Diário Official 1894 - Janeiro

¼-'- ⇒=== vez que . e ma nifes a a decadencia da vida ani– mal, desde a infancia ató :í velhice. A mareha da oxistencin parece bm au~mento tempo1:.ario das for ;:,s phyeicas, mas na realidade os mem– bros endUl'eccm-se, a flexibilida le 6 vita lidade do corpo <iiw.inuem, do aaseimento á morte; dia a dia, hora a horn a rxi~tencia declina e nada póde varrer do pensamento a idéa da morte. Mas não é a ::im para o 11omem (Iue compre– h el,lde a significação da vida. Esse sabe que trouxe á vi da presente, de um passado que lhe é desçonhecido, a sua relação p:irticular com o mundo, quer dizer, o seu amor por uma cousa, a sua aversrw por outra. Sabe que estes senti– mentos formam a essencia da vida e qu-0 o amor não é uma particularidade acc1dental da sua vida, mas uquillo mesmo eru que faz con– sistil-a. P ara o homem que vê a sua Yida onde ella reside verdacjeiramente, affligir-se ao vêl-a di– minuir pelae doenças e pela velhice é como si se aflligLse por ver dirninuir a sua sombra ao approximar- sc da luz. 01:êr que a destru ição do corpo póde fazer cessar a vida, 6 imaginar que a desappa.riçr10 da somhr 1 i de um obj ecto, dEsde que est:í. (i luz, é signal 'certo eh 8ua J e truição. Uma tal 1.:oud u- , s:1.q só pódc ser admittida por aquellc que tan to tempo olhou para l rnmbra que acabou por to• mal-a pelo seu ohJ ecto. Se dermos o 4ome de vida ao que 1:ealmente ella é, se a verdndeira vida é o principio ue tudo, o seu urso não pódc ser perturbado por modificações que sobrevenl:utm na. sun ma.uifes– taçã0 vi 'ivel. O mo,,imen to da vida do homem u,'e.,te mun – do, mo,imcnto comc2ado mas não ac.1liudo, não póde parar por causa de um abcesso, por mi – c1:obio1ou de um tiro de pi~tola. A raz:lo mos– tra-nos o principio 1mpromo que coru ti'tue a viJa. e mostra-nos ruais, que esse principio essa rela– Qão do horucw com o mundo não começou quando nasce).Uos, was existe e ex~sttin sempre. Que importa coruprehr nder a signifi cação da vida?! O soffrimcnto physico, a dor existe e cx.istir{k sempi\J. Para o hon~cm que faz consistir a sua vida na submi são da sua individualidade (1 lei ela ra– zão, a do1· nflO sómente deixa de . er um mal, ma 6 umA co nd içrLo indiRprnsavcl tnuto da sua vida aniu1al, <,'O rno d.'l Rua. vida ra0ional. Si a dor não ex· tisse, a individrntl.idade animal af1 perceberia a-s !r.ansgres.',{ie da sua lei, i a cons– cienei.1 nilô ex perirne.µt.asse o soffrimeo.to, o ho– mem j amais conheceria a vercla.de e i"'noraria a· IC'i elo,seu ser. . · "' • Todo o mundo dus homens e dos n11i.uiacs s;o/fre e un.o ee. do offrcr;'nR feridas, as mu– tilações, a fome, o frio, :is doen~u. o aeciden- mas na obrigação, minha e não de outrem, d~ realisar a verdade na minha vida e na do mun– do. P articipando do peccado do mundo e fe. chando os olhos aos nossos peccados, só aug– lllento o soffri mcnto; deixando rle crer na po si– bilidade e na obrig..iyão de rP.alisar a verd:i.de na minha vida e na do mundo, privo-me- da força de ,ir er. , Este soffrimento só é suavi&'tdo pela cone– ciencia e pela actividad.e ela v.erdadeira vida que supprimem a desproporção, ex.i'sti.ndo entre a vida individual e o fim entrevisto pelo ho– mem . De bom ou mau grado o homem vem a rc• conhecc.r que a sna, vida nfi.o se lin·ita ,í ua in– dividualidade do naacimento ,1 morte; vem a re– conh ecer o seu vcrda.deiro fi m e procura rea – lisai-o. na ndo qu~ qua nto mais forem cruei ·, m hor garantia terão, assiru nós imagina.mo q_u.e, .á força de crueldade, encontraremos melhores .g ranti.as . ~ A sentença inevi.t.uvel que fere o trab:1l h.t– dores da vinha por se terem apoderado dos fru– ctos do j ardim, o exilic;, é exacwneute ~ mesma ~ pãr.i. os homens queima,,"1ll~ID que a v1d:1 pes. soal é a ver dadei.r:i. viela.. A morte expulsa-os da vida, são substituídos por outros : CO?· 9ucocia. do erro que lhes fez ·desconhecer a 'tg?ifrcaçã._a ·aa vida. Como os tm.balb:u:lor da vmha es– quecem ou não querem recorda r qµe receberant. um j ardim cercado de um muro e com 1lill poço, que àlguem trabalhou pnra elles e ~ta. com e)lei, para trabalharem por sua vez; a.."Elln, aquell~ que querem viver p. 'l.ra si C,f]U~cem 011 não querem lembrar tudo o que por elles fci feito durante a sua vida.; esquecem qwi tCClll por conseguin te a obrigaçàO de trabalhar por sua vez e que todos os bens da vida d.e qu.c,."'o– sam são fructos que devtllll partilhar com outros. A' falta d.e consciencia, o soffrimento que resulta do erro sobre a signifi.cação da vida con– duz o homem pcla unica estra'da da vi.da , onde n:lo h~ obstac\oflos nem mal , mas uru bem sem– pre crcsce!tque nada póde perturbar, que não teve pr' cip.io e não póde ter fim. ,\ ( Continua) Esta do ·ina é a doutrina de J e.sus, que os ---------•-•~•••---•--~ seus apo~t os ensinaram e de qufl deduziram Transcripção a~ regras m41 ae~ da existencia huma na. Cada homem, diz J ~~us, possue além da conscicncia da, sua vida material, individual, e . C riação d a s . a b e lha s EXTRACÇÃO E MANIPULAÇÃO .DO 'ME L E SEUS • , DlfüIV ADO . do 1,eu na$cimcnto caraal de um pai e de uma mãe, a conscieuda do ,Nl nascuµ ent6 de cima (S. J oão, III,j5, 6 e 7 ) . a ctmsciencia elo que n'cllc é li.n:e, do que existe por si; é o que O mel ~ 0 liquido saceharin que a_ abe1!1as nasce de cima, do infinito, que chamamos Deru, fabricam para seu sustento e d,r SU-.-L crui.ção. ($. J oão, III, 1-l, 17.); ora é i:ito mesmo'; o que As abelhas, «ãpis melliferaii·, :10 ínsectos hy– na~ceu de Deus, est filho de D,ms no homem, méaopteros, que vivem em commonídacle, con3- que deYeroos possuir e·faier creRccr dnotro de truiudo edifica~ão propria. onde- reserva.m aa nó , para po. uinaos a vida verdadeira. O filho suas provisões alimentate!'i onde fazem a pos. elo homem é fil ho hmi'wg,m ·o de Deu~. tura e onde cuidam da criação do. fühos. Tôdo aq ue~le que dentro_ de si elernr e, tc fi. Cada. sociedade, ou eolon.i-a de· a.bclha tetR lho de Deus acima de tudo e identificar a sua O nome ~e «enxame». A edificações cou trui– vidit com cllc, es C não alienn:rá a verdadeira das pa.lo ex:1me PWª su-:i .h...1bita.ç.~o tem O nom.c ~id,1. Os ho ru c11.:1 alienam a vida porque não de Kfavosll. creem ua vLfa que e. tá êleutro 1 fe.l lc e de que O abrigo natural ou. arti ficial d~ntro do qu~ fa ll.1 ~- J oão no seu _p;,•,rngelho, fJ Lr.J ndo diz :- :,is a,b~lha construem os favos tem o nome de «N'ella estava a ,·ida, e a vida é a luz elo bo.. 1400~~- Muitos enxames trabalhando em ll3AI men3,,, í-esp61ipri8 colmeias, dizem-se «colmeul». J us oppüe ;1, vida pessMl,nAo a vi,la d'alem- ·~m a.da 1:ux11mc tr,es 01·d! n;; de indivi- tmuulo, mas u vid:li commum que se fu nde com -duos. Um d tin,.do {t mul tiplicação· da coloni~ a vid11 presente. Segundo a doutri na hebraica, é um a. abelha fecnn~ que faz a postura daa não púdiamos salvar da morte a vida pessoal ovos de que sahem as DD\"as abelh:xs.. _ sinão cumpri ndo a vontade d 11 Deu~, formularla Chama se ccabelha me. tra>, ou cmunlt~ oa lei dr. iUoys6!<. 81> com e,~ta condição a vida porqu e e julgou po.r muito tcru po qu,' ell go– dos judeus deixava. de morrt r e, passava de ge- vem.ava toda. a commmridade. Outr:i.s nheJ.h:is ração r.m gera\lll.~ no pov0 cleito de D1ms. E masculinas destinada a fecundar a rainha, lí9 n'este ponto a doutrina. de J esus diffoi:ia da. dou- charottdas c1zan.gll.o ». trina h.ebrn ica, eru que a primeira dava â huwa- F iu~lmcnt.e,' um.~ teroeirw cl- de a.bclh nidaJ.c o q,ue a Acgnndu reBer vavu, a uru povo. ((neutr-,1s,,, porf{uc não ervem :1 IDultiplic;açie Na p11.rnbola dos trabalha-dorc,· <ltt viuha (8. da. eolouis, wa. ao seu usttint-0, tec1u o nume l\Inr.heus, XXI , 33 34,) J .. ui, põe evid@te.,; as de abelha ((obreira >>. • "' te de todo a e~pecio e princip<1lmeuto o parto sem o qual nenhum do nó cn~rou no mundo– são l\:l coru.liçO 'lCCessa rÍ1s da cxistcmei,1. l\Ins :\ diminuição, o · llivio d<JS sofüimento::, que fór– ma ::i sencia d~ vida !~1_<:ioual , ' pnra ahi que tende a veruaclc1r:x ad.t ulade da vidn. cuu~as que fcvnm o. homem a tonrnr a sua ,cida São estas que Y-iio aos enwpos tirar d, s fio reit pe$~'0~ ! pela. ver<ladci tl ·idn. o 11po.llecrn e os ,rncct:mr» que tl'tlu~p<"u'tllm a U !!S hvmeos que se estabeleceram cio jardim eolmcià; que coo truem e edi:fi: •um o f. v:o · cultivado de um p.l·~prieta rio io1aginam que são que fabric.,ru o mel e a. cem; que, p r tltima_ ~çus inteiros scuhol'ca E e ta. illusão fÇíi p ra cuidam <la nntrição rln. nova criai,:C10. 'ó cxi te um soffrirue.nto para o horucm e é o que o obriga, de boa ou l!tiÍ. vontade., a viver ~ 1 vida qll!l lhe Ll:t o seu ttnico bem. Est sofftimeuto é a c,on~ ienei.a da contra– dicção que existe entre o meu esru.dn de, pec– cn.do e o d~ todo o mundo, e não oÔ a po ib.i,. !idade ma.s a obrigaçilo d-e realisar por mim, e não po1· interm~dio de um out.ro toda a verchi,de Dli mioba vida, e na do mundo. J1; não podemos minorar ~ lle sofüirneoto ncni part.ie :4>ando do peccaq_o ·do mundo nem fechan– do os olhos soLre o proprio p~do, new ainda, mcnoe deixando de crer nllo. i;ó. na possibilidade elles ª. fou.te de uma serie de acç_o~s insena~s Quando um euxa.m de 11bclh:1,1 tomou p e cn_ieis dll que: lbe resultou o a.w.io, a e.x.du. 'lfu> de uma colmeia, a pritnt·ira co ~ de u, se dn. vida. occup:lm as c,brci ras 6 do fre tal' o re into, dt:i- E' a -·m que cad~ um· cui nó iruagina qni:l j xa.udo apena11 fi<'-aA..,utna, cou1rutmica<;l0 com. & a vida é a. sua proru·11.-dad~ prn ai, que bem di . exterior. Este revc~tirneoto- da oolmén é fdta reito a Pila. e pód~ gosaJi-.a :orno melhor lhe pa.- com uma Rub tanei;\ r~oosa, peg11josa, de côr recer, sem reconhc_cer Q!mgação alg~m.a, para escura.,, a que se !iama !fpr l » qu as o.l,e• que1~ qu~ (~ll~ S~- Ea consequcncm. 100,vita- Ih.as colhem dos ~OlUO e 1·eooo de e vel d esta 1ll_u. · o é 1gu11_hnente para cada, ~ de • Janta , ta como -do c:hopo sal!?'l.t w olu.,.,ein,. uó umai sér1{} de a.etos ll'l cllSltos o crtt618, ae-- t:t.o. bom ~ ta. meswf\, sub tii.acia. fol'm ..u O i– ~~1ido~ de catast,r11phee- e dll u lu~o da vida. meuto~ ou. espeques dos fav • de manlli.ra • h as ~ como- os trabalbacl fM ~• v1~ba ~ata.~ mante_! os vél'ticalmen~ pelluw:lltio ao teor.o da os enviados e os filh os do -propnetario, unagi-- colmem. ;'

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