Diario Oficial do Estado do Pará 1891 - Julho
! 369 Quinta-feira, 30 DIARIO OFFICIAL Julho- 1891 A's 8 horas da manhã. de 11 hrgou esta Canhoneira da boia, afim de cruzar entre o Arsenal de Marinha e o Cacoalinhq, para obstar a entrada dos revoltosos na Capital, o que foi cumprido, na.o êncon– trando-se indicio algum da vinda dos l'evoltosos pelo que amarrou-se a boia ás 10 hOI'as da manhã. A 's 5 horas da tarde do mesmo dia, largou esl.a Canhoneira da boia afun de cruzar de novo entre o .Arsenal e Cacoalhinho, e ao ehcgar a este logar foi ella atacada pelos revoltosos, com fortes- descargas de fuzilaria, repellindo-se o fogo com as metralhadoras e fuzilaria, combale este que terminou com a fuga dos revolto– sos nao havendo desgraça nenhuma a lamentar por bordo. Em seguida continuou-se a navegar devagar ma~genndo bem ele p erto o rio Guamá, quando veio ao nosso encontro a lancha «Pm·ús", participa.ndo-nos o patrão-mór do Arsenal, ás ordens do qual tinha sa bido a l'e ferida lancha, te r sido atacada por 5 monta– ria.'> guarnecidas com os r e voltosos no lugar denominado Amá. Seguio-se a toda a força eni dil'eeção ao ponto indicado. e ahi cruzou-se sendo infrucliferas todas as pesquizas e esforços empregados á. procura das monlnTias , pois internaram-se p elos igarapés prnximos, pelo que regressou esta Canhone ira e amanando á boia ás 8 horas ela noite, ahi permaneceu, ficando prompta a suspenderá primeira voz. No dia li á u111a hora da tarde. segundo vossas ordens 1 largou-se da boia afim ele reconhecer-se o terreno comprehenclido entre Cacoalinho e P edreira, pois havia denuncia d e estarem aJi quatrncentos homens armados. Ao ch egar esta Canhon eira a Cacoalinho. parou-se as machinhas e sendo arriado o quinto escaler de bordo guarneci– do por dous home ns, cürigi-m e para terra conjunctarnenle com o medico ele bordo, dr. Antonio José de Araujo e o c.:ommi-ssario C:ezar Coulinho da Fonseca ~ramoyo, onde d esembarcámos e depois de ter-se re– conhecido o len·eno, reg-1·essou-se para bordo. Conlmuou-se a navegar e um pouco mais adiante parou-se de novo as rnachinas. largando pru·a ?- t e r~a o mesmo escaler com o immediato primeiro tenente I-Ienúqu~ Adalberto Tltcdim Costa e o comm1ssar10 Ccza.r Ta.moyo, os quaes ao regressarem pm·a bordo, parlicipa– ra.o-me nada terem encontrado, a não ser uns caboclos que reconheceram não faze rem p:.ir te da re volta, e que lhes den unciaram haverem passado por_aquelle lug_ar no dia untcrior ás 7 horas da noite aproximada– mente, quarenta homens aymados, corn destmo a _Pecl1:<mas . Dirigi-me com o navio ao r eferido _lugar, onde sallei em terra com o medico de bordo e o comm1ssano, e, dando husra cm todas a.s c:asa.s existentes no Jogar, n:i<la encontre i p ois não existi~ vis ~igios n em p essoas que se podessem tomar pelos revoltosos. R e..,.r essei ao a ncoradouro ás 7 horas e tnnta mmu t.os da noite. Em quanto se faziam os reconhecimentos 0111.- tc n a. acharn-se a guarnição á p~s~os d e combate c·om o canhão carregado com lan ler ne la de 1 ~ carga de polvora, e us mclrulhauoras ~11~11cH1ela~. DuranlP a viagem chamou-se á falla todas as embarcações que passavam. n ão encon!rancto murnçoes h elhcns. com cxcepçu.o de uma que Lrazia quatrn espingardas de caça lor1as cruTcr.tada,;, cs;pmgnrdas estas que foram tomadas e entreaues no Ar,;onal rle Marinha. Es fc\r(, r,sti- nn.vio de promptidã.o dul'u.rilP a noite de 12 para 13, tendo n'C'sle dia ás 10 horas dn nmnhã rcer•bid~ orrlct?s vo,;sa~ pal':.t apagar ~s fogos e le rn~inax- a promplidã.o. No dia 14 t eccbi otdem para a<'<·endcr P ::1lmlar n,; fogos t' !tear ele pi-ornptlclü.o, o qn0 foi eumpriilo. A's 7 uoras c):i noílc 5lls pt•n<li com este rnFÍO afün de e1·nzur enlre a lll~a elas Onças e ArsPnnl <k J\lnrinha, confol'mc ordcnou-1110, pnl'a evitar qn<' os 1·cvollosos, ''.l~·a,tssasse,r!:,º ri~,.• c~nsava cnti_'.º. ?stcs d~11s yonlo;:; qnando ás l 1 boras. rc1·~·hi ordem vossn (1,, c·omb_oy,_i1 ,~ C,rnlwncncL nC,,hcde llo-. .ice Q11bo<'.t, e d ah1 rcg-ressar; o que tucln foi fc.1Lo, lendo arnarr:1110 a lw1a as í, horas chi m anhã P r·o~ilrnuanrlo cotn os fogos ahnfaclos, :tssim conservou-se este 11:1vio até lioje ;is f) l1orasdarnanhã,lwracp1e L'<'c-eh1 o rdem vossa pnrn. upa::m]-o:;,conlinuamlo.pot•(, 111 .dp promplidn.o. .Jmilo rc111Pllo~~·o.s ,1 y: 1 ~·lC' <l~c~u ]><'lo 2? lc•ncnt<' Luiz Hcnriqu<' de Noronha, rí'l:llivnn10nte ao Lcn1po <'lfl que• p-:fr-vP c•slP olfl<'ml á cl1s pos1çu_u elo s 1·. C:ovor11:Hlor, p adilldo-vos pm·:r <>l1a vossa nllPnção. Con r•lnindo. ó rlo 1!1c11 d~vc1· cl1ZC"~·-vns _qtt<'. dllrant<.' Lorh essn córnn,issão O compol'l.tnwnlo e lJI•a– vurn clns ofílc·iacs "/.nrnrmc,·uo d csl e novio foi la 1. qnc cshi acima do maior clog-io que se lhes possa faz1'1·. -Snúrl1• (' rral Nllirfadr.-ÜTIIO'< DE e \RVALIJO 8 uL1r.,o,Capil,\o-le11cnlc, (·ommnnrfante. . -<:0111mnndo <lo r;ruznclol' _ 11 C:aç:ulor,, cm lklem elo Pal':i.12de, .Tunlio dn 18!H.-Ao Sr.r.apilrLo de :Ma1· P C:tH'ITª n ,,1·1rnrdi110 .l~isr> dr Qncirw, ln,-,p 0 rtor ri? 1\rs1mal d<' !llarinha.-Em cnmpri111P11Lo ,i Yoi,,sn orcl0 111, a..;s11111i n r·o111111:111rln tl i•..;fp ('l'UZ:11lor. pP_rlPllCl't110 a Alf;111d1>g-a rl'Ps lc Es tado. q ora ao sPrviço d'c•slP Ar,.;pnnl. r:tw~andn ;1 !Hwdo á,; 11 h. P. 111 · d? rliu 1 ~- l1ilo lnc foi possíve l su s p<'nrl0i· imn,erlial;m1PntP, :11i111 d t' <·uin– prir a r·r111irr!i,:-:iío dr•_qm• llt<' :~<'hava inemnlmlo, :d.lc •nrlf'nclo t1ãn1só ri clirride nr-ia elo p<'ssoal, to1110 lambem a r·otnpl,•l,t J'lnri1·1Hlf'J.1 d~ rn<': 111 ~ • qimnto .t mm~obl':: do cauhilo 1 <vVhiLwo1·L1 11 , ele qul' s<' adrn anuado o 111 ,,.,mio r·riiz:1do,·. \J:111dr•1 c·nlao a lP JTa o c·o1n1111:,:snrio rfe 4:) da,-;sc l\lnnoC'l Soa!'l':i <l:i Cunli:t. qiw i·oin1tliu, 1 ,.:p :wliav:1. pr·dir_:, s . r•~((·. o µ·r!rr·rr_ia<lor, P;'!'"Olll l mb ílitado. no qtt<· l'nl s afi-,ft•i lo. i·t•c.:i>lw11<lo n bo1·d11 t·inT-o 1,r:,r·:1,.: d·artill,nr·m e• lr<'s 111'. 1" 111 lwirn;:; n:,c·wn:1C's. T c•JHI() onlP11:1rlo C[IIP se ptwlta,.;sc o..; l'oµ-os . s u,: pe11tli :i;.; 12 h. :io 111 a. m., <· lC'nrl<l P,1'(•-~·,aii~,-~. 11 ~ '.'ª_IT<>g-a<l,, ~- <· 1 ! 11 h n.n 11 ~h :u·11pu r ll>,, r-nrtw(·C"i. 1,p~1111rlo voss:1s _cmlr-11:-- an11- xa,· ,nfre> o 111~:ir· dt>immin,.clc~ ,( .,Ho,dn ihn P Oiib0t·a, f'X(• r1·p1Hlo a maximH virrilmwin afl111 ck 111q,Pcl1r n ch•s– ,'.j,!:i cl ·• q 11an!-'qtJl'l' c·mharr·açne~ ((IIC' froux_r;;,.;prn TH'i.o s(,í ;;(•nlc, <·nrn,, ai·nw,- ~, 111 uuiçtw:--. D111·u11l r> a no11k ,.ad, 1 , 11r·onf1·i-i; ao r;l:ircar, P 01 '<• 111 • ab~,r: 1" 1 nlt.:"miia,- r-:ui êm,;, 111n11lnrins e dwts l:111dms ;1 vnpor. a "~- Dn111i11- i(W . e• a " l~l,•phanf<·>•, <' c·h:11nnnrlo-ns a fal ln, :11111,,:; d,• :il101·rhil-.is, IICJlfll<' fui i111 111<•clíaln11Jt't1lf' alll'lH lido. Pa"– ··u~~lo-!111•..; nii111wio,::11 I'M !,;la,<' n:ic_la ~nr·onlr:u1rlo d e s 11,::p0i(<l, tlei-lhP livrt' <·11rsn. s, ,Jt1l/.!o, poil'>, 11 r ª""11 11 , n tn:ns Íll~I 1 ' l':-'('l'llp~tlos;1111C•11lc• pnssi,cl dPSC'lllJWtil 1:1rlo II c·0111n1i%iln c·nn1 qt11• 1/JI' holll'il"fru•. <:111up 1:1·- 1111 ', l.trnlJl'l)I 1!'~!'-\'()S uo fac·!() d:1_ l:111w11 l:r,·p l oc·c:111·1•p)l("ia ele> LPr ('~,(' Í:)'111/.tHlnl' :ilml– •. rio c·oui a C1111honc>1ra ,r<,11:trari~ "· l l•ll(lo eu S::IIS jJ('IHltdo. e tH·l!ando-n,r- no pnssn dic·o r·m11 u in1nw dial11. ; 1 :'.;;,,iwi an pr:iti~·o do (\ur.:tilo_r qw•. fo;-.;sf'yai::t O lcn~.': a •,mu·é <mrhia con 1 granrl" yio!t·n<'ia: lr-1_1du eu f'l•ilo _;, . /l· vinlia ~11l1111rlo o J)r), 11~ 1, 1 ndn ,ni,-tc, uC,miin 11 c; 1 w 11 C~w11~111y", ni1o ol,slanle rna11<1:w 1·epPlulnn1c11 l0 f.!111- \ 0 • 1'•. 1 , 1 JJf·' sómr-nl0 far<harnc•i 1 l<' bd rnanohm fm f'X<•r11l a<h 1·cs•·1[l"n1lc> o c•rwnrlor nhalrnar 11010 laclo d r- 1·11· (/( n ' ,, . t . , . e • • • tl ,, 1 · · c• 11 . 11,, 111 v,, fi<·anclo c>s a eorn og111·11pr- pai-l1d0, soffrcn· 1 o O "'t·t,.,. 1 c1,, 1. ,1 [>f' r cl ·t tio PS<'a l0r(llll'sf' ac·l 1·1 - p li' r'.<un n " • . < • • , f' l . u ,., ,,. . , . . . . . , , ~, 1 JOS turco;; dl' n. e a vm1Lc. )(',lll( o lllàlS COJII u enx~n·da <lo lraquelt! parficl.1 .• a,;:-:1111 ('Olll() f:unht'fll Y, 1 JC/1' 0 1 ·l 1,. 11 -fi> rl:t bo1·da falsa elo mc >s.mo bordo. lnquir·inclo JJorqtH' motivo não for:., .. 1 manolinl <'XP<:11- ·1. r,,,quPn, • t· , . . I i U/11• ,·r•si 1 onde11-me o pra wo qui1 11 C'ssu oec:asrn.o huvia O ,,.ualdroiir c-111ru11 >1.·:it o. 1 l, tt tt•rnpo, · 1 t 1 · • ,.. T ~1'.· J (' ;H u Ji'is wi~, como dPtHiC n nmen ave occurTcuc1a, que venho fiehnenlc rl'lalnr- vus.-, ti!> • , llAQt m ,ui- ~ ' f t mm·mclante tofAHiiF-',, 2':' tencn eco ' · ( Continúa) u (.
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