Diário Official 1894 - Janeiro
r Sabbado, 10 DIARI Jaacirn-189-t, 1 Ir 5 c: D.IZ -~~!·~ ~ ~~""-::~·''""'""~~=™~-=-==·""'"!=5~~~~ ... ::•'="~'.2:..j'."""'""-"""'~c;;, __ •• o::ir.;.:a,., :r;,;.... - .... ~ .. "SM! - ~~- .:.:...::- _...:__ - ,.,> .:l!!:.. ..... das parn. estn<lar o assumpto por propria obser – vação, procm·L,i Od priocipars fazeodei;·n.,: e pedia– lhes in form:\l)Ões .'.u:í•rca da situa,;:no eh indus– tria past1iril n' cst.as re:giÕL·~- 1\ s infor:11:11;õcs riu o°l)tive me lcvum :í. co □- vicc;-ão <lc qne a creação de !!ado vuccum e ca – vallar no Daixo-.Amazon,t!'l nfio se pódc d e.5CU– ,olver ak m de 0nrtoli limi tes. l~~tcs lir11iti;:s tão fot.-ilmcntc fi xados pela in– ufficicucfrL <le c:1•upos nuturn..:s 'luc, por Rua olevaçflo, eseej,uLl !\O uhri~o 1fas inunr,tu,:ü · produzidas pela,; cnc·ucntrs J.c todo~ os anno:'t. Além tl'estas enohcntes ann uru::., riue devas– tam prin0ipalmcutc o gado miwl , accrcsce riuc, por oc0;1. i,io JoH g-randes end1 •ntcs do Aruazonas, wuitos crcadorcs v&m cm poucos mezcs urrui nu• las ª" tiUllS fozench1 s, que lhes haviaru cu1-tadn longos aouos rlc trabalho. Corrn a trntlirção <1ue a iouurlaç ão de 18 U) foi gmndc e devastou totalmcutc as fazendas. • O pouco t;ado 11uc sobreviveu fui ~osterior– meutc augmeotatlo ató 1:hrgar ao maxuuo que as campiuas comport,nm e ahi fi cou estacionario. .\ g·rimde rhcia de 1859 v,•iu catfto por sua vez e também reduziu a quaoi tota! nuoic1uila– tncnto. De novo come0ar:11n 08 <:r<>a dorcs a povoar e llloatur as SllitS foze o<la~ eü lll insanos trabalhos e acrifiCiios e o g.1du nugrut:ntou ató chegar ao ruaximo fa t,,l. l!;ntão Fol,re ·eio a chC'ia do :inno pas ad.o, 18 !10, e com eila urn,L mortifera peste. A rei qur. ferida pela pc ·te, cahi,t morta, en– trava imrucJiata::n, utc rru tai e t.itdo rl f' putrc– facçi\o, que nem o cJmo cm po:,sivel apro- veitar. · A. devast-açflo do gado t~m ,;ido grnndc, im– iuensos os prejuizos J.os foz nnd eiro, que cst!\o .agClr,, a braços com Férias diffi_0nl:lutlcs.. Note-se que entre estas pnnc1pae1:1 munda– ções occon:mn fh•qucntcs vcz<-'s .outra~, que nfto s&o tão grandes, 1n.1s que, tnd,wia, causam n,, gu<lo,; <:on~ttlera\'cis u1orta11dade.<. T .,ui! tomm as de 1860. 18ü 1 e outras muita9. Os fazendeiro!:! c~tão, coru razüo, apprr hensi– vos e receiam que c.~te atrno tt1mbem lhes F~ja, fun esto. Poucas fnzcnJas no 13aixo-Aroa1.oo:1 · terão a capacicluclC> par:t c-rear orni• d,, ~:1)0.() rezes porque a arca Jo,; t.:,llllf•nti ultr~, onclc poR.~am l'1•fuuit11·-sc <lur,mte ~ ou 5 111t•i . •s ri a maior clo– vai.ã: d,is uhcias a unuaes. 1• in ' ulli ei •ntt•. I<:ntrc– tauto, os p a~t•)S F:i.O <la8 melb01"Cl'l cp1afiJad1 ~- .\. pro?ueç,in é gr,rntlP. )L,,; o gatlo w1mlo mfírro lllUtlo. :'\ diff1,re1u;a entre IJ numero tlna brzrrroi! a s1gnfth<lo:, cada aono e o rio~ <1ue chegam • a , ur ferrado.•. é oou~iJeravt>l. lia annos que c,tà diffi:ren'ia 1;h..:ga a j0 °/ 0 cm al,:;umns fa– zeudas. Apezar de tautas cnus..'le de dCRtruic;no, n pro– duoçl\o é tilo grande, que o nuruero do rezes dobra de cinco em cinco aooos. Se a iudu~tria pastoril n!lO tivc~c estas pcr– tutbaçõe11 cru sen natural dc.~cnvolv11ueuto, cona– tituiri1, hc.jc uma fortuna_ i~~enRamcntc gmn– de. Suppoodo qu,!. no pn~c1_p10 do so-:ulo nduul, as fazend 118 que eotAo c:ustmm ºª. comarca ~e Obidos, todas rcuni<la..-1, uno contiv~ ;clll mo~ de tnil rezes de producçQo, n que c1fnt teria l\ttingido até O anoo pa1,&ndo, tendo dobraJo do oinco cm cinco aonos t Teria attingido 11 cifra de dui:cntos e ~D~ e dois milhões eento o 'lunrcuta e 1nab'o mil oabeçaa (26~.144 :1100). Addicionan~o-oo o pro– du.cção da 8 ,..utras r., 1 mar~ do . Ba1xo-Ama.zo. nas, cheg-ar ae ia a umo cifra 1~U1l? rJev~, que constituiria, certamente, o minor riqueza do Bs– t!Mlo do Pari. OGL\N.\ S I Rst.'ldo J o ~\.m:izonns. ntt'.i as caucceir,1~ J o Oyn- puk e A.ra .~;1'lry, C{)mpreh"n.l ·n.lo a C•lmn1'C.t .eh duas princip.,e,; e uus q ue P:•-turb:illl ? 1 de Obido:-:, A 11:: mqu~r, i\1,mte• .\ le_gM, ;\faz !.!!lo natural dcsenrnlvimeuto a P:o<l1~cçao <lo B.11- <! ;)Jacap:t. xo-Amav.onas, isto é. a · ·11ffim"n~1a de eampcs E:-:to~ co rni .:t':I. sr. Goi·u·n.,drir, ~u", nc•te<i apropriauos e as iuun Õ•' ' , o.io , se d·v, uos excclleotes <> v.i~w.-. 1:nmv,,. , íodu,tria p:..::.t.l• c,,moos do Trombeta!<, · · 'Jllil s c:,oe welbor a ri!. tfto util ao E,ta clo e t:lo nohr •, pGde t-·:nn:!r <lenÓuiinação <le «Carup s_das Guyan'I~••, purqnc grande àcQL'DV•Jlrimcntu e cll!Yill'•S.i .:i alto ;,:ra'.l o planalto ciµ que ,•st,1 ~1tuados, apon,!o uhrc lle nru periJa ,!e. o fl.rnco meridional <la corJiili it .is , se c:x:tcndc ' por totlo o vasto t•m·i rio da 0-uyanat> Jk.izi- lciras. São campos gernes que :-is inunclac;üe d, attingil- o~. e csno rm tal :iititudc . \.tn'IZOn>tS j úmais poderM Gmude numero de coHina'l se ergue em todas a dirccçflcs cio meio dos campns, como ondas de um ma1· evoltCI. Sobn' as collinas ,:e encontra seixos, pedras fcrruginosai;, conglo– ueratos. As baixadas ·tão eobcrtas da mais espessu. camada de ter veget31 e pastos mai;i frescos e mais abunda s. ' j os de crcar µ·,tclo v:iccum tl ::a,·allar Jl'lS c.nnpo.; das Guyaims, onJc c,,t,·jam an ,1 l>ti!1;0 da!" iu– oundaçõe,, do :\.mazonati, r1uc tão fatacs lhes tem sido. Entre os prineipae;, fazendeiros citarei o sr. Vicente Augusto do Rigueiredo, qnc s.~ prepara para fnodar nos mesmos campos uma faz.inda com mil cabeça; de brado <le ereaçilo, ~nto que c,:teja aberta uma estrada, por onde o mc~mo gado poss:1 tno1aportar. · O rio Cu oã, que naece perto das cordilhei– ras, atrave&· os campos de norte u. ~ui e recehe do um la e outro aill u.!ntes de abundante a~ua. 1 E' de c~p-•r:n· r1nc c., tc exemplo scjn lo,:.:;o sa- guido por outros fazendeiro:-;, e r1uc em bre90 tempo a in tlu. Lria pa, toril ahi so dt•scnvolva em eseah sempre crescem". No ponto em que s:10 dos 0111u pt,s pam pe– nt;trar nas ruattas virgc1r, qu.:! se <'-xtcudem atP (t margem do Amazonas, tt:ru i50 metro;, de lar~ura. Sua profundidade vari:1 de um a lre.z me– tros. Na parte que atravc~ a os campos coote:n alguns bancos <lc pedra. , ma,i prcst.'l•RC para oa vrgai,-ão de certa 1mport.1 ncia, e se ro~scm de truidas essas pequenas cachoeiras, pod ria ser navegado por pequenos barcos a vapor, na– vegaç:lo que Re poderia cxtender na parte dl) rio que pcnotrn pC'las m~1ttas atli {L foz do i:Trucurin na, n'uma cx tcns!l.o couisicleravel. AR grandes cac:hoei rns ilo cu r'>o mülio do Cumioã, que começ-am dn foz do Urucu rinna , para baixo, at6 Ct ,:achorira, dn T ronco, reP.!ezam a~ ag tL'IS do curso Rnperi,ir e do afilucntcs ri11e atravessam 0.3 campos. Dalii rt' ulta que, em tntlas as él-t:t('Üt'" du auno, OR campo:; rnntr ru llll'la lonj!R nbtribni<';°tf) 1 de l\!.(UaAabund ante. e pnr,1~. • j N' ei;tm; re~Íôl•:-1 a..'l c·hu vn. co tuniam .,,'r co– piu,,i:·. .)luitos milhin•~ dr rnnrntyzciro~ e t\:: ·ahy– Z<'ll"Os e cxtcnclr m cm lnn"ni; fila u< •r um!\ e ::<cria. poi~. de incontestavd va:itagõm .. abertura do um.i EArada f{UC p01 ilm cm Clllll· munie.ação a cidndo <lc Obitlos com O!; campl~ da · Guyanas. () trnjeoto do gado se faria cm de1. dias. .\.. cst.rada teria <lo atrave;;•nr la rga zonn de mattas ,,irgc119, muito ricas cm protlucto oot,u– mrs, taes eomo a ca.~tan h :t do puiz ( B~rtholeti;i l!jxcclsa)- em ~rand c abumbncia, c·umarú, breu, sal~a, copahyba, e cxtr.1ordinaria quantidade t, variedade de madeira de roo.,trncçnt,. • E' <prnnto mo occorrc, di::cr-n,. , ar. Govu– n:1dor, <im rnmptimcnto <ln. commi.·~ri.o uc qnc vos tlignastcs uncarr-,ga r-m (•. Sa1í<lc e frat ·,roidaclc. -Ohi ,lo•, :?O t1e ja0ti- 1'0 de lR!ll.-A NT1.:-;ro ~L\:-,01-:1, GO:-itlAL"VES. 'l\1cANT IN1:i, cue;t' lliwír,) e11c,11-r,'_gatlo <la explo– raçrKJ do 1·io 'l'r11wbtta, e ..:u :dllueut, ~- " X.-.. ontra UWl'!!f' m dos affiuc11!t>s~lo Cumi~í1. Em algumas baixatl:1H •",tas p:1lmeir,,., ..,, [ ..,y~· agrupam e formam c:ü1•t11,,t.:1 ilhn..q_ Pt•ln dir ~1:•<1ria de. te .,~tabt'111viull'n t ) fo i no- Apez1u· da baixa latitude médiit rlr~t ~s c,1 u1- , llll.'adn 11ru;1 C"DIUJi.';,.1n et,mpt ~ta dt,:; rs. lcntL-S pos, quo nllo vac ,H:ima de ~º ,!e lntitudl.' nort1' dr~. J ao,H:iu ~fourn e nrlo,; d,, ~ ornPs, e &– algunll\s cireum;;tancia., loen.e<i concorrem par:~ biuo Luz, pnr:i, no nr·to tlo ui~trihnição J e tli– toruar :i. temperatura branda e o t-.lima mni1:1 ploruus nos alnrunn!'I q uo concluirnm o OUl'<¼•-na temperado. escola, ounual rl'Jl?l':>Clitar o mc,9mo lyecu. , Tacs são a altit.udo do planalto, a eonAtunto 1 v1raçil0 do norte ou ele léato, os ribeiros tl rio:, , que atravessam os campOt', n qu 11 li1l1&dt1 do F.oh., 1 sempre coberto do vcrdo rch·~ e R churn na, c.&1,ção propria. , .Qull!Jto á qualidade de pasto, raa11dc:i -o <''( a- 1 m10ar por home03 competentes. D°:l8e exaro~ minucioso .1·cHwt-01& qm; o fa– zendeiros_ do Obidoa ,~tão hoj convicto:l dn ox.colloncia de&'>ll.1! paeta~<m~11nr11 o !?lido nt:eum 11 l . ~ ... o ' Cávn ar e anigero. C.\.IXA l~CO~OMIC'A nu. 19 DE .JA 1'1, Tllt) Hntradu!l (22) .. ········ .... ,.. . Retiradas (!>)................ . &Ido....... ........ .. .. ti:flti0tooO 3:77113,1 -------· .. ·------· Tncs s1.o o~ c:1mpos das cnbecei™ JQ 'l 1 rorn- 1· betm1. O 0c rrcio oxpcdo rualas hoje, Ú!l i horait dia. ~as estes ~m_po11 gerae,i não l'mio l~l'\:um- \ mnnhi\, para 011 ecguinte,; h1gucs, pr\o •npc:r acnptos no terntono do Obidos. 1 ,, Pcr~e\'erun9a,1 : Brev<'s, (l.urup::t, }lorto de _No R~tado do P11~(~, éllc>S v!lo de..Jl\ a:~c~tbo- :\Iúz, ;\l~n~ Alt'l{tO, ~rai11ht1, Snntarom, ~ í cetrM do Jnmund :L, n MS frt)ntcirn l'(lm O I elo--, Parrntim 11 I~nc.oalt:1ra e -;\fot1,\o.<1.
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