Diário Official 1894 - Janeiro

60 Se:eta-feira. I 2 Grupos havia que separavam-se da massa {;eral da 0 populaçã.o in_dio-cna por uma civilisa– ç ão milhares de ann~s. ~dian tada; assim ao passo que c~rtJS nações Jaziam cm um atraso cquinu<•nte : primeiras idadés arch eologicas outras i am ente ta r com alguns- poYos da A in comtempnrn.Ilf•a; por consequencia. eram relati– va.me -nt e a c:,lla superior \1S, attentas as condições de i olamento ah. oluto em que aquelles- h omens e tavam para com o umndo ci vilisa<lo. - P ara melhor fa zer comprehender esse atraso, pedi-rei auxílios á. archeologia , tomarei dellá por empreitiruo a classi fi cação qhe ella faz das cdade do hom!'lm primitirn. Distanciando e a sciencia moderna da ma– neira por que os antigos contavam 11s idades da historia do !l:encro-'bumano, vi to -que, doante dos irrcfraQ'a,,•i documentos que a paleonto– lo~a, a anatomia comparada, etc. teem forne– cido á ant.hropologia, não pôde ella mais aclmit– t~r ser o h omem -uma creatura degenerada , e i;1ru um ff,t~ que vem das tre\'as e vac para. luz, vem do animal das infin1as eAp_ecies e vae 11ara o anjo, como admitte F iguier (1), vem 'do zoophyto, como quer Darwin (2), vem de mais baixo com() opina Haer.kel (3), e vae par a os mundos supu riores, para e es grandes a..tros, que refuli('m obre nos.~as cabeças, como a 3!.tronorni.a demon tríl a possibilidade, como a revelação espicitica diz ter a certeza acceita . l .J h l , tres 1 v.CS are eo O"'icas- a de pedra (s11b- tpvi~id~ em P"1e<JlithiC(I, ou da pedra b;nta e a fü:Oli thlccr ou da pedra polida), a de bronze e a de forro. · -ll '\ prim.,fra idade, ou a id11.de de pedra, foi a~;;;im ch amada, porqu e está demongtrado que em toda . ua immenaa duração o h omem aio<la no_ esta.rio de seh,agem , Í,ó tinha po; :irm -u; e rn~trumento de trabalho· pedras por ólle cor~'\d~~• e preJJaradas, differindo pouco qu~ n•Ji;> a form a geral e ao emprego, mu ito ma1_s, poróm qnnnto {~ m~teria e perfeição, ')_ue Yá1•ia v:i1m conforme º" pa1zes e o tempos. A 1rln.de rle l,ronze que no COlllt:'(,lO confuu– de-a<> ?ºn' a da pedra polida ( noolithica) é ca– Il!Ci m•mda pela apparição de e metal , e pelo cmpr<•go •1ue o ho.mem delle onbe fazer, no fabrico de Ema arma~, ue suas ferra~cnta e de uma ;:rra nde po~ç~~ de outros ol>jectos. E sta idade ? ª c:1v1hsação h nmanà, apre.sen– tada 1111 • mcr1c.,•a_e _na H C'lpanha por uma ida– de df: cobrP,~ relativamente recente, pois que, se,,,o-undrJ o melhort!s- testemu nhos, teria sido Jeva~a a ~ m:opa pelas p?-imeiras invasões arya– DllS, 1~to o. vmte ou vinte e dom, scculos antes .,..da 11n. • 1\ éra. S lla duraço.o foi tambem relativa– mente r urtn, .N. ,'rl,,,le dr, f e:-n ·I), finalmente, s uoce<leu á p rO<lC'~_mt.e eiu uma época pouco afustad~. DUIB impo. ':,n~l ele fi xa r. Nrw foi sin!io a partir d ""ª •poc:i que o homem pôde eaminha.r a P1'·. "' ~ar~" 1,ara, u ma oivili açrt0 cada ve-z m !ll . 11d111ntada.,1 (4) Ainrla . <1µ e _tenha ác1enn~ de estucJnr um r. U" li n1!l_ d1 •1rlamento o habiws de algumas tn ,uR nl111r1).:.~'ªq· n;lo IDC_POHSO e. rpü'l'ar 1~0 de– . .t _ 1le a1,_n · ~11tar aqm alg umas linha. e,u aprno de _m,oha. a erçõe.'l, Que d1ffercnçn. enorme o/lo ha, por CXf'tnplo, eotre OS ÂlfTTl:Jrés, povo~ nomad011, troglo<lytmi; <fll!I01º os c1rcum tanc1as os füvorccit\m, ou -doron odo pelo ch!l& ou sobre a~ aryorcs, andan- ~ ... , J • _, 1 (l) f,e ,etzat!'f//Pztl ne <(l 1/IQrf. (i) De la de.rcmda,zce_d,- r /ro,n,,u_ ..( t-} DU!JlODt- -TM,m e de l"hlo/uti·.,,~ en Alk- 'Jfl~ · . ,_ . L' . .• I,'' J. ,,. ( 4 ) Rio"'cc,..._ ~ au,, z.-,me".,.. ~ t,,o 11 r,,,c Tomo 1-15 de -s~tembro, 1819. DIARIO OFFICIAL do completamente n.iis, homen e mulhcre , u~ ndo por todo enfeite de um grosso botoque de osso ou madeira encravado n,o beiço infe– rior e uo lobulo da orelha, e os Q1Lirand tts, que. ainda que nomades, edificavam ran– chos para abrigarem-se das in mperies en– feitavam-se de pennas, e sabiam fabricar , além do arco, tridentes de ponta de ped ra e laços com bolas de pech a pnlida , iguat s aos que ainda são usados nos P;'\mpas do. Sul ? E que distancia entre.estes e os Paliés, qne até sabiam técer,.grosseira tunica ou ópa com que occultavam a nudez. , E ainda entre estes e alguns dos Peoux ron , gcs de Cooper , os qua.es muito mais adian tados, esculpiam em baixo relevo· obj ectos de eu uso ? Emre estes e os Gasp esios, ·que trnbam co– nbecimentes astronomicos ? E ai_nda mais entre os G1w;pesios e os l 11cas q~e possuiam templrni, cujas parecws interiores eram forradas de lamin as d11 ouro ? E no entanto nem os Ayniorés eram os mais eelvagens nem os Pernenses os mais adian tados. Abaix-0 d'aquclles havia os habitantl da Terra do F ogo, acima dos segundus os ,Asteqnes. - P or isso, confrontando os habitos primitivos americanos com o das époc?s prehistt ricas, pa– receu -me que · não era mm a\·enturosa, · como talvez a muitos pud!'SSe parecer, a . propo. ição acima mencionada das düta ncias millenarias, em que os diversos gníos de civi lisacão os col– locaram. Longe iria, si tef\tasse relacionar o uomes das innumeras na ções indi!!;eua ·; teria trabalho insano; encheria muitas folhas de papel; e quan– do jtrlgassc ter ch egado ao fi m da tarefo, cn– cont.raria grande numcrQ de lacu~as, incorre• cções, repeti ções- o tempo espei:clic;ado. Quando se lembrarem que só o Brazil eon- / tava mais de cem nações, poi. . em gra nde par t<l nnmadrR, muitas vezes a cabilda qtte levantava o ·acampamento de um ponto parn outro, quer em busca da al imeuta~llo de \'ast.ada por elles no sitio aba ndonado, quer por d,isl <'DAÕ<'.S com a eabi!da visinha, era jul~ a.da como tormando ou– tra nação; que só no anti~o reino 'de Q1tito ha– via. mais de duzenta e cinco n!lc;õe. ; di; I. th.rno de P anamá á, Nova Bretánba não menor nu– Illf!ro, e assim por denote, dar me-haó razão de minha ab t enção. • A c:ceitando com pequenas modifi c.-, çõ .. o_ plan-0 .do erudito athnologo fran cez Alfredo Mauriy, elas ifico a população iodigena da Ame– rica em oito grnndes familias : a dns ff;skimáos, a dos p eaux-ronges, elos CalifurneOA, a r.1Pi.--ica– n 1, a BrazHío Guarany, a P arupeana, a A udo– peruviana e a Araucanca . P artindo d'el!a~, bu caodo e~tu1for com at– t.a nçao mais det ida o typo primordial do cada nm dcs es grupos e suas subdiviHÕtl , a lioiru , os costume e as ·Feligiõet,, ta lVO'l pos,m menos difficilmente c:hegar ao meu dr-h·i,le1•utw t1 . ( E .r.t,'.) / ----·-NOTICIARIO CAIXA JiJCONOMIOA "QIA 11 DE .tANmltO Entra.das (22) ................. .. R etirad11s (14). . ...... ... ... . . . Deficit.•.. .....•......... Il :356,. 0Q0 49:030$51)9 3'7:67 -1$559 1 Arevolta T E L' EG R AM lvIA'S Foram publicados em varias edições do «Dia– rio O fficiaJ» da Capital F ederal os seguinte~ despachos telegraphicos : Ao Sr. V ice- Presidente da R epublica : T ~ER.EZIN A, l 3~Acabo do mat dar distri– bnir em boletins o telegramma do ministro do. interior, commmú cand -me a nova ,.atti tude ns• sumida pelo contra-almirante Saldanha dà Gama contra as instituições republicanas. Abalada por constantes pronunciamento~, a R ~pu~lica só se ~onsolidará com 0- emprego de ru edi da salvador as que restabele9am a confian ça· de to – das as classes rnoiaes, ca ti...,ando severamente todos os traidores, nã'l recnanúo doa nte de sa– crifi cio. algum, S6 assim con_.<;cguiremo levar ao seio da familia brazileira a paz e o socego de qnc tanto carecemos...SeQ!,pre ª? ·lad~ d? vosso. patriotico governo, nrto pouparei , acr1 fi c10s para au xiliar -vos n'esse noJ>re commeht1mepto:' Aq ui tudo em paz.-Saudações.- Uoriola111c, ele Carvallw, _governador. , BAH IA, 13-Manif~ to Salrianha, ap~t:llando pam o paiz sobre fórrna de governo, 113:1porta declai-ação de hostilidade :ís iuf<titui ções repu– blicanas e inequivocos intuito~ de 1·estaura9il?– P odeis cóntar com o meu apo10 franco e deci– dido na defesa da Republica, tendo a. maxima confiança que a Bahia honra?"{~ suas . tn1~ icções n'esta arave emeraencia, defendendo igual mente o govei110 c:cnatit;cionnl contra os inimigo~ da patrra r epnblicana.- Saúdo-vo .- R odrtfftte. IÁma, governador. B~RIA, l 3- 1\Ianife to Saldanha, susten– tando appello á. nação pata d.e ·idir sobre a e - colha da fórma de go\'Cruc, é evidente ·ataqne- ás inst-ituiçüca republica.nas, duvi da ndo que te– nha o apoio nacional P- preparanclo com a so• phl1mrn do plebiscito. tcnt:.11iva ~e restnu r~çAo- A commissiLo executiva <lo parhdo -:i·epubhcano, fed eralista, em nome do rne.smo partido, protes- ta :'.t Constituiçi.10 e ~ vcrno legal to·la S\11\ le– aldade e dediCllção 1 a se~urando fin nesa de con– vicções rep~blicanas e fazendo ardentes votos pela victoria clã ordem constitucioaal 1 que 6 d?s– interesses da hqnr a da nação.- llfa nocl Ytc· ' torinb- A 1·thitr R c-is- e:vc-1·ino l7iâr<r– ~1r(5tirlP.s Çalvá.o-José-.Al lwceltino. CASA B 1~ANCA, 13- 0 povo da Cn a Bran· ca reunido na praça. da Republica, pTotesta • en~r<ricamente com 11 pah.1vra e r.om as armas cont~a o m oife.qt -0 SaldPllh ,1.., (fama, que te~ó a iafel iz -idéa de arvorar bandt:ir.. da mouarc~ia em terras da America, em frente do !lªV 1 ? 8 rouf;lados á miiião, e declara incnndiciooal apoi_o {L forma r pu blicana reprt::.u .1tada pela C_oostl– tui9-:to e seu heroico d_efonsor Flori!} no P e1x.oto: - Dircctorio R epublicano. B-i,~f,&N, 13-Saudo-vos. Em todo o estado reina completa traoquilliJacle. O povo do -Amazona~, confiado no vo~ o-– acryso1ado patrioti./lmo, e8pera aociosQ _que sal• va eis as institniçõcs e a honra da patr1a. ~om_o $oubestes com a vossa gloriosa espada rc1vu~d~– car os r,rios a.a naçilo, nos campos elos ~lll- migOlt. EcJ .Manáoa, 1O de dezembro de 1893.-- uar- do Ribeiro; goso:ernador. BK.LllM 14-0 brado c.rimi.no, o e in ansa.to de re& t.aa~ 9l!.o mona.rchLea-, er~uido pclo co,u– tra: almirante SAlU:a.uha da Gama naQ n:. de · J

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