Casos Forenses

253 - cujo effeito ó somente collocar o paciente em situação mais ou menos facil em relação ao onus da prova. Procura se eximir a ré dessa responsabilidade allegando que 1\1. A. podia ainda ser soccorrido de modo a se evitar o fatal desenlace que soffreu sua familia, soccorro que não lhe foi prestado em razão da opposição feita pela praça de policia que lhe estava d e guarda. Concebe-se que a um choque electrico violento al guem possa sobreviver, mas esta não é a regra. Oes terlin r efere que sobre 354 indivíduos mortos por effeito da electricidade a morte se verificou ins– tantaneamente em 340; um morreu dez minutos depois, quatl'o morreram depois de oito a vinte quatro horas, quatro de dous a seis dias, e quatrn de sete a qua– torze dias - M'ascka - Med. Leg. 1. 0 vol. pag. 874 ( ed. italiana). Niio é pois tão facil, como pareceu á r é, fazer ces– sal'em os effeitos perniciosos do choque electrico vio– lento. A razão disto é simples. « Na :\'ictima fe rid a pelo raio ou por effeito da eloc tricidade em grnnde carga não se dá somente uma inhibição respiratoria, facil de se restabelecer por meios ali ús conh ecidos». Richardson opinou que « sobretudo o sangue é a v ia conductora do raio no corpo, e se reconhece a causa da morte, quando agem as descargas electricas na r e– pentina • expansão dos gazes do sang ue, á qual se poderia assoc iar em alguns casos tambem a evapo– ração de urna parte do sangue. Na cavidade cra– nea na as moleculas da massa nervosa são aba ladas e deslocadas quando os gazes do sangue se espalham repentinamente >. «Parece, continua elle, que, como causa occasional da morte desses indivíduos ( mol'tos pela electricidacle) • ------,----.., ,

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