Diário Official 1894 - Janeiro

r ~ i; t~ rt:1-f.~ira, 31 DIARIO OFFICIAL -•h ~ ~- ~ i?HH S I AM:4_..,:&72 .l erh -;. ..r a'· 0 iY.t•b pdn eruprei!o combina o J,y; ' :n1~nwn ta r o capital de explor,1ç-ãn. nlém do~ \•;;t rume:i ,,,:.::, t.H·~ e J os adubM chi111ico: . E, meue re<;ur ·o;:; at"tua.,~. 1;nn 4 truir euifi cios, :ilar- 1:oruo <'Dl tc,da, a. cou:::a se falh, tauto melhor gar o domínio ela cult ura intensi\ 0 11, con tituir tle 1:m:\ :it 11,1çf111 qna nto mais db nus é pco:sn::l, utll e tarlo de cou 0 as que c~taria muito 2cima 1 citar,·i H qu•~ me (, peculiar nas minhas cultura;,, da sit u aç-r1u ~<>rnl do paiz. O., regcncradorc., d e de CcT\'ª Y· Clll plena ::,oingnc. paizes ~t razado;; sabem isto. 'l'eem por priaci- Ri.s uma terra de l)()l) h ectare;,. No com€'ço da pio não immobili, ar muito os ca.pitaies nu s<,lo, ex plorac;ão não ha nem p:ilbas n<'m forraf;en,;: afi m d e que, no caso Ul! uma liq uida ,;ão in,prc– ª" U'rras eFtáo exh aw,t:.1 ·, não ha cuifkio~ !oinão vista, a terra não rL·presenta um \•alor fi xo ou pnr a u ru pt>q ucn,, uum,;ro de cabeça« d e ;::udo e de renda q ue · os comp radores ou rend eiros não peq ueno.· Cl•lhc·ita~. Que se deverá, fa zer ? P ro- pod eriam ter em verda,lcira conta. d u:tir n111itJ,.; forra~cn,- para fazer muito c~tru- Por mais <1ue fa c;a mu cultiva dor isolado, o me? -'l uito b<'m. , ias é i~~o uma operaç:t0 que p reç o da terra do paiz d:La lei em rnateria ele tlcmanda lon~o f< l•'g:o, e a p roceder somente preço d e , enda e de arrcnilatnPnto. E lev,1r-se pelo t,, trunlf'. s,·rün prcc·i~os anuo~, e a.a noi-adian - muito acima d'esta taxa rc/:!uladora , ó arriRcar– tamPutoiJ ,, ruai;; arli:rntarucntos, pa ra ap plic.ar a .,e á l iqu idar com perda uma emprcza de cul– fom o~a formula : umJ. caheç:a df' gr osso g:ido tu ra mol'horadora. Todo o ~cgredo de pcr.-i,· t.cn por h ce;tare !<~' i~t,) pa ra dcirn nimar, meerno eia ela agricu ltura de colh eitas médias est(L tratan,lo-se d<'\ nru,1 c:ultnra maÍ.'l ou menos n'isso. Nos o aize. de terras de baixo preço é ex tensiva. i~to (,, de uma cuh.ura. ruais ou prudente nfLO i ntru<l uzir ,1 .cultura d e grandes rnen us pa~toril, com arborisa'ii\o dos peiorc.~ rendimentos senã 1 nr,s melh ores terrenos, rcgu– ten ,:nn;:. !ando 0 prop;res,:o iutt-ri or pelo progresso geral fli-~P j(t co"lo prr,ced i f'm makria de i;yste-1 do p~iz. Deixcru ns :111s ef pirito.-, ab;:olutos e ao ma ,J,, cultur·1 eiu Cerçay. F oi dividido o terre- refo rmHd01·es i □ c, nn plcto:i o lanl•·1rcm-~e na~ □_o 1•m r1:1·,trn r.st~ . · rultura ~orc;,ta_i rle e en- r ~;c;iuc:l da p hanta~ia. \. cc?nomia ral: scicu– cia, rc-inns••~ nas terra m::n,; arenosa.; cul- eia d ~ calculo e de h~. r mom,1, nil.o : ·ceita tues tura inrPn.-i;-a n·•A melhores ter ras de plani- d esva rio~. C'C: f',,,•:i:~• "~ ua• t,•1-r.i · meui~nas q_uc, maia -'.\ s ter rns dP. baix,, pr1·:;o t-ccm n:I ca racter '.'u 111<_ n..,- Lr~n·. '-Ctil.o i,ubmctu das a cultura airr:wola 4 ue lh es 6 1•r ,pno, 6 o de e prestarem mt 1 ·11~1\·a. a nma cultura que 1,ouco tom a ex i~ir a u m -~rr~ra qu~-r,·ri L C'rcar uma qu arta divisão sólo apenas OD<éradn c,,m nma di mi nu ta renda e 1 1nc_ ti 1·cs. e um c:ar,ictcr e~senC'ialmcnte ex- q ue por is:;o ni\u ugradava wuito af' colhei– }Jerim, nt·J. .\!(,m. em tcrra5 de brn vadas ha tas. 1 O annr,s. at,111 lo?adas d<>poi de terem d~Jo S uppondo uurn terra de mo fran cos de ren– d~. 0 e~• tr"~ <·- 1 }h,·1tns alt, rnadlli- com .pouHOs, ,]a p,ir hecta rP, ella afio dar:~ lucros sinfto com ri• mtrnrl, 17 1,l~ 11nn c:11ltura exclus1vameo- arand · colht'itu . tP b·1,,.. ,c1,1 " t. d 0 L. . · · · ' nurc ?s . c;;trumes v:r :8 e SO· Suppoodo ao co nt rario uma te rra de 12 _r; '~ ~dnhc R 1:h1m1cos, o que 1gn1fi e:, um:i fra ncos de ren,J.i , é evidente que podereis 1.:ul t 11 r:1 Ftalll !'!ICl'Ullle, nrua cultura ~em g_ado de fa zer o ,;eu ,,,.an '<'Íu pM mrio dos ul\fU •·i, n e ~, \1~tlt·1 - . ~ ,..... · "'" \." , J," · . ele culturas tle P<'•iu 11as <"olh c1tas. ,~, a11m 1,ouco mais ou menos a formulo. : E ' p re\!Íso, po1,. •·rn '""umpto J c sysu•ma 1 · ann,,, al•1uch·c \·eruc com entcr r:tmMto cultural , ter em g:rancle conta a que,tàu dos <~ 0 . _s:irraccno, ,indo soh o pho~phato dt' cal adiantamen tos e o rm•ço da terra, o c1ual 6 a fo ,,'- 1 :l d . ', resu taute r e to a.~ ·1,-; c-irc:utnotancius loc:aes. :!? auno, nrlub,, c:hiwic:o e tri"o d cpoiFi n,· P o;-;to uto, v11lt,i aos e. t rumb Vl'l!:ctaes, e, IIH•~t ·ira de tn.?vo l!ncurn:ttlo soL;~ 'o rnstuiltr,, para bem prvc:i:;,1r ;1,; cmndiç-õe>:1 na11 <1uaes elle. <·m Jull11r podem, binão sub,t itu ir o estrume de curral :{? ani:o. entr·rr imt•nto do trevo enc.'lruado l C'Om tuda:i as, llJ8 Yantage n,,, ao mcno v ir po– <lu iuaio, 1wni1•ntari:1 de sarraceno ou de dcrosamPntc om auxi. 1 i11 da obra de fo rtilisa <·fLO mn.,tar<la no c"t io. ~<,lll,mturia de ccre'.\l 110 do ,;úlo, pr <'curü prnn iro que tudo apoiar-'me Outono: na lei •n·ral c1uc a 111·n ver rerre o emprecto l o . . . r> ' J b n . · :rnno. tn~o " i;cmentmra dr treqo ord10a- dcAt~>s t:~trmnc,, 110 ll:1 ]<rinitl\'er:1; P óde- ... diz,·r <1ue. oo ertado actual ela. ª"'ri- "" e , C"'I ,) ! unno, pri,rH irn c1,rtü Jo trcYo, applica~ão cultura, é por ext.:,•p,;,11, q 1rn as muteriaR ve;re• J;,.ne iro- 1 S94 -"•"""'"""-"''""'""""•;.:e~~- ~ ~~ os prcciuctos a~ri coln fo, em C<'n umirlo.. uc proprio local e re tituidos em curto pn1 11. Ora, Lto não acoutcce a ·, im, i.-;to não púde ser, e i ·to basta para ri ue OR esrrum r · Vt.!~etaes B<'j am e ·trumcs exccpcion:ic., C=-trumcs <1ue nfio podem adquirir impor ta ucia sinão uo · p:iizcs µri vados de commercic agrícola , on cm pai:r.e. pro•:i,los de certas plauL:,s ús qu:H:B i não pode• ria dar outro dP. tino mai. ntil. J Íla(tt mo tuda vill qu e se r.rnpregam tambcm nas ci ~ltur.ts muito intensivas, mas súm,•ote quando provém de cu]– tur:is intercallarcs que occu pam o olo por mui• to pouco tempo para tomarem o lo~ar d e uma cuh ura princi pa l. Assim, nada de equivoro. H a quanto no prv sente , situações b,L~tante n uru •rusn. cm q ue o. estrume1, vegeta •s podem. ' reio, cn ir de meio de progres.•üo cm u rn,i em prc•l a q ue, por divor· i,os motivos, não estõ:j a em cir ·um, tancias de de envolver a culturn d.is f'orra~c•n con~umidas pdo gado. P óde-sc, comt udo. entáo recorrcT aoll cereaes ie g ra ndes rentlimentt>s . Resta , er si é preciso n'c se ca~o recorrt!r cxclu ivamcntc aos adubos chimieo , ou ~i não m ie U1ai:,: 1 p:ira ac· cumuh r a materia organic:.1 no ;:olo, eruprcg<.ir simultn n,~amente ou unt.eH alt crnati vt1meute O! e trumes ve,.:;et:ll's e o adubos chiruicoH. Sem uacla pr"j udica r a cultu ra <le eolb itu~ continuas e de gramlc.,; rendimento pelos ndu· bo::1 ch imicos, parece m_i qu.:i e poderia apro· veitar todas a::1 maLeria: filrtili,; llltC ·, de bom quilate, qm. o co1n111 ercio enll'C/?a >Lag ricultura , para .ap plicar dir1•cta n1e11tc esta matcri us (L pro• d ucção dos e.,trumus ver•JeH. .N ão h 1.1 nºisto _u10fl ín ven<;M nova. Os cs-Lr umeH r erd.:~ S:lo conhe– cido <lc.~J c a rnais rcmotu au ti~uid::ide. '\ ímen– tc h a de bom hoj e •1ne, pt•los e t rumcs commer· ciacs, torna-se po~~i vcl obter e:;t rumaçü,·s ver– des mui.to ioton i,·:is e, H mlu a '-'iro , fuz •r uma cult ura , senão ~t•m !!'..ttln. au rn cao,; srm um grande numero d e c:.iL"<;u~. Di rijo 1uc por uw éaminb o diffici l. .:,; ãn dcv ·rilo admirar !" . de me verem tomar todas os prccauçô 'S p'lra prev inir q nalq11er fa lsa in tcr prct:1ç-rt0 dos mi nh:1s id_éas sobre o ut i.1 papel do ~ad11 Ha Nu tudo 1. !~ uma q uc~ t.fw de ru ..,Jidu. :\[ u il 'IS w,.,,,; t,•uho P protestado c:,,utra a furwula m11it<> ubsolnta «,!, uma cabeça de gro.ss( ) g(/(l-> 7l0 ,' hectnru, sendo o · r. ,for"'C Ville ac<:u ado do contrnri(). Eatit formula ti □b a pr..-ceJi1fo os adubos comme1·ciae~ fez a ~ua época c11mo fo rmula geral, e o que üc:1 d e verdadeiro é 'J UC a a!!ricultu ra ciev?, tendo m conta a div,,rsidade rloR eff,·itns uteu, a tibtcr, aproveitar toclas l'IS mnterin. fu rt ilisau· •ln : 11 lubo 1,,1ra I r,1vo,·ar um ;:e•ruu<lo rrl-X'nto tacs, devc•m d ircd:1111vntu voltar ao sôlo, cm ,Jr..,t11,:,J.11 a ~cr c11t rr:1du; "" terem primeiranJ ent,•. foru'!c iclo Ullla parte dos 1 ~! a111111, 1·,·r,•:1I. seu.~ elementos. j:~:, .il imc11tacão do horu e1u e tes que rjam de uw preço ermvcnicotc. E' uma cult ura muito <·omplicndu, mu ito dis• pendi~a , a cultur.;. intousivu com fo rn1~cn~, gado e ccrcac,. ~ ã" prospera i-i11ão C'.nm um ca• pitnl de cxph1·::1ç.àfl d J 800 a 1.000 francos pnt' hectare, e. por pouro que a terra nilo ~ej,1 de uma ce rta fcrtililladc, é prc>ci~o ainda en~ro~sar c,;tc cu pital pN nm ·11'it·1l de melhor rncnlo::, immobiliarios que, des•le lo[;•J. não dão lo!:sur a rccmboL~os annLL'lt·s. J,~m a1g;un9 pa izl'~, o gado alimentado no e,t '·u1o por forngrns artificiaci– proll nz um i:str ume que s(u: ,n,u't,, cw·o. . l•, 1~ poi., u•11 af,,lhamPnto de l'<:is anno,,, no do: animacs, j.í (i ali1unnt;i,;:10 das fub ri1:as de ;i1 1} .n,,.t:-l•.• 1~ is :"rrª: , •rão <lc.o;;tiu:idas , íi~ e•:· 11,~u~ar. d~ foculn . ,:,, bii'. Je matcria1•:; texti;; t)'t ''.ªH eiq,orla,., 1si, 1,01:s que o grão sera veud1- ou t10e;t?n~es. . .' 1 !n ~rar, r partt, 1•m•1uant(J quu a p,lks t-n• O pnnc1pal d .l::!!.Jn,> dal' plantas cnltivadn. ll 1• l n., f'i1l 1 1~ 1 1k cntrurnc:.•, eom <le1,tiu1, {L, 1 est,l a:,c im r,'!.. 1I, lla~ leem cm i rn eema.; Olltr,1>:1 ltTt:Hl. 1 11111a mntc1·ia ulim utar, ou uma matt::ria i □ • <J 1 1ant<1 : outra metade ser.'1 cxclu..::ivnmcuce rlu trinl, que (· o lm 1,•uto e~~encial do fi(m , a • •·cm , • 1 c• ·1 • .. r 1 , , ,ui uma importa('ãu de lor co:11mt• rci.tl , , ,.;o1mc11tc> <lepoi~ d'c1,tn ma ,Hlt1l • . . , . ., . .1 • 11 . ' . . 1 l . 1 , ' «t 1 u11.:,1s ;1 1 r.. ,1 a~·ã<, uo 111 ... ,1u1> t,,rr€'no. te na 1 • t rr 1-LYu t1r:1ua. extra uda, qnr. poJern :.~~~ rd;1r;!1•i, r,•iifl, a,,s rendimentos aunuaes, voltar_ ao ,-,.ílo e n :s1 ituir -l)1c nflO_tuuo O 'l'll! .i l r·:<:1. 11 f • ,. a~ • •rr ~ .-!ctoc>ada de ct>rutca dla tlr11mm, ma,:1 o 1..ic li, mteresse~ de uma I';'•<luia'n <lnphuunntl'. jít para rlla~ mc.'Hllú I ordem superior lb·,_ dPi.x.araw. O'ahi pil)vém J:i 1,.im li:' tcrms cic al, 1ucivc rnrde qu<' ~ lhe..~ l sob a pr' ão d'ri.tcs iuu,rei:; ·ci;, a impo. -ibilidu '. t"ttcm } 1 · ,, • < <?, pam as }> a □ ta!i agr1colas, de asscgnr,i rclll 1 f 11 1 n·u euHt:irú o tnrri<;o constitnidn eu. se I cxcl usi\'a e economica111cntc por ei mesmos O • llll' ,1 _\nr · c,a ·,, '( c.>lcmcnto da sua r upruducçno. ]!,\ 11 h•utcrn 1 ~nte cu. t·1ria muito caro ri St· tr.1- 1 Com effoito, parn <1ue esta reprod11cção do tn se de lln1L1 1<ituac;i10 cm que a8 fort11gtn.:, pu- 1 reino v~etal por ~i HÍ fosse economicamente d ·<!Ili 1>•!r con!-:u\nid:L'I com vruihw·m _pdo I po1-sivcl, seria pr~i,>(1 q ue uma herdad e não ga,;lo. l'i, rr.rn, n:io acont~ce u im, porque, para export.a!-1:iC nem az1 1 ,, oem elemento:; mincrnc.'3 ;.m3m nt ir o gado de Ccr~11y, era-me preriFo tirado:; ao olo, e qu", por conseguintc-, todos }i;• i to bastan te, r~ □H eu, par:t que, attn · buinJo ao ,,ado o lJ:,;ar d0 prirnt•ir,1 ürtlem, que merece a ru"'uit~JB rc peito.s, si nilo procure, nos paizes roais scccos do que h umiclos, caminhar muito depres.c;a para o a~mento do_. gados de qlu1;1.1el. E lita quci!t~o ~e10 a pm_PO"lt o da dou· ttrim dos a dubos c.hitu1(l(lS, e crc10 ftUP nos cu · fouderemo3 todos, si renunciando a certas for– mulas absolutas, admittirwos q ue os preços re · lt1tivos do HOlo do trabalho, dos a<lubo..Q e dO!i product-0s rep;ell1:11~1m um p., pe1 d, ei~ivo nu questão dos 1,yatem,u; de cult ura . ( l~x tr.)

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