Diário Official 1894 - Janeiro
• hypothcse, cuja demon~trrvão, para·ser 1i,:1;orosa, 1leve de cstriqar-sc em numerosas observar;ões e experienclus 0 Mas tornou se uma hypothe: e 'llluito acceitavel,'depois das memoraveis pes quizas õe Bouchard s:•bre a nevão pãthogeuica dos venenos do orgam. mo. · Este sabio profcsavr mostrou que ns pcrt,ur– bações da nutrição, que augmEntam o fabrico d'estes venenos ou ri ue lhes t<Jrna iu uffieieute a sua elimina~ão. podt•m prrf,•i•1u1ente prnün zir um occumttlo de toxiees que, :1. nnl de contns, prejuclien, e gravcru1·nte o bom fü11ociouumcnto dos orgilns regu]ndorei; d 1 (1cr non1ia. Este facto explica a oril!cto dn. ma iR dirnr– ' !ta aff.·c1;ões, conw a1•ja111-í!ai:trit,1:s, hepatites, nephrit<·s, nrterites, acvrites, r te. . As propriao desord ens intellectnacs nao esta– l'ilo debaixo de sua influencia '? Toda a auto lntoxica1;ilo <l_ct1•rniina uma mu– dança nos humores e nos liqui,Jos de excreção. Só pelo estudo d'estas modilk nçües 6 que se ha de rt!velrir. nos casos de psycl10~e, a existen– ci1r de •perturbu1; ões da nutri ~•ào, A urina é ô mais irupon ante vcbiculo de <'liminai:iio. Por isso Gilb<'l·t Bnllet, prof\.•ssor adj uncto· e~ Facul– dade de i.\T odiei na de Paris. de coll aboraçào com. Bordas e Rubinoviteh, trat GY tle · estudr1r e pe- . cialmcutc a toxidoz e a e11u11,o~iç1io cl1iu1ica -d'este lii1)lido, cm diversos cu;;q.s ue loncura. Pri lll oiro que tudo, tratou de lll'l. trar a im) portancia de uma tl'ch.(iica in~·.:ri,1vcl, pam se pO(\crom comparar UI.IJJúJ expenL•r11·ia. com 011t1 a!'. , Deve-80 lcn ir em conta o r~ imcn dos <locn– t ·, n <1 □nntid:1 d c do urina emi tt i,!a no <'~l;_laço de 24 hora~, a toruperatura d' •sta ultiUJ:t, a ilpidcz éln sua inj ccçào e t:m1bC\m a resi~ton<:ia o n11ima escolhido pura pacientes. , As inocula çõe foram foit;is em roelho. . _ • \ Adopt·inJi •;orno CEtalüo da tL1x:idcz nor1m1l n ruàl~ fi e 4.., ntimetrl'S mJbicú~ ' p1r tau kilo, médiJ\ ~tabd •~ida por B,ind"'rrl, aA urina. dr tr<'B m. m :H!~ ~ilrfc?ram meno,11 toxi do que no cst/ll ) phy-wh " HlO. Rm dous cusL'~ 1le con– t'uAil.o, mr-"~a l, ~m~ post 1rncrpe1•11 l, outro-con- , secut1vo a Íl1 1 h ';'t1H physi,:..1 · e mor:tcti. dia. se mo, tran,m 1i.r.·1i,i ,·cru:uosu~. .Einfiu1 , a' ui·itm dus mcla n,,olii:11.~ :11 1 -~~••ntou uma hypertoxidcz c,m staut c qu,· f1 1Ut 1 ·ompr,• e, i~1Di,íiu eorn nm ce– tado saburn)-o tia~ ,.· dip:c, 1.i111•. Estes resultadc.a. comquanto ainda imperfei– tos permitte:u lobri~ar o papel import.:rnte des– empenhado pela antb -intoxicação n:l al ienação mental. ---------·- Transcri pç;; o .:.._t\...s a l egrias do ·t r n.ba lho Não 'ha peusamento- maí,; tl'ii:te r1ue o que fu :.: nascer o rapido escoamen to da nossa ,·.x is- ~oci~ , · Sentimos passarem se, irr1;p.1rnvelmente, as horas, os dias, os annos, e temos consci ncia deste moyimentó que nos ~arr,>'ta rapidamente p:ir:i. a morte. Os que esbanjam o tempo em occupaçües frivolas, os que an.~, deixam obraa _para marcar o caminho per~orridt), sentem, quando lançam um olhar atmz, urna siugular inrnress.'lo e os nnnos, que niio deixam outra le~brança sin!lo a dos e.~forços que os cnchtl– raru fructt113amcnte, parecem vu iuR. A vida fJassada reduz-se a nada na consciet?.. eia, irrcsi tivelmente nasce este sentimento àe que o pafodo 6 apenas um- sonho ''il.o. ~ Aecresce que, quando o e miuho começa. a perder o iuteri'sso da ' nodílil'fl..:. quando _as rliffi.culdadcs da cxistoncia no. instrniram sobre o limite de nossas forç;as e a m11notonia do pre- 1:1eote e do futuro apparf' cc, o movimento da v-ida parece accelerar-se e á iwpré são.rtue o passado é apenas um ouho, 1H1cr,•;.çeuta-se out,ra mai· peni vcl, que é o propi;_io JJl'eóet~tc. Para os que não sahem conquistar belh, huras de medit8Ç1\o, sobre llS fata liJades da vida 0r~nnic:1, sobre a pregui ça., as sujei~õt!~ d.r ,·ida sncial o da funcção, e te sonho nirtiruo tem al– ,,1,rn:t cousa de dolorosamente fias. ivo. t°' , 'Ao levados, contra. a vnutadc, ccilj.O prisio- rrniros cm m trP.rn rapido. ' Gomo clles tão dcprcs."11.. o sabio é àrmEt:1do, urns reflectindo na ipt~tilitlacll' de qu..Iqncr re– si tuncia, liberta-se acceitando o que nilo podo 1•vitar. e procura no menos dar ao traiecto Ullla 11 ppar~ocia longa: consegue-o nàn p~rmitt.indo au µa HSado <lcsapp:1reccr int 1 ·ira1fü'nte, Sah <JUO pa ra uquelle.-,, cuja p11. a;::em não dei. a t raço , r_;rc sentimento de que .1 t•xistcucia é uma il– lt•zàu tenuo, sem l"•·alidado, torna -:e intolc>rnvel; .â urinu m.ii t\,xicm (!l ~•.,ntimetro.o cubicos por ?art, k~lo) f, ,i ~-de um hornc 111 cuja uui9'l 11u1\-11f, Ht1çau 111orb1Ja era a lis,-t.eria. "Esta" inV'e.sti.!!n~ões fi ca riai11 incompletas, 1>i não fussc a ~nalyse rJ1imica / que denuucia ua;; urinas a prescnç_a ~e _simi!Ji~ntt.a pl'Ol~UCtOS llll OI'· maes. As ptom:irnas ~t,r;;h iruru p:.i rt1<:ulannontc a attPDÇÍIII cio Balls 1 t· e de Bordas. n uus cle"e• nnraJ n . 11111 rtl;tniaco e uma ~ulhcr atac,:d,td'e louém'a 'flt!l'rpero l, não apr1'scnt:wam o, u iniruo vestÍ!.!ÍO d'c st'd prodactos. •\ o contrario ncha– rau1 ~rnndf• ')Uantidade dos ll!Psu10s ·el!J seis ou– tros d<wotc • A pe~aH_dou.~ (melaneolico simples e confusão mental). tml111111 as uriu:is toxicas, nilO 11B tendo. t.odav1a, um Jegenorado com de• lirio melancolico. , t::imbe~ ~abc r1ne ci:;te_sf'ntim,mt,, é ino-dtn.vd noR t)CÍOPOS. n(is Ct homon. ' da soci rd:td<'ll , no;: honwus poli-ticos ordiuarios. cuja yi-:la f: malba– r:1t :i rht pelas occ:upaç·Õt'S in<iuias e p.elo esforço m;teril, em uma palnvrn , cm trJJ oa ur1ucllcs cm que o trabalho nào deixa rc_zültados palpav,•i:;. Ora só p6de "e evitar 'este sentimoo.t.o tles– truidor da. reulidade i se tivrr !lubordioado a •x nitenciu inteira a algum grande "pcnsam~to ri•rilisado pouco a pouco por aeus e forços. ~ • . pcrimcnta-sc então um St>ntim,,nto contrario, o <lfl- r •alidn.cle da vida; muito ._ irn j : no culth•:t• dor que A. rad\\ esforço ddxa tra~IOB, é no e • criptor compcuetr~do de BtJU pa~ol eocial que ,1 t in"'e o seu mms alto dellenvolv1mento. P aro Este exemple leva n crer que. ns pt-Olnuiuos 11110 Bâo a unicn causa das propriedadeH nocivas d 'este liqu ido. Em epilet,icos, verificou ,Ju,lcs Nei in hypoto– x_idez da urina (frn ca tox id~z) dur,)nte 08 pe• nodos 'lUr. prP.rcdcm e tl"l:,'Uulll as conrnl. õ s· . 'loincide com uma pei;turhav1to gastricn profu n'. da, ·accusadQ pela liogua. 1'errninadns o's aectl8· , sos, ella tfm1bem se acaba 1 sa"lvo quando o es– tado menti1 l é muito (..rravc. Na opioillo de Regii; e de Chevalier-Uvaure A t-Oxidez dii .urina dimioue consideravclment~ : mania., e augmenta n~ melancoliea. /1 ~ o ' f este, cada dia accre~centa os rezult.,do tangi• veia da vcspeN. Sua vida acapa mesin~ identi– ficando-sr ett\ parte com sua obrn, e ernprestan– <lo -lho algumà cou~a do ima realidade eoneret.1. De sort.c que pode se dizer que n vida do trab!I• lhndor é muito ruais pl'ofouda e substancial qno n do ocioso. A mandriice quotidiaM nos tir1t, poi8, <f sen"t:imeuto de nossn existenoia, e o Huh– stitue por um s~nho Yào e desprezi vd ,- ' Só ·o trallalho :ilegre. tranquillo e fe<'Unde pó<le dnr á. vida todo seu sabor. Este entimen– to Ulo amplo que chamam ((Sentir-se viver", só 0 ti:abàlho p6d, rcgularisal-o, tornal-o bnbitun~ ·decuplando a alegria do viver e i!;to (: o quo 0 pref!Uiçoso ignora. l\1a si~ vida dQ trabalhador im.cllrctual– náo fosse naturalmente frcunda cm horas deli. ciosas, si n!lo fos"e U!_Da fonte vi\"a rle onde borbulh:issem em a1uudaucfa o i>ll'g1-ia.s da vida ac1.iva, lhe rt!Stari:i. ser contrario da vido. ociosa. E só pe)? fo d n do tra?alb :i.dor escapar~ azafama, aos cuidados m · ·qmohos, ao aborreci. 1 • 1 J • mento'1norno, 111to er2.ve t!os ociosos, ,. rn , rxis- ten<.:ia ó inv~javd ent re tod·u.11. 11 Dumnte minha esta1fa em l\Iaer di~se Darwin, est1 >1J mal d.,.. ea(ide e tornei me <•1:c1t11,lalosaménte prt'gu içoso e dahi ficou me a in:~)•T~MàO du qne rw ;h () ruaw intolcravel que a a pre~ni,;110. Qum1 u um . ol– dado ou lavrador queixar-. e do trab.,lho que lhe dão, . mandr,m lhf'l'l não f..zc.r !}<Ida», di:1 Pascal. Realmente 6 pre!!uic,;oso é uni 1,heau– tontimorumeaos,i, um carra. co de si proprÍQ e a ociosidade absul nta do CB irito o do cor~ não tarda. a engendrar uru -pesado e doloroso abonecimento. Este aborreciru nto pesado e dolor r , muitas p<'-BSOaS rica.'½,_ d,·semb,1raçadas peh fortuna,,!àl salutar nccessicla o 1J1, trah:1lho, e uã,, tendo ,..coragem d<? empr~ h, ndet alguUJa t..ir,i a dura– dou;a não t~1rd:1m n ~!)"'ri:m•ntnr, Hossobra'lll. no epleP.n levam "'º4. de -\!;osro a tod:i p·, n e uti procuram oog prazerc>:: s,•n~tt:lf'I' 1uu·1 div, niiln que nfio tnrds pel:t iici,,d_ude, a rcdobrur-thes 0 soffrimento. 1 !i~as a vciosidade :ib~nluta é r,u-,1, e, como dii o proverhio, 1<0 diah,, L•Ccupu 1:iü •·m prõcu1n trabalhos p:ira o, <1ue não tem,,. Quan h, 11 espirito n à-0 tem al~1 · occupa~õ,·s não t.,rda ~ sel' inva<lido por p o ·upa1;í\e,-, me~quinha.s. Quem não füz 11ar.l m rnmpo - P" moCT remoer ,,u,1A ru cuor~ , c<>nt rarit d.,rle~. Estu ruminação, longe d11 alimentllr o csl'il-itto, 0 arruina. • · .\ torça tl :; se tiruc>nto." u/iQ ca oah$:\rla, niw podendo derr-.1~ar ::;,, par:~ fert.ilisar as altllt!– regiões da nossa natureza. L-', pulha f'C pdoR' terrenos bttii;:: dn rmim.íl :r!a,lc o ahi (•orr..mp . se. As impé1:eptivci~ t'eri1lu, do amm pr,l~ rio cxacm·bam ~º, a: c1,nlnn11•dad.~~ in •'l"ita\ei • (b nela envenenam o. dia~. 1wrtub.11n o Mnu110. - Yisto <1e pt-•rto, nM é u 'àr.ia mv,javei, o 1· pnu.;ro ,lo grande senhor! Até o-; nrazeres t\\r1i:i11, Bll obrigações e a;,,,iru r r '1-01 tod11 o sabtor, tnd,) 0 pic:rnt.e, por4?(' p:tm ,, h11:w m o J:•l':l ZP?' (> iu, ~ pnra,cl d.1, aetivi<i:,J ,:. ,\ J)t'f'l!niva rep1•r ute · mesmo sobre o corpu é temi,, a esgotar a saude peh languidez pela 1t1uh,z:1 que enthroni:&a Uli'I funcções de uutri~á" ~ rclu~:lo. Quanto :í, int olli~, ncitt. :-,•na c.amct ,•r, · •flo~ .. nc t,c e.~taclo, o varuo e a prenocupação e k rit .e fnti'-'ante. O eilpirito rorroc-~c, seguuôo a 11 •)'. gica cx:prcssãti l)(•p11la; . Qu 1nto á vont~de b apenas util l embrar tom que fAAtid~a ~rflmt;ti. dilo ella su otrophin no hi.Jmcm ocio.~ qual<inL"r e. .,fo1·90 toroa-s-1 doloro, o p:il'A d lc; a ttd P"nto riuc acha meio do 11uffr r un,le o homem n tiro nem mesmo Sll peita a l' 'bilidüdc ue eotlH– mento. Qtu\o àiff<•ri'ute é o r. balhador 1 O tra– b11lho sendo o fórma coutill\~ll, dt1mn :I 00 esforço, cunstitue ,mrn l°!;\'. ed lcnte odt\{!l\,!'!l.o <L\ v.ontado. E a~ima de t0do o . outros trabalhos, o trabalho mtdlcc>t1rnl; pme com a ma. 1 or pnrtc dos trab: lhofl m: 1 :i"8 ró<)e exiBti uon Yagabundagem d~ pec_ ~meuto qu:i · compk-– ta. O trabnlho ªº esprnt ,· pelo eontrn.rio, ll· ppõa ao mesmo tern1 1 n a ()b1:1r\i1mda- do corpo de R1guma Rort.e ve~daclR poh1 ntteu:çoo, pela , • .srorosn discipliM dO!l peo.i,ameDto!t o dos ~ tim o.tos. . Si est.e ~ di0t'ãtori11l nllo ~ ooguido p · f:ul\gn de ntn alY.11:iduoo ab.."Qh1\o d() si in lIIG,.
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