Casos Forenses

42 - que e passa d iariamente na Poli cia, desde as come– dias do amor até o mais barbaro homi cidio, ou o mais audacioso estellionato e a mai s descarada fa lsidade ; e entretanto até hoje ninguem se lembrou de chamar a juizo a quem quer que se ja para responsabilisal-o por essas na rrações, como con tin entes do crime de ca– lumni a. E ' que, com essas nar rações, nenhuma attribui ção positiva fa z o jor nal ao implicado nesses fa ctos, de modo a se poder da r a p rova de sua veracidade ou de sua falsidade. Si ao jornalista incumb isse a prova de todos os fa ctos mesmo criminosos por ell e divul gados, sob pena de ser con.demnado como ca lumn iador, a imprensa ca– laria todos esses factos, e o seu sil encio diminuir ia certamente o seu valor. A proposito p rofessa aind a o illus tre Doutor: « Uma importan te applicação do aninws narranrli si tem tambem nas noticias e narrações q ue dos crimes apenas commettido , os jornaes costumam faz er. Attendendo a certos inconven ientes r esultantes da publicação das resenhas judiciarias e dos crimes r e– centemente commettidos, alguns auto res p ropuzeram a sua suppressão; mas logo essa proposta fo i vi vamente combatida; porque, dizia Shaeffle, a publicidade é uma necessidade social psychologica. A av idez com que as noticias sobre os crimes são acolhidas demons tra duas cousas sobretudo: que a prohib ição ma taria o jornal, no qual, mais que os artigos de fu ndo e scien– tificos, se exigem noticias emocionantes e r iqueza de chronica; que a prohibição de nada serviria, não con– seguiria o seu fim, já que essas noticias e essas mi– nudencias se transmittiriam de bocca em bocca, se es– palhariam entl'e o povo, produzindo talvez maiore3 males, porque seriam exageradas pela phantasia e pela duvida >.

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