Diario Oficial do Estado do Pará 1891 - Novembro

Dominr,-o, I ·~~:.:i 7 X' .! -~--xr; .-d::.ia:zq DIARIO OFFICIAL __.,,..,-=== ~ ovembro- 189r 3 :::r::r:::::r::;:::rr:::,;;mpz a.a,,, ezn:r:~~ ~~~ .:., ::se ... ~.....:::x.•~ -· rxwe:::::~ o mestre com a necessaria educação scientifica e litte– raria, com a s ufficiente exercitação nos methodos de ensino, s;:'i.o infructiferas todas as des pezas feitas com a instrucção primaria. tratei de conservar em alto nível a Escola Nonnal. creada n'este Estado logo que appa– receu o novo regíme n. e, no- regulamento que em re– cente data publiquei, apenas adopte~ melhoramentos e fiz retoques que me pareceram necessarios . Empenhado em levantar o e nsi no do Lyceu Pa– raense acabo de decrdarpara esse Estacelecimento um novo Regulamenro, onde adoptei o plano de ensino intregal do Gymnasio Nàcional consoante a reforma do g rande ministro da Ins trucção publica o eminentte ci– dadão Dr. Benjamin Constant. Alem das vantagens, que saltam aos olhos, de ficar ,o Estado com um Estabelicemento de instrucçao, que pela natureza cio curso ahi seguido, dará aos moços as necéssarias e s ufficientes luzes para o tirocínio da vida publica, acresce que, feita como foi essa reforma. g ozará o Lyceu das vantagens asseguradas pelo De– creto n9 1 389 de 2 de.Fevereiro de 1891, sendo os exa– mes n' elle prestados validos para matriculas nos cursos superiores da Republica. A care ncia de profissionaes para os serviços de terras n'um Estado como este onde a ausencia de o-ran– des obras de en~enharia priv~-nos de um corpo n'~1111e– roso de engenheiros fez com que fo sse creado no mes– mo Lyceu um curso de Ao-rimensura, como vereis do Reg. publicado. ;::. · · Embora as reformas feitas pelo governo republi– c~no tenham acarre tado para o Thezouro grande accres– c1mo de despesas. e llas são das que não elevem ser re– gateadas porq ue entendem directamente com o futuro do Estado. Empenhado em conseo-uir o derramamento das luzes ela sciencia pelas class~s populares, cogitei ig ual– me nte da creação de um L yceu de Artes e Officios, onde fossem ministrados conhecimenstos theoricos e ~raticos, especialmente consagrado ás classes proleta– nas; e, para não acrescentar a enorme cifra da verba orçame ntaria, procurei levantar essa instituição com o <l:uxilio ele donativos, e confiai-a a um(associação par– ticular. Ess:i ide ia foi ace ita com o maior interesse por par- . te da população deste Estado, e pode-se ter como feita ª. fundação do Lyeu, que se acha sob a direção da So– ciedade Propagadora do Ensino e que ha de installar se no p roximo di a 15 de Novembro. Sem embargo ela resoluçao adaptada tenho acom– panhado com maio r e npenho a marcha d'essa ins titui– ção de ensino popular em via de fundação. e como go– verno tenho-lhe dado o possível patrocínio. Foi assim que autori zei os r~paros neccssarios no andar tem~o do edificio do Lvce u Parae nse, onde te rão de fun ccionar as aulas do Ly;eu Benja min Constant. E spero que sabereis a uxili.a r valiosamente o novo institu to, consagrando-lhe no orçamento uma ve rba es– pecial. nas, na codificação das leis dos impostps. por mim feita, p rocurei favorecer as relações commer.::iaes entre c s dous Estados. Tamanha é a identidade de intereSS,:!S, tantos e tantissimosos pontos de contacto. que um como outro tem os dois E stados, tão igual é o sólo, tão simíhrcs são os productos, tão de harmonia os_habitos e costu mes, que a opinião expontanearne nre Já creou para sy!n– bolisar a união de ambos elles a palavra _\.mazoma. com.que se costuma falar, fundindo em um so corpo os dous grandes, ricos e futurosos Estados do norte. ::~ ::: * Rematarei esta mensa o-em, con~atulanJo-me com- :::. ~ . vosco pelo acontecimento auspicioso de vossa r eunião . Vae começar para vós um novo perioào <le grande actividade e de incessantes labores. Somos um o-rande Estado. que hoje, na posse da sua autonomia, ; gerindo-se_ ª? seu ah·_edrio. ,·ê rasga– dos diante de si uns o-rand1ss1mos hon sontes. e des•=– nhacla a pe rspectÍ\'a d; um futuro ele prosperidades im– mensas. Estão as riq uezas ence rradas pelo nosso sólo des– afiando as activ1dades e reclamando braços, que \'e– nham transformai-as em be neficio do homem. Apenas em parte vae a inclus tri:i extractiva explo– rando as nossas tfores tas. Grande parte do nosso terri,to rio jaz abandonado e inculto. Vi rgem está de explorações o subsolo, thesouro de muitíssimas riqu ezas. . . . . Consigamos nós mora lmente _subir as em1n enc1as do nivel das creacões da natureza, saibamos proficuame n– te utilizar as no~sas fo rça~. e é certo que p,) demos pre– ver para o Estado do Pará . em futuro !1ào r_emoto, um::. situação dâs mais prospera<; e da'> mais fehze:; . Para e ncetar essa vida nova não d evem sal~car~no_s infundados receios ele que possam pe riclitar a s 111st1tlll- ções políticas vigentes. . ., .· . • Só nos espíri tos enfermados o_u ~rns que são v1ct1- mas claobsecaçã.o produzida pela pa1xao, po<lem alguma. vez passar as miragens da res'taur~ção. F e ita pela mais gloriosa e mais estupend_a elas re– voluções, a R epublica está firmemente consolidada en tre nós. Certo é q ue. por força <las leis naturaes, as me s- mas, inillucli veis e fataes em todos os phe no~1e nos, do ma is simples ao mais complexo, nã? se haveria d e pro– duzir entre nós o milagre nunca ,·is to de passar um povo. de subi to tk um regíme n de corrupção para_outro de mora lidade e ele justiça. . . A le i da persistencia faz que arncla: sob a l{e publi– ca, subsistam, como triste leg:u.lo elo cah1do reg1me n, _vi.– cios e ab usos, que só o e\'C)l vcr dos tempos consegu1r,1. eliminar. . T enhamos, porém. fé nas ins tituiçôes nfentes, ::i. cuja sombra se vão educando as n?vas g·eraç~c s. :::'\ T enhamos fé nos grandes patnorn<;, qu~ d clle s n.lü Na esperança <le conseguir, o qu~ sen:ipre m~ pa- é a Patri~ t.!SCassa, os qt~a~s. gu:n.l,~nd~) yur:1'-" a~ Slt::ls receu do ma ior alcance. sob o ponto de vista pol1t1co crenças, 111alteravel a relig1ão_dos pnncipios, c.?t1ttnunm commercial e cconomico, 0 estrei tame nto cios laços de e nsinando a vereda por onde 1rcn10s devcmo5 JOr_nadear confraternisJçào entre os Estados do Par:t e :\mazo- . parh a realisaçào completa dos no..,s~ 1 s g randes 1dea\'.:;.

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