Casos Forenses
• - 250 - qual versou quasi que exclusivamente a p rova prod u– zida nestes autos. Está provado pelos depoimentos das tes temunhas dos autores que o fio da ill uminação abateu-se das oito para as nove horas da noite de 17 de Abril , e que assim permaneceu até a madrugada de 18. Elle formav a um seio, ou um arco, cuj a parte mais p roxima do solo tinha a altura de cerca de me– tro e meio, de modo a poder nessa parte alcança r uma pessôa, mesmo de mediana estatur a. I sto succedia justamente no meio da via publica , por onde passara o infeliz 1\1 . A., que, por conduzir um carrinho de mão, n,ão podia ir pelas calçadas la– te r aes. As pessôas qu e transitassem pelos lados das casas não seri am attin gidas, porque ali o fio não as alcançaria. Isto d iz em as testemunhas dos autores. A ré, porém, procurou contes tar com as suas tes– temunhas quando depõem que por essa via •passaram muito depo is de me ia noite individuos que se reuni– ram par a uma ser enata após uma ceia em casa de uma d'ell as. Poderão, porém, essas testemunhas des truir os de– poimentos das dos autores neste p articular ? Entendo que não : 1. 0 porque, noite como era, e não primando a ill uminação da cidade por ser das melhores em razão da pouca intensidade das lampa– das empregadas, e desprevenidas como se achavam, não podiam ailirmar com segurança que o fio da illu– minação estivesse ou não cahido. E tanto elle não era com facilidade visto, que M. A. tambem o não vio, razão por que foi por elle colhido. Em segundo Jogar, porque, em uma pandega, como iam, a sua observação não se podia voltar para cou– sas de outra natureza. O que se pode colhe r de seus
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