Diario Oficial do Estado do Pará 1891 - Novembro

2 12 Domingo. 29 5<? Creação ele uin Banco exclueirnmentc ter– ritorial, com isenção de sello e emolumen tos para emittir cedula, hypothecarias; 6<? Direito exclusi,o da edição e venda dos planos cadastraes cm ~era! : e · Considerando que o praso pedido ele 30 an– u<Js de pri,·ilegio é por demais lonzo : Considerando r1ue sendo a cxten:::10 territo– rial _do E stado de 1.149.17:& kilometros q ua- drndns. (fue reduzidos á metros. dá .. .. . ... ... . 1.1-19.172.000.000 metros quadr; dos. e na pro– porção <le meio real o metro 'luadrado, monta a elevada cifra de 574.586:0008000, que se fosse para em apoiices de 5 <:'(õ: daria.... .. .... . . 2.8:729::l00S de juros annualmente, importan– c1a esta mais de quatro Yezes s uperior {1s ren– das actuaes do E stado e por tanto impm,sirnl de ser por este amortisado ; Considerando fjUe as grandes alterações, por– que tem d~ passar o solo do E stado, sobretudo na parte amda despovoada daria cm resultado a falta de fidelidade, cm pouco tempo, da planta do ca~rasto, sendo, por isso, neeessario consta n– te ren sões : Considernndo que Dllo estando os nossos li– mites perfeitamente descriminados e achando-se wc~mo contestados na parte ronfim111te com as Guyanns, o que traria graudes difficuld,1de$ par~ dctermina~·âo das bases essenciacs para or– gamsac;r,o do tr<1balho ; . Considerando que o E stado não po<lc autho– r~sar o Tombamento dos bens immow•is muni– c1paes por ser eontrai·io ao q ue diz o art. 59 n. 19 da lei organic.'I. dos l\Iunic:ipios de 28 de Outubro de 18!)1 ; Considerando que, nãO obstante a ut ilidade do trabalh? a que se propõe o requerente, nãu se pode deixar de recunhecer a inopportunida– de n~ época actual pelas razões expostas nos cons1demndos precedentes . Considerando que, pela' reforma do Lyceu P nraensc, ultimamente decretada pelo Governa– dor do E:~tn<lo, foi c·re:>.do o curso ele a<>Timen– iiOres, CUJa clus~e ficaria, pela. c:onccssãoe-pedida ,cm <-'lcm~ntos ele trnoalho. ou teria ele s ubordi'. nar-!le no concess!<J111rnario, o 'IU<' 1mpoariu ->m '.1111 atl1•~ta<lo no hvrc p:o~o do:; direitos profis- 1onae'l d ('ssa clas.-e : Con,iderando lfllC. ralc·ula<la a parle caclastrn– <ln_que deva paga r o imposto territorial r m 1f-JO da nrea total do EMado U :2:!)9.J. kilometro 3 1 1 11 :1,lra,los ou 22.~'),l:[J(HJS00(J metros q uadra– dr,,) e c.sti111ando n in1 pm,to á 11 IO do valor elas ~erra~. o que nür> (, ,tilmi~~in::I. o re~ultado cl'e;..Qe imposto não é sup(•rior a 1.8 J0:000 rs. anuu,il- 111t'ntP, o ' Jlle lliio r••prrsc11la l 113 diz<'ruos a pa ;!UI' 110 UlCSIUQ prazo : . ( 'onsi<lcr:rn<lo que e ..~,;c i1nposto territorial s6 I 1"•:1 1• t(•1· por b:i•e a ~upt•rficie das tc1-i-u,- po,-. Htt1rl:is '.' .'1' 11 ' a 111 •di r;ãr, o dcmarcaçãr, d 'essa~ DIARIO OFFICIAL raçfw fundamen tal da cletcrminar;iio tia arca do E stado; A 's commi$sõcs ele estatistica, obras pubfü:as e fazenda, opiDam pelo in<l..ifer imcnto ela referida petiçft0. Sala das sessões da Camara dos Dcputaelos, 28 ele ~ ovembro de l SVl.-.f1Jsé F'e,-reim 'l.'ei– x,•(m. Frcmciscl) 1lfircrn clci, J osé .Joaquim de Jff/,•ae.~ 8 c11·me11to, .Toc7o Coelho. .1ll. 1. rlo Cu– nlw , B w·tlwlomcn Fe'rreii-a, Ale:rw1d1·r 'lh – vro·es. • J. F.. 1Iendr,nçfl .Junior , .f llú ttrfn. ~ USEU PARAEI\'SE Breve noticia sobre este Estabelecimento relativa– mente aos presentes feitos ao mesmo durante a semana passada. , Um fragmento do derolittio «Bendengóu que existe no l\luseu X acional offerecido pelo menino H eitor Ga– vião Pereira Pinto, filho do sr. Inspector do Ar3cnal ele Marinha. Seis conchas (untá) concreção dura e calcarea que re,·estc o corpo de certos 11101/uscos gasteropodes, offe– recidos pelo sr. João E. Pacifico de Alcantara. Um pequeno bugio ou concha univalve offereciclo pelo sr. Francisco Antonio de Lima. Uma cedula argentina n. 592:710 do valor de I0 centavos oflerecido pelo sr. Dr. Ferreira Teixeira. Um f)om qué, peixe ela ordem dos esquamodermos ( gynmotus e!ectricos), offerccido pelo sr. Phamaceuti– co Leandro E dos Santos Tocantins. O Director agradece aos Illustres Cavalheiros que fizeram esses prçsentes ao ~Iuseu Paraense. ALFANDEGA DO PARÁ Rendimento até o dia 2·7 . « hoje .... . Total .. . .. . COTMÓES CAMDIAES BA:-ICO DO PARÁ PRAÇAS 90 DIAS 5 15:489S774 17:432$210 532:921$984 Á VISTA Londres ..- .-:--- 12 114___ u - Paris . . . . . 778 786 Lisbôa e Porto. . 408 Outras cidades . 4 10 _~_e_w_-_Y_o_r_k_._._.__________ _:_4$1~ Londres .. Paris. .. . 1 famhurgo . Lisbr'ln e Porto. . Outras cidades . ftalia . . Ncw-York. J.O:SDON BA:SK 12 114 778 97 2 408 782 12 786 58 2 4 1:? 416 4$ 179 790 );ove rn bro- r89 r resultados Jas ;:nas invcsti2:ac•ões sobre este ir tr ress,rnte ponto de cthnogTaÍ)hia. Sem rcmontm· aos tempos pr ·histor icos, ve– mos na anti11-uidade a pcrola pos.•uindo alto va– lor commerc:inl. 11:stc producto, r1uc con~titue sempre o objccto de importante cxplorai;-ão nos mn·rcs c:alidos do zlobo. nflo era dcsconhccirlc, nas regiõ('S temperaaas cio hernisphc.rio septcn – trio11al. O mar isco de ag:ua doce, abundantissi- nto nos cur~os de al!'ua da Gra u Brctauhn, dava perolas muito apreciadas. E' muito provavel que a invasão <las ilhas britannic:as por Ccsar não tivesse s6mente por iutuito a repressiio da revol ~a dos Venetas, mas tambcm o dcsqjo de conquistar o paiz de ori– gem das perolas e tios mctaes, do c;;ta ll ho es– pecialmentc, cio qual os P henicios haviam feito o 11m1do antigo conhecer as riC'as jazidas do Cornwall. Xo con:ieço cio seculo X.YJ , as narrar,ões ma– ra\,ilbosa:; de Colombo e de seus COlllJ)anhoiros tinham sobrcxcitaclo o espírito das nvenLu1·as long inquas na pcrspectirn da C('nquistn ele fa. buloso eldor11do. Ao clest•mbarcar 8oto na F lo– rida, um cacique fez presente ao na\'co-aclor de um collar ele p:irolas que media dttaij ticz:1s. As perulas eram então muito abuncln ntl'S nC'ss:1s costas, como demonstram :ts excavaçõ.!s prati– cadas nl)S turnulos cb Iud ian:1, onde se <'llC0n– traram nuis de 5.UOO perohis tudas pcrfura– elas. Certas conchas ele molluscos t com fig urado na h i~toriu e nos poemas bar<lico;. A c:onchn cln S. J acques ( Peclen J acobens) fora a<loptada pelos cruzados e peregrinos ela P alestina e fig u– rou na ar te heraldica no bmzão de varias or– dt•ns de cavallaria. Nos tempos de Os;;iau, as valas concanis dc;,sa concha SllJTinm de copos a Pingai e seus hcróes. Um documento da Inelia antiga, que remon- 1 ta a 628 antes de Christo, diz que certa concha servia desde mnito tempo para as transacçõmi 1 commerciacs. E ,;sa cspecie póde ser determinada e11mo sendo o coril ( C.1Jpra:a nwneta ), nbun- 1 dantissima nas costas cio Oceano Indico, JDsses moll uscos . ctualmentc são ainda oLjc– cto de considC'ravel importação na Ing-Iatcrra, de onde s.io enviados para n .\frica. O coril é ainda u~aclo como moccl,i cm algumas partes da Jndia. B ufcrc R cc,'(' q ul) um habitante t!c Gnt– ti1g manclr,u edificar um be11,r1alo11·, ci~jo prl'ço, arnliado cm 400 libra,; esterli nas, pa~ou unica- 1 mente cm coris, do~ q uues deu ] G milhões, JEm 1848, foram levados para Liverpool 60 toneladas de coris, e no anno seguinte c:h('aa- ram a esse porto mnis ele 300 toneht(Ías. 0 Lish<la Porto . Bragn IJA>ICO DE IJEI.F.M llO l' ,\RA Xa J n<lia inglcza 4.000 coris valem um 1 schilliu:r. Mntrc al/!uns pnl'C1R, un~a me1'.ina é paga (·0 111 titJ.000 a 100.oOO cons.,• potlc-se achar uma mulher ad ulta 11or :20.000 tlc.,~a~ conchas. •• • , . e e e11111na a!l pe a uov·t c1e -=====;;;;;;;;;:;:;_:;:;.;;;::=====- l<·rra". 1·, H•• ·11·l1·11u I t • · d. 1 1 · 1 :•:,,:u1trn,ent,, de lena~, pr,r neto espontau~o ele Xo :-.udrw ni\o ('xi,;tc ,>utro nnmcrario em cir– culação ; ~.000 co1·is. pcsanelo , liL1·as. ahi va– lem apenas um clullar. ' u~ "t•(:1111:1ntc• ; ( "ll' llif•l'·t11d ' • ,.· 11 1. · ' '' '1 11 ,.. a tmportHUCl!l ela c:adai,tra- •• , ,,,part,·r,(1, 1 . . ' ] - ' ] 1 ,l.11I 1 . . • ' '.'",UH u. ua,, 1,111 e s,,r arreen- . 1 111 1 111•'111 d,, li 1 . . J 1,1~...i<" •·r• .~ '" • ,_,111,, ,, !•·rntona . t11rna11do (' · 1 - .'\ ' •M 1111 1•"•l•.•s par.1 a11udl,, liiu · 1 Olf >tl1 l' llllld, ' 1 d,-1 o i111cr . , 111•• ,t •·r,:11·:i,, de lllll impo,,tr, , , , •,11 "'/ 11 lle , 111 ,, " •. . ,la Ili/''ª"' J>H'('f'I ,.,,,, ]lllf.!,I. (J ' illC llao ~o (;011sid,·r u11J,,. H 11 ,t1 11 ;,. 111 , tr·1I cl,•1·er ·í •ilJJ·•,n r · ' '1' 11 · 11 r,laut t <·a tl:is- • f : ' ' ., '.'. a 1u,n ã, d,> te1·ritn1··, l· I m 111c:1ras prrt,.,w,.,,t •11 :í 1 ,,ir, . . . 1 ' , ',,,; . • ' l I l (.trl. Li 1 <111 ( OIIS· 11111 11;,i,, I•e1cru)cf<,lm•,11 11 , ,1, l·' t 1 . ,,,;,1,, t1:1· :itt ril,uir-ões ,. ,. 1,lni--·111.'. • . 1 1( 0 li~" , 0 J • -:• ) ti lt ~\lt \'~u • t.' l ç l• 1 ·11a r, " , 1 ue tor na JIIPXNJ<II\, 1 a 11 1, 111 , ••• · a • 1 •·lt•nui11ru·fi,, d ',•s;l'S /i1;1ite., <·0111;1i1 ui/;,\ IH,tn . . 1,1 .. . Transcripção A nio c.·dn p riuütiva Qual foi ll l nrig 'Ili d 1.; t ~m r '•S O wimc-iro 111c·iu rle P"r111 uta c•111pn•:w<lo nu~ rclaçiies !'lllll· IJH n·hw~ <los 111,lllPlls '? O 1•r111" l'l'lll'C'S••nbtin, da ri<tll"i1. a nt ·~ dn tlt.:seol11•rt a dos 1111:taP" prc- 1·i11sos1 rft•l'l' tl:r 1<iclu !''-<·nlhi,lo Jh•ecs.,ar h u11•11te t•ntre o~ t'íll'jltlli nnt ur,u·s 111:iis ra n,~. culrL' aq11(•l– l,•., rpt•· c, ffen•1:1:t'<('lll in:dt,·rul,ilid:1d,· eu11, id,•rn• 1 n·l ,, ao eGr,•s u111 i~ ,q,r,,1,r iac l:ts pnra n.!!rndur ,11,s olh,,,._ O sr. JL i-;tr>ul'OR 1,1il,li~a 110 /te/ato- j ri,, ,,,,nu,,/ d o J/11.w~r, d ux lt.:slnrlo,; f ·•i,ir/ns os 1 .\ C!>pccic das cob!:1s da .·'di·i,•a diff..:re um pouro da prececlc11tc> : (, o (;oril raiiulo ( C'.'!p ,·iu, u11 ,11dlu s), •tlll' por wuito (,(•111po Hl'l'\Í•.1 cxdu~i– \ !1111<.'lltc !lti 111•,t•d,1 para o traüco d, s r , t 1~1v, ~. },. ª)'l'li1·ai;ão desta com·lia agon . 1>11r(,111 , ,ii• não e· u 1ue·111a. l ' 111a <:t1~'1 c!C' llambur.!" , 111i:1 annuultu 'llt(• ]Jnra 1/,,m¼ibnr 1 ~ 11, 1·ius j,ar-1<·:1r– n•µ·:1 r l'fJris, ' fUé s,•n,·m pura 1·11111 1 r.,r , ':z ite <lc pal111a e 1111trns produ •lo~ do ,11·.,t ,· ai 1·1c·nu o. ,\ .A cl,11ti11rr mo 11 t1" ,·i,1 que ns nat ura"s d 11 pai1. pan l'ln ,,n 1 f'r, 1 :.,,tu••flt •·"· 0 muito asa,la ,-,,1110 1!111Pd a l'JII n ·•JJ,!.11 la ' ª~ ilha~ Yite ,. Fid,ii, do /1-'l'Upo da.- ~amou. a J.\·,,.,t,, p 1,/itu ,t·r- n • pura u trntie,i. ( 011.ti, 111,,)

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