Diário Official 1894 - Janeiro

ma neee sidnde para o~ l1omcn de viverem melhor do qu e ,·ivinm. A igreja ca pitulou pe– rante o mu ndo, e, depois de tel' ce<lido uma vez deixou -se levar a rebo<J UO, • O rn uudn fa zia tu<l0 o que lhe ngrarlnva, clci– x:rndo :l i!;-•Tcja o <:ui<latlo de d1: embaraçar-se, como 1111de~se, nas suas cxplic:iH;iirs sobre a si– gaificn <;-iio <la YÍda. O ru undo orga ai~ava n na vida de uma muneirn absol11tameotc contra ria á doutrina tle J 1:sus. e a igr,ja imr:1<in:wa com– promiEsc.~ 1 ·om o fim rll' dcmom,lrar q11c os l10mcn. , iven<lo eo ntrnri amc- nte :L ld <lc ,J esus, vivem <lc al:cordo cnm e ta k i. Dahi rr, ulum por í'im que 9 rnundo poz-sc a vi ver umn exi tencia peior que a cxiAt•' n<:ia <lo pagão e que a I grrja não só j u tificou essn. vidn, ma pro,·ou que é precisamente nclla que eon iste a doutri na de J esus. Mas chego u um tempo em que a verdadeira dout rina de J csus, que se achava nos E nvnnge– lhos, veiu á luz não oh tante a i;~reja que, sen– t indo-se culpada, procurava abafai a (por exem– plo, prohibindo a traducção da Biblia) ; vciu um tempo r•m que e_ta luz penetrou até ao povo por intcrmedio dos ccretarios, me: mo .li vres pensador s rn un<lanrJS, e a fabi<lade da doutrina da igr.. j :L \'1.:iu :í. lu·~ de.rnte dos homens qu e co– meça ram n urndar a. ua autiga exi:<tencia jus– tifi cada pula igr~ja. A iu1 os homens: indcpem1cntcmcntc da igrc,ja, auolir:1 ~1 a c~craYid:10 jubtificatla pela ign·ja, ab\,liram o podt'r dos i111pcradorr.3 e <los papas, e pr<•Ct!dcm agor,. .'t abo li(-ãu <l::i propri e– dade e d,1 ~j ·la do. E a igreja nada tl'isto pro – bibia lll'lll p~de prc,hihir agora . porque a abo– liçflo <l',-- t·1.➔ in i11uidn <lcil e.;t.'1 con tün tic e. ·a mrsma doutrina ch rist,1 que a igrrja préga e tem pre:,a<lo J cpois <le a tl'r fa lsL'ndo. As,im a d,,utriua <la vid:t dos homens emnn• cipou-se dn ign•jã e gn uhou :1 ut0riclade inJepcn• dente tl'ella. -~igreja guardou ap<'nas as SUí\S explica(,'ües, mas cxplic,1~,fo, do que ? Uma ex– plicação 111et,1vhybiea só tem importune-ia quan– do lia. uma doutrina <la Yilla que fic rve para ex• plicai.a. -'l as n igr<'ja não pn·•suc mais <1uc a explica •ão <l e U1na organisn ·,io qnc l' lla ontl''ora :,aaccionara e ciue j :.i nfLOexiste ; nada tem i– não os templo;;, as imagcn~, a vest.cs douradas o as palavrmi. A i,1.n• ja nlimr ntou n luz da rlontrina chri , lfl :i trnvé;; tlc ,l,·:r.nito ~,·,'nln, . e <p1crc11-lo occul– t ul a no~ 8<'11s vc. ,i,Jo~, in<:er,d ion ~e nr~,n lu1.. O mundo, l.,,, u a . ua lli'":1 ni· w ão rn ntitic:nlh JHJla i~•nj:1. r<'P" liu a ,~;~j :L e1;1 nome dc:·sr~ wc~mo., )'l'iur:i1 ,ios llo chri, ti·rni~mo que clla in volunt:1ri:t11H:nto uns !!ll 'trilou . Tudo o (]Ui • vive é in.Jcpcn<lünt,) d:i. i1 rcja. • O podei' ,lo g ,,ta<ln é bn~cado na tmdi ç·ão, na . cienci:i , nc suffrngio popular, na fon;a brutn , 1 em tu<lo o qu,' quizercm, mcno~ na igrejn; as guerras, as rclac;õt:s entre os estados, apoinrn -sc no principio de nacionalidade e de equil íbrio; a sciencia, urw só não su tenta a igreja maP seru ciuerer hostifüw o seu descnvclvimento; a arte, que ouLr'ora ser via a igrej a, ahandon u-a; só o desprezo lhe resta quaudo a igreja nllo üontrn• ria a vida humana , e o adio se a co ntra.ria. Si a, formul o, que nos chamamos igrej a, exi te ainda, é unieameate por~ue os homens reeeinm quebrar o ,•a. o que outr ora coatinha qualquer cousa pracio~a. E' n unica mnul'ira do explicar a exi te ncia ua ao.sa ép0cn do catholir.il mo, da orthodoxia e das differelltcs igrej t1S protestfmte ·. A uoiúo entre a igroja e o mundo j{L não tem razão de ser. A doutrina da igreja com o. seus dog1J1a~, os Rens conci li o~, a sua hierarcbia, cstft induLi– tavclrn◊n tc Iigadc1 :'t doutrina de J esus Chri:,to. Este laço é como que li 1 a mãe a crinnr;a rc– eem-nasci<la; mas a sim e mo 0 cordão un1àical se toro a depois elo m1· ci ento p1:daço de e;:1rne inntil que se enterra e 1 euid,1do e respeito pelo que coo tinh~, n•,im , i 6 rej a ~e tornou um orgão inutil cujo tcmp, assou, mas que <leve– mos c::onscnm· cm qua cr archi vos pelo rcs – pei,to, pelo riuc fo i. Ap~ ,s se estabcle<:eu a rcs– pir.1c;,10 e n circula i;,io do sangue, o la ço r1uo dantes era n fonte dr nutri~ão tornou- e um obstaculo. Soria1u in" )!iatos os r fo rças parn manter e,;se laç·o e f, :i:ar a c:ria11 çm que vê a luz a nutrir ~e pelo r~( d,-IO umLilil'nl e niio pela bocca e pelos puhuõe$ J\l as a criança n'c 11-nascida nf10 vive ainda; a vida Llegcudc <lo ovu laço que se cstnbcle– ee entre cl la e n sur ãe p ira sua alimentação. E ' o qu e dev( 1coutccer no nosso mundo christão. A cloutr 1a de J e. ns deu a luz n. este mundo. A i" rcj uw dos orgf10s da doutrina de J esus, cu~ p ~t o seu rn andnto e tornou-se inutil, um 0b. cuia. O mundo não pódc ser guiado pela iir j a, mas a ei_nancipa ~ão <la tu• tela da Í!!rein ndn não é a V1da. A Y1da come– çará qu~ n<l< mnudo tiver con~cicncia ela F11_a fraqueza e ~ ti r a ncccs,:!idade de u111 novo alt– mcntn w o que Yac realizar se ao mundo ch~ o: !!ritar.i .,e11 ti11dü a su:1 impert,ancia, e :vfo nscicncia da SU:1. import,lll<;ia, a consC;iencia da imp,>s~ibil idadc ,lc al imentar se como ele an– tes, e d:L lmpos,iliili.Ja<lc d e ontro cl,,mcnto que não . eja o 1,•itc, ha de lcrnl-o ao . cio da mãe finto do>lcite. O qu e se pa, sa no mu udo europeu, na ap• parr nC;ia tão 1,eguro dü i. t:io OU$:1 rlo e dec:idiJo no foro interior c11u1 t:i ntu susto e desatino, a ·. semelha-se :L situa,;ãa de uma crinn<;a rcccm– nascida; toca-. e- lhe e g-rita, parece cncoll'risa r • se e não pé<lc comprrhcrH1cr o 11uc ha de fazer. tiente 'f UC seccnu a fo otc do seu antigo alimcn• to, mas n:io sabr ainda ond e procurai-o elo noYo. As artes, a sr,ien,·ia, a iu du,tria, a activi ,lude polí tica , tmlo ,·ivc com ele u. nda enr.r~ a l' vi – gor; ma, não vivem aiuda porque ha pouco ainda se alimcnt.nvam pelo <'Ordi o umbilical , a igreja , por intcrmcdio <la qual a , cnlar!e chi. doutrina <l c ,Jesus se c01umunicou ao mundo. A igrej a cumpriu a rnu tarefa e atropbiou-i:<', e o mundo tl ovc comp1"<•hendcr que o per io<lo da anli;.(a alimr utapo in conFci cute acabou e neecs~ita um 110 \'o r•r•><'l',,,; ,le t1 imentaçiio con seieote. 1~ esse lllJ l'n pr<wr,.;o eon~i•te r m rtJ· couh ec·cr cnn•<'if'nt ~111rnt1.1 a ,·cnbdc <la dout ri– na de J e~u,, qnc unl r'om ~e infi ltram iuco11sci- ntcn1 c11tr no mnodu p•JJ' i11tl'nuccl io d,1 i:,;1·cja; porq110 a~ Vl'nlaLICi! dl'1'8:I doutrina foram seln• prc a f'orr; a ,·it·tl da hu111anidu'1 0. , \ doutrina de ,Je~us não ~or,í , porém, con• tmria ÍL natureza humana? ],~cootra a nntureza , diz -se, apresentar a face dop.ois <le no. terem dado uma bofe tada, dar o que pos uimos, tra, balhar não para i mas parn os outro. ; ó natuml ao homem clef~ndeT a sua seguran ça, a da sua famPia e da eua propri edade, !atar p~la propria exi teucia. Um sabio que estudou direito prova scicuLifi carncnto qne o dever ruais. agrado do homem é a <lefezn dos direitos, a lucta, Mas basta dcsli,,.ar-nos um instante da idéa que a orgauisaçrw e. tabelecida pelos homcn é a melhor d!:! to1as ns organisaçõe&, que é sagra – da, para que a obj ecçíio que a doutrina do J e. us é contraria {L naturez,1. . e volte immediatamento contra quem a foz. Ninguem negará que mata r ou atormentar um cao ou UIUR f?a llinha que P.ej a,é um soffrimeuto que a natureza humana reproYa. E todavia toda a no sa e istend a est{b oro·aniso.– di1 de maneira que cada goso pessoal co; pra-sc por soffrimcntos con trarios á. na tur('za hnruaaa. D iz-se ordinnriamente nu e é impo, ivel por contrario {1 nntnrc:w ·reuu nc:i:11· :í ind ividuali•Ja– de, <:onfuudindo so a renun cia com a u,1 sub_. mi. ' ão ,í raz.10 e t't "1ia lei. X :io . e tmta <lc rc– nunc:iar ;Í ind ividunlidad c, qualr111or cout-t.'\ tlc inevitnvel e inco1rtic1.1 tc eomo a n •,pir,1 çúo o a circulaçi'Lo do san !Tue no :10imal, o homem não pode renunciar í~ . ua in<l iritlualicln <le c:01110 não p6do renu nciar a qualquL·r outrn con i~·ào rl ,L sua exi~tr•nôa; mas não prk!,, nem de1·c tomar rssa3 cond iç,ir_ pl'la vidn , cuh.-illd',il -as como o fi m ultimo e unico da viLl,1 . .\":io rl·nun c:io r :'L ia– dividunlidadc, mn;; rcnuu ciar ú frli cida Jc da in – dividualidade, dei.xnr clü onsi !crnl -a l'Om,1 a vida, ei o íJ uü o homem <l o,·e fa z r p ra <JlWa fo lir iclacle lhe ej a acc~ . i I el. Onde, poróm. en contrar a fé p:1ra pruticnr a doutrina llc J c us? A base da fé é " ignili<?a • ção que damos (L. vida e que dctc:rwim\ o <1ue nclla j ulgamos importante e bom, u pouco im• porta nte e m(w; a fé ó mesmo n apreciaçãO <lo bem e tio mal. ( Cwtin tía) - ---"~---- •-•-1D----- Transc1i pção C rin e ão c1ns n b l h n ~ ( 1, XTLl.ACÇIO E ) fA :\'I P l' LA<;'.\O D )L EL E !;iW · Dl::LU V .\L>O ' - Continuaç rL0 - 0 meio gcmlmcutc empregado para te lim é o fumo du trapo ou da l,o ta rle boi L[Ueimada . Lança ndo c~to forn o :\ boc-c·a da olmr.i~, o on• x:nne agita i;c ou f'cr ve, e afa ta se sllja pal'l, .o alto da colu1 l!ia, sej a parn uma colwPin va~i :, , seja parn f,íra da ;,ua haliit:i~il.o, ~i a cnlmeia fui destapada cw cim11. 110 s dcfu madol'es emprcga<lo · poLl,\m 1>er, ou um simple-· rodil h lle tl':ipu, ou um foll~,, tcn<lo no pipo uruu cni:rn l'lll que se la;, nl'd,•r a bo~t.:i de boi. O folie injceta melhor o f'nmo clentro da colmein . Estroixam-se a~ colweia. <lc trcs mo,los di t'– fcl'entc,: 1°, fazcnrlo , ahir o C'nxamc da col– meia para fúl'n, tendo- n de~tap:1d,1no topo, por meio do fumo injc<:tndo dent ro e de p<1 t1Cll l dadas no col'tiço, o qu:il, lin0 LI,,,.; ~ th hnf.1i– tantc11, púclc ~er co11 luzi,!,) parn <:~--a J>ara al,i s faz1.:r·o eúr tc J,,~ farn,. E ste IJl:OC(', ,n, LII' toda, o m.. i, urn t.d, per l . cprn-i ;;cmprc o t'H'-anw, e ;i pt;llc ,;ur ju.•;tifi,·a• do. ou quauJo h,t cn xn111"s de , ·,uejo, o, l porque não ha pa ·to sulli ·it·ll tll p,1r,1 o rolme:.J. Z", fo z dC ,mhir o cnxu1 ue por 111l'ir, ainda d,, fumo e pancndas p·1rn outro corti ço v.L~io col– locado por cima de cortiço cheio. po:,to este rc– viradamcnte cotn o fund o para cima, e cmboc– cados um uo outw, envolvendo•se o Jogar d:i. j uncção com um panno culcado com corda par,1 que as abelha se não escapem para fóm Logo que o nxame ,<ferven , a me ·tra sohc para a parte m,üs alta do novo ·ortiço. o a co • lonia segue pdt\ maior parte; indo apia11ar-se cm YOlta dclla. ' No fi m de um quart-0 de hora n meia hora a mudança do enxame est(i füi ta. Destaca-se entl1o o novo cortiço e e vac col , locar no 11 alv:i.do» ou (oc,ar do uutil!O, Si nii abc- ' o .. . ~ lhas se coascrv:un dentro do novo coru ~•o, ': sigual de que n . mestr:i se acha 1! ellc; ID,lll, !I comcçnm a ahir zumbi~do ? n1htnllllo dom1a– mcnte em l'olta. do cort190 1 e porque a mrstra núo e ttL coru cllns, e oeste ca o, n nft querer perder o cuxa_me, ser(L necessnrio torna_r n cm– boccnr os cort1 ~os e recomc9ar a opt·rn~•ao,

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