c.; e, prJ c,r~ional á sua força muscular. Na França, além de se níío empregarem os cãc& de tiro, muita gente imagina que a lei não perrnitte essa pratica. com entretanto que já, fui resolviJa no sentido :1ffirrnaú,;o pelo Tribu– nal de Ca · açll.O. Y eja-se o que aoontcc.::u (!CID Frant;isco Nautet, Iittcrato belga, que tendo partido de Bruxcllas num carrinho puxado por dous cã.e.~, ao entrar em Louvrui1, ucpartawento do Norte, encontrou pela frente o nwire da localidade, qun lhe declarou perempbrü.mente que si não mu aó.30 J,.; tnc-;u Jc transJJOrte nllo podia con– tinuar a viag-eru. (J viajante aãu quiz per,for tempo; resolveu o incidente Je lllv<lo oriÂrnal:- aga rrou nos seus ele:,, mett<o:u -os dcntn, Jo Mrrinho e puxou o vehiculo até f6ra. dos limites da commu na. Isto d"r1-se cm 18Sfl. Na utet ia á Exposiçüo de Par-fz e effocti~·:.unente Ui chegou, tendo feito E'ID 7 dias a Yia 5 em. Nas regiões frias, cobert~ de gêlo,'os cães de tiJ·,, M indi.,pen8cveis, e têm o typo funda– mental no cao rio esq1úmd. A esse typo per– tencem os cães d,\ Groeulandia, da Siberia e do K :.nntchatka, com a alt1.11:a. de 55 a 66 ceotirne– troo. focinho pontudo, ordhas fitas, peito com– prido o espe so, de um branco ligeiramente iuo3rellado. e muito parecido com o lobo, do q_u.'\l só differe pela cauda, riue é eoroscmda. E~ e~ animaes servem para puxar tren6s e 01, ureios que levam cons~t••m numa simples tin de couro presa ao peitor,1] e undú estão mJ,,,m presas as cordas qu<' r,ervem de tirante. N.10 ha frl:lio nem redeas. .l:'ara diri1il-0R, basta a ,·oz do couductor, e pan e timulal-os, o seu d•ic,ote. Na frente do tnn,5 ~·:,i qua&i sempre o e· o ruais iutclligent'l, CfUe ser vi: paro dirigir os companheiro:; de t réla. Dez à quinze cães atrelados, dirigidos por um l,apt«i,1 .Dog, andam 30 a 40 kilometros por (li ,,. 5 a 6 leguns), puxando um petm de 500 a 750 kilns atruvez de espaços cobertos de neve emlurccida ou de rioR congelados. O olfacto ]ht"R é no fino, que, me mo atravcz de grandes t •U:p'· .tdei; rte reve, nun ca pcmlem a pi11ta. Conta um vi,1janto que os habitantf'S do La- 1,1·,, :lon u,,am de um meio eog•iohoso para tirar e, maior p<.1rtido da vclocid11rle doR <•fies. Na vc: pera da. parLida. diz o !iajaote, o dono d<i. clles e ·colhe o tiue corre m:Ha, trnta-o com todC/ o wimo e clesprez~ M 0uir ,/:l, ddxando-os cm j< jum. Ora a pr\•fer~nda os irrita e os naultr,i°L 1d0Hj11ra~i d~ vingttr·H~ do favorito. Cliei,, 11 J.on ria vi~gon~n. Todo» na t1:éla, ,d 11 tio " ,iigôal de p:irllcla, us cli.cs enfu reo1dos lan ur.a -ae contra o füvoritl) f/UC cstn. na frente. ~ 11anto urni~ correm, mais corre o favorito... e t,e.m))em o t.rcn6, que v6a sobre a neve do oa- Jt1i .ol.io . J,• dc"~c modo o astucioso conductor do ,, ,.,., ' . l k 1 6 ,~xplorn 11 piúxllo dos. pohree ammncs, ta 'flllll como se explora a pa1i.iw humn'la, . 1 .fos .Urchm explica de utro modo mata vc- ~ 08ií iil O ardor 11ue (lllrP eriw li aoimae , DIARIO OFFICIAL attribuindó-o a qualidades 01tnrnns que lhes são peculiares e tombem {t educaf}!io. O cão é um auxiliar preciosia ·imo ao esqui– mó. A um r1uarto de leprn de distancia, dt?sco– bre o buraco que occulta a phoca e, a me rua distancia accusa a presença de uma rêna ou de um urso. O ~eu ardor 6 tal que, quando e tá atrelado, basta a palavra nêvfid,, que em esqui– mó quer dizer ~crso, paira patir a toda a brida. F eYereiro- 1894 ~;A•---.. a,,., .. "",_""·~....,..=•mnz : mio Littcr:n io Portuguez e um gresso nas salas da Bibhotheca tabelecimento. carUlo de in– d'aquelle Es- Agradr.cemo a gautil sa ela Directo1fa que.lia prospera associação. Al -111 RECEBEDORIA DO ESTADO ESCALA DO SERVIÇO NA SEMANA DE 19 Á 25 DE FJ!VERE!RO DE . 1894 Pontos Conferente,· Vigias Quando se fórma uma tréla, o ponto mais impor tante é a escolha do anirnRI que deve servir dt: mestre. l'ara isso n!l.o Re re~ula nem O Reducto Dias Guerreiro, Liuo da Cruz h d d l T.daGerencia Candido Machado Henrique_s!Regi taman o. nem a e a e, nem o sexo. e eacia T. Red-Cross " Arcemo Cruz é que o cão seja intelligente e tenha bom faro. T. Gram-Pará 11 « Quando a estas duas qualidades, que s!l.o as T. Belém « « priacipaes, se reune muita força, o animal é T. do Commercio Oct,avio Cruz Ferreira Braga inestimavel. A posi ç~o dos outros animaes na T. Central II Pinto das Neves él d d • 11. . T. E. O. Publicas " J0;.1quim Cruz tr a segue a mesma or em e mte 1~encrn, T. da Recebedoria H . Santos M. Raymund• fa ro e for'ia; de sorte que o peior da tréla é o Ver-o-pezo M. Pará Wallace e Meirelles, que fica por ultimo, a 10 pés do trenó. O chefe T. L . Brnzileiro u Leopoldo Moraes da tréla fica a 20 pés do trenó e está separado Porto do Sal A. Cunha Fernando Orestes dos outros por uma distancia de 2 pés. Repartição Botelho,Cavallér11 e O Innocencio- conductor do trenó sempre leva c-omsigo Pauta Cicero e H . Santo;. uru chicote de uns 6 1/2 metros de oomprimen- Alvarengas P. das Neves e InnocenCÍ• · to, de cabo de pau ou osso de bnterflJ. Maneja o -<>-~~-- - - - muito bem, como todo o esquimó que, desde JUNTA COJii\1E ROIAL creança, está muito habituado a manejai-o. j RETU'ICAÇl , 0 Acci:e~.qe que, para guiar o trenó, o esqu imó . . quaSI nunca e:13prega o chicote:- s6 se Rerve Tendo sah_1d~ com , al;.;nmas .1~correcçõ2s .dclle para corngir um ou outro cão que possa a parte do expediente d esta repart1çao, em que perturbar a marP-ba dos compnnheiros. Basta a ? trato_u d~ duas the "·'l nppre entadas á con– vóz do condactor para fazer com que elies se s1deraçao e Julga rncntu da Junta P?'º sr. ~epu– apressem na marcha e voltem para a direita ou I tado Ma1·qncs. Braga, toma-se precJ.SO rect1.fioar– para a esquerda. Os esquimós têm para isso do modo eegmnte: certas palavras ')Ue os cães entendem perfeita- -O sr. depntado Marques Braga, submet-– mente. O n:estre da trfla , cspecia!mente, e •tft teu á consideração da Junta, as seguintes the, sempre muito att,euto e nunca deixa de obede- ses : cer, sobretudo quando se lhe grita pelo nome ~ • Se u~a. firma matri oulacfa, , composta de– antes de dar a ordem. Num c 3 so destes O ani- somos brns1leirof!, pode ser represcntad.o no Col– mal volta a cabeça para o conductor, sem di- legio Oommercial; minuir o pa o como para indicar que compre- ::i• Se uma firma matriculada, composta de- hendem. ' sooios brasileiros e i::xtrangeiros, pode ser re– NOTICIARIO presentada no Oollegio Oommeroial pelos socios nncioaaes. O r. deputado Oorrêa, em aditivo, apresen– ' tou a questão de saber-se com quantos votos, no– caso affirrnativo. Grcmio Litterario Portuguez Secretari,1 da Junta Commcrcial de Belem 17 de Fevereiro de 189-!.-0 S_ec;retario, Ray– H.ecebemos o Regulamento Interno do Gre- l munrlo Alvares d_a Co~ta. Repartição das Obras Publicas, Terras e Colonisação RESUMO J\IETEOROLOGICO DO DIA I 7 DE FEVEREIRO DE 189 4 1 1 Numer; / , 1 de I Dia ~oras I ordem 1 ---- I_ ---- 2 3 17 J Ba.romef~ reduJ Tliermome!Po- ~Tensã~ dJI ~umid~:lati:a 1 zido a Oº gráo 1 1 vapú,· ==== 1 ==:;'---'--' . . .. =~·=~ 0,71 1 76o,6 l 27,2 76o,15 27,8 21,50 759,10 27,4 1 1 -=.-,;..__::::::,.___;_e=-=..;;._;:;:. - - - -~ - ~~~=-=------~=---==--=--r. !,l Ti;MPl!RATURAS EXTRE,){AS { Mínima da noít~ . . , 17 Maxima do dia . . • IrradiaÇão solar . . . -=- -=--- - &sTA.l>O DO CÉU { 10 h. Céo strntus-cirrus l'f l2 h. " nimbus 2 h. r u cumutus EvaporaçAo em 24 horas : á sombra • • • . . • 0,5 5 f\O sol,_ Chuva.... ( Oh. NE. 12 h. (1 2 h. SO. . . . . . . . . .. . . DUU!CÇÃO DO VENTO
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0