Casos Forenses

( - 251 - depoimentos é que, se com effeito faziam a sua sel'e– nata pelo meio da rua, foram de uma felicidade unica; e do facto de sabirem incolumeR muitos indivíduos de um perigo por elles desconhecido não se pode de modo nenhum affirmar com segurança que esse perigo não existira. Em terceiro Jogar, porque esses indivíduos vinham de uma ceia, dad a ás deshoras, e naturalmente, como sóo acontecer, regada pelo alcool, mais ou menos abun– dante; tinham assim as suas faculdades de observação em es tado de não poderem garantir a veracidade dos factos narrados. E rea lmente só ass im se pode explicar a esqui si– ti ce de uma serenata proj ectada e realisada em um dia,· em que, por mais impio e descrente que se seja, guarda-se om geral esse respeito veneravel pela me– moria do maior dos martyres que tem conhecido a humanidade, J esus o Christo, que se celeb ra da quinta feira de endoenças até o domingo da resurreição. · Só a inconsciencia produzida pelo alcool poderia dar aso a semelhante acto, attentatorio até do respeito pelas crenças re li giosas alheias que devem merecer de todos acatamento. Em tal estad o pois os ditos dessas testemunhas não estão no caso de serem attendidos e acreditados como a expressão da vel·dade. l\1as em ultima analyse que disseram essas teste– munhas? Que não viram o fio cahido em forma de arco, tendo-se do prendido de um isolador de um dos postes da ill uminação. Depoimentos negativos: podiam não ter visto, e o facto rea lmen te existi!'. Dos elementos probator ios portanto existentes nos autos se vê que realmente a queda do fio se deu, e c1ue durante muitas horas assim permaneceu. Durante esse tempo podia esse defeito ter sido •

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