Diário Official 1894 - Janeiro
• - Documentos para a historia Carta, rfü ·igiila pelo ~ -. Saldanli a da Gaina ao.~ comtmalr.da ·nles e ojficiaes dos <.,orpos .da gnarnújifo da, -Ca1.1ila1 Feder al. <el~.io de J aut>iro, !) de Dezembro de 1893.– &K.roR. e pre, ados camar-u:las HS. coronel-com– eia ntlan~ do ~iº batalhil.o de infaoteria, seu digno fiscal e aeus dignos offi ciac-~.-Official da armada, mer~ i em fine de 1891 a mais deliCdfa, a maia eleva<la rlae distincções-a de Stir um d os dep11. itarios de \I ID documente, al~11ucnte patri,it ico, firm:ido por todo . os offi ciae..-, da arma 'de. in fan t."ri2, 1Jenin:l0 uo.s cor pos d:l- gu:rrnt'çno d•('t-ta. ca pital. . · O valor iPt rineeco d' te documento, a co,n– ~ -n ;I\ q ue do . eu <kpoEi.to em--minh llll màos sc i nfere, eis o r1ue me auctorisa a VOil <lirici.r 08' tai; linh as. - e P resados cama:raàaa !::....à_ r,hamada revolu– . 910 de 15 d e .Novembrv de 18 '9 produziu sc>us , rrev itaveis corolarios. H a quatro annos ri,-e p Brllzil cm oomtnnie ~ socego e "º!) a preAAl\o de lut-uo~"Os nconte– c1mcntos. Ilc~je a lut:i. a)?gravou ,;~ e o sangue oon:e com abn ndaD<:i:i n'('!;ta e-apitai, · assiD'I ce rno em muito~ out?os ponu,._ do pniz. E a <rieni cabe a l'<'Spon.,.'11.,iliJadu de tudo i ,t-0 ? A ,.. l.)S militanis de t.cna e mar , sem du vida que enea~eçamo., ou aeompanbamo:-;, 0u t-m suwma qu~. ~o eomhat,•ru o8 o e;;bomnment,o, dn que eJttetrn , constituindo s fürmui a oova.nfl. hi, toria de um governo proviH01io montado pt:lo exercito e pela. armada üm nom,! ila nai;-!lo. o~ /!t"J.Ves acon tecimf'ntos qÍ.1e u~m agitado fl oont.u1U:,m a a~i ar o 1;0,;~o pniz pru,·am á evi– •ooci~ que é tem~ <fo rvr termo a Ulll estade ~ coISai;, que IIOS UPM3úr1'.dita aos ,.Jbos do •~.m·do' civili~ado- e atz uphi:i nOAAas forças vit:ws. ~ is o que expliea a attitudo, ~uo 11CTeditp dc:~r a.•sumir no prc~ ntc momento hi;.torico, attit.ude pam a qual não pouco con00r reu o pro– cedt,~r do proprio go·wmo para commi/?O. W •inscnsato :mribuir oh EJmprffitar 6. presen– te_ luta o caracter de urua luta de claeaes. A IRMBrua revolta da ormalla nfio repl'esenta senfio tnbo fact or na a~itaç/\o revoluci,loaria, qli\ · av11nça da pcriphcria pm·a contro,. O q_nc está, em jogo s.'lo o nossos fórÓs de ~ vo livre e <;ivilisado. P or m11 is illustuda.R que IK'Jfim ns nlai;aes ruilit,ar.:>. do ljUalriu,•r paiz e · àovado o seu efl'eclivo uumerico, nao está na E!&_"!e~ria do seu papd a dir ec9ll0 política dos d.uit1uoo da P atria. A crooito poder-mo c,.·rn:ai<lerar ccinlO o _offi cial ~ armada pP. soalmeo~ m:iie Yeh1cionado com ~ nossns r11.marnda!'I ~ P.J r•rcito- <lc terra. P ortanto, o ser fim;:~ :i cruzar nrmM com .• b, con!ltitne na1unhucnte para n:wm a ruais primin do claramente O!'! vo o intuitos, deixou comtudo pairar cm nosso espirit . s6riaR appre– hensões. Diz v. cxc. que possuo um hon roso-doeumeo– to firmado pelos offi ciaes ela arma de infantcria , d'esta guarnição: :B~e documento, sr. almirante, quo vos foi entregue por uma commissilo de offi ciac>.s d 'essa. arma, fo i publicado a 18 d€ Dezembro de 189 1, poi:·todoR os jornaea d'esta capital e pr ocurava unicamente destruir boatos attcntatori~ da es– tabilidade da R epublica F ederativa e não nos parece adaptavcl ás vos,-as actuacs intenções depois do vo · o m.iuife. to ultimamente publi- cado. • Dr-.1 aind,1 v. exc. q11e h a quatro annos o paiz vin : em constantes agitaçõ,i. , oriu d.i1:1 duiil fac– tos polí ticos que se têm dc,;enc <lo:: do, depois de 15 de Novembro de 1 3fl. Ji}ffectivm1ente, a nc,ssa· Pntria tem ea.ssado por desagradaveie1 provat,:õri>, nns ult imos tetn pos, di::vi<lo talvez ÍI má comprehcnsào ·de deve: res, de alguns dos nossos compatriotas. P ensamos com v. exc. , no papel r1wi pabe re • presenta r ao exercito, em uma sociedáde qual– q uer, e na i,u a att,itudc complet;imente extra– nha aoA as~umpto:,; que dizurn rP. peito á politica: Q11anto a cruzar os armas, Eerá. muil) penol!O tambem para nó~,mas, sem t repidar , o farerµos, dL'sde que ai;sim eejn preciso, para a <'onscn ·a • çlio da noss,i enr,1 }{ ·publica. · . E' esta a nossa opinião e, corno soldado!! da R epublica j amais d'ella nos afastaremoR. Saude e fraternidade.-Coronel B ento Thomaz Gorr– çalves..:....:Maj or :Pedro de Alcantara F'unseca. - Capitão An tonio Caetano <la Sil va. Junibr. -Capitno Crodeµ-:i ndo Moreira,-Capitilo A n- tonin J ulio Ra rho~a da F onseca.-Dr. Victori– no Arthur P ePeicn, cnpitão,medico.- Tenente Bento J ose de Sá e Fi~uciredo J t(uior.- Te– ncn te José Ant-0nio, lJourndo......:AJforcs . J osé P!!dro de Bivar P ereir:i da Cunha.- Alferl;!.'i P raxcdes Aug usto' d'A aujo e Silvu.--.A.lfercg J osé Evaogd ista Almeida J nnior.-AlferP.8 Aristobolo UomP.i Carmon.- Teocnto Carlos Size ando Rino.» *** Rnproduzimos aq<ii o documentQ 11, que se r e, fere o H . Saldanha e que foi püblicado em De– zembro de 1891 : «No intuito de desfazer os boatos que infe– lizmente circulam de re~tauração, para a qual contam com a força de infant<>rih, a officialidade do" I.°, 7 .º, 10. 0 , 22.º 23.q e . A.º batalhõt)ll de infan teria, reunida, re olve prostestar contra taes especulações por iBSO que foi é ·u será: pela Ucp·.1blica Federativa; e declara que taes boatos só podem partir ele especuladores, q ue buscam tir~r vantagens <lo l'Stado anarchieo em que in– fehzmoute parece percorrar as e.amndas llOCiaes. 1tcerl>a das continge»ebs. Entretanto affirma. mai.-3 uma ,·ez que, eat.e, ou outro go\'erno qualqner poderá contar com a sua soli<lariedude para a manulenç!lo da ordem o susteut!}culo da R epublica. Capital F ederal: l 7 de Dezembro do 1891.>> O que V0/3 pre:!Ío afií .,.mar 6 que nenhuma amt,\íi~ pt•rturba o m€'tl e,pi rit.o, assim como q\'le ~ e'nhum rancor , uar·la.rei da Juta, quaes– <fn er Qt:it:\ vt nham a licr snllf1- i\Ons.:xiueneins e ' li!!t, l'\.'llultado finlll. *** _A.cre<litae,me 1wmpr" ~rn verdi dcira sym- 1 ,. 1 ~ath ia 6 estima, TO!lll(I ,-:imnra,la atteoto e ~ra• I E 1.'! ,.como _rCb'JlOndera.m ~ briw ~ 01.>mman– ~mo--Lm'.z' }r'fii,pJ>"! J ,. Su. /d.anl,,a da Gama. ckntt",s e offi ciaea d 1) zn• de 11,1fa nterm: 1r8 r. redactor d' O P ai,r- R o_gamo:<• ·os a. pu- :l\l~1:wo. 't'A.~ li d 1· l b · cnçao elltas m ias: «Quortd do 22° b ~!h n df' iofonwria. 13 de. l!iej.<ltnbro de l 8!lêJ.- L · m. sr. cootra-~lmi, nmte Luiis Ft1lip'pe ~ -~..ildanha da Gama.– .A~b1m1nR de ret:Pl'><>r a·Mrta que· v. ekr. MS ~irigi:.1 1 datada de H tll) eiJrr,.1tt<>, que~ na.o ex- Sr. L uiz Felippe de Suldn·oha da Gama-R e– eebcmoa a sua carta.• no podendo r espondel-a eom l!cgt.1ral)~a pelo correio, o nuo nos parecen– do que haj a reRerm no o~ umpto nella t ratado a fnzemos pol' este meio o do modo segu inte : ' O Renhor afi nal rc'l'elou e monarchista e diz. bater- e pc:h restaurnção; nó , por 110<.:so lado, al~ro de militares, i-tomos repnblicaoos, e por– isso com dupla razúo no~ ndiamo cm campo opposto ao seu. Niio dern poi~ haver constran– gimento na luta por VÓI:! provocada. P ara mais esclarecimentos subscrevemo, tambem com satiefac/ lo a ca rta dos nos. os ca– maradas do 22º batalh ão.. de iu fa nteri n, pois_ que com ellea estamos em plena un idade de vistas. Hio, 14 de Dezembro de 1893. Coronel Antonio ~foreira Ct>za1·. Maj or Emygdio D. fü rreto (ansentc) . Capitão , Au~usto F}cdorico Caldw.:U d(} Couto. Capitão Franci. co Fbry da Cru z. Capitão J usú Leoncio do Lima. Capi tão Diogo .:\ntonio B.Lhia. Capit:.10 Messias Ludgcro do Olir eira Valla - dâ() (aui;entc). . T enente P tidro Alexandrino Bic:110 e. T .:nente Arminio Pereira. T enente Al berto Leopold0 de Azevedo· A lieres Alfredo F erreira Piquet. A lfcreR Mariano J nsé P,:r: ira de Carvalho. A lfere.-, ,Jori0 <le Abreu Canidho C,mtreiras. Al fures Pedro On valcn nt.i. Al for('s Tito Gonrndo Nícrneyer. Al fe res J(,àO J ayrn e P. da Silveira. Alfe res ,João Ale.x.amlrc B ai;t,is. Alferes Antonio 'n o lri_gu <'S de Albuquerque. AlfereR Rnéas Leoc:recio A h' es. Alferes J oaguim F. S ouza Anurnclc. Alferes Manoel Bd lerophontc de L in.Ja. Tenente Antonio A ug u,:;to da Cunha, * * * Ao mesmo sr. co°;;f;ra,almirantc Sai<lanba dit Gam:i offerccerno.;; co1po repulsa :i carta -circular di;igida aos cC1rpos da ~uarniyão, a, seguin tci; delibera,; ões do 9. 0 regimento <le carnllaria: «No din 13 do cqrrente mez, ó.s 10 horas da noite, o commandantc do 9. 0 re~mento de ca– vallaria dcterminr,µ q ue se r euni~sem na CIIS.'l. da ordem os offi ciaes do moouw corpo e apre– Aentou lhes uma cnta do sr. Luiz Fdippe d Saldanha. da Gama, m que este senhor convi – dava-os a adherirem á revolta por elle levanta - da contra o governo legal. ··· F icou resolvido um proc(:dimeoto fuo damon-– tado do seguint e modo: Os offi ciaes do D.º regimento de ca, 1ularia considerando: l 1 .º, que n!lo podêtn reconhecer, de modo algum, competenc:ia no ~r. Suldan ha para diri– gir qualquer reivindica9ão popular, bastanuo lembrar que elle apresenta-se com a inqualifi ' cavei prctençn.o do defender a librr<lade do povo brnziléiro, que o ~ csDlQac~hor quiz calcar. aos pés, em pas ado muno prox1mo; 2°, que o fundamento 11prescntado para a ac– tnal r evolta nâO tem valor , visto que o militar que está. íÍ tc-.sta do govcrao deve ser cm \,)reve le"almente substit uído na presidencia e só uma d~ medida awbi çoo póde explicar uma BL>di900 o,ndc as idéas silo oppostas 1 onde todoi; qnP.tOI.Jl. ser chefes e onde ni ngnem ec otende; 3°, que uma re11posta dad!l ao appeHo do si·. Saldan ha seria-uma attonçoo qu~ deprimir -nos– h ia, prJi!! tal :ippelfo póde p;irect:r, uma singular 'imposição, visto que RÓ füi feito depois que o. mesmo. senhoi: ooRbostilisou e ao povo, matando homens, mulheres e crianças; 4º, que a pretendida consulta a fazer ?º povo– ó mais um meio de enganai-o de m.odo 10ha'bil, pois que eBAA consulta deverá ser feita por a<pel– les mCAmos qu(' plnntamm no B,r11zil a mal, p!o• 1 - 1 •
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