Casos Forenses

- 254 concorre especialmente uma alteração, até agora des– conhecida do sangue, uma decomposição do sangue (empregamos por ora es ta expressão em falta de ou– tra melhor ) >. e Esse resulta lo da sciencia medico legal em re– lação ao assumpto que ainda carece de explanações mais seguras e profundas, é baseado nas observações de Rollet e outros, que atravez de pequenas camadas de sangue faziam passar fo1·tes correntes de indução . Cada camada de sangue se clarificava g radualmente, os corpusculos sanguineos vermelhos ced iam a subs– tancia colorante ao plasma >-Mascka-obr. cit. pag. 866. Dando-se tão profundas alterações no organismo, não se pode conceber que com a intervenção unica de um engenheiro, sobrevivesse M. A. ao choque vio– lento que o victimou, dado como provado q1J.e elle fosse ainda encontrado com vida pela turma de tra– balhadores e pelo engenheirn North, que ali foram para o fim de fazerem a recollocação do fi o no poste d'onde se desprendera. Essa prova eu não reputo veridica e acceitavel. Dada a morte ou queda ele M. A., a primeira pes– sôa que veio a conhecer foi o menor Loocadio, de volta da padaria, tendo na ida escapado do ser victimado pelo fio. Communicaclo o caso álgumas pessôas, chegou aos ouvidos da patrulha, indo um dos soldados communi– car o occorrido á autoridade policial, ficando o outrn de guarda. Para isto não podiam ter decorrido pou– cos minutos. Si l\1. A. ainda estava com vida, esta não se podia revelar pelos orgãos motores voluntaries como são as pernas, e isto independentemente de acção medica– mentosa alguma. Se assim fosse, o choque não seria mortal. "As paralysias dos apparelhos motores volunta-

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0